Caixa Econômica nos uniformes pernambucanos, femininos

Campeonato Brasileiro de futebol feminino de 2014

A Caixa Econômica Federal tornou-se o principal patrocinador do futebol brasileiro. É quem mais estampa a marca na Série A, com oito times. Em todas as divisões, o banco paga cotas anuais de R$ 1 milhão a R$ 30 milhões.

Tamanho investimento gerou uma corrida para firmar acordos com a instituição. Contudo, era (é) preciso ter as certidões negativas, organizando as dívidas fiscais (milionárias). Claro, nem todos os clubes conseguiram.

No futebol feminino, por outro lado, a adesão é total. Os vinte participantes do Brasileiro contam com a Caixa como patrocinador-master.

A explicação é a operação financeira da competição. Pela segunda edição seguida, a Caixa investe R$ 10 milhões no campeonato, ajudando a bancar os baixos salários e com os direitos de tevê. Neste ano, três times pernambucanos estão na disputa. O pentacampeão estadual Vitória, o Sport e o Náutico.

Em 2013, o Centro Olímpico-SP foi campeão num torneio de 70 jogos, envolvendo 14 estados. Ao todo foram marcados 253 gols.

Náutico – 2 vezes campeão pernambucano (2005 e 2006)

Time feminino do Náutico no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Náutico/assessoria

Sport – 5 vezes campeão pernambucano (1999, 2000, 2007, 2008 e 2009) e uma vez vice-campeão da Copa do Brasil (2008)

Time feminino do Sport no Brasileiro de 2014. Foto: Ney Gomes/Sport

Vitória – 5 vezes campeão pernambucano (2010, 2011, 2012, 2013 e 2014) e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (2011 e 2013)

Time feminino da Acadêmica Vitória no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Vitória/assessoria

A nova lista de campeões do Nordeste

Campeões do Nordeste, segundo a Liga do Nordeste (1975-2014). Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Post atualizado em 24/05/2017

Uma reviravolta histórica na lista de campeões do Nordeste está a caminho. Por mais curioso que possa parecer, a lista de campeões do futebol regional sempre foi controversa, até mesmo sobre a definição do primeiro ganhador. O Sport em 1994, na Copa do Nordeste organizada em Alagoas, ou o Vitória, campeão do Torneio José Américo de Almeida Filho, em 1976? O próprio álbum oficial da competição de 2014 veio com uma lista incomum. Pois o status pode pertencer até ao CRB, em 1975.

O blog apurou que a Liga do Nordeste, através de seu presidente, Alexi Portela, encaminhou à CBF a lista de campeões oficiais do Nordestão, englobando não só os torneios organizadas pela liga como outros de peso semelhante. O pedido de análise à diretoria de competições (ainda não respondido) leva em conta as duas versões do Torneio José Américo de Almeida Filho, organizado na década de 1970 para movimentar os clubes fora do Brasileirão. Em setembro de 2012 a CBF já havia sinalizado pela primeira vez o reconhecimento do título baiano, através de seu guia anual. Agora, pode ocorrer a equiparação ao Nordestão, junto a 1975.

A suposta primeira edição teve apenas seis times de três estados, nenhum deles da cena principal. No caso, Alagoas (CRB), Paraíba (Botafogo, Treze e Auto Esporte) e Rio Grande do Norte (ABC e Potiguar). O Clube de Regatas Brasil foi o campeão ao bater o Botafogo de João Pessoa nos pênaltis. A CBF ainda não estipulou um prazo para a resposta, mas, considerando que o pedido veio da própria Liga do Nordeste, eis a nova lista de campeões…

Lista de campeões* 

Torneio José América de Almeida Filho
1975 – CRB*
1976 – Vitória*

Copa do Nordeste
1994 – Sport
1997 – Vitória
1998 – América-RN
1999 – Vitória
2000 – Sport
2001 – Bahia
2002 – Bahia
2003 – Vitória
2010 – Vitória
2013 – Campinense
2014 – Sport
2015 – Ceará
2016 – Santa Cruz
2017 – Bahia

Maiores campeões*
5 Vitória (*)
3 Sport e Bahia
1 CRB (*), América-RN, Campinense, Ceará e Santa Cruz

* Títulos de 1975 e 1976 sob análise de chancela.

O blog listou outros 16 torneios Nordeste e Norte-Nordeste, desde 1946, sem chancela da CBF, além do caminho necessário para oficializá-los. Confira aqui.

Classificação da Série A 2014 – 24ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 24ª rodada. Crédito: Superesportes

O Sport manteve o 8º lugar na Série A, apesar da derrota para o Bahia em Salvador, a sexta seguida com clube como visitante no campeonato. A briga pelo G4, claro, tornou-se ainda mais irreal. A diferença é de cinco pontos, mas com quatro clubes à frente – tanto na pontuação quanto no nível técnico.

Na briga pelo título, Cruzeiro voltou a vencer e foi beneficiado pelo tropeço do São Paulo. O Inter agora é o segundo lugar, mas a oito pontos de distância.

A 25ª rodada do representante pernambucano
27/09 – Sport x Cruzeiro (18h30)

Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, 5 empates e 5 derrotas.

Cartões magnéticos do TCN no interior, uma realidade cada vez mais próxima

Cartões magnéticos do TCN. Crédito: TCN/divulgação

O Todos com a Nota foi informatizado no início de 2010, quando os usuários do Grande Recife passaram a adquirir cartões magnéticos. O sistema melhorou o processo de solicitação e também clareou a execução do programa.

Desde então, o número passou de 370 mil usuários na região metropolitana (Sport 48%, Santa Cruz 30%, Náutico 22%). Contudo, segue defasado no interior, com a troca física, no guichê. Não por acaso, ocorre a troca de ingressos sem controle, com públicos fantasmas há tempos.

De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o sistema digital do programa estatal poderá se estender aos jogos no interior até o fim de 2015. Já houve uma conversa com a Secretaria da Fazenda e o momento atual é o de captação de recursos para a infraestrutura além da capital.

Segundo o dirigente, há uma expectativa de que pelo menos 20 mil pessoas em Salgueiro e 50 mil em Caruaru solicitem o cartão futuramente.

Ao Superesportes, Evandro Carvalho disse também que não há como mudar o borderô cheio em um jogo vazio, uma vez que as trocas foram feitas.

Segundo ele, “ou continua assim ou acaba”. Pois é, acredite.

Nota-se que a informatização do TCN, um plano para o Pernambucano de 2016, é essencial para que o público presente volte a ser… presente, no borderô.

Obra do estádio de Olinda volta após 22 meses. Prefeitura aponta ritmo acelerado

Retomada da construção do estádio Grito da República, em Olinda. Foto: Luiz Fabiano/Pref. Olinda

A construção do estádio Grito da República, no bairro de Rio Doce, em Olinda, ficou parada durante 22 meses. Até o mato subir e tomar conta.

O tema já foi abordado pelo blog aqui.

A ordem de serviço, com investimentos do Ministério do Esporte e da Prefeitura de Olinda, foi assinada em 2008! Inicialmente, o gasto era de R$ 7,1 milhões. Porém, após muito tempo sem atividade no terreno, a obra foi retomada em setembro – com um custo total recalculado em R$ 10.545.712. A previsão, agora, é entregar o estádio de 10.700 lugares em dezembro de 2014.

É um pouco tarde para o objetivo original. Basta ler o trecho sublinhado da justificativa oficial da obra, no site governamental Portal dos Convênios.

“Inicialmente vimos informar que o Estádio Municipal de Olinda situa-se na Avenida Brasil, entre as Avenidas Jules Rimet e a México, na 2º Etapa no Bairro de Rio Doce e; Considerando que o Município de Olinda vem realizando a Construção do Estádio de Futebol em Rio Doce com o objetivo de ampliar os espaços de práticas esportivas e culturais para jovens, adultos e idosos, proporcionando a realização de torneios esportivos, além de dar oportunidade de revelar atletas profissionais para os clubes existentes a nível Nacional, bem como Internacionalmente; Considerando ainda o momento em que o país vivencia a Copa do Mundo em 2014, onde poderemos disponibilizar esse espaço esportivo para ser utilizado como centro de treinamento de seleções mundiais; Considerando enfim a necessidade de complementação deste Estádio para estar apto a atender as exigências da Federação Pernambucana de Futebol( F. P. F ) e também da FIFA; Enfim, entendemos que estaremos contribuindo para que, através da prática de esportes e de lazer, possamos ter um espaço público que venha convergir a relação entre pessoas.”

Enquanto isso, a Prefeitura de Olinda publica uma nota sobre a retomada com a seguinte mensagem…

“A obra de construção do Estádio Grito da República, em Rio Doce, encontra-se em ritmo acelerado.”

Ritmo acelerado? Só se for para a Copa do Mundo de 2018…

Retomada da construção do estádio Grito da República, em Olinda. Foto: Luiz Fabiano/Pref. Olinda

Podcast 45 minutos (64º) – Debate sobre mais uma derrota do Leão como visitante

A 64ª edição do podcast 45 minutos foi focado no desempenho do Sport em Salvador, na derrota para o Bahia. O sexto revés consecutivo como visitante obriga uma mudança de postura? O time oscila durante os jogos? O debate foi quente. No fim, análise sobre os próximos jogos de Náutico e Santa na Série B, além de detalhes da entrevista feita com Evandro Carvalho, presidente da FPF.

A nova edição teve 1h15min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro, além de Fred Figueiroa via Skype, direto do Chile. O programa foi gravado no Diario de Pernambuco.

Ouça agora ou quando quiser!

O Leão de sempre fora de casa. Melhor para os adversários, bons ou ruins

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: FELIPE OLIVEIRA/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Mal no campeonato e sem fazer uma boa partida em casa, o Bahia errou bastante, mas conseguiu acertar uma jogada, viu a zaga adversário bater cabeça, e abriu o placar.

O gol saiu aos 26 minutos do segundo tempo.

O Sport estava precavido como sempre, cozinhando partida como visitante como sempre, sem poder ofensivo. Obviamente, esse poder não surgiria do novo. Claro, não surpreendeu.

Após ficar em desvantagem na Fonte Nova, o Leão finalizou apenas duas vezes.

Dois chutes de fora da área, com Ananias e Rithely. Fora isso, passes errados e pouquíssima verticalização.

Diego Souza começou bem a partida, mas se acomodou no segundo tempo. O meio-campo, aliás, foi pouco combativo, sobretudo após a saída de Ronaldo.

O time também sofreu bastante com a ausência de Patric no lado direito. Vitor talvez seja a melhor peça de reposição do elenco leonino, mas falhou demais no apoio.

No clássico entre os maiores clubes da região, melhor para o Bahia, soberano no retrospeto histórico. Mais uma vitória na conta, 1 x 0 nesta quarta.

Em 81 confrontos, são 34 vitórias baianas e 19 pernambucanas.

Ao Sport, uma derrota amarga na Série A, merecida.

Foi o sexto revés seguido do time comandado por Eduardo Batista como visitante…

Caso não tivesse convertido uma penalidade contra a Chapecoense seriam sete jogos sem fazer um gol sequer longe de casa…

Fica difícil sustentar uma grande campanha apenas como mandante.

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Montadora, cervejaria e marca de refrigerantes no leilão pelo Estadual

Leilão pelo Pernambucano

Três empresas multinacionais estão na briga para adquirir a nomenclatura oficial do Campeonato Pernambucano de 2015 a 2018.

O contrato de naming rights foi instituído pela primeira vez no futebol local na edição de 2011, junto à Coca-Cola, por R$ 2,4 milhões em quatro anos.

Com o fim do negócio – que se estendeu a todas as marcas da competição -, três empresas renomadas já sentaram com Evandro Carvalho, presidente da FPF, para viabilizar o novo acordo.

Para não atrapalhar a negociação, o dirigente preferiu não citar nominalmente as marcas envolvidas, apenas a área de cada uma. Porém, não é difícil identificá-las.

Uma marca de refrigerante. Renovação a caminho com a Coca-Cola?

Uma montadora de veículos. Bem, a fábrica Chevrolet já patrocina oito dos nove estaduais nordestinos.

Uma cervejaria. Curiosamente, a Ambev foi a primeira companhia do ramo a demonstrar interesse no torneio local, em 2009.

É possível haver alguma surpresa no futuro nome do campeonato estadual?

A tendência, segundo a federação, é aumentar o valor anual de R$ 600 mil.

Este arranjo econômico já faz parte da realidade de inúmeras competições de futebol, como o Brasileirão (Chevrolet), a Copa do Brasil (Sadia), a Libertadores (Bridgestorne) e a Sul-Americana (Total).

Deve continuar sendo, também, o modelo do Estadual…

Liberação da cerveja na pauta da Alepe em 2015

Cervejas oficiais de Sport, Náutico e Santa Cruz (Ambev/Brahma)

Já está sendo articulada a volta da cerveja ao futebol pernambucano. A médio prazo.

Como se sabe, a cerveja está proibida (venda e consumo) desde a publicação da lei estadual em 24 de março de 2009, de autoria do deputado Alberto Feitosa. Cinco anos depois, uma alteração na redação deverá ser discutida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A informação é do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

Segundo o dirigente, o projeto de autoria do deputado Antônio Moraes não irá revogar a lei vigente, mas derrogá-la. Ou seja, mudará apenas um artigo.

Assim, continuará o veto ao uísque, vodca, vinho e outras bebidas. Menos uma.

Somente a cerveja seria liberada. Basta para incrementar a receita no futebol. Na Copa do Mundo de 2014 a oferta nos 64 jogos foi de 3 milhões de latinhas.

Duas audiências públicas já foram realizadas sobre o tema.

A articulação está de tal forma que uma cervejaria já mostrou interesse em adquirir o naming rights do Estadual pelos próximos quatro anos. O acordo está condicionado à liberação da cerva.

O mesmo aconteceu em 2009, com a Ambev, quando a empresa acabou voltando atrás no contrato R$ 800 mil por causa da proibição.

Sobre a reviravolta na lei – o próprio Juizado do Torcedor (Jetep) já admitiu que a lei em vigor não diminuiu a violência -, há uma particularidade…

No site oficial da Alepe, o projeto de lei ordinária nº 584/2011, de Antônio Moraes, encontra-se parado desde 22 de maio de 2012, quando o próprio parlamentar solicitou a retirada de tramitação.

Por sinal, o presidente da assembleia, Guilherme Uchôa, diz que ainda não há movimento na casa sobre essa pauta, que não passou sequer nas comissões.

Mesmo assim, a FPF mostra-se animada com a votação. Resta aguardar para ver se não foi mais empolgação do que fato concreto. Veremos em 2015.

Podcast 45 minutos (63º) – Timbu e Santa na marola da B? Nordestão ou Série C?

A 63ª edição do podcast 45 minutos foi focada na participação de Náutico e Santa Cruz na Série B, após a 25ª rodada da competição. A “marola” é mesmo uma realidade para os pernambucanos ao fim da tabela? Também houve uma discussão sobre o grau de importância: Nordestão ou Série C? O Sport será o tema do 64º podcast.

A nova edição teve 1h14min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. O programa foi gravado no Diario de Pernambuco, logo após a rodada.

Ouça agora ou quando quiser!