A boa aceitação do plano de sócios e a inexplicável baixa adesão no Recife

Programa de sócios de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O resultado da enquete do blog sobre a opinião das torcidas em relação aos planos de sócios dos clubes foi bem contraditório. Mais da metade das três grandes torcidas do estado apontaram como “bom” o plano de 2014.

No âmbito geral, foram 897 participações, com a seguinte divisão: bom 59,19%; regular 26,53%; ruim 14,27%. No fim da postagem, os dados separados de cada time local. A contradição desses dados vem do fato do número de torcedores associados em dia. Primeiramente, vamos ao ranking da campanha nacional de descontos para sócios torcedores criada pela Ambev.

Futebol Melhor (sócios titulares e dependentes com pelo menos 18 anos):
1º) Santa Cruz – 20.518
2º) Sport – 13.655
3º) Náutico – 4.013

A direção da Ambev vem fazendo uma varredura nos quadros de sócios de todos os times brasileiros inscritos no programa, com o objetivo de evitar que associados que não estejam em dia sigam com o benefício do desconto em mais de 600 produtos no país. O Leão, por exemplo, chegou a ter 23 mil pessoas cadastradas no ranking nacional, mas o número foi revisado.

O ranking nacional da Ambev, em vigor há um ano e meio, não leva em conta o quanto de fato os clubes arrecadam com mensalidades. Assim, é preciso relatar o número atualizado de sócios titulares na Ilha do Retiro, Arruda e Aflitos.

Sócios títulares em dia*:
1º) Sport – 9,6 mil
2º) Santa Cruz – 8,5 mil
3º) Náutico – 3,9 mil

* Número informado pelos próprios clubes.

No Recife, o trio de ferro conta com apenas 22 mil sócios titulares em dia. É um dado baixíssimo considerando o universo estimado nas pesquisas de torcida. Menos de 1%, na verdade. Eis a quantidade absoluta mais recente no estado, de acordo com o estudo do Ibope, em agosto de 2014…

1º) Sport – 2.421.848
2º) Santa Cruz – 2.210.052
3º) Náutico – 488.053

Ou seja, considerando somente os sócios titulares de cada rival, esses números representariam na quantidade geral de cada time: Sport 0,39%, Santa Cruz 0,38%, Náutico 0,79%. Somando as três massas pernambucanas, com 5.119.953 torcedores, a adesão no quadro de associados é pífia, de 0,42%.

O plano pode ser até bom… mas a adesão não está coerente.

O que você acha do plano de sócios do seu clube, entre vantagens e custo?

Rubro-negro – 405 votos
SportBom – 58,52%, 237 votos
Regular – 29,38%, 119 votos
Ruim – 12,09%, 49 votos

Tricolor – 367 votos
Santa CruzBom – 62,12%, 228 votos
Regular – 24,52%, 90 votos
Ruim – 13,35%, 49 votos

Alvirrubro – 125 votos
NáuticoBom – 52,80%, 66 votos
Ruim – 24,00%, 30 votos
Regular – 23,20%, 29 votos

Os times dos candidatos a governador de Pernambuco

Os times dos candidatos a governador de Pernambuco. Fotos: Diario de Pernambuco

Os seis candidatos a governador de Pernambuco torcem pelos clubes do estado.

No embalo do levantamento dos postulantes a presidente da república, feito pelo site Pombo sem asa, o blog foi atrás do cenário local…

O Sport é o clube do coração de três candidatos, do empresário Armando Monteiro e do representante da causa operária, Pantaleão. Zé Gomes também é rubro-negro. Este, aliás, é sócio patrimonial do Leão.

Em seguida vem o Santa Cruz, com dois candidatos. Indicado pelo ex-governador Eduardo Campos (alvirrubro), o socialista Paulo Câmara, em seu primeiro pleito majoritário, é tricolor. Costuma frequentar o Arruda, mas a campanha, claro tomou o seu tempo.

O estado foi governado por um alvirrubro nos últimos sete anos – até a saída de Eduardo Campos para a campanha presidencial – , mas o fato não será repetido no próximo ciclo, uma vez que nenhum alvirrubro se candidatou.

A surpresa é a torcida de Miguel Anacleto pelo Íbis. Seria um repeteco de Miguel Arraes, que dizia apoiar o Pássaro Preto apenas para não criar arestas com as grandes torcidas? Não é o caso. Anaclato diz ser torcedor do Íbis há muito tempo, com dois uniformes no armário.

Armando Monteiro Neto (PTB) – Sport
Carlos Pantaleão (PCO) – Sport
Jair Pedro (PSTU) – Santa Cruz
Miguel Anacleto (PCB) – Íbis
Paulo Câmara (PSB) – Santa Cruz
Zé Gomes (PSOL) – Sport

Os times dos governadores de Pernambuco nos últimos 25 anos:

1990/1991 – Carlos Wilson (PMDB) – Náutico
1991/1995 – Joaquim Francisco (PFL) – Náutico
1995/1999 – Miguel Arraes (PSB) – Íbis
1999/2006 – Jarbas Vasconcelos (PMDB) – Sport
2006/2007 – Mendonça Filho (DEM) – Santa Cruz
2007/2014 – Eduardo Campos (PSB) – Náutico
2014 – João Lyra Neto (PSB) – Santa Cruz

Antes à revelia, Estatuto do Torcedor vira arma da FPF para manter o seu calendário

Pernambuco

A FPF já tem um plano traçado para conseguir organizar o Campeonato Pernambucano de 2015 nos moldes da edição centenária, que começou a ser realizada ainda em dezembro do ano anterior. O mote, claro, é movimentar por mais tempo as equipes intermediárias e evitar que esses times atuem por apenas dois meses no novo calendário do futebol brasileiro, elaborado pela CBF junto às ideias lançadas pelo movimento Bom Senso.

A estratégia é totalmente legal, mas historicamente contraditória.

O presidente da federação pernambucana, Evandro Carvalho, quer que o Estatuto do Torcedor seja respeitado, obrigando a realização do Estadual com a mesma fórmula – o que não aconteceu de 2013 para 2014 – e será explicado posteriormente. Antes, o texto original do Estatuto do Torcedor.

Capítulo III, do regulamento da competição.

Art. 9º É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulgados até 60 dias antes de seu início, na forma do §1º do art. 5º. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).

§5º É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva, salvo nas hipóteses de:

I – apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais para o ano subseqüente, desde que aprovado pelo Conselho Nacional do Esporte – CNE; 

II – após dois anos de vigência do mesmo regulamento, observado o procedimento de que trata este artigo.

Em tese, a divulgação do calendário da CBF só precisa da aprovação do CNE para inviabilizar o pleito pernambucano. Por outro lado, o inciso dois preenche o argumento local. Ao blog, Evandro disse o seguinte.

“Outros estados podem querer fazer um campeonato de um mês. Aqui eu não posso. Aqui existe receita e os clubes têm apoio. Nos bastidores, já sabíamos que haveria um novo calendário no país há mais de um ano. Foi por isso que fizemos essa mudança no Estadual, para que em 2015 o regulamento não pudesse ser modificado. Vamos exigir o cumprimento disso.”

De fato, o regulamento foi adotado em 2014, o que não deveria ter ocorrido, pois a fórmula de 2013 foi utilizada somente uma vez. Na visão do dirigente, os regulamentos tiveram a mesma “base”, com turno classificatório. Abaixo, um resumo para mostrar que não foi bem assim. Aliás, a última vez que um regulamento repetiu todas as linhas no ano seguinte foi entre 2005 e 2007.

2014 – Fase classificatória com 9 times intermediários, com 3 equipes avançando ao hexagonal do título (ida e volta). Os quatro melhores vão à fase final, com semifinal e final.

2013 – Turno único com 9 times (incluindo o Náutico), e todos passando ao turno decisivo, com 12 clubes em jogos só de ida. Os quatro melhores vão à fase final, com semifinal e final.

2012 – Os 12 clubes disputaram 22 rodadas. Os quatro melhores avançaram à fase final, com semi e final. Um decisão em até três jogos, sendo preciso somar de cinco a sete pontos para ficar com a taça.

2011 – Os 12 clubes disputaram 22 rodadas. Os quatro melhores avançaram à fase final, com semi e final. No mata-mata, valia apenas o saldo de gols (em caso de igualdade na pontuação).

2010 – Os 12 clubes disputaram 22 rodadas. Os quatro melhores avançaram à fase final, com semi e final. Mata-mata estilo ‘Copa do Brasil’.

2009 – Torneio dividido em dois turnos idênticos, com 11 rodadas cada. Os ganhadores de cada turno disputam a final.

2008 – A edição mais confusa, devido à ampliação para 12 times, com dois turnos. No primeiro, três grupos de quatro, com os times das de cada chave enfrentando os adversários em jogos de ida e volta, sem confronto direto com outros grupos. No segundo, um hexagonal em ida e volta. Os ganhadores de cada turno disputam a final.

2007, 2006 e 2005 – Foram as últimas edições com dez equipes e com o mesmo formato, com turno e returno, tendo os vencedores de cada fase o direito de disputar o título em jogos de ida e volta. Caso um clube conquistase ambos, o título seria automático.

Nota do blog: Além da pendenga de 2013 para 2014, também houve mudanças à parte do Estatuto do Torcedor de 2009 para 2010 e de 2008 para 2009. Em todos os casos o sistema não foi repetido. De 2010 a 2012 o texto também foi alterado, mas nessas edições foi tudo dentro da lei, como “termo de ajustamento”, mudando somente o critério de desempate nas decisões.

Os clássicos mais alternativos da história do Recife

Camisas alternativas de Santa Cruz, Náutico e Sport

No Arruda, os alviazulianos receberiam o time verde-limão.
Nos Aflitos, o verde clara teria um embate contra os laranjas.
Na Ilha do Retiro, clássico entre alvinegros e laranjas.

Todos os jogos possíveis com Náutico, Santa Cruz e Sport.

Ação de marketing relativamente recente no mercado pernambucano, o lançamento de padrões alternativos, à parte das cores oficiais, é algo já tradicional na Europa. Há quem chegue a cinco versões numa mesma temporada.

Por aqui, o Santa Cruz já teve três versões azuis, entre 2009 e 2011, simbolizando a conquista da Fita Azul, em 1979. Pelo centenário em 2014, uma camisa alvinegra, resgatando o primeiro uniforme. Todas as versões  foram criadas pela Penalty.

Também através da Penalty, o Náutico teve a (ainda única) cor alternativa verde claro. Para isso, foi feita uma enquete oficial, em 2012. A definição era uma homenagem ao Rio Capibaribe.

O Sport é o recordista de camisas alternativas. Foram seis nos últimos cinco anos, desconsiderando o padrão preto, oficialmente o 3º do clube.

Vestindo a Lotto, o Leão lançou os padrões dourado (2009), amarelo (2011) e cinza com fotos de torcedores (2012. A estreia da Adidas foi com laranja (2014), sem esquecer as versões limitadas em homenagem às seleções que jogararam o Mundial no estado, como verde/México e verde-limão/Japão. Também houve o alvinegro/Alemanha, mas tal combinação já está prevista no clube.

Misturando todas as cores alternativas, à parte do alvirrubro, rubro-negro e tricolor, a possibilidade num clássico local é bem ampla…

62 campos de várzea em reforma até 2018

Campo de várzea no Jiquiá, em 2011. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um convênio entre a Prefeitura do Recife e a Federação Pernambucana de Futebol irá revitalizar 62 campos de várzea espalhados na capital até 2018.

O acordo, com orçamento municipal, gira em torno de R$ 800 mil, com a reforma elaborada em três fases. O investimento de cada campo de terra batida dependerá do estado de conservação dos locais onde são realizadas as partidas dos campeonatos abertos da FPF, com o envolvimento de sete mil atletas amadores do estado.

“Dividimos os campos em categorias. Alguns precisam de mais ajustes do que outros. Queremos que o futebol se espalhe em toda a cidade com as condições básicas”, disse ao blog o presidente da FPF, Evandro Carvalho.

O programa já foi iniciado em doze campos de pelada, incluindo o Campo da Cacique, na comunidade do Cardoso, na Madalena. Como será feito por lá lá, o processo máximo segue da seguinte forma…

1) Acessibilidade/Segurança
Consiste na colocação de alambrados ao redor do campo e de telas atrás das barras, além de entradas para o público geral.

2) Vestiário e água
A existência de um vestiário é o mínimo necessário para que o campo tenha condições básicas receber as partidas dos campeonatos amadores.

3) Sisema de iluminação
A colocação de refletores é a última e mais cara fase. Deverá ser feito em poucos campos, só naqueles que já atendam aos dois primeiros critérios.

Campo de várzea na Campina do Barreto, em 2010. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

As dez perguntas selecionadas para o presidente da FPF após três anos de mandato

Pergunte ao presidente da FPF. Crédito: FPF/divulgação

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, respondeu dez perguntas enviadas por torcedores ao site oficial. Os questionamentos foram devidamente selecionadas pela assessoria de imprensa da federação. No ar, nenhuma sobre a polêmica eleição da entidade.

No vídeo com 13 minutos de duração, marcando os três anos do dirigente à frente da federação, Evandro comentou sobre futebol do interior, futebol de várzea, torneio de regional de juniores, mudança no regulamento Estadual, etc.

No post, o vídeo completo. Abaixo, um breve resumo de cada pergunta.

1º) O que pode ser feito para viabilizar o calendário para os times do interior no segundo semestre?
Aumento de torneios intermunicipais, entre seleções municipais e entre clubes amadores, com até 50 equipes envolvidas.

2º) Como a FPF ajuda os clubes a se estruturarem mais e a se tornarem mais profissionais?
Entrega de certificados de clubes formadores e melhoras em estádios do interior.

3º) Qual é a importância de ter um clube do estado na Série A?
É fundamental porque propicia uma alavancagem de pelo menos R$ 30 milhões.

4º) Há algum projeto para o Estadual com 12 times com todos se enfrentando?
No atual cronograma nacional, é impossível. É preciso adotar o modelo de classificação por fase.

5º) A FPF poderá apoiar o América na disputa da Copa SP Sub 20 de 2015?
O América, semifinalista do Estadual júnior, disputará o Nordestão da categoria. Na Copa SP, só existem três vagas.

6º) O que vem sendo feito em relação aos campeonatos de várzea?
A FPF fez um convênio com a Prefeitura do Recife, no valor de R$ 800 mil, para revitalizar 62 campos.

7º) Como está a o Campo do Cacique, no bairro da Madalena?
É um dos 12 campos de várzea em obras. A ação será retomada em novembro.

8º) Algum dia o Campeonato Pernambucano poderá ser disputado em grupos?
Segundo Evandro Carvalho, somente se os clubes indicarem no conselho arbitral da edição de 2015, em outubro.

9º) A FPF poderá retomar algum dia a Copa Pernambuco, valendo vaga na Série D ou mesmo na Copa do Brasil?
Segundo ele, foi assim na Taça Miguel Arraes de 2014 (primeiro turno). O 1º turno poderá ser rebatizado para Copa Pernambuco, com vaga na Série D.

10º) No início do mandato, houve a promessa de um torneio como a Copa SP…
Segundo a FPF, foi criada agora, com a Copa Nordeste Sub 20, com dez anos no estado, sendo 7 equipes de Pernambuco e 13 dos demais estados.

Uma vida de leilões e penhoras nos Aflitos, Arruda e Ilha

Náutico, Santa e Sport na Justiça

Leilão, o fantasma do futebol. Há décadas assombra os clubes brasileiros, atolados em dívidas trabalhistas. Além da bola de neve em alguns casos milionários, outros são associados diretamente aos bens dos times, através de penhoras. Vale qualquer coisa, do refletor ao estádio completo.

Em Pernambuco, os três rivais somam R$ 61 milhões de dívidas entre encargos trabalhistas e sociais. A divisão é de R$ 30 milhões (Santa Cruz), R$ 25 milhões (Náutico) e R$ 6 milhões (Sport).

No fim das contas, quase sempre é feito um acordo às pressas entre as partes e o patrimônio do clube não vira objeto para a execução dos processos.

Vale lembrar alguns casos complicados e o que já foii penhorado no Recife…

Em tempo: a dívida de cada clube é a soma dos passivos com obrigações trabalhistas e sociais de cada um, segundo os balanços de 2013.

Náutico (R$ 29.837.402)

A sede do Náutico, tombada como patrimônio histórico, foi avaliada pela justiça em R$ 45 milhões e ameaçada de leilão por conta de dívidas várias vezes. Entre ex-jogadores e outros ex-funcionários, nomes como Nikita (2009), Guilherme Ferreira (2009) e Luis Cláudio (2012) já tiveram seus nomes atrelados à sede. O estádio dos Aflitos também já entrou na mira. Os locais nunca foram arrematados no leilão. Há três anos, o Timbu tinha a menor dívida trabalhista do trio. Hoje, é a maior e já representa 33,9% de todo o passivo do clube.

Sede do Náutico, na Avenida Rosa e Silva. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Santa Cruz (R$ 25.437.284)

Leiloar o Arruda, o maior estádio particular da região, não seria a coisa mais fácil do mundo. Assim, a Justiça do Trabalho optou por dividir o empreendimento em setores. O objeto mais comum em ações do tipo são os refletores. Entende-se as torres metálicas e todos os refletores. Darci (2002), Washington (2006) e Neto (2009) já tiveram por pouquíssimo tempo a penhora. O ônibus Expresso Coral, avaliado em R$ 600 mil, também já foi penhorado. Hoje, a dívida trabalhista dos corais representa 35,6% de todo o passivo.

Estádio do Arruda. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport (R$ 5.965.693)

Técnico do Sport em 2000, Emerson Leão deixou o clube para dirigir a Seleção, mas sem receber tudo o que tinha direito. No ano seguinte, conseguiu na justiça o primeiro bloqueio das contas do clube. A direção do Sport ofereceu o Ginásio Marcelino Lopes como penhora, o que o técnico não aceitou. Posteriormente, foi penhorado, numa longa pendenga. A dívida girava em R$ 4 milhões, em 2009, quando as duas partes chegaram a um acordo. Hoje, ginásio está “livre” e a dívida trabalhista leonina corresponde a 26,2% de todo o passivo rubro-negro.

Ginásio Marcelino Lopes, do Sport. Foto: Site Oficial do Sport

Podcast 45 minutos (55º) – Vitórias de Santa, Sport e Central e revés alvirrubro

Um balanço completo dos times pernambucanos no Brasileiro, com as partidas de sexta a domingo, da Série A até a Série D. O destaque no novo 45 minutos é a análise dos triunfos de Santa, Sport e Central sobre Atlético Goianiense, Criciúma e Jacuipense, respectivamente. No fim, uma discussão sobre a nova pesquisa de torcida do Ibope.

O 55º podcast teve 1h25min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Uma assembleia geral eletiva na segunda quinzena de setembro. De 2014 ou 2015

Edital de convocação para a eleição presidencial da FPF. Crédito: FPF/reprodução

A eleição presidencial da FPF será realizada às 16h do dia 22 de setembro.

Na pauta, a votação para o quadriênio 2015-2018, com a convocação já feita para os 93 filiados, entre clubes e ligas municipais. O pleito vem sendo marcado pela antecipação da votação, na visão da oposição.

Tudo causa da assembleia geral eletiva que deu um 5º mandato a Carlos Alberto Oliveira, em 16 de setembro de 2010. No fim daquele evento, na sede da federação, na Boa Vista, uma medida extraordinária foi sugerida por Paulo Wanderley, então mandatário timbu e que também presidiu a assembleia.

A ideia era aumentar em uma temporada o mandato, para que o dirigente (já falecido) passasse o centenário da FPF como presidente, em 2015.

A ideia foi aprovada por 92 filiados – só o Sport esteve ausente.

Perguntando na época se o ato seria anti-estatutário, Paulo Wanderley respondeu o seguinte: “A decisão da assembleia geral é soberana”.

Quatro anos depois, já sob o comando de Evandro Carvalho, o ato foi deixado de lado – sem alarde. A alegação é de que a decisão valeria na figura de “Carlos Alberto”, e não para o “presidente”. Então, seria obrigado a cumprir o estututo.

É uma interpretação do processo, claro, mas há controvérsias.

O estatuto oficial preza pela realização da assembleia geral eletiva na segunda quinzena de setembro após o quadriênio – desconsiderando, naturalmente, o ano extra. Com pelo menos dois nomes na oposição (Geraldo Cisneiros e Romerinho Jatobá), esse buruçu deve se arrastar na justiça… 2014 ou 2015?

O novo mapeamento do observador de base da CBF no Recife, passando nos CTs Wilson Campos e José de Andrade

Amistoso sub 17 no CT Wilson Campos: Náutico x Santa Cruz. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Pela manhã, CT José de Andrade Médicis. À tarde, CT Wilson Campos.

Dois amistosos na agenda, Sport 4 x 3 Porto e Náutico 1 x 1 Santa Cruz. Partidas com as equipes juvenis do quarteto pernambucano.

Na beira do campo estava o objetivo daquilo tudo…

Impressionar o observador técnico da Seleção Brasileira, Bruno Costa.

Enviado pela CBF ao estado, o profissional veio dar sequêcia ao mapeamento de atletas para as seleções de base. No caso do Sub 17, haverá um Sul-Americano em 2015, no Paraguai.

Bruno tem 15 anos de experiência como “olheiro”. A serviço da confederação, a médio prazo, faz visitas aos principais centros de treinamento do país, conferindo o trabalho dos clubes tradicionais e de outros times focados apenas na formação de jogadores, como é o conhecido caso do Gavião do Agreste.

Em 2014, o observador já tem um mapeamento de pelo menos 60 anomes.

Até a disputa continental – classificatória para o Mundial da categoria -, o time verde e amarelo deve fazer uma série de amistosos com vários convocados.

Amistoso sub 17 no CT Wilson Campos: Náutico x Santa Cruz. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Aí, a grande chance de Pernambuco voltar a figurar com a camisa canarinha.

Foi assim em junho de 2012, quando o rubro-negro Joelinton e o alvirrubro Jefferson Nem, atacantes, foram chamados pelo então técnico Marquinhos Santos. Na ocasião, foram analisados dois meses antes por Bruno Costa.

Agora, os times Sub 17 e o Sub 20 são comandados pelo mesmo treinador, Alexandre Gallo. Contudo, Bruno continua na função na Granja Comary.

Nota-se que a visita com o emblema da CBF aumenta a chance do estado.

O último jogador do futebol local chamado foi Douglas Santos, do Náutico, para a seleção principal, em 2013. Sport e Santa não têm atletas convocados desde 2012 e 2001, respectivamente. O interior jamais teve um representante…

Até hoje, 62 jogadores foram convocados para a Seleção Brasileira vestindo as camisas dos clubes locais, considerando todas as categorias. Veja aqui.

Amistoso sub 17 no CT José de Andrade Médicis em 2014: Sport 4x3 Porto. Foto: Fernando Sposito/Sport/Assessoria