Desarticulando a preparação timbu em menos de um minuto

Série A 2012: Náutico x Botafogo. Foto: RUDY TRINDADE/FRAME/AE

Sem Kieza e Martinez, o Náutico foi armado para tentar conter o empolgado Botafogo, neste domingo. Gallo estruturou o time de forma compacta, tendo como escape as subidas de Lúcio e Patric, pelos lados esquerdo e direito, respectivamente.

Na preleção, pedidos de atenção, sobretudo no meia Seedorf. Pontuar no Rio de Janeiro era importante para não queimar rapidamente a gordura na classificação acumulada no primeiro turno. Agora, esqueça tudo isso. As conversas, a organização tática. Tudo.

Com 52 segundos de jogo o Fogão já vencia o Timbu no surrado gramado do Engenhão.

Andrezinho, cercado por dois jogadores, foi até a linha de fundo, sem sofrer combate algum, e cruzou para o atacante Elkeson, que mandou de letra. Golaço provocado por uma “indiferença” do sistema defensivo dos alvirrubros.

Atrás no placar, então, bola pra frente. O time pernambucano até manteve a posse de bola superior ao do mandante, mas sem convicção.

Aos 33 minutos, já com a partida equilibrada, novo vacilo. Com Dadá estático e Ronaldo Alves sem ação, Elkeson marcou outro belo gol. Nos dois tentos, uma irritante apatia.

No vestiário, nova conversa no intervalo, mais pedido (cobrança) por atenção e aplicação tática, posicionando a marcação mais à frente. De cara, mais um gol no comecinho. Desta vez a favor do Náutico, aos 9 minutos do segundo tempo.

Na ocasião, Souza forçou um avanço na área, caiu e o árbitro marcou pênalti. Araújo, deslocando o goleiro, colocou o time de Rosa e Silva novamente no páreo.

Aos 34 e aos 36 minutos, Rogério e Araújo ficaram muito perto do empate.

Apesar do esforço, da pressão exercida, uma derrota por 3 x 1. Pois é. Nos descontos, num contragolpe, Andrezinho bateu fraco e Gideão não segurou.

Falha do goleiro à parte, o mau resultado foi (des)construído pela desatenção do restante da equipe com menos de 60 segundos de bola rolando…

Série A 2012: Botafogo 3 x 1 Náutico. Foto: AGIF/Site do Botafogo

Gol contra mais bizarro de todos os tempos da última semana

Inacreditável a falha cometida pelo goleiro Michel Alves, do Criciúma, no jogo contra o América Mineiro, neste sábado, no interior catarinense, pela Série B.

Assista, veja de novo e confira no replay…

Não é ficção.

É um dos lances mais bizarros da história do futebol. Com o devido exagero, claro.

320 profissionais a menos na cobertura local da Seleção

Credenciais para Brasil x China, em 2012. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Em 2009, a cobertura do jogo Brasil x Paraguai atraiu 900 profissionais no Arruda.

Em 2012, Brasil x China englobará 580 credenciados, com uma queda de 35%.

Na conta das duas partidas, narradores, comentaristas, repórteres, cinegrafistas, fotógrafos, técnicos etc. Televisão, rádio, jornal, web…

Há três anos, um recorde na cobertura de um evento esportivo no Recife (veja aqui).

Em 2009, o Diario de Pernambuco credenciou cinco repórteres e dois fotógrafos.

Para esta oportunidade, quatro repórteres (Cassio Zirpoli, Lucas Fitipaldi, Alexandre Barbosa e Stênio José) e dois fotógrafos (Ricardo Fernandes e Helder Tavares).

Seguindo a lógica que será implantada na Copa do Mundo, os jornalistas entram com papéis específicos na área de atuação. Na coletiva, por exemplo, apenas 40 lugares.

Será que a relação na queda do interesse na cobertura do jogo do Brasil terá algum paralelo com a presença de público no estádio José do Rego Maciel, nesta segunda?

O triunfo verde e amarelo sobre os paraguaios foi visto por 56 mil espectadores. Nesta suposição, o público diante dos chineses teria que ser de no máximo 36.400 pessoas.

Que o Mundão mantenha a tradição de casa cheia para a Canarinha.

Nordestão x Pernambucano

Campeonato do Nordeste e Campeonato Pernambucano

Com o aval da CBF, a Copa do Nordeste de 2013 será lançada oficialmente no dia 13 de setembro, em Fortaleza. De volta, revitalizada e capitalizada.

Serão 16 clubes divididos em quatro grupos de quatro equipes.

Bahia, Sport, Vitória e Santa Cruz são os cabeças de chave. O Timbu está fora.

Turno e returno nos grupos. Após seis rodadas, os dois melhores de cada chave avançam para as quartas de final. Daí até a decisão em jogos de ida e volta. Simples.

Para o calendário oficial do futebol brasileiro, nem tanto.

A princípio, o Nordestão é o único torneio regional chancelado pela CBF. A tradicional competição nordestina irá disputar datas com o Campeonato Pernambucano (veja aqui).

O embate entre as federações estaduais por datas é algo histórico, mesmo que gere um entrave na formação em uma agenda mais lucrativa para os clubes.

A 200ª enquete do blog quer medir o grau de interesse das torcidas sobre os dois campeonatos, que vão se misturar no calendário pelos próximos dez anos, segundo o acordo jurídico firmado entre CBF e Liga Nordeste.

Na prática, duas taças mais próximas da realidade.

À parte das competições nacionais, qual será o torneio mais valorizado em 2013?

  • Sport - Nordestão (34%, 343 Votes)
  • Santa Cruz - Nordestão (13%, 129 Votes)
  • Sport - Pernambucano (11%, 106 Votes)
  • Santa Cruz - Pernambucano (10%, 101 Votes)
  • Náutico - Pernambucano (9%, 95 Votes)
  • Sport - Mesmo valor (9%, 92 Votes)
  • Santa Cruz - Mesmo valor (7%, 67 Votes)
  • Náutico - Nordestão (5%, 46 Votes)
  • Náutico - Mesmo valor (2%, 22 Votes)

Total Voters: 1.001

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Os formatos no comando executivo nos Aflitos, Arruda e Ilha

Cartolas do futebol pernambucano. Arte: Jarbas/Diario de Pernambuco

Rubro-negros e alvirrubros preferem o atual modelo de gestão dos clubes, com dois anos de mandato no comando executivo e a possibilidade de reeleição. Pelo menos é o que aponta a enquete do blog, que teve 456 participações ao todo.

Enquanto isso, os tricolores parecem ter aprovado a mudança votada no Arruda, com um presidente durante três anos e a chance de se reeleger.

Por falta de quórum no conselho deliberativo coral, a mudança no estatuto foi desfeita. Apesar disso, a tendência é que o novo formato ganhe adesões na próxima assembleia.

Confira o resultado geral da enquete.

Qual é a melhor estrutura organizacional para os mandatos dos presidentes dos clubes do Recife?

Sport – 259 votos
Sport2 anos de mandato, com reeleição – 48,26%, 125 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 13,89%, 36 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 24,71%, 64 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 13,12%, 34 votos

Santa Cruz – 113 votos
Santa Cruz2 anos de mandato, com reeleição – 27,43%, 31 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 4,42%, 5 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 53,98%, 61 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 14,15%, 16 votos

Náutico – 84 votos
Náutico2 anos de mandato, com reeleição – 44,04%, 37 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 22,61%, 19 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 17,85%, 15 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 15,47%, 13 votos

A 22ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 22 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da vigésima segunda rodada da Série A.

Na abertura da rodada, na quarta, o Timbu até que tentou. Finalizou 24 vezes contra a meta vascaína, mas apenas seis chutes foram na barra adversária. Apenas um entrou. Com Gideão estático debaixo da trave, o Náutico ficou no empate em 1 x 1.

Na quinta-feira, no complemento da rodada, o Leão teve uma noite infeliz. Mal ofensivamente e extremamente desatento na defesa. Após o primeiro tempo sem gols, os rubro-negros sofreram três em 20 minutos. No fim, Palmeiras 3 x 1.

A 23ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

09/09 (16h00) – Botafogo x Náutico

No Rio de Janeiro (8 jogos): 1 vitória alvirrubra, 2 empates e 5 derrotas

09/09 (18h30) – Sport x Cruzeiro

No Recife (16 jogos): 6 vitórias rubro-negras, 5 empates e 5 derrotas

Sem base para novidades, Sport cai no Pacaembu

Série A 2012: Palmeiras 3x1 Sport. Foto: PIERVI FONSECA/AGIF/AE

Com o Pacaembu cheio, tomado por 30.463 torcedores, o Palmeiras foi no embalo da pressão da arquibancada. Os alviverdes buscaram bastante o gol, usando as laterais.

No primeiro tempo foi um festival de bolas alçadas na área do Sport. Para ser mais exato, foram 15 cruzamentos do time paulista. Apenas seis do visitante pernambucano.

Uma dessas raras chances leoninas surgiu aos 46 minutos, na única boa finalização.

No momento em que conseguiu tocar a bola com um pouco mais de ritmo, o Leão assustou. Hugo cruzou, Felipe Azevedo subiu bem e exigiu uma ótima defesa de Bruno.

Até ali, quem aparecia nesta quinta, para “variar”, era Magrão.

Quando não salvou, a trave ajudou, num lance incrível de Obina, aos 27 minutos. Oportunidade articulada numa falha de posicionamento dos leoninos.

Era preciso mudar a postura do Sport, facilmente envolvido pelo time de Felipão.

No início da etapa final, o jovem Welton, surpresa na escalação, vacilou na marcação e Luan por pouco não marcou. O número 30 nas costas parecia o peso da camisa.

Aos 7 minutos, o primeiro gol palmeirense. Curiosamente, não foi na pressão.

A jogada começou nos seguidos passes errados do Sport, sem consistência na meiuca. Numa estocada, um chute de longa distância de Corrêa. Falha grave de Magrão.

Com o time abdicando do ataque, a reação seria difícil. Só na base da vontade.

Ou, então, em um lance fortuito. Aconteceu. Aos 16, o canhoto Rivaldo mandou um míssil de pé direito. Acertou o ângulo e empatou.

A festa durou um minuto. Em falha de atenção incrível de Welton após um lançamento, Tiago Real dominou na área e desempatou. Nervoso, o garoto de 20 anos não marcava.

Aos 22, acredite, mais uma bola em cima do frágil lado direito do Leão. Obina se aproveitou e decretou a vitória dos paulistas, por 3 x 1. Lutaram pela boa vantagem.

Dar chance à base é necessário para qualquer clube. No entanto, existe o momento para isso. Um jogo tenso, entre duas equipes desesperadas, não parecia o ideal…

Faltou personalidade em São Paulo. Dos mais experientes ao novo profissional.

Série A 2012: Palmeiras 3x1 Sport. Foto: WAGNER CARMO/AE

O Brasil da Copa do Mundo até agosto de 2012

Copa do Mundo 2014

Revisão do orçamento à parte, a previsão de gastos no Brasil para a organização da Copa do Mundo de 2014 é de inacreditáveis R$ 64 bilhões.

Estádios, mobilidade urbana, aeroportos etc. Ou seja, infraestrutura. O trabalho intenso vem ocorrendo nas doze subsedes, já na corrida contra o tempo.

Faltam 644 dias para começar no país a maior competição de futebol do planeta.

Eis um resumo do balanço das obras até agosto deste ano, através do vídeo oficial divulgado pelo governo federal.

Para o mundo, é assim que as coisas estão caminhando.

A edição ajudou para uma boa imagem.

Para a Fifa, um misto de luz verde e amarela, é claro…

Magrão e Derley nos traços de Maurício de Sousa

Figurinhas do álbum do Brasileirão 2012. Crédito: paulogibi.blogspot.com.b

Uma grata novidade no álbum oficial do Campeonato Brasileiro desta temporada foi a arte de Maurício de Sousa, que desenhou um atleta de cada um dos vinte clubes.

O mesmo traço característico da famosa Turma da Mônica (veja aqui).

No Sport, o goleiro Magrão. A figurinha número 328.

No Náutico, o volante Derley, ídolo timbu, mas que já deixou os Aflitos. O cromo 220.

Ao todo, são 501 cromos autocolantes, dos quais 21 jogadores aparecem no formato especial, como um desenho. Vinte e um?

Sim, um deles é especial… Pelezinho.

Equilíbrio nos Aflitos, na garra, na reclamação e no placar

Série A 2012: Náutico x Vasco. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Sem Juninho Pernambucano, Dedé e Felipe. Peças fundamentais na formação vascaína.

Mesmo sem os experientes articuladores e o zagueiro da Seleção, o Vasco mostrou força no Recife. Mais uma vez, diga-se. Desta vez, diante do Náutico.

Soube conter as investidas do Timbu, que sabe como poucos no país fazer valer o mando de campo no Brasileirão. Aperta a marcação e dita o ritmo.

Mas a partida na noite desta quarta-feira teve poucas chances para os dois lados, apesar da entrega em campo. Vigor físico seguida de lesões musculares…

Tanto que o primeiro tempo parecia caminhar com o placar em branco até o intervalo. Até o cruzamento de Rhayner, quando a zaga vascaína, lenta em quase toda a partida, desviou mal e a bola sobrou para Kieza.

Ausente da equipe nos últimos dois jogos, o atacante mostrou o velho faro de gols…

Foi o seu 7º tento nesta Série A, se aproximando do topo da artilharia geral, mesmo tendo entrado nesta corrida com o campeonato em andamento.

Até aquele momento, 41 minutos do primeiro tempo, o jogo estava bem equilibrado.

Série A 2012: Náutico 1x1 Vasco. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

No intervalo, a confissão do camisa 9, desgastado.

“Estou no sacrifício, ainda com dor, mas estou aqui para ajudar.”

Frase que deixava claro a (falta de) mobilidade do atacante, sempre guardando um pouco de gás. No começo do segundo tempo, o empate com apenas oito minutos.

Felipe Bastos bateu de longe, no lado direito de Gideão, que sequer pulou…

Em nenhum momento houve domínio de uma equipe. Igualdade era a palavra chave.

Mesmo sem forçar, o Timbu ainda mandou para as redes de novo, aos 19. Araújo foi lançado e chutou forte. Porém, a arbitragem alegou impedimento.

Lance pra lá de duvidoso…

No fim, com o tempo passando e o preciosismo de Souza imperando, os dois times ainda saíram reclamando de penalidades não marcadas.

Pela Série A, o Náutico segue sem vencer o Vasco em Rosa e Silva. Os três triunfos foram no Arruda. Contudo, o empate em 1 x 1 não foi um mau resultado.

Até brecou a série de vitórias alvirrubras, mas o adversário, mesmo desfalcado, mostrou porque briga lá em cima, no G4. Oscilar faz parte. Pontuar é o mais importante….

Série A 2012: Náutico x Vasco. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco