O Arruda começou a ser erguido há 50 anos. O Santa já ocupava o terreno na Avenida Beberibe havia duas décadas, mas somente em 1965 o alçapão de madeira deu lugar às primeiras arquibancadas de concreto. Sem pressa, com a ajuda do povão, de tijolo e cimento à mão de obra. E assim continuou até 1971, quando o governador do estado, Eraldo Gueiros, liberou um empréstimo de US$ 850 mil, numa parceria entre Bandepe e Campina Grande S/A, para concluir a obra projetada por Reginaldo Esteves. Pelé testemunhou o financiamento.
O estádio José do Rêgo Maciel seria ampliado novamente em 1980, através de um novo empréstimo do Bandepe, também feito aos rivais. Com o anel superior, a capacidade subiu para 85 mil pessoas na reabertura em 1982. Na época, se chegou a especular até 110 mil lugares! Só não havia dúvida quanto à magnitude do quarto maior estádio particular do mundo. Daí, o apelido “Colosso do Arruda”.
No post, raras fotos coloridas da construção e ampliação do Mundão. Confira as imagens em uma resolução maior: 1965, 1972, 1980 e 2010.
Quanto ao futuro do estádio, um novo desenho já foi feito, com a Arena Coral.
Na sequência da postagem sobre as metrópoles com mais estádios no mundo, uma vista dos principais palcos do Grande Recife, a partir do Google Maps. Para comparar cada estrutura de maneira mais justa, a aproximação foi a mesma (com a relação de 50m), assim como o ângulo e o corte das imagens via satélite, em 3D, atualizadas em 2015. Até porque a cada ano surgem edificações próximas, assim como as novas pinturas das arquibancadas.
Apesar da capacidade inferior em relação ao Mundão (de 13.830 lugares), a arena da Copa ocupa uma área maior, explicada pelo estacionamento interno, pelas áreas livres para bares e ações pontuais, e, sobretudo, pela fachada de almofadas de etileno tetrafluoretileno, que ocupa 25 mil metros quadrados.
Dos seis estádios presentes, apenas o Grito da República, em Olinda não tem gramado. Também pudera, a inauguração está atrasada há dois anos, apesar da arquibancada já erguida. Confira também as imagens do Google Street View passando nas sedes dos três grandes clubes da capital pernambucana.
Maior rede de varejo esportivo da América Latina, a Centauro criou um ranking de venda de camisas de clubes brasileiros, através dos registros em suas 150 lojas no país e do e-commerce, incluindo, claro, os uniformes oficiais de Náutico (Umbro), Santa (Penalty) e Sport (Adidas). Lançado em agosto de 2015, o hotsite contabiliza os dados mensais desde julho. Além do levantamento nacional, é possível conferir estado por estado. E o Flamengo, o time mais popular do país, lidera em 22 dos 27. Só não ficou à frente no Maranhão (Sampaio), Pernambuco (Sport), Minas Gerais (Atlético-MG), São Paulo (São Paulo) e Rio Grande do Sul (Inter). Surpreendente foi ver o Botafogo na vice-liderança no quadro inicial.
Em Pernambuco existem seis lojas da Centauro, todas em shoppings centers, sendo cinco no Grande Recife e uma em Petrolina. Esses empreendimentos fundamentam o ranking estadual, com Sport e Santa firmes nas duas primeiras colocações (acumulando 79% em agosto e 58% em julho). Ambos também estão entre os doze primeiros do Brasil, deixando claro a viabilidade das marcas. Já o Náutico ficou duas vezes atrás do Fla no cenário local, ocupando o 4º lugar. Essa lista não pode ser confundida com uma pesquisa de torcidas ou algo mais. É, literalmente, um “ranking de vendas de uniformes na Centauro”.
A atualização das vendas no site será diária, segundo a empresa, tendo variações lógicas a partir de lançamentos de novos padrões e da distribuição dos produtos. Considerando que as grandes fabricantes e os próprios clubes não costumam divulgar números regulares sobre as vendas em suas respectivas lojas, então a ideia pode se transformar numa boa fonte de informação…
Post atualizado com dados até 30/09.
Setembro/2015
Ranking nacional
14º) Santa Cruz 0,8%
23º) Sport 0,5%
38º) Náutico 0,1%
Ranking pernambucano
1º) Flamengo 28,6%
2º) Santa Cruz 24,4%
3º) Sport 15,4%
9º) Náutico 2,3%
Agosto/2015
Ranking nacional
10º) Sport 2,6%
13º) Santa Cruz 1,8%
29º) Náutico 0,2%
Ranking pernambucano
1º) Sport 45,8%
2º) Santa Cruz 31,3%
4º) Náutico 3,5%
Julho/2015
Ranking nacional
11º) Sport 2,0%
12º) Náutico 1,0%
15º) Santa Cruz 1,0%
Ranking pernambucano
1º) Sport 35,0%
2º) Santa Cruz 23,0%
4º) Náutico 11,0%
Buenos Aires, la ciudad con más campos de fútbol del mundo
Este foi título da reportagem produzida pelo jornal El País, que numa tradução simples estabelece a capital argentina como a região metropolitana com mais estádios a partir de dez mil lugares. Numa paixão futebolística nítida em cada esquina da cidade de 13 milhões de habitantes, existem 36 palcos, do imponente Monumental de Nuñez (do River Plate, com 61.688 lugares) ao acanhado Malvinas (do San Miguel, com 10.000). Para se ter uma ideia, a quantidade é superior ao dobro do segundo colocado. O ranking publicado pelo periódico, aliás, apresenta cidades com muita tradição no futebol.
1º) Buenos Aires (36) 2º) São Paulo (15) 3º) Londres (12) 4º) Rio de Janeiro (9) 5º) Madri (5)
O blog analisou o mais recente cadastro nacional de estádios brasileiros, produzido pela CBF e cuja 5ª versão inscreveu 782 praças esportivas, elaborando uma lista nacional. Com este levantamento, o Grande Recife ficou numa posição surpreendente, superior a Madri, diga-se. Adicionado o estádio Grito da República, em Olinda, previsto (enfim) para dezembro de 2015 e com gasto acima do previsto, seriam seis palcos acima da capacidade estipulada.
Nesta apuração, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com números inferiores em relação ao do ranking mundial, mas há uma justificativa plausível. No caso paulistano, a popular Rua Javari, do Juventus, teve a sua capacidade oficial reduzida para apenas 4.004 espectadores, apesar do recorde de 15 mil pessoas apinhadas. O mesmo ocorreu em dois locais tradicionais na Cidade Maravilhosa, o Moça Bonita (Bangu) e o Luso Brasileiro (Portuguesa).
Abaixo, as onze metrópoles brasileiras com mais estádios.
Caso alguém atualize a lista mundial, a RMR ficaria em 5º lugar…
1º) São Paulo (14) – 20,93 milhões de habitantes e 7,94 mil km²
66.795 – Morumbi (São Paulo)
45.000 – Arena Corinthians (São Paulo)
45.000 – Allianz Parque (São Paulo)
37.730 – Pacaembu (São Paulo)
31.452 – Arena Barueri (Barueri)
21.004 – Canindé (São Paulo)
16.744 – Anacleto Campanella (São Caetano)
14.384 – Francisco Ribeiro (Mogi das Cruzes)
14.185 – Bruno Daniel (Santo André)
13.440 – 1º de Maio (São Bernardo)
13.400 – Ícaro de Castro (São Paulo)
12.430 – José Liberatti (Osasco)
12.000 – Parque São Jorge (São Paulo)
10.117 – Nicolau Alayon (São Paulo) Total de lugares: 353.681 Média por estádio: 25.262 Um estádio a cada 1,49 milhão de pessoas Um estádio a cada 567 km²
2º) Rio de Janeiro (7) – 12,11 milhões de habitantes e 8,14 mil km²
78.838 – Maracanã (Rio de Janeiro)
44.661 – Engenhão (Rio de Janeiro)
24.584 – São Januário (Rio de Janeiro)
18.000 – Ítalo Del Cima (Rio de Janeiro)
15.000 – Campo dos Cordeiros (São Gonçalo)
13.544 – Edson Passos (Mesquita)
12.000 – Caio Martins (Niterói) Total de lugares: 206.627 Média por estádio: 29.518 Um estádio a cada 1,73 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,16 mil km²
3º) Recife (6) – 3,88 milhões de habitantes e 2,77 mil km²
60.044 – Arruda (Recife)
46.214 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
32.923 – Ilha do Retiro (Recife)
22.856 – Aflitos (Recife)
15.000 – Grito da República (Olinda)
12.000 – Ademir Cunha (Paulista) Total de lugares: 189.037 Média por estádio: 31.506 Um estádio a cada 646 mil pessoas
Um estádio a cada 461 km²
4º) Curitiba (5) – 3,46 milhões de habitantes e 16,58 mil km²
42.372 – Arena da Baixada (Curitiba)
35.000 – Pinheirão (Curitiba)
34.872 – Couto Pereira (Curitiba)
17.200 – Durival de Brito (Curitiba)
10.000 – Vila Olímpica (Curitiba) Total de lugares: 139.444 Média por estádio: 27.888 Um estádio a cada 692 mil pessoas
Um estádio a cada 3,31 mil km²
4º) Porto Alegre (5) – 4,18 milhões de habitantes e 10,34 mil km²
56.500 – Arena Grêmio (Porto Alegre)
56.000 – Beira-Rio (Porto Alegre)
45.000 – Olímpico (Porto Alegre)
10.000 – Complexo Esportivo (Canoas)
10.000 – Cristão Rei (São Leopoldo) Total de lugares: 177.500 Média por estádio: 35.500 Um estádio a cada 836 mil pessoas
Um estádio a cada 2,06 mil km²
4º) Brasília (4) – 2,85 milhões de habitantes e 5,80 mil km²
72.788 – Mané Garrincha (Brasília)
27.000 – Boca do Jacaré (Taguatinga)
20.310 – Bezerrão (Gama)
10.000 – Augustinho Lima (Sobradinho) Total de lugares: 130.098 Média por estádio: 32.524 Um estádio a cada 712 mil pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²
7º) Belém (3) – 2,38 milhões de habitantes e 3,56 mil km²
45.007 – Mangueirão (Belém)
16.200 – Curuzu (Belém)
12.000 – Baenão (Belém) Total de lugares: 73.207 Média por estádio: 24.402 Um estádio a cada 793 mil pessoas
Um estádio a cada 1,18 mil km²
7º) Belo Horizonte (3) – 5,76 milhões de habitantes e 9,46 mil km²
61.846 – Mineirão (Belo Horizonte)
23.018 – Independência (Belo Horizonte)
22.000 – Arena do Jacaré (Sete Lagoas) Total de lugares: 106.864 Média por estádio: 35.621 Um estádio a cada 1,92 milhão de pessoas
Um estádio a cada 3,15 mil km²
7º) Fortaleza (3) – 3,81 milhões de habitantes e 6,96 mil km²
63.903 – Castelão (Fortaleza)
20.262 – Presidente Vargas (Fortaleza)
10.500 – Domingão (Horizonte) Total de lugares: 94.665 Média por estádio: 31.555 Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 2,32 mil km²
7º) Natal (3) – 1,50 milhão de habitantes e 3,25 mil km²
32.050 – Arena das Dunas (Natal)
15.082 – Frasqueirão (Natal)
10.068 – Barretão (Ceará-Mirim) Total de lugares: 57.200 Média por estádio: 19.066 Um estádio a cada 500 mil pessoas
Um estádio a cada 1,08 mil km²
7º) Salvador (3) – 3,91 milhões de habitantes e 4,37 mil km²
50.025 – Fonte Nova (Salvador
35.000 – Barradão (Salvador)
32.157 – Pituaçu (Salvador) Total de lugares: 117.182 Média por estádio: 39.060 Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²
“Pelas provas trazidas, fica evidente que a ISE, que controla os amistosos da Seleção é uma empresa fantasma, que só existe para a CBF.”
A empresa tem apenas uma caixa postal, nas Ilhas Cayman, subcontratando outra empresa para a operacionalização dos jogos. Espera-se que a comissão investigue a fundo a estrutura do futebol no país, do topo à base. A lista é encabeçada pelo ex-presidente da CBF, José Maria Marin, preso na Suíça após a investigação do FBI sobre as ações da Fifa. A médio prazo, o foco deve ir além da confederação. Ainda não há data, mas os 27 presidentes de federações estaduais serão chamados ao Congresso. Inclusive Evandro Carvalho, da FPF.
“Eu acredito que todos eles (presidentes das federações) virão aqui bastante satisfeitos, pois eles vão nos ajudar, vão mostrar um pouco o que eles vem fazendo no futebol e pelo futebol nos últimos anos”.
O Baixinho justifica que como se trata de um convite, ninguém é obrigado a ir…
Vale lembrar que esta é segunda CPI do Futebol. Em 2001, a investigação focou o contrato de US$ 160 milhões entre CBF e Nike, assinado em 1996. Só que a apuração se transformou num papelão, tendo tempo até, em um dos interrogatórios, para questionar a marcação em Zidane na final do Mundial de 1998. Relembre o episódio, e o autor da pergunta, clicando aqui.
Criada em 2015, a pré-temporada de um mês no futebol brasileiro poderá acabar em Pernambuco já em 2016. À parte do calendário elaborado pela CBF, com 25 dias, a FPF articula junto às demais federações nordestinas a possibilidade de iniciar os campeonatos estaduais em 16 de janeiro. Neste ano, por exemplo, a pré-temporada para todos os clubes foi de 7 a 31 de janeiro.
No encontro na sede da Boa Vista, o presidente da federação pernambucana, Evandro Carvalho, recebeu os dirigentes regionais (exceção feita à Bahia, que não mandou representante) e o vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó. Todos assinaram a ata pedindo a mudança imediata. Segundo a FPF, trata-se de um “aperfeiçoamento dos estaduais e do campeonato regional”. Entretanto, se o pedido das oito federações for acatado, a pré-temporada de Náutico, Santa Cruz e Sport irá durar apenas dez dias. Período ínfimo, ainda mais se considerarmos que neste ano houve treino físico, tático e até torneios amistosos.
Com o aumento de datas do Campeonato Pernambucano, de 14 para 18 datas, o regulamento também seria modificado. Em conversa com o blog e com o repórter João de Andrade Neto, Evandro explicou as quatro fórmulas estudadas. O primeiro modelo, semelhante ao torneio do Rio Grande dpo Sul, é o preferido. Contudo, a logística exige um número mínimo de clássicos, por causa do acordo com a Rede Globo. Daí, a projeção de clássicos de cada formato.
A decisão do regulamento sairá em novembro, no conselho arbitral. Já as datas para a competição poderiam ser entre 16/01 e 01/05.
1º modelo (17 ou 18 datas)
Turno único com os 12 clubes (11 rodadas), passando os oito melhores, com quartas de final, semifinal e final, sempre ida e volta. Com uma data sobrando, a decisão também pode ter até três jogos, com a “negra” na Arena Pernambuco. Projeção de clássicos: de 3 a 8
2º modelo (18 datas)
Três grupos de quatro times (Náutico, Santa e Sport como cabeças-de-chave), com jogos dentro das chaves, em ida e volta (6 rodadas). Passam os dois primeiros de cada grupo, fazendo um hexagonal (ida e volta, 10 rodadas). Os dois melhores disputariam a final em dois jogos. Projeção de clássicos: de 0 a 8
3º modelo (18 datas)
Dois grupos de seis times, em ida e volta (10 rodadas). Os dois melhores de cada seguem em um quadrangular em turno e returno (6 rodadas). Os dois melhores da segunda fase disputariam a decisão em dois jogos. Projeção de clássicos: de 2 a 10
4º modelo (17 datas)
Dois grupos de seis times, em de ida e volta (10 rodadas). Passam os dois melhores de cada chave, seguindo para um quadrangular de turno único (3 rodadas). A 2ª fase decidiria só a ordem (e vantagens) dos semifinalistas. Semifinal e final em dois jogos. Projeção de clássicos: de 2 a 9
Opinião do blog: achei melhor a primeira fórmula, direta e com mais jogos decisivos, mas a pré-temporada enxuta é um passo atrás na organização.
Uma investigação da Polícia Federal apontou um superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco. Provavelmente, o dado está entre o valor original da construção, de R$ 479 milhões, e o custo final da obra, estipulado pela empresa responsável, a Odebrecht, na casa de R$ 743 milhões. Além do valor da “obra”, há um adendo milionário: o gasto com o projeto executivo (R$ 9,35 mi) e o custo pré-operacional (R$ 44,26 mi) totaliza mais R$ 53,61 milhões. Dinheiro demais, interesse demais e agora na malha fina da PF.
Um dos principais pontos da apuração é o fato de a Odebrecht, vencedora da concorrência, ter elaborado o projeto básico do edital de licitação, de 78 páginas e lançado em fevereiro de 2010, com o aval do comitê gestor de parcerias público-privadas no estado – não por acaso, também alvo da operação. A relação apontaria uma nítida vantagem à empreiteira. Ou, literalmente, fraude, na visão da polícia. O curioso é que na época da entrega dos envelopes na licitação, dois meses depois, já se sabia da colaboração, tratada pelos envolvidos como natural. Menor ainda foi a surpresa com a vitória da Odebrecht.
Observação: na época, o secretário de planejamento do estado era Geraldo Júlio (atual prefeito da capital), enquanto o secretário de administração era Paulo Câmara (atual governador), e ambos integravam o comitê gestor das PPPs.
Saiba mais detalhes sobre a investigação clicando aqui.
O acesso dos torcedores com deficiência física aos estádios do Recife sempre foi complicado. Aos usuários de cadeiras de rodas, o perrengue para assistir ao futebol local já começa na compra de ingressos em bilheterias arcaicas, segue no caminho até a catraca, com pisos desnivelados, e termina nos setores reservados, quase sempre à beira do campo, num espaço descoberto. Exceção feita à Arena Pernambuco, de acordo com o caderno de encargos mais recente da Fifa, ainda falta bastante, ainda que algumas reformas sejam recentes. Confira os setores de cada estádio e as respectivas restrições de confronto.
Aflitos
O estádio do Náutico têm três áreas para pessoas com necessidades especiais, duas dos gols e uma na arquibancada frontal. Apesar do espaço amplo, não há cadeiras para os acompanhantes. Apesar de o estádio timbu ter ficado praticamente em desuso desde 2013, os setores se mantêm para jogos menores (América, Sub 20, feminino etc).
Arena Pernambuco
Sem surpresa, o palco em São Lourenço é o de melhor estrutura neste contexto, com seis espaços reservados no estádio, todos cobertos, com ótima visão (no último degrau da arquibancada inferior) e assentos para os acompanhantes. Além disso, os banheiros também são adaptados, além do acesso no estádio, com corrimão e rampas especiais.
Arruda
O estádio do Santa Cruz foi o último a construir um espaço especial para os deficientes físicos. Até julho de 2014, esses torcedores ficavam no primeiro degrau das sociais, de forma improvisada. Foi então que a comissão patrimonial do Tricolor construiu uma plataforma com 22 metros de comprimento, coberta, entre as sociais e o fosso. Mais. O sócio com deficiência física tem acesso gratuito aos jogos, além da garantia da meia entrada ao acompanhante, numa grata medida do clube.
Ilha do Retiro
No Adelmar da Costa Carvalho, durante anos funcionou apenas um espaço para cadeirantes, no primeiro degrau da arquibancada frontal, um setor liberado apenas para a torcida mandante – e que, de maneira irresponsável, também costuma ser ocupado por torcedores sem necessidades especiais. Em agosto de 2015, o Sport reformou as sociais, no lado oposto do estádio, trocando o velho alambrado de ferro por um de vidro e construindo um setor para sócios cadeirantes.
O público pagante da peleja entre Palmeiras e Atlético-PR, na moderna casa alviverde, foi de 38.794 espectadores. A particularidade do jogo válido pela Série A, em 2 de agosto de 2015, foi o fato de todos os bilhetes terem sido vendidos através da internet, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014, com mais de três milhões de ingressos. Isso mesmo, 100%. Trata-se do ponto alto de uma silenciosa mudança cultural no futebol brasileiro.
A venda online vem evoluindo nas arenas do país, num contexto já evidente na Arena Pernambuco, cujo novo sistema de comercialização entrou no ar a partir da 10ª rodada da Série B, com o jogo Náutico x Oeste. Na oitava partida com o formato, o percentual de bilhetes vendidos na internet chegou a 25%, o maior índice entre clubes após dois anos de operação da parceria público-privada.
Em números absolutos, a partida local com mais ingressos vendidos pela internet foi Sport x São Paulo, justamente o recorde em São Lourenço, com 41.994 pessoas. Quase 7,9 mil torcedores adquiriram o bilhete pelo site da arena. A meta até dezembro é chegar a 50%, com mais dez jogos do Náutico, quatro do Santa e três do Sport. Para isso, é preciso ativar a venda para sócios, opção ainda em articulação entre clubes e consórcio.
Venda 100% online por essas bandas? Já não parece um devaneio…
Para a compra de ingressos para a Arena Pernambuco, clique aqui.
Jogos com venda online na arena e o percentual sobre o público pagante
04/07 – Náutico 2 x 1 Oeste (Série B) – 12% de 7.594
11/07 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Série B) – 10% de 10.427
12/07 – Sport 2 x 2 Palmeiras (Série A) – 12% de 32.291
15/07 – Flamengo 0 x 2 Náutico (Copa do Brasil) – 22% de 14.919
19/07 – Sport 2 x 0 São Paulo (Série A) – 22% de 35.835
25/07 – Náutico 2 x 1 Vitória (Série B) – 12% de 6.441
01/08 – Náutico 1 x 1 Macaé (Série B) – 11% de 5.313
02/08 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A) – 25% de 24.456