Podcast 45 minutos (96º) – Impasse Arena/Náutico e jogos de Santa e Sport

O 45 minutos traz o debate sobre o conselho arbitral convocado apra validar (ou não) o mando de campo de Santa e Sport contra o Náutico na Arena Pernambuco. Inversão? Discussão por relação comercial? O podcast foi quente.

Também analisamos os jogos dos grandes times locais no último fim de semana da pré-temporada de 2015. Vitórias do Tricolor e do Rubro-Leão sobre Campinense e Nacional e derrota timbu na final da Supercopa do Maranhão.

Estou nesta edição (1h21min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Voo Recife-Buenos Aires e o plano para um torneio na Arena Pernambuco

Voo Buenos Aires-Recife

Já em operação, uma vez por semana, um Airbus A320, com capacidade para 174 passageiros, cumpre a rota Recife-Buenos Aires, no novo voo internacional saindo de Pernambuco. Sem escalas, atravessando 3.813 quilômetros.

Anualmente, 70 mil argentinos visitam Pernambuco. E o aumento, estima-se em 21 mil turistas, pode ter uma relação direta com o futebol.

Para promover a rota da TAM, a secretaria de turismo do estado articula junto à iniciativa privada um quadrangular na pré-temporada de 2016, na Arena Pernambuco, com dois times pernambucanos e dois argentinos. Entre os locais, o campeão e o vice do Estadual de 2015. Entre os hermanos, estão cotados quatro dos cinco grandes clubes do país vizinho, Boca Juniors, River Plate, Racing e San Lorenzo. Faltou contato apenas com o Independiente.

A facilidade do voo direto é uma carta na manga. Com saída do Aeroporto dos Guararapes aos sábado, às 15h12, a duração é de cinco horas até o desembarque no Aeroporto de Ezeiza. A volta ocorre aos domingos, deixando a Argentina às 2h40, no horário local, chegando à capital pernambucana às 7h45.

O objetivo é que os turistas, lá e cá, permaneçam oito dias em cada cidade.

Aproveitando esse período de uma semana, já foi feito até o esboço do torneio amistoso, que seria entre os dias 13 e 17 de janeiro. Um entrave é o fato de que, tradicionalmente, os principais clubes argentinos disputam os torneios de verão, em Mar de Plata, Mendoza e La Plata. Há um ano para negociar.

De toda forma, por garantia, a presença de Náutico, Santa e Sport na final do Campeonato Pernambucano já está valendo um pouco mais…

Revitalizando a campanha de sócios do Santa Cruz na base das milhas

Campanha "Sou Santa Cruz de Corpo e Alma"

Sai o Guerreiro Fiel, instituído em 2011, e entra Sou Santa Cruz de corpo e alma, a campanha de sócios do Tricolor a partir de 2015, na gestão Alírio Moraes.

O clube revitalizou o seu plano de sócios, após seis meses de estudos. Em relação às vantages para o torcedor, a principal é a criação de um “plano de fidelidade”, elaborado pela Art soluções, semelhante às “milhas” existentes nos cartões de crédito, podendo realizar a troca de pontos de compra por produtos licenciados, ingressos etc. O objetivo, claro é elevar a receita com o quadro de sócios, tendo como exemplo o próprio passado, com os 27 mil sócios em 1999. Funciona sobretudo para um clube sem um grande contrato firmado com a tevê.

Como no modelo anterior, são quatro pacotes disponíveis para o povão. Se antes, variava entre R$ 20 e R$ 100, agora está entre R$ 10 a R$ 50.

Sócio Família – R$ 50
Acesso à tevê do clube, desconto de 50% no ingresso de titular e dependente, direito a voto, programa de pontos, dependências sociais e promoções.

Sócio-torcedor – R$ 30
Acesso à tevê oficial do clube, desconto em 50% no ingresso no titular, programa de pontos e promoções exclusivas.

Sem Fronteira (para torcedores de outros estados) – R$: 15
Acesso à tevê oficial do clube, programa de pontos e promoções exclusivas.

Curumim (crianças de 0 a 12 anos) – R$ 10
Acesso á tv oficial, promoções exclusivas, material infantil e direito de entrar em campo pelo menos uma vez ao ano como “mascote”. 

Em relação aos pacotes do Guerreiro Fiel, reveja aqui.

Com a nova campanha, a diretoria do Santa pretende passar dos atuais 5 mil sócios titulares em dia para 45 mil membros. Uma meta audaciosa como a de qualquer clube de massa. Agora, é preciso que a torcida realmente faça a sua parte. A meta final está estipulada para 2017. O prazo já está correndo.

Campanha de sócio "Guerreiro Fiel" do Santa Cruz

Vinheta oficial do Pernambucano no pay-per-view

Vinheta do Pernambucano 2015. Crédito: Premiere

O Campeonato Pernambucano de 2015 será transmitido no canal Premiere, via pay-per-view, mas como degustação. Ao comprar os pacotes dos estaduais do Rio de Janeiro ou de São Paulo, o assinante receberá como bônus um jogo por rodada da competição organizada pela FPF. Saiba mais aqui.

O campeonato já ganhou até uma vinheta especial no Premiere, dando destaque, claro, às torcidas de Sport, Náutico e Santa Cruz, que correspondem quase à totalidade dos clientes de tevê por assinatura no estado.

Também foram produzidas vinhetas para os demais torneios do catálogo do Premiere, como Paulista, Carioca, Mineiro, Gaúcho, Baiano e Catarinense.

Apesar da divulgação do “produto”, ainda não há prazo para a transmissão de todos os jogos de rubro-negros, alvirrubros e tricolores no Estadual, como ocorre nos principais estaduais do país. Até lá, segue a degustação.

As primeiras formações pernambucanas em 2015

Os três grandes clubes pernambucanos estrearam em 2015, extraoficialmente, em dias distintos. Faltando poucos dias para a largada oficial, a situação de praxe, com equipes em processo de formação, técnica e física, com várias novidades. Novas caras, tanto nas contratações quanto da base.

No caso de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, vale o registro do primeiro time posado de cada um – no caso do Leão, a foto do plantel completo. Os elencos iniciais devem ser abastecidos para aguentar tamanha maratona de jogos. Quais são as principais carências em relação às primeiras formações?

Náutico 0 x 0 Decisão (17/01, Aflitos)

Em pé: Júlio César, Gastón, Flávio, Eliveton, Josimar e Fillipe Soutto. Agachados: Jefferson Renan, David, Bruno Alves, João Ananias e João Paulo

Primeira formação do Náutico em 2015. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Santa Cruz (10) 1 x 1 (11) Zalgiris Vilnius, da Lituânia (22/01, Arruda)

Em pé: Fred, Léo Veloso, Betinho, Everton Sena e Danny Moraes. Agachados: Thiaguinho, Nininho, Pedro Castro, Waldison, Edson Sitta e Bileu

Primeira formação do Santa Cruz em 2015. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport 2 x 1 Nacional, do Uruguai (24/01, Arena Pernambuco)

Em pé: Danilo Fernandes, Magrão, Luiz Carlos, Páscoa, Durval, Oswaldo, Mattos, Pedra, Mancha, Willian, Diego Souza, Wendel, Samuel e Joelinton. Agachados: Vítor, Alex Silva, Renê, Ewandro, Rithely, Régis, Ronaldo, Élber, Neto Moura, Azevedo, James Dean, Mike e Danilo

Primeira formação do Sport em 2015. Foto: Sport/facebook

Um jogo bom, um jogo ruim e um cheque de R$ 80 mil para o Timbu

Supercopa do Maranhão 2015, final: Sampaio Corrêa 1x0 Náutico. Crédito: Gilson Teixeira /OIMP/OIMP/D.A P

A conquista da Supercopa do Maranhão não veio, mas o Náutico realizou um bom teste de pré-temporada em São Luís. Após a estreia com um futebol competitivo, vencendo o Vitória, o time comandado por Moacir Júnior perdeu para o time da casa, o Sampaio Corrêa. O placar magro na final, 1 x 0, deixou um gostinho de frustração, com a taça tão próxima.

O rendimento na segunda apresentação no Maranhão não foi boa, com o time dominado no primeiro tempo. Outra vez, Júlio César foi o destaque. Na segunda etapa, o Timbu se lançou ao ataque, muitos passes. Ainda assim, criou algumas chances, mas pecou demais nas finalizações.

Pior. Os pernambucanos ainda tiveram um gol anulado de forma polêmica, através de Renato, aos 27 minutos. Ficou a reclamação e o nítido nervosismo.

De toda forma, mesmo vice-campeão do torneio amistoso, o Timbu volta ao Recife com uma premiação de R$ 80 mil pela campanha. Mais do que isso. Retorna consciente de que o grupo atual somado às peças que ainda irão estrear pode resultar numa equipe competitiva. Que aprenda com os erros.

E o objetivo, claro, é o Pernambucano. A taça que realmente importa nos Aflitos.

Supercopa do Maranhão 2015, final: Sampaio Corrêa 1x0 Náutico. Crédito: Gilson Teixeira /OIMP/OIMP/D.A P

Central solta o grito de campeão após 13 anos, com outro governador na taça

Pernambucano 2015, 1º turno: Ypiranga 1x1 Central. Foto: Raniere Marcelo/divulgação

O Central confirmou o favoritismo e conquistou a Taça Eduardo Campos.

O título, que na verdade corresponde à primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2015, foi garantido com uma rodada de antecedência.

E nada melhor que uma partida contra um grande rival, o Ypiranga. Um cenário com o devido apoio da torcida alvinegra, que percorreu os 56 quilômetros que separam Caruaru de Santa Cruz do Capibaribe.

No Limeirão, o empate em 1 x 1, sem aperreio (no campo), terminou com festa.

O último grito de “campeão” havia sido há 13 anos. Curiosamente, o troféu também teve nome de governador. No caso, a Copa Jarbas Vasconcelos, disputada em 2002 pelos intermediários enquanto os grandes participavam do Nordestão. Aquela volta olímpica também foi fora de casa, em Petrolina.

Em 2011, é verdade, a Patativa ganhou o ‘primeiro turno’ do Estadual. Porém, naquele ano a competição não foi dividida em turnos , o que tornou o triunfo em algo meramente simbólico. Agora não. Havia um troféu protocolado pela FPF.

Ou seja, a comemoração foi legítima por parte da fiel torcida alvinegra, que ainda sonha com o primeiro Campeonato Pernambucano.

Classificado para o hexagonal do título, o Central também ganhou a vaga na Série D do Brasileiro. Disputará pela terceira vez seguida.

E assim a Patativa vai ocupando o seu calendário com o mínimo de dignidade…

Pernambucano 2015, 1º turno: Ypiranga 1x1 Central. Foto: FPF/divulgação

Calendário recifense de 48 a 80 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais dos grandes clubes pernambucanos será intenso em 2015. Contudo, as agendas são bem distintas, de 48 a 80 partidas.

A agenda mínima seria a do Santa, com 48 jogos, contando apenas com o Pernambucano e a Série B. Reflexo da 4ª colocação no último Estadual, quando perdeu para o Salgueiro as vagas na Copa do Brasil e Nordestão. Caso avance no hexagonal do Pernambucano, o Tricolor faria mais quatro partidas, e só.

Já Náutico e Sport têm números parecidos na quantidade de partidas. A diferença é a pré-vaga do Leão na Sul-Americana. Porém, o próprio Timbu poderia igualar, desde que conquiste a copa regional, que dá vaga à Sula.

Confira as projeções de campanhas mínimas e máximas de cada um.

Náutico
Mínimo: 56 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2) e Série B (38)

Máximo: 78 jogos*
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (14) e Série B (38)
* O número pode chegar a 80 jogos, caso conquista a vaga na Sul-Americana

Santa Cruz
Mínimo: 48 jogos
Estadual (10) e Série B (38)

Máximo: 52 jogos,
Estadual (14) e Série B (38)

Sport
Mínimo: 58 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2), Série A (38) e Sul-Americana (2)

Máximo: 80 jogos
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (6), Série A (38) e Sul-Americana (10)

A repercussão uruguaia sobre a passagem do Nacional no Recife

Jornais uruguaios em 25 de janeiro de 2015: Ovación e Tribuna

A passagem do Nacional no Recife teve destaque na imprensa uruguaia. A partida na Arena Pernambuco, a única do clube fora do país antes da estreia na Taça Libertadores, estampou a capa de dois periódicos da capital Montevidéu.

No esportivo Ovación, o destaque foi a queda de longa invencibilidade do campeão uruguaio. Eram 16 partidas. “E um dia perdeu”, frisou. O texto principal do jornal abre com a seguinte frase: “Em uma partida que de amistoso só teve o protocolo, o Nacional entrou no clima copeiro”.

Já o Tribuna, numa tradução direta, manchetou “Foi cortado”, também apontando a primeira derrota do Bolso no ano, para o “Sport Recife”. Nas caras abatidas das capas, o centroavante Ivan Alónso e o técnico Álvaro Gutiérrez.

Confira as capas em uma resolução maior: Ovación e Tribuna.

Essa foi a segunda vez que o Nacional veio ao estado. Em 1997, participou da Copa Renner, na Ilha, perdendo do Bahia e vencendo o Cerro Porteño.

O recomeço do atacante de R$ 20 milhões, agora no Arruda

Amistoso, 2015: Santa Cruz 3x0 Campinense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press Anderson Aquino tinha apenas 20 anos quando se apresentou no Sport. Emprestado pelo Atlético-PR, o jogador disputaria a Série B de 2006 para ganhar experiência. O atacante era grande aposta de mercado do Furacão, que avaliou os seus direitos econômicos em nada menos que R$ 20 milhões.

Na Ilha, nunca se firmou, apesar da velocidade. O faro de gol nunca foi dos melhores, mas o seu grande problema foi a rotina de lesões. Marca em sua carreira, Anderson Aquino acabou não explodindo no futebol. Nenhum clube jamais se prontificou a oferecer o valor da enorme pedida original. Nem 1/10.

Depois do Leão, o atleta foi emprestado a outros clubes. Passou por Goiás, Ituano, futebol da Geórgia e Paraná. Fechou o ciclo na capital paranaense ao firmar um acordo com o Coritiba, onde atuou de 2011 a 2014.

Novamente emprestado, agora para o Santa Cruz, Aquino tem mais uma chance. Historicamente, as coisas acontecem rapidamente em sua carreira, para o bem e para o mal. Aos 28 anos, foi apresentado no Arruda, vestiu a camisa e entrou no segundo tempo do amistoso contra o Campinense (3 x 0), precisando de apenas dois minutos para fazer um golaço, de fora da área.

Talento, tem. Não para provar que é um jogador de R$ 20 milhões, mas que é, sim, uma das principais revelações de uma das bases mais fortes do país. Anderson Aquino no Sport em 2007. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press