Cerveja liberada parcialmente no futebol carioca. Medida no foco pernambucano

Latas de Sport, Náutico e Santa Cruz. Crédito: Brahma

Não faz muito tempo e o discurso era quase unânime sobre o foco da violência no futebol. A bebida alcoólica seria o ponto de partida de tudo.

Há quatro anos, um movimento nacional resultou na proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios nos principais centros.

Veto com leis estaduais e decisões das respectivas federações locais. Em Pernambuco a medida aconteceu em 24 de março de 2009, com o decreto oficializado na assinatura do governador sobre o projeto de lei nº 932/2009, de autoria de Alberto Feitosa, após a Lei Seca iniciada pelo Juizado do Torcedor.

O tempo passou e os números da violência não corresponderam à expectativa de redução com o veto à cerveja. Já a receita dos clubes diminuiu neste setor.

Os problemas, ainda vigentes, se mostraram bem mais complexos.

A proximidade da liberação da cerveja nos torneios oficiais da Fifa no país, em 2013 e 2014, só aumentou a pressão pela revogação das leis estaduais.

O Rio de Janeiro deu o primeiro passo, ainda que de forma adaptada, numa resolução da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

A venda começa a duas horas antes do jogo, sendo suspensa a quinze minutos do pontapé inicial. Retorna só no intervalo. Nada de venda após a partida.

Será este o caminho a ser seguido por Pernambuco? Aqui, vale lembrar, o ato está referendado como lei estadual. Trata-se de um processo mais trabalhoso.

Certamente, o ato carioca deve respingar no futebol local…

Elton John, torcedor fanático por futebol em qualquer lugar. Até no Recife

A paixão de Elton John com o futebol

O londrino Elton John, de 66 anos, já vendeu mais de 450 milhões de discos em quatro décadas de carreira, consagrado como astro da música pop. Nada que mude a aura futebolística do cantor.

No Recife, a um oceano de distância da terra da Rainha, Elton sacudiu a produção local no domingo para conseguir assistir ao duelo entre Manchester United e Chelsea. O jogo válido pelas quartas de final da Copa da Inglaterra aconteceu pela manhã, em Old Trafford.

No seu hotel, de forma incrível, o jogo não foi exibido na televisão. Assim, antecipou a ida ao Chevrolet Hall. Horas antes do show, assistiu ao emocionante empate em 2 x 2, que provocou um replay no duelo, agora na casa dos Blues.

United e Chelsea à parte, Elton torce mesmo é pelo Watford, hoje na segunda divisão. E não é um torcedor qualquer. Ele já foi o dono do clube!

Assumiu o afundado time primeiro como presidente, em 1973. Três anos depois, com o Hornets na quarta divisão, virou o dono. Numa arrancada impressionante sob seu comando, o Watford alcançou a elite em 1983.

Na estreia na primeira divisão, há exatos trinta anos, veio o melhor resultado da história. Com 16 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, o vice-campeonato inglês. Elton venderia o clube em 1987, mas sem abdicar da paixão.

Basta dizer que Sir Elton já realizou três shows no estádio do clube, o acanhado Vicarage Road. O primeiro em 1974, logo após assumir a presidência.

Mesmo com algumas rusgas, como a renúncia ao título de presidente honorário do Watford, o cavaleiro do império britânico fez mais dois shows, em 2005 e 2010, apenas para angariar recursos para o clube…

A ciranda de técnicos na Ilha do Retiro na fase de repetição com Sérgio Guedes

Técnico Sérgio Guedes em ação no Sport no Brasileirão de 2012. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Geninho, Hélio dos Anjos, Paulo César Gusmão, Mazola Júnior, Vágner Mancini, Waldemar Lemos, Sérgio Guedes e Oswaldo Alvarez. Fora os interinos.

A lista de técnicos no Sport é extensa. A de insucessos é ainda maior. Salvo o acesso conquistado na bacia das almas, a vida rubro-negra tem sido difícil.

No âmbito estadual, perdeu a soberania nos últimos dois anos, mesmo com um orçamento muito superior ao dos rivais tradicionais.

No cenário nacional, uma coleção de frustrações, incluindo a perda do poder na Ilha do Retiro, outrora demolidor nessas campanhas.

Jogadores descompromissados, diretoria batendo cabeça, torcida em fúria. E os técnicos foram passando no Sport. Caindo um a um.

Ora pelo esquema tática travado, ora pela insistência em peças infrutíferas, ora pelo discurso afobado, trazendo para si uma pressão desnecessária. Etc. Etc.

Técnicos do Sport nos últimos dois anos: Sérgio Guedes, Hélio dos Anjos, Mancini, Waldemar Lemos, Mazola, PC Gusmão, Geninho e Vadão. Fotos: Diario de Pernambuco

Nesse embalo, a volta de Nelsinho Batista acabou se tornando no sonho de dias melhores. O campeão da Copa do Brasil de 2008 segue no Japão, sossegado.

Talvez consciente de que, neste momento, nem ele seja o nome certo.

A quantidade de nomes é tão grande que chega à repetição. Sérgio Guedes ganha agora outra chance após a frustrante passagem no XV de Piracicaba.

A sua última participação no Leão foi no jogo que culminou no rebaixamento leonino na temporada passada, nos Aflitos. Mesmo com poucos jogos e o histórico resultado final, o time evoluiu em suas mãos, por um momento.

Com mais calma (será mesmo?), Sérgio Guedes chega com o tom apaziguador no Leão. Com ele, algumas peças terão uma última chance. Sobretudo, Hugo.

Ao torcedor do Sport, a hora de recomeçar. De novo. Mais uma vez. Até quando? Caberá a Sérgio Guedes evitar a continuidade desta ciranda.

Técnico Sérgio Guedes em ação no Sport no Brasileirão de 2012. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Espanha x Uruguai a caminho do maior efetivo policial do futebol pernambucano

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O maior efetivo já empregado em uma partida de futebol no estado foi na finalíssima do Campeonato Pernambucano de 2011.

No Arruda, repleto com 62.243 torcedores, o Clássico das Multidões foi vistoriado por 1.608 policiais dentro do estádio e no entorno.

Antes, a marca pertencia ao jogo Brasil x Paraguai, pelas Eliminatórias, em 2009, com 1.600 homens numa partida que reuniu 56 mil pessoas no Mundão.

Em junho, esses dados deverão ficar bem para trás. A Fifa confirmou o efetivo policial necessário para os jogos da Copa das Confederações no país. Cada partida terá entre 2.500 e 3.000 policiais.

Detalhe: nos torneios da Fifa as polícias civil e militar operam fora das arenas. Dentro, a ação é comandada pelos stewards, uma segurança privada já em treinamento. Em 2014 serão cerca de 50 mil nos doze estádios do Mundial.

Na Arena Pernambuco, portanto, é possível que o jogo Espanha x Uruguai, primeira grande partida do estádio, tenha a carga máxima (veja aqui).

Considerando a lotação de 46.214 lugares, a média de segurança nos arredores do estádio em São Lourenço será de um policial para cada quinze pessoas.

Na supracitada decisão do Pernambucano, levando em conta as áreas interna e externa, esse índice foi de um para cada 39. Diferença enorme.

De fato, o padrão de segurança será algo nunca antes visto por essas bandas…

Em tarde de gols improváveis, difícil foi a costura da paz entre time e torcida na Ilha

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo morno na Ilha. Com o estádio quase às moscas, com a torcida ainda chocada pelas declarações de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a lobistas para “empurrar” Leomar na Seleção, o Sport precisava se recuperar.

Sem treinador, sem padrão de jogo, sem confiança, sem vontade. Está dura a vida rubro-negra nesta temporada. Mas os 8.902 corajosos que trocaram o domingo de sol pela paixão na arquibancada viram a recuperação leonina.

Pelo menos a recuperação estatística, com uma vitória e a volta à zona de classificação do Estadual. O resultado positivo, por 2 x 0, contudo, passou longe de agradar, até mesmo pela fragilidade do Porto, inerte em campo.

A equipe dirigida interinamente por Gustavo Bueno e armada no esquema 3-5-2 apresentou os velhos erros ofensivos, alguns deles primários, como o gol impedido (corretamente anulado) de Roger, por pura falta de atenção.

Já o golaço de Rithelly, num chutaço de prima de fora da área, foi o raro ponto positivo. Saiu aos 39 do primeiro tempo. No mesmo minuto, mas na etapa final, Cicinho, que acabara de entrar, marcou o seu primeiro gol pelo Sport. Se libertou da promessa de beber refrigerante só no dia em que esse tento saísse.

Golaço de Rithelly e gol de Cicinho. Difícil mesmo está sendo fazer as pazes com a torcida. Desta vez, o time ao menos deu um passo à frente.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

 

O primeiro ano sem Ricardo Teixeira na presidência da CBF. Evoluímos?

Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. Foto: CBf/divulgação

Aniversário de Olinda e Recife à parte, o dia 12 de março ficará celebrado no futebol nacional com a data em que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, após 23 anos quase intermináveis no poder.

Pressionado por seguidas denúncias de corrupção, o dirigente acabou passando a bola e embarcou para Miami, onde segue a vida tranquila.

Assim, o futebol brasileiro, agora sob o comando de José Maria Marin, chega a um ano sem o dirigente que marcou época, sem que isso tenha sido positivo.

Vale um balanço desta primeira temporada pós-Teixeira. A organização mudou? O regime ficou mais claro? A estrutura dos campeonatos nacionais progrediu? A Seleção Brasileira está mais bem cuidada? Entre outras inúmeras perguntas no rol de atividade inerentes à confederação. Vamos à enquete.

Um ano após a renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, como você avalia a entidade agora?

  • Sport - Na mesma (28%, 353 Votes)
  • Náutico - Na mesma (16%, 195 Votes)
  • Náutico - Melhorou (13%, 166 Votes)
  • Santa Cruz - Na mesma (13%, 159 Votes)
  • Sport - Piorou (11%, 137 Votes)
  • Sport - Melhorou (8%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Melhorou (5%, 62 Votes)
  • Santa Cruz - Piorou (4%, 44 Votes)
  • Náutico - Piorou (2%, 28 Votes)

Total Voters: 1.248

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Rotina ofensiva do Alvirrubro e esboço de confiança na defesa

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Na rotina alvirrubra neste ano, o ataque funciona de forma plena. A dupla de atacantes ajuda na marcação e define bem, balançando as redes.  Em mais uma goleada neste turno, desta vez no 3 x 0 aplicado sobre o Belo Jardim, Elton chegou a incríveis doze gols em dez jogos na competição.

Elton segue disparado na artilharia, seguido por Rogério, que comemorou mais um gol nesta volta ao time, em ótima fase. No resultado positivo construído sem aceleração máxima em Rosa e Silva, na noite deste sábado, com pouco menos de oito mil torcedores, valeu também o bom rendimento da defesa.

Ponto mais preocupante do Timbu – teoricamente seria a falta de Kieza, mas até aqui não comprometeu -, a zaga chegou a dois jogos sem ser vazada. Parece pouco, sobretudo em um torneio estadual, mas era algo bastante necessário.

As vaias ao goleiro Felipe e as constantes trocas de zagueiros deixaram o setor pressionado neste início de temporada. Essa pressão ainda não foi dissipada, mas o volume ofensivo do líder do campeonato, com a impressionante marca de 22 gols em 5 jogos no turno principal, mudou o foco da torcida alvirrubra.

Até mesmo porque nos Aflitos há a esperança depositada em dois atletas que devem compor a formação titular, com qualidade técnica suficiente para ajudar a turma lá atrás, Rodrigo Souto e Martinez – este ainda articulando na frente. Neste Pernambucano de tiro curto, o encaixe tático será decisivo.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

As manchetes esportivas do Diario de Pernambuco, pero no mucho

Capas do Diario de Pernambuco em 2013, nem sempre com esportes na manchete

Das 68 capas do Diario de Pernambuco até o momento, em 2013, dez delas tiveram na manchete uma relação direta com a editoria de esportes.

Destas, cinco não relataram resultados de jogos dos grandes clubes, histórias de superação ou novidades sobre o contexto esportivo.

Foram cinco capas misturando fraude, tentativa de homicídio, briga de torcidas organizadas, comissão a lobistas…

Uma impressionante sequência de fatos que nos leva a pensar que a disputa saudável, sobretudo, vem sendo deixada de lado. Definitivamente, o futebol pernambucano ainda não engrenou nesta temporada.

Não dentro das quatro linhas.

O que ainda falta acontecer de ruim este ano? Faltam mais 297 capas…

A arena pernambucana saiu da maquete, externa e internamente

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

A cada trinta dias um fotógrafo contratado pela Odebrecht sobrevoa a arena a bordo de um helicóptero, captando imagens sempre do mesmo ponto.

Com o auxílio de um GPS, as imagens replicam maquetes originais, produzidas em 3D pelos arquitetos há bastante tempo. O mesmo ocorreu internamente.

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Com a cobertura finalizada e quase todo o estacionamento finalizado, é possível, enfim, enxergar nas imagens aquele projeto futurista em São Lourenço.

Na prática, o empreendimento já encontra-se em 95% de avanço físico. Nas imagens é possível perceber as lacunas: fachada inspirada na Allianz Arena, cadeiras, iluminação, placar eletrônico e gramado.

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Neste postagem, dois exemplos dessa evolução, saindo da maquete. Na sua opinião, está fazendo jus ao projeto original?

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação