Podcast – Análise da goleada do Náutico e das derrotas de Sport e Santa Cruz

No fim de semana, apenas os alvirrubros festejaram, com a ótima vitória sobre o Paraná Clube, no sábado, consolidando o lugar no G4 da segunda divisão. No domingo, duas derrotas. Pela manhã, revés leonino em Curitiba. À noite, no Arruda, a terceira derrota seguida dos corais. Confira as impressões do 45 minutos sobre cada jogo, no formato “telecast”, gravadas logo após o apito final.

11/06 – Náutico 5 x 1 Paraná

12/06 – Coritiba 3 x 2 Sport

12/06 – Santa Cruz 0 x 2 Santos

Classificação da Série A 2016 – 7ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

A rodada foi péssima para os pernambucanos. Na manhã de domingo, em Curitiba, o Sport perdeu do Coritiba. À noite, no Arruda, o Santa foi derrotado pelo Santos. Enquanto o time leonino voltou à zona de rebaixamento após respirar por apenas uma rodada (perdeu duas colocações), os corais zeraram pela terceira vez seguida, caindo do 9º para o 14º lugar, numa perigosa aproximação do Z4, agora a um ponto de distância. Além disso, concorrentes diretos (e reais) pontuaram, como Atlético-PR (3), Ponte Preta (3), Figueirense (3) e Vitória (1).

Na próxima rodada, na quarta-feira, os clubes das multidões vão jogar no mesmo horário pela primeira vez nesta edição do Brasileirão. Cada torcida de olho no seu jogo, mas atenta a todos os outros. Desde já, é preciso.

A 8ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

15/06 (21h00) – Santa Cruz x Figueirense (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 1 jogo e 1 empate 

15/06 (21h00) – Santos x Sport (Vila Belmiro, Santos)
Histórico em São Paulo pela elite: 1 vitória leonina, 5 empates e 10 derrotas

Superado pelo Peixe, Santa chega a três derrotas seguidas e 345 minutos sem gols

Série A 2016, 7ª rodada: Santa Cruz 0 x 2 Santos. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Após um ótimo início, goleando em casa e empatando como visitante, o Santa entrou num momento de turbulência, com três derrotas seguidas. Sequência que fez o tricolor despencar do 3º para o 14º lugar, com os mesmos oito pontos, agora a um da zona de rebaixamento. Neste cenário, pesou bastante o desempenho ofensivo, nulo. Ao perder do Santos por 2 x 0, o time chegou 345 minutos sem balançar as redes. São quase seis horas de bola rolando. O último tento foi a cabeçada de Arthur, no empate com a Chapecoense, aos 37 do primeiro tempo. Desde então, somando tempo regulamentar e acréscimos, foram 58 em Chapecó, 97 no clássico em casa, 94 na Arena da Baixada e mais 96, outra vez no Arruda.

No jogo que encerrou a sétima rodada, os desfalques eram claros, lá e lô. Grafite e Keno foram vetados pelo departamento médico. Ambos representam 8 dos 11 gols marcados. Bruno Moraes, Wallyson, Arthur e Lelê, se revezando em campo, desperdiçaram as chances do domingo, todas no segundo tempo, com o time sem reação diante de um adversário ainda mais esfacelado, com Ricardo Oliveira, Gabigol e Lucas Lima servindo à Seleção Brasileira na Copa América. Ainda em relação aos desfalques da partida, pesou a suspensão de Uillian Correia, tirando a força da marcação.

A partida seguiu o ritmo de (quase) sempre, com o tricolor tendo menos posse. Segundo o Footstats, Santa 46,9% x 53,1% Santos no primeiro tempo, com o mandante sem produzir nada lá na frente. Pior. Viu o adversário rondando bastante a sua área, com 6 x 1 em finalizações. A última delas, um golaço de Zeca, pouco antes do intervalo. O Peixe trocou vários passes em busca de espaço, mas nem foi preciso, com Zeca mandando de fora da área mesmo. Na etapa complementar, no melhor momento coral, um contragolpe, com Joel aproveitando o rebote, matou a partida, com o time acusando o golpe.

Série A 2016, 7ª rodada: Santa Cruz 0 x 2 Santos. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Cada vez mais desigual, G12 se reagrupa. Inicialmente, sem times fora do eixo

Clube dos 13

G12 se reagrupa, sem “forasteiros”
Implodido há cinco anos, o Clube dos 13 começa a ser articulado novamente. Ao menos a sua ideia original, de 1987, concentrando uma casta do futebol brasileiro. Assim como o número já não fazia sentido na versão anterior – já eram vinte clubes, na verdade -, agora também seria distinto, com doze participantes. Aqueles de sempre. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Eixo Rio-SP-MG-RS. A negociação em bloco, com níveis bem divididos (e já com queixas) dentro do próprio C13, durou até 2011, quando Corinthians e Flamengo passaram a negociar os seus direitos de transmissão de forma individual, tomando boa parte do bilionário do contrato com a televisão. Sendo claro: R$ 340 milhões do bolo de R$ 1,23 bilhão (ou seja, 27%).

A nova costura…
Desde então, o modelo segue em xeque, numa espanholização clara – negada basicamente por corintianos e flamenguistas. Com o formato já esgotado, apesar do contrato acertado até 2018, com vários times estendidos até 2024 (!), os próprios clubes (e a emissora de tevê) já admitem conversar. Hora, então, de reagrupar a velha guarda. Num primeiro momento, em março de 2016, no Morumbi, os doze times se reuniram com vinte nomes tradicionais do continente para criação da liga sul-americana. Em junho, já estariam trilhando caminho solo. Ao jornal Folha de S.Paulo, a direção do Atlético Paranaense alegou que o clube foi vetado na associação. Também não houve convite ao Coritiba. Nem mesmo ao Bahia, outrora membro fundador do C13. Idem com o Sport. Imagine então com Santa e Náutico, que sequer fizeram parte da união anterior.

A força do CEP na formação da casta
Em relação à torcida, o G12 não é nada uniforme – nunca foi, aliás. O grupo concentra 63,8% da população brasileira, segundo pesquisa do Ibope em 2014, o que corresponderia a 128 milhões de torcedores. Porém, apenas Fla e Timão somam 59,9 milhões, ou 29,8% do total. Não por acaso, nesta última pesquisa nacional o Bahia apareceu empatado com o Botafogo (1,7% cada). O que difere um do outro na hora de definir a presença em uma associação do tipo? Conquistas? Possivelmente, o mercado consumidor, o CEP. Os demais, à princípio de fora desta movimentação – que sabe-se lá até onde vai, como a liga nacional -, somam 12,8%, ou 27,7 milhões de seguidores. Tecnicamente, ostentam doze títulos nacionais, entre Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Brasil e Copa dos Campeões. Em tese, faria diferença em qualquer negociação…

Primórdios do Clube dos 13
Originalmente, lá nos idos de 1987, a premissa era a mesma, de negociar patrocínios e diretos de televisão. Na ocasião, também seriam doze clubes. Campeão de público do Brasileiro em 1985 e 1986, ano em que também terminou a competição em 5º lugar, o Bahia acabou chamado para compor o grupo. Além do mérito técnico (e mercado/torcedor), um outro objetivo no convite foi incorporar o Nordeste, tentando tirar o rótulo de elitista – o que jamais aconteceria. Assim, em 11 de julho daquele ano, surgiu o Clube dos 13. O Módulo Verde, correspondendo à metade da competição, com 16 times, foi vendido por US$ 3,4 milhões.

Ampliações
06/1997 – Sport, Goiás e Coritiba (16 clubes)

12/1999 – Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa (20 clubes)

Podcast – Especial com José Colagrossi e Amir Somoggi, pesquisa e gestão

José Colagrossi e Amir Somoggi, durante o workshop no Recife

Pesquisas de torcida, redes sociais, gestão e mercado do futebol. Esta edição do 45 Minutos vai muito além das quatro linhas em um amplo debate que contou com a participação do diretor-executivo do Ibope, José Colagrossi, e do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi. Os dois estiveram no Recife para palestrar no workshop promovido pela FPF. Nos intervalos do evento, aceitaram o convite para gravar com o podcast.

Confira a pauta completa do programa clicando aqui.

Neste 250º podcast, estive ao lado de Celso Ishigami e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Em transição, opção pela vaga na Sula ou na Copa do Brasil será feita por escrito

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

A classificação à Copa Sul-Americana atrelando a participação à eliminação precoce na Copa do Brasil, num formato esdrúxulo e antidesportivo, foi implantada pela CBF em 2013, quando os dois mata-matas passaram a ser simultâneos no segundo semestre. Foi assim em 2013, 2014, 2015 e 2016. E o cenário também caminha para ser aplicado em 2017, com as oito vagas (seis via Brasileiro, uma pelo Nordestão e outra pela Copa Verde) já regulamentadas. Contudo, deve haver uma novidade (já era hora).

Durante a apresentação das decisões do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, formado por 18 membros, entre eles ex-jogadores como o pernambucano Ricardo Rocha, o diretor de competições da confederação, Manoel Flores, explicou que a classificação internacional deve passar por uma transição. A primeira, a curto prazo, é a opção por escrito.

“Essa é uma questão que continua. A gente, em conselho técnico, decidiu em conjunto com os clubes de que os clubes ao término do Brasileiro desse ano (2016) vão informar a opção deles. Eles querem isso, poder informar a opção. Foi decidido e aprovado por todos. Então, sabedores que estão classificados à Sul-Americana, vão fazer essa opção por escrito. É uma questão que está sendo trabalhada junto à Conmebol. A gente entende que no futuro, não muito distante, a readequação de Libertadores e Sul-Americana é algo que tem que ser revisto. A gente vai lutar por isso na entidade continental.”

Para 2017, pela declaração de Flores, é possível concluir que Santa Cruz e Paysandu, campeões regionais, terão que escolher entre Sula e Copa do Brasil antes da disputa, além dos seis melhores colocados da Série A, à parte dos classificados à Libertadores. Vale lembrar que o Sport tentou abrir mão da Copa do Brasil em 2016, para se dedicar à Sula, solicitando formalmente à CBF. Na ocasião, a entidade negou. O rubro-negro confirmou a atitude em nota oficial. Ao que parece, a ideal acabou entrando na pauta do comitê de reformas…

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

Sport e Santa Cruz já articulados para o game Fifa 2017. Juntos após nove edições

Meme: a "capa" do Fifa 2017, com Diego Souza (Sport) e Grafite (Santa Cruz). Arte: Paulo Lima /divulgaçãoi (‏@cravo19)

Os clubes brasileiros começaram a ser licenciados no game Fifa Football em 2001, ainda para Playstation 1 e 2. Até então, versões genéricas. E o processo cresceu, na exigência da documentação e na riqueza de detalhes de cada equipe, com alguns estádios do país já digitalizados, no embalo do avanço tecnológico. Apenas quatro versões contaram com representantes pernambucanos, sendo uma nos últimos sete anos, com o Náutico. Para o 2017, os dois times mais populares do estado devem estar presentes.

O jogo, com lançamento agendado para 29 de setembro, para PS4, PS3, Xbox One e Xbox 360, mira o futebol do país após uma turbulência burocrática. Sport e Santa já entraram em contato com a EA Sports, a produtora, para oficializar a presença. Ato importante, pois a demora tirou o clube do lançamento anterior – apenas 16 times assinaram. Já o tricolor entrou no “mercado” ao retornar à elite, prerrogativa básica – só em casos excepcionais um time da segunda divisão é contratado. Rubro-negros e tricolores não aparecem com nome, escudo, uniforme e elenco oficiais desde 2009 e 2008, respectivamente.

Em relação aos jogadores – leoninos e corais já estão recebendo os contratos para uso de imagem -, astros como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo ganham trabalhos minuciosos de digitalização, mas não se surpreenda se Diego Souza e Grafite também chegarem com versões digitais num Clássico das Multidões com a devida chancela. Quanto à capa no post, trata-se de uma versão fictícia. Contudo, em um mercado hiperlocalizado dá para imaginar a vendagem…

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times
2017 – quantidade indefinida (Santa Cruz e Sport)

Assista ao primeiro trailer do Fifa 2017.

Pesquisa do Ibope em 2016 com divisão entre torcedores e simpatizantes. Mistos?

Clubes do Brasil, Américas do Sul e do Norte e da Europa. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Ibope se organiza para lançar, em 2016, a maior pesquisa de torcida de sua história. Até hoje, o levantamento com mais entrevistados no país, aumentando a fidelidade da amostragem sobre a preferência futebolística, ocorreu em 2001, numa parceria com o jornal Lance!. Pouco menos de oito mil pessoas em 140 cidades. Agora, o instituto poderá ouvir até doze mil pessoas, num acréscimo de 50%. E a novidade vai além da amostragem e da resposta “direta”.

Número de entrevistados nas pesquisas de torcida do Ibope
1ª) 1993 – 3.503
2ª) 1998 – 3.000
3ª) 2001 – 7.700
4ª) 2004 – 7.207
5ª) 2010 – 7.109
6ª) 2014 – 7.005
7ª) 2016 – De 9.000 a 12.000

De passagem no Recife para uma palestra no workshop promovido pela FPF, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, deu os primeiros detalhes da pesquisa. Além da tradicional pergunta “Para qual clube você torce?”, o questionário, em fase final de definição sobre a metodologia, terá “Você simpatiza por um outro time? Qual?”, numa segunda opção muito comum no futebol brasileiro, mas há tempos sem uma mensuração do tipo.

Ou seja, um torcedor “misto” (caso opte por um segundo time, naturalmente) pode responder um questionário com Sport e Vasco, Real Madrid e Sport, Santa e Flamengo, Chelsea e Santa, Náutico e Palmeiras, Bayern e Náutico e por aí vai. Isso mesmo, as respostas estão abertas a qualquer canto do mundo. Haveria alguma grande mudança sobre as últimas pesquisas no estado? Claro, os times locais também podem ser beneficiados em outras localidades, num processo de mão dupla. A influência atual de Flamengo e Corinthians fora de seus domínios foi apresentada num gráfico, num destaque conhecido.

Ao blog, Colagrossi explica que um dos objetivos é mesmo medir a influência dos europeus. Em setembro de 2015, numa pesquisa com 1.000 internautas, o Ibope apontou que 69% das pessoas, entre 16 e 29 anos, torceriam por um clube do velho mundo – mesmo na condição de simpatizante, tendo o Barça como líder absoluto, com 25%. Agora, a pesquisa será no formato tradicional.

Sem pretensão científica, o blog antecipa a discussão, embora considere que o leitor deste canal seja mais definido sobre a preferência local. Vamos à enquete.

Como é a sua relação com o seu clube do coração?

  • Torço só por um clube, do Brasil (59%, 3.368 Votes)
  • Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no exterior (24%, 1.384 Votes)
  • Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no país (15%, 853 Votes)
  • Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo do Brasil (1%, 38 Votes)
  • Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo no exterior (1%, 30 Votes)
  • Torço só por um clube, do exterior (0%, 22 Votes)

Total Voters: 5.695

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A diferença no estudo deve aparecer na camada mais nova, a mais conectada em redes sociais, canais por assinatura e videogames – com ascendência sobre o futebol internacional, através do Fifa Football e do Pro Evolution Soccer.

“Eu não tenho dúvida que existe um percentual da população que torce exclusivamente por time de fora. Principalmente a “geração Y”, entre 16 e 24 anos. O pessoal de mais idade, não. Talvez ainda não chegue a 1%, mas pode ser uma ameaça a longo prazo.”

Sobre os pontos de pesquisa, Colagrossi tratou como “mito” a dúvida (recorrente) no Recife de que “pesquisa não sobe morro”:

“Sobe morro, entra em favela, vai nos sertões, rincões. Não adianta.”

A tabela detalhada da Série A de 2016 da rodada 12 a 21, já com jogos às segundas

A CBF detalhou mais dez rodadas do Brasileirão de 2016. Inicialmente, após a tabela básica (contendo apenas a ordem dos confrontos), foram onze rodadas, com datas, horários, locais e transmissões na televisão. Agora, a agenda foi estendida da 12ª até a 21ª rodada. Entre as novidades, a estreia do horário, às 20h da segunda-feira, no Sportv. E logo com Pernambuco presente. Sport e Palmeiras, na Ilha do Retiro, farão o primeiro jogo em 4 de julho.

Na caixa de comentários, o complemento com os jogos de Santa e Sport. 

Confira a tabela detalhada:

Adote um pequeno torcedor, uma campanha aberta a qualquer clube

Campanha "Adote um pequeno torcedor"

Em 30 de agosto de 2015, o Sport lançou a campanha Adote um Pequeno Torcedor, o primeiro programa de adoção apoiado por um clube de futebol. Uma ação voltada para crianças acima de 7 anos, idade com dificuldade histórica de adesão. No Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 94% dos pais interessados buscam menores de 7 anos. Entretanto, 78% das crianças que vivem em abrigos (14 deles espalhados no Recife) já passaram da idade, variando até 17 anos. Uma conta que infelizmente não bate.

Ao todo, ainda de acordo com o CNA, existem 6,1 mil crianças e adolescentes aptos à adoção. Daí, a importância (e alcance) da ação criada pelo rubro-negro, com o apoio da 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife, Ministério Público e da agência Ogilvy, parceira do clube. Nove meses depois, já com as primeiras adoções oriundas do projeto -iniciado no jogo Sport x Flamengo, na Arena Pernambuco -, outros clubes do país demonstraram interesse em participar, de Belo Horizonte, Santos e Rio de Janeiro. Uma ação estendidas aos rivais.

No site oficial do projeto foram cadastradas 39 crianças rubro-negras, com idade e descrição, e também crianças que torcem por outras equipes. As quatro primeiras já foram listadas, todas do Santa Cruz. Seja lá qual for a cor da camisa, a paixão clubística aparece como a primeira conexão entre pais e filhos.

Confira o site oficial da ação clicando aqui.

Sobre a imagem, pela ordem: Alex, 10, Ana Paula, 15, Caio, 7, Beatriz, 15, Bruno, 11, Kássia, 11 anos, Alejandro, 12, Sabrina, 8 anos.