Leão vence tira-teima dos campeões do Nordeste e da Copa Verde e avança

Copa do Brasil 2014, 1ª fase: Brasília 1x3 Sport. Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

No duelo entre os campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde, o Sport venceu sem dificuldades por 3 x 1, avançando na Copa do Brasil.

O objetivo rubro-negro no mata-mata nacional deste ano é confirmar a classificação à Copa Sul-Americana com R$ 990 mil no bolso.

Para isso, precisará deixar a competição somente na terceira fase, o limite para confirmar a vaga internacional, segundo a ridícula regra criada pela CBF.

Em sua estreia, o time de Eduardo Batista passeou no Mané Garrincha.

Mesmo com oito reservas em campo, o Leão não encontrou a menor dificuldade para construir o placar. Abriu três gols de vantagem e criou duas chances claras com Leonardo para ampliar. O gol candango saiu no finzinho.

O Sport entrou em campo, nesta quinta, já com o caminho definido, com o Paysandu na segunda fase e o Coritiba na terceira fase.

Somando as cotas dos dois primeiros confrontos, o clube já soma R$ 560 mil. Quer também os R$ 430 mil pela participação na terceira fase. Uma receita vital para bancar as premiações dos títulos regional e estadual.

O detalhe importantíssimo é que o Coxa também está na fila da Sul-Americana, podendo ganhar o seu lugar justamente em caso de eliminação.

Já pensou, duas equipes jogando para perder? Desde já, essa situação bizarro está na conta da CBF. Ao Sport, vale o risco apenas pelo dinheiro…

Copa do Brasil 2014, 1ª fase: Brasília 1x3 Sport. Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

Apenas dois ex-campeões entre os oito remanescentes na Libertadores 2014

Quartas de final da Libertadores 2014. Crédito: Conmebol

Apenas um clube brasileiro nas quartas de final da Taça Libertadores.

Muito pouco para um país presente na decisão da competição desde 2005…

Nos últimos vinte anos, apenas uma edição do torneio teve um time brasileiro entre últimos oito.. Foi em 2011, com o Santos, que terminou campeão.

Nesta temporada, Flamengo, Atlético Paranaense e Botafogo caíram ainda na fase de grupos. Nas oitavas, Galo e Grêmio caíram em casa.

Portanto, a missão brazuca segue apeas com o Cruzeiro, o atual campeão nacional. Campeão continental em 1976 e 1997, o time celeste segue em busca do tri, que escapou em 2009, num vice-campeonato em pleno Mineirão.

Além do Cruzeiro, somente os colombianos do Atlético Nacional possuem uma conquista na Liberta, em 1989.

Ou seja, existem seis candidatos a uma galeria bem exclusiva…

Nacional (Paraguai) x Arsenal (Argentina)
Atlético Nacional (Colômbia) x Defensor (Uruguai)
San Lorenzo (Argentina) x Cruzeiro (Brasil)
Lanús (Argentina) x Bolívar (Bolívia)

Pitacos para os semifinalistas: Arsenal, Atlético Nacional, Cruzeiro e Lanús.

A classificação nacional dos árbitros e assistentes da FPF para 2014/2015

Árbitros brasileiros para a temporada 2014/2015

Oito árbitros ligados ao futebol pernambucano contam agora com status CBF e Fifa. Neste 1º de maio entrou em vigor a nova classificação nacional de árbitros (CNA), árbitras e assistentes, válido para a temporada 2014/2015.

O acesso ou descenso na classificação leva critérios como conta faixa etária, tempo de arbitragem, perspectiva de aproveitamento em competições internacionais, avaliações físicas e teóricas e, claro, as atuações no ano anterior.

Abaixo, todos os árbitros e assistentes chancelados pela FPF, com as respectivas colocações na classificação brasileira

Qual é sua opinião sobre a classificação da turma local?

Árbitros
Fifa (9 árbitros) – 2º) Sandro Meira Ricci
Especial 2 (12) – 11º) Cláudio Mercante; 12º) Nielson Nogueira
CBF-1 (60 árbitros) – 21º) Gilberto Castro Júnior
CBF-2 (90 árbitros) – 4º) Sebastião Rufino Filho; 18º) Gilberto Freire; 37º) Emerson Sobral; 71º) Gleydson Leite

Assistente
Aspirante-Fifa (10 auxiliares) – 7º) Clovis Amaral
CBF-1 (75 auxiliares) – 49º) Elan Vieira; 51º) Ricardo Chianca; 57º) Alberto Júnior
CBF-2 (117 auxiliares) – 57º) Francisco Chaves; 62º) Marcelino Castro; 63º) Roberto José; 77º) Bruno Alcantra

Árbitras
Fifa (4 árbitras) – 3ª) Ana Karina Marques
Aspirante-Fifa (2 árbitras) – 2ª) Deborah Cecília

Assistentes
CBF-1 (40) – 18ª) Karla Renata Cavalcanti

Duas décadas imaginando o “e se”

Pintura de Ayrton Senna. Imagem: Oleg Konin/divulgação

Impossível não pensar na hipótese…

E se Ayrton Senna tivesse saído do carro da Williams após o acidente na curva Tamburello, no circuito de San Marino, em 1994, há exatamente 20 anos?

A imagem do artista lituano Oleg Konin é de arrepiar qualquer fã de Fórmula 1.

Dói na alma, na verdade.

A pintura foi feita em 2010, ano em que o piloto brasileiro teria completado 50 anos. Eterno tricampeão mundial da Fórmula 1, um dos maiores ídolos do esporte nacional.

A resposta estaria nas manhãs de domingo.

Senna mudou o domingo

Ayrton Senna

Dos 7 aos 13 anos de idade, morando no Janga, em Paulista, e no Bairro Novo, em Olinda, havia um costume na minha família em quase todas as manhãs de domingo. Eu, meus pais e meu irmão mais novo diante da televisão. Ansiosos.

Almoço na casa da avó? Só depois. Antes, eram duas horas de Fórmula 1.

Naquela época, o futebol, claro, já era a paixão nacional, mas a F1 era o grande orgulho nacional, com nome e sobrenome: Ayrton Senna, tricampeão mundial em 1988, 1990 e 1991.

Em 1º de maio de 1994, ele disputou o seu 162° Grande Prêmio, em San Marino.

Já era um mito, com 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions, 19 voltas mais rápidas nas corridas, 2.987 voltas na liderança, 37.934 quilômetros percorridos, 13 poles em uma só temporada, entre outras marcas. Carisma e talento.

Com aquele capacete amarelo com uma listra azul e outra verde, Senna dirigiu os carros da Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Tão tradicional quanto o capacete era vê-lo no alto do pódio, abrindo um champanhe, com a bandeira do país.

Mas se o orgulho nacional tinha nome, a tristeza também teve.

Tamburello, a curva fatal de Ímola. Onde Senna não conseguiu fazer parar o carro. Ainda chegou a reduzir de 300 km/h para 200 km/h. Insuficiente para evitar o pior.

Sem querer acreditar no que Galvão Bueno dizia, chorei muito naquele dia, ainda criança. Silêncio em casa, luto na vizinhança da Rua Cândido Pessoa. Um país inteiro, certamente.

Outros grandes pilotos surgiram nesse tempo todo, inclusive o maior campeão da história, mas é diferente pra mim. Não se trata de ufanismo. Se trata de um ídolo que realmente transformou o esporte, impondo a vibração como fator essencial num grande prêmio, sempre no limite.

Ainda assisto à Fórmula 1 pela televisão, aos domingos, mas com bem menos intensidade. Quase que por acaso. Ainda existem  belas ultrapassagens, mas não são mais as mesmas. É algo difícil de explicar, mas fácil sentir.

E assim, a corrida já não é mais um programa de família, ao menos da minha.

Deixou de ser há 20 anos.

Faturamento coral em 2013 foi de R$ 16,9 mi, com duas taças e média de 23 mil pessoas

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A temporada do Santa Cruz em 2013 foi vitoriosa. É inegável.

O Tricolor conquistou o Estadual, pela terceira vez seguida, e a Série C, enchendo o Arruda. Nos 27 jogos em casa, a média foi de 23.912 torcedores.

Entretanto, esse contexto não resultou em um grande faturamento…

O balanço financeiro do clube, publicado no Diario de Pernambuco em 30 de março, aponta uma receita operacional de R$ 16.955.711, muito abaixo dos rivais. O Sport teve 51 milhões no caixa e Náutico teve 48 mi.

Em relação aos dados de 2012, com R$ 13 milhões, o acréscimo foi de 29%. Contudo, o faturamento não deixa de ser baixo para o porte do clube.

Houve um superávit de 453.996 reais, fato. Outro ponto positivo, mas numa escala mínima (0,2%), foi a redução da dívida, a soma dos passivos circulante e não circulante. Caiu de R$ 71.536.863 para R$ 71.377.478. No papel, R$ 159.385.

Pesa bastante, ainda, as obrigações trabalhistas… de R$ 12 milhões.

Enquanto os dois principais rivais ganharam cotas de transmissão acima de dez milhões de reais, no caso coral a cota de televisão foi de apenas R$ 334 mil. O fato deve mudar no próximo balanço, com a participação na Série B – receberá, no mínimo, uma cota de R$ 3 milhões.

Balanço financeiro do Santa Cruz em 2013. Crédito: Diario de Pernambuco/reprodução

Timbu terminou 2013 com a maior receita da história e a maior dívida da história

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A campanha do Náutico na Série A de 2013 foi a pior da história do clube.

Foram 28 derrotas em 38 jogos, culminando com o descenso.

Fora de campo, apesar dos salários atrasados e da crise administrativa, o Timbu teve o maior orçamento de sua história, segundo o balanço financeiro oficial.

O total de receitas operacionais de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013 foi de R$ 48.105.068, ou 17% maior que a verba da temporada anterior, de R$ 41 milhões, até então o recorde na história do clube (veja aqui).

Apesar disso, a dívida de Rosa e Silva cresceu bastante, quase 16 milhões de reais (22%).

Somando os passivos circulante e não circulante, eis o aumento do buraco…

2011 – R$ 62.442.207
2012 – R$ 71.978.517
2013 – R$ 87.916.127

O exercício do ano terminou com um déficit de R$ 721.230.

Como costuma ocorrer, o Alvirrubro publicou o seu relatório no caderno executivo do Diário Oficial do Estado. No ano passado, em 28 de abril. Desta vez, na data limite, 30 de abril.

O que preocupa nesses dados é que eles foram contabilizados na elite nacional. Na última vez em que esteve na Segundona, em 2011, a receita foi de R$ 19 milhões.

Atualização:
Após a publicação do post, Paulo Wanderley, presidente timbu no biênio 2012/2013, entrou em contato com o blog. Ele rechaçou o relatório, que não contou com a sua assinatura. “Deixei o balancete de janeiro a novembro no conselho em 23 de dezembro. Só faltava o último mês, que não estava fechado. Mas eles (nova gestão) mudaram o regime contábil, de caixa para competência. Assim, em vez de somar só o que entrou no ano, pegaram todas as dívidas de todas as gestões e jogaram no meu balanço. Foi uma covardia. A dívida do Náutico subiu para 75 milhões de reais, e não 87. Vou processar Glauber Vasconcelos.”

Em seguida, o presidente Glauber também foi ouvido pelo blog. Justificou a posição de reunir as dívidas antigas. “Não estou dizendo que as dívidas são dele (Paulo). O que se fez foi o registro de dívidas do clube. O Clube Náutico Capibaribe não pode ficar na fantasia, as dívidas existiam. Pode processar à vontade. Talvez no processo fique mais claro. Estamos fazendo uma auditoria que vai até maio.”

Balanço financeiro do Náutico em 2013

Na transição da A para B, Sport registra queda de R$ 28,3 milhões no faturamento

Números do Sport. Arte: Brenno Costa/DP/D.A Press

Em 2012, o Sport teve o maior orçamento de sua história no futebol.

A volta à primeira divisão do Brasileiro resultou num faturamento de R$ 79,8 milhões, com um forte incremento de R$ 20 milhões de luvas pela prorrogação do contrato com a Rede Globo até 2017. Números bem acima dos rivais (relembre aqui).

Com o rebaixamento no campo, porém, as finanças também despencaram em 2013. Para ser mais exato, uma redução de 35,5%. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, o futebol rubro-negro teve R$ 51.428.086, com déficit de R$ 4.963.656.

O balanço foi publicado em 8 de abril, na Folha de Pernambuco, e agora divulgado no site oficial do clube, num documento produzido pelo contador Rosivaldo Justino da Silva.

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

O descenso implicou em outros números. O fluxo de caixa na temporada foi de R$ 640 mil, bem abaixo dos R$ 10,3 milhões no exercício anterior.

Mas há algo a comemorar no relatório. A diminuição das dívidas do Leão.

A soma dos passivos circulante e não circulante foi de R$ 22.751.467, incluindo obrigações trabalhistas e sociais. Antes era de R$ 27.381.927. Ou seja, a queda registrada foi de 16,9%.

Já o patrimônio do Sport, considerando estádio, terrenos, sede social, ginásios, parque aquático, máquinas e veículos, corresponde a R$ 172.653.917

O próximo demonstrativo do clube será lançado em abril de 2015. Para quebrar o recorde, terá que superar suprir a lacuna das “luvas” de 2012…

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

Classificação da Série A 2014 – 2ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 2ª rodada. Crédito: Superesportes

Do 4º lugar ao 7º, a campanha no Brasileirão é rigorosamente a mesma, com a tabela separando as equipes por ordem alfabética – algo que não existe na classificação final, é bom frisar.

Com o empate fora na estreia e a vitória em casa neste domingo (2 x 1 na Chapecoense), somando quatro pontos, o Sport larga dentro de seu otimista planejamento. O time manteve a 7ª colocação da estreia.

Curiosamente, o único time com 100% de aproveitamento após duas rodadas é o Fluminense, “rebaixado” na última rodada na Série A do ano passado, salvo pela polêmica perda de pontos da Lusa.

A 3ª rodada do representante pernambucano
04/05 – Internacional x Sport (16h00)

Jogos em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias leoninas, 6 empates e 6 derrotas.

A primeira vitória rubro-negra na elite, a la México, veio mesmo sem bom futebol

Série A 2014, 2ª rodada: Sport 2 x 1 Chapecoense. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Sem hipocrisia, mas ao olhar a tabela é possível que todos os outros dezenove integrantes da Série A exijam os três pontos em casa diante da Chapecoense, clube de menor receita na competição.

Se no Sport ocorreu isso,  a meta foi cumprida, por 2 x 1. Mas foi bem difícil…

Desta vez homenageando a seleção mexicana, o Leão veio diferente neste domingo, com Rithely, como opção tática no lugar de Páscoa, e Renan Oliveira, devido ao desgaste de Wendel. O primeiro gol na Ilha não demorou. Aos 11, Rithely aproveitou um rebote e mostrou o motivo do interesse do Inter.

A marcação pernambucana começou bem ajustada, com um domínio de jogo.

Aos poucos, porém, o mandante foi dando espaço na sua intermediária. Cm o campo aberto, os catarinenses armaram um belo contragolpe, com a bola de pé em pé até a conclusão de Ricardo Conceição, com o gol vazio, aos 36.

A resposta do Sport foi instantânea, num golaço de Ananias. Se redimiu do erro no minuto anterior, que resultou no gol adversário. A verdade é que a equipe de Eduardo Batista não tomou grandes sustos no primeiro tempo, mas também não criou. A dupla Ailton/Renan não estava tão alinhada.

Na etapa complementar a ideia do Rubro-negro (verde!) era decidir logo. Só não conseguiu jogar bem. Errou bastante e viu a Chape acesa, com o camisa 10, Régis, bem inspirado, dando bastante trabalho a Ferron e Durval.

Entraram Danilo, Érico Júnior e Felipe Azevedo, mas o time não ficou mais ofensivo. Menos mal que a defesa segue compacta, como o ponto alto.

Na raça e com uma dose de sufoco, o Sport garantiu a sua primeira vitória no Brasileirão, diante de 13.671 torcedores – abaixo do esperado. Um resultado bem mais suado do que o previsto pela análise da tabela…

Série A 2014, 2ª rodada: Sport 2x1 Chapecoense. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press