Dois dígitos no placar da Fifa, de El Salvador ao Taiti

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Espanha 10x0 Taiti. Foto: Laurence Griffiths/Fifa

No Maracanã a diferença técnica era abissal, inacreditável.

Espanha, campeã do mundo e bicampeã europeia. Número 1 no ranking mundial. Aula de futebol a cada apresentação.

Taiti, amadorismo num país minúsculo. Campeão da Oceania, mas em 138º no ranking. Ambos participantes da Copa das Confederações de 2013, no Brasil.

Nunca uma fase final de um torneio senior da Fifa havia colocado frente a frente em campo um contexto assim. A goleada no renovado Maracanã era absolutamente previsível. A dúvida era o resultado final. De quanto seria?

No bolão da redação do Diario de Pernambuco, por exemplo, o pitaco do blog foi um modesto “9 x 0”. Houve aposta com até doze gols espanhóis…

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Espanha 10x0 Taiti. Foto: Alex Livesey/Fifa e Copa do Mundo de 1982: Hungria 10x1 El Salvador

Mesmo atuando com o time reserva e sem pressa alguma para atacar, o time dirigido por Vicente Del Bosque goleou como se esperava, por 10 x 0.

Foi o maior placar já visto num torneio profissional de seleções da Fifa.

Superou o jogo Hungria 10 x 1 El Salvador, na Copa do Mundo de 1982.

Ordem dos tentos húngaros: 4, 11, 23, 50, 54, 69, 70, 72, 76 e 83.
Melhor arranque: 4 gols em 8 minutos.

Ordem dos tentos espanhóis: 5, 31, 33, 39, 49, 57, 64, 66, 78 e 89.
Melhor arranque: 3 gols em 9 minutos.

A diferença acabou sendo o gol salvadorenho anotado por Luis Ramirez…

Copa do Mundo de 1982: Hungria 10x1 El Salvador

Seleção no Castelão, torcida na Arena Pernambuco

Torcida brasileira acompanhando o jogo da Seleção, em Fortaleza, na Arena Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A exibição da partida entre brasileiros e mexicanos num telão na Arena Pernambuco e os incessantes pedidos da organização para que o público chegasse cedo, evitando o tumulto do domingo, criou uma atmosfera diferente no estádio nesta quarta.

Assim como primeiro jogo em São Lourenço da Mata, muitos vestiram a camisa verde e amarela num dia sem o Brasil em campo, oficialmente. Contudo, com o gramado vazio, os olhos se voltaram para os dois telões de LED do moderno estádio, com 77,4 metros quadrados cada.

Olhos atentos e comportamento semelhante ao de um jogo “in loco”. Com aplausos, “uhhh” a cada bola raspando a trave e vibração no golaço de Neymar, lá no Castelão, em Fortaleza.

A transmissão da partida foi uma reprodução da Rede Globo, com narração de Galvão Bueno – num potente sistema de som da arena -, devido ao contrato de licenciamento da emissora. Mas como a Fifa também tem seus contratos, no intervalo do jogo o sinal foi cortado, voltando apenas após o reinício…

Tempo para a arquibancada da Arena apanhar ainda mais gente torcendo pelo Brasil, mesmo a 788 quilômetros de distância do verdadeiro campo de jogo…

No fim, um barulho daqueles na jogadaça de Neymar para o 2 x 0.

Para o craque de cada partida, um troféu nas Confederações

Troféu de melhor jogador a cada partida na Copa das Confederações 2013. Imagem: divulgação

O craque do campeonato costuma receber a Bola de Ouro.

Esse prêmio é quase universal no futebol. O conjunto da obra, o diferencial numa final, a regularidade. A soma resulta na consagração de um nome.

Mas há espaço também para a premiação a cada jogo.

A Fifa, como ninguém, conseguiu não só oficializar o prêmio como capitalizá-lo junto a um patrocinador, através do contrato de naming rights.

No caso, a cervejaria Budweiser, que dá nome à taça de melhor em campo em cada um dos 16 jogos da Copa das Confederações de 2013.

A votação é feita online, nos sites e redes sociais do evento (veja aqui).

O anúncio do “Man of the Match” é feito logo após a partida.

E o primeiro troféu foi parar nas mãos de… Neymar.

A conquista de mais alguns pode abrir caminho para a bola dourada…

Brasil abre a Copa com goleada e Neymar já impressiona Del Bosque

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Brasil 3x0 Japão. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

“Foi um golaço de Neymar.”

Comentário feito na enorme sala de conferências da Arena Pernambuco.

Repleta de jornalistas brasileiros e estrangeiros acomodados nas cadeiras vermelhas.

Obviamente, o jogo da Seleção Brasileira em Brasília, no finzinho àquela altura do comentário, despertava o interesse dos repórteres, sobre o placar do jogo contra o Japão, sobre o rendimento da equipe nacional etc.

Mas a declaração não foi feita à revelia…

Foi de ninguém menos que Vicente Del Bosque.

Antes de chegar na sala, o treinador da Fúria estava assistindo ao jogo do Brasil, um possível adversário na fase decisiva do torneio.

O experiente treinador espanhol se mostrou feliz, de certa forma, com o gol de Neymar, apreciador do bom futebol que é.

O chute de primeira no ângulo, logo aos três minutos, abriu a Copa das Confederações no país, para o país.

Se o time nipônico prometia a correria de sempre e um maior vigor tático, ficou para a próxima. O Brasil criou várias chances, marcando forte, uma característica sempre presente nos times de Luiz Felipe Scolari.

A goleada por 3 x 0, neste sábado, foi completada por Paulinho e Jô, aniamndo uma equipe ainda em formação e pressionada justamente por ser a mais tradicional do mundo e representar a sede do evento.

Ver Neymar acabar com o seu jejum de gols foi um fator importante para a melhora da equipe.

Del Bosque sabe disso…

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Brasil 3x0 Japão. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Por um novo ciclo vitorioso para a Seleção, o mesmo ponto de partida

Bastidores da Seleção Brasileira antes da estreia na Copa das Confederações. Crédito: CBF/facebook

O último grande troféu conquistado pela Seleção Brasileira foi em 2009. Na Copa das Confederações na África do Sul, com o tricampeonato.

Em seguida, fracassos…

Copa do Mundo de 2010, Copa América de 2011 e Olimpíadas de 2012. No período, ainda ganhou duas taças do Superclássicos das Américas, contra a Argentina, mas com os dois tradicionais países sem a força máxima.

Quem sabe o destino não apronta? No futebol é bem comum…

Mais uma vez, a Copa das Confederações, exatamente um ciclo depois daquele troféu erguido em solo africano.

No comando técnico passaram Dunga, Mano Menezes e agora Luiz Felipe Scolari.

Com 70 mil pessoas no bilionário estádio Mané Garrincha, em Brasília, na tarde deste sábado, o ponto de partida diante dos japoneses.

Nos bastidores do vestiário da Canarinha, o uniforme verde e amarelo com os emblemas oficiais do torneio, na primeira das 80 partidas agendadas para o Brasil em 2013 e 2014, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

Neymar, Lucas, Fred, Oscar etc. Agora é com eles…

Túneis amadores para profissionais no estádios locais

Túneis de acesso aos campos na Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda. Fotos: Wellington Araújo/Rádio CBN

Estrutura alagada, uma adversidade comum no futebol pernambucano. Basta uma chuva um pouco mais forte e a precariedade da infraestrutura de acesso aos campos dos estádios recifenses fica evidente.

No Arruda, além do campo desgastado, o corredor alagado no acesso ao vestiário supostamente foi um problema para abrigar o primeiro dia de treinos na Copa. Abaixo, registros do radialista Wellington Araújo.

Os três estádios da capital contam com os corredores subterrâneos de acesso ao gramado. Na Arena Pernambuco, o correr é na altura do gramado.

Arruda, com uma pintura vencida há tempos e umidade extrema nas paredes.

Túnel de acesso ao campo no Arruda. Foto: Wellington Araújo/Rádio CBN

Aflitos, sem iluminação alguma e com bastante lodo.

Túnel de acesso ao campo nos Aflitos. Foto: Wellington Araújo/Rádio CBN

Ilha do Retiro com bomba d`água, devido à quantidade de alagamentos no setor.

Túnel de acesso ao campo na Ilha do Retiro. Foto: Wellington Araújo/Rádio CBN

A quinta classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 5ª rodada. Crédito: Superesportes

Enfim, uma tabela completa. Os três jogos adiados, sendo um da segunda rodada e dois da quinta, foram realizados nesta quarta e atualizaram a classificação da Série A. Pior para o Náutico, que acabou perdendo duas colocacões com as vitórias de Santos e Portuguesa.

Nesta paralisação forçada pela disputada da Copa das Confederações no país, quem se deu bem foi o Coritiba, líder pela primeira vez em sua história na era dos pontos corridos. O alviverde paranaense, campeão brasileiro em 1985, é o único invicto na edição desta temporada. Brasileirão agora, só em julho…

A 6ª rodada do representante pernambucano
07/07 – Náutico x Ponte Preta (18h30)

Jogos no Recife pela elite: 1 vitória timbu, 1 empate e nenhuma derrota.

Aviões da Seleção Brasileira na Copa

Avião da GOL para a Seleção Brasileira. Foto: CBF

Enquanto os clubes brasileiros contam com ônibus customizados, a Seleção Brasileira está um passinho à frente, com uma avião temático para a delegação. Em 2013 e 2014, o boeing 737-800 da GOL vai transportar a Canarinha país afora. Quando não estiver a serviço da CBF, a aeronave entrará na operação regular da companhia. Será a primeira vez que a GOL irá transportar a Seleção num Mundial. De 1962 a 2006 a viagem foi via Varig. Em 2010, a TAM.

Abaixo, os aviões anteriores, de 1994 a 2010. Qual foi o mais bonito?

Em 2010, na África do Sul, a TAM escolheu um Airbus A330 de sua frota, com capacidade para 219 pessoas. O nariz foi pintado com a bola do Mundial de 70.

Avião da TAM para a Seleção Brasileira em 2010. Crédito: www.skyliner-aviation.de

Na última viagem da Canarinha a bordo da Varig, em 2006, o avião foi um MD-11. Antes de chegar na Alemanha, a festa na intertemporada em Weggis.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2006. Crédito: http://forum.contatoradar.com.br

Na viagem mais longa já feita, para o outro lado do mundo, em 2002, a Varig utilizou um boeing 767-300. Na Ásia, o pentacampeonato mundial.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2002. Crédito: www.airlines.net

Na primeira tentativa para o penta, na França, a Varig disponibilizou um boeing 737. Em 1998 a companhia já havia apresentado um novo logotipo.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1998. Crédito: airlines.net

Em 1994 a seleção tetracampeã mundial foi transportada por um DC-10 da Varig. Na volta, o desembarque aconteceu no Aeroporto dos Guararapes

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1994

Mais 365 dias e a distante Copa do Mundo será nossa

Joseph Blatter no anúncio da Copa do Mundo no Brasil, em 2007

As minhas primeiras lembranças da Copa do Mundo vêm de 1990. De partidas tenebrosas com pouquíssimos gols na Itália e do pênalti convertido por Andreas Brehme no finzinho do jogo contra a Argentina de Maradona, no Stadio Olimpico.

Tinha oito anos e a vontade de assistir ao maior número de partidas do torneio foi natural. Minha, dos amigos e de quem gostasse de futebol. Difícil ficar alheio.

Apesar disso, o Mundial sempre me pareceu algo bem distante. Pela tempo desde a única edição brasileira, em 1950, antes do nascimento dos meus pais, e sobretudo pelas viagens que a Taça Fifa fez pelo globo.

Estados Unidos, França, Coreia do Sul, Japão e Alemanha. Há quatro anos a África do Sul quebrou paradigmas sobre o poder econômicos das sedes, até então países riquíssimos, estruturados.

Em condições normais de temperatura e pressão, francamente, o Brasil teria poucas chances para competir por uma nova chance. A concorrência era alta.

Mas o rodízio, que contemplou primeiramente justamente os africanos, chegou na América do Sul. Candidata único, a nação ganhou a chance e a “responsabilidade”, como frisou o presidente da Fifa em 2007, Joseph Blatter.

Seis anos atrás. Nesse tempo todo, as dúvidas sobre a realização de um evento tão grande assim por aqui continuou. Ou já esqueceram dos boatos sobre o plano B que levaria a Copa para a Inglaterra caso algo desse errado por aqui?

Na verdade, erros aconteceram sim. Várias situações saíram do controle e o investimento bilionário tornou-se o maior da história da competição. E mesmo com o gasto ainda incalculável, a infraestrutura segue criticada, lenta, temerária.

Com o grande teste do Mundial, a Copa das Confederações, batendo na porta, surge uma data emblemática: 12 de junho 2013.

Estamos a exatamente um ano do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.

365 dias, nada mais. Haja correria na preparação.

Aquelas lembranças de grandes seleções construídas em imagens na televisão terão a companhia de novas imagens, in loco.

Continuo com a mania de assistir a 30, 40, 50 jogos da Copa do Mundo. Ter a chance de ver um deles aqui ainda causa parafuso…  Tão perto, tão longe.

A sexta classificação da Segundona 2013

Classificação da Série B 2013, na 6ª rodada. Crédito: Superesportes

Mais uma terça cheia na agenda calendário da Série B, com dez partidas. A 6ª rodada do foi a última antes da paralisação para a Copa das Confederações, organizada pela primeira vez no Brasil. Único time invicto, a Chapecoense segue disparada.

Jogando em casa o Sport tinha a chance de continuar no G4. A derrota por 2 x 0 para o Bragantino, debaixo de outro toró na Ilha, afundou a classificação leonina. O time caiu do 3º para o 8º lugar na embolada disputa.

Recuperação? Só em julho…

A 7ª rodada do representante pernambucano
06/07 – Joinville x Sport (16h20)