O Nordestão de maior faturamento da história

Revista Placar em 2001. Crédito: Gabriel Accetti/twitter/reprodução

A Copa do Nordeste foi remodelada em 2001, quando ganhou mais datas e despertou um grande interesse do mercado. Em abril daquele ano, a revista Placar estampou em uma capa a manchete “o melhor campeonato do Brasil”. O auge como ‘produto’ viria em 2002, com o regional sendo realizado num período de 113 dias, com 126 partidas e faturamento de R$ 15 milhões, com crescimento de 36% sobre a edição anterior. Claro, foi transmitido na televisão, tanto em sinal aberto quanto pago. Contudo, numa decisão inexplicável da CBF, para não dizer outra coisa, o torneio foi retirado do calendário oficial logo depois.

A copa ainda seria realizada duas vezes às margens da confederação brasileira, em 2003 e 2010. Ficou no limbo até o milionário acordo judicial que ratificou a sua volta chancelada, em 2013. Desde então, vem crescendo nos âmbitos esportivo (quatro arenas), técnico (20 clubes) e financeiro (novos contratos).

Agora, em 2015, a Copa do Nordeste deverá ter a maior receita de sua história.

2001 – R$ 11 milhões (94 dias)
2002 – R$ 15 milhões (113 dias)
2013 – R$ 20 milhões (45 dias)
2014 – R$ 23 milhões (70 dias)
2015 – R$ 29 milhões (85 dias)

A expectativa para esta temporada, de acordo com os organizadores, é a soma de bilheteria dos jogos, cotas de tevê e patrocinadores. Apenas em premiações, as cotas de participação chegam a R$ 11,14 milhões. O tempo de disputa também subiu, em duas semanas, agora presente nos nove estados. Evolução prevista no contrato do torneio, cujo acordo prevê a realização até 2022.

Em relação ao futebol pernambucano, o ganho é considerável. Nos últimos dois anos, agregando cotas e rendas dos times locais, o montante foi de R$ 8,96 milhões (abaixo, os dados de cada um). Consolidado no calendário futebolístico e servindo de exemplo para outros regionais, o Nordestão pode não ser, hoje, o melhor campeonato do Brasil, mas é, certamente, o melhor da região.

2013
Santa Cruz – R$ 1,43 milhão
Sport – R$ 1,09 milhão
Salgueiro – R$ 549 mil

2014
Sport – R$ 3,17 milhões
Santa Cruz – R$ 1,63 milhão
Náutico – R$ 1,10 milhão

Em 2015 o estado será representado por Sport, Náutico e Salgueiro.

Escudos alvirrubros, tricolores e rubro-negros com as cores rivais

Escudos invertidos do Náutico. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

A ideia é simples, mas polêmica.

Customizar o escudo de um clube de futebol com as cores do grande rival.

A provocação começou na Inglaterra, com o usuário Thetruth1777 trocando as cores de rivais da Premier League, como Manchester United e Manchester City, Liverpool e Everton, Arsenal e Chelsea, entre outros.

Logo se estendeu à Itália, com o escudo do Milan azul, o da Inter vermelho, o da Roma azul claro e o da Lazio grená, Confira todas as versões aqui.

Pois bem, a ideia chegou à redação do Superesportes…

O repórter Felipe Bueno caiu no photoshop e modificou os distintivos do trio da capital. Lembrando que a misturas dessas cores são proibidas nos estatutos.

Escudos invertidos do Santa Cruz. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

No Náutico, por exemplo, o preto é vetado no clube, até mesmo para a camisa de goleiro. Tudo para evitar as composições tricolor ou rubro-negra.

No Santa Cruz, a cor preta jamais pode tocar a cor vermelha. Elas precisam ser separadas pela cor branca. Para não ficar “rubro-negro”, claro. E olhe que um uniforme com linhas brancas finas já é motivo para discussão no Arruda.

No Leão, causou confusão uma homenagem ao México, em 2014, quando usou o mesmo padrão da seleção da Concacaf. Tudo porque o calção era branco com detalhes vermelhos. Alvirrubro.

Portanto, eis as versões pra lá de alternativas… Aprovadas? Certamente, não.

Escudos invertidos do Sport. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

Podcast 45 minutos (98º) – Início do hexagonal, UFC e Super Bowl

O fim de semana foi agitado no esporte. No cenário local, o início do hexagonal, com goleada do Sport sobre o Santa, empta entre Náutico e Salgueiro e confusão na mobilidade (metrô). Tudo isso está na 98ª edição do podcast 45 minutos, que também debateu a volta de Anderson Silva ao UFC e o emocionante Super Bowl vencido pelo New England Patriots.

Estou nesta edição (1h27min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (1)

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Pelo 7º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Pernambucano. Em 2015, como ocorre desde 2009, o levantamento conta somente o turno principal. Nesta caso, as dez rodadas do hexagonal do título do 101º campeonato estadual. Ou seja, só entraram na conta os dados de Náutico, Santa, Sport, Central, Salgueiro e Serra Talhada.

A primeira rodada começou no sábado com um Clássico das Multidões no Arruda, com elementos suficientes para a atualização: 1 pênaltis (do tricolor Bileu em cima do rubro-negro Régis) e 2 vermelhos (um para cada lado, Alemão e Joelinton).

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Sport
Sem penalidade: Náutico, Santa Cruz, Central, Salgueiro e Serra Talhada

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Santa Cruz
Sem penalidade, Náutico, Sport, Central, Salgueiro e Serra Talhada

Cartões vermelhos (2)
1º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
1º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Entre 2009 e 2011, com doze time e turno e returno, o ranking levou em conta 132 partidas em 22 rodadas. Com o torneio mais enxuto, num hexagonal, o número de jogos analisados caiu para 30, em 10 rodadas. Tanto que na temporada passada o Tricolor liderou a lista com apenas duas penalidades a favor.

Ano (jogos/pênaltis): 2009 (132/48), 2010 (132/70), 2011 (132/46), 2012 (132/57), 2013 (66/35), 2014 (30/6)

Mais pênaltis a favor
2009 – Náutico (7)
2010 – Náutico (11)
2011 – Náutico/Araripina (7)
2012 – Santa Cruz (8)
2013 – Sport/Porto (6)
2014 – Santa Cruz (2)

Mais pênaltis cometidos
2009 – Ypiranga (11)
2010 – Porto (12)
2011 – Petrolina/América (7)
2012 – Araripina (10)
2013 – Belo Jardim (5)
2014 – Porto (4)

Pernambucano em 2 linhas – 1ª/2015

Pernambucano 2015, hexagonal:: Santa Cruz 0x3 Sport, Náutico 0x0 Salgueiro e Central 1x0 Serra Talhada. Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press (Arruda), Marlo Costa/FPF (Arena) e Guilherme Milleron/Blog Movimento Coração Alvinegro

Começou de fato o Campeonato Pernambucano de 2015. Após a fase classificatória, iniciada ainda em dezembro passado, enfim o hexagonal do título. De cara, um Clássico das Multidões, no sábado, com o Sport goleando o Santa. No domingo, apenas um gol, e contra. Foi o suficiente para a vitória do Central. Na Arena Pernambuco, Náutico e Salgueiro – adversários no Estadual e no Nordestão – ficaram num empate sem gols. Lembrando que os quatro melhores vão avançar após a 10ª rodada.

Hoje, as semifinais seriam: Sport x Náutico/Salgueiro e Central x Náutico/Salgueiro

Em 3 jogos nesta fase do #PE2015 saíram 4 gols, com média de 1,33. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, o rubro-negro Élber começou liderando a lista, com 2 gols.

Santa Cruz 0 x 3 Sport – Diante de 24 mil pessoas, os rivais faziam um jogo equilibrado até o pênalti (correto) a favor do Leão, que depois matou em contragolpes.

Náutico 0 x 0 Salgueiro – Aos 47 do 2º tempo, o alvirrubro Josimar teve, de cabeça, a chance de definir a partida. O resultado acabou sendo justo pelo futebol visto.

Central 1 x 0 Serra Talhada – Um gol contra de Luciano Totó valeu a tarde no Lacerdão, cujo gramado apresentava marcas de uma partida de futebol americano.

Destaque: Élber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante marcou duas vezes em sua estreia oficial pelo Sport, e logo num clássico, fora de casa.

Carcaça: Marcelo de Lima Henrique. O árbitro acertou na penalidade, mas foi rigoroso demais nas expulsões de Alemão e Joelinton. Quis mostrar moral, só.

Próxima rodada:
08/02 (16h00) – Serra Talhada x Santa Cruz (Nildo Pereira)
08/02 (16h00) – Salgueiro x Central (Cornélio de Barros)
08/02 (18h30) – Sport x Náutico (Arena Pernambuco)

A classificação atualizada após a 1ª rodada do hexagonal.

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2015 após a 1ª rodada. Crédito: Superesportes

A 50ª vitória do Sport sobre o Santa Cruz no Arruda

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Balançando as redes três vezes no segundo tempo, o Sport goleou o Santa Cruz na abertura do hexagonal do campeonato estadual de 2015 e chegou a 50 vitórias sobre os rivais das multidões dentro do Arruda. Com o 0 x 3 no placar, o visitante ultrapassou o mandante no número de triunfos nos clássicos realizados no José do Rêgo Maciel em toda a história, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

161 jogos
49 vitórias do Santa
62 empates
50 vitórias do Sport

Um resultado emblemático, sem dúvida, dando mais molho a uma rivalidade quase centenário. Foi também um começo quente para o Pernambucano de fato – que não tinha um clássico na primeira rodada desde 1996. Mais entrosado, o Leão só fez valer a sua superioridade técnica nos 45 minutos finais. Antes, teve que ter muita paciência. Enquanto no dedicado Santa era visível a falta de entrosamento, o Sport entrou em campo num ritmo bem abaixo daquele imposto no amistoso contra o Nacional do Uruguai.

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

O primeiro tempo foi amarrado, apesar da disposição. Foram poucas jogadas criadas. Tanto que cada time teve apenas uma chance, ambas com finalizações constrangedoras. Primeiro com o tricolor Waldison (chute tosco) e depois com o leonino Joelinton (cafofa). As vaias das duas torcidas foram aumentaram a exigência por um futebol mais solto.

Na volta dos vestiários, o Sport aos poucos foi trocando mais passes, com Eduardo Batista gritando a todo momento “gira, gira”. Era para a bola ir de pé em pé mesmo, envolvendo o adversário. Provocou uma marcação mais dura, que resultou num pênalti, aos 15. Bileu derrubou Régis de forma inconsequente. Na cobrança, Danilo chutou no meio do gol e abriu o placar. O prognóstico já não era bom para o goleiro Bruno, que em sua estreia não defendera uma vez sequer nas 11 cobranças do Zalgiris Vilnius.

O campo ficou mais aberto após a dupla expulsão, de Alemão e Joelinton. Excesso de rigor, para os dois lados, do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique. Na sequência, o Rubro-negro “matou” o jogo num contragolpe mortal, com uma deixadinha de Rithely para Élber. O mesmo Élber, que chegou sem alarde na Ilha, definiu a categórica (50ª) vitória aos 43 minutos, livre, já com o Santa disperso.

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

Os pedidos de paz de tricolores e rubro-negros

Mensagens de paz de Santa Cruz e Sport antes do primeiro Clássico das Multidões de 2015. Crédito: facebook/reprodução

Quis o destino – e a FPF – que a primeira rodada do hexagonal decisivo do Campeonato Pernambucano de 2015 tivesse de cara o clássico mais popular da cidade no maior estádio. Numa tentativa de começar o ano sem problemas, as duas diretorias investiram em campanhas de paz em suas páginas oficiais no facebook.

“Lembrando a todos que forem ao Arrudão, vá na paz, sem violência!”

“Rivalidade não é inimizade! A disputa de jogo é apenas entre as quatro linhas!”

Mensagens de tricolores e rubro-negros, respectivamente.

Ultimamente, os ânimos estão bem acirrados nos clássicos entre Santa Cruz e Sport, com muito trabalho para polícia, mesmo com a proibição das torcidas organizadas – que acabam driblando o veto e entrando do mesmo jeito.

Para o primeiro embate oficial do ano, a Secretaria de Defesa Social destacou 400 policiais. É o menor número nos últimos 26 clássicos no Recife, e a justificativa é a concorrência de outros polos de carnaval espalhados pela cidade.

Portanto, fica a torcida pela paz… até porque ainda estamos em janeiro.

Tem jogo demais pela frente.

Confira as duas imagens numa resolução maior aqui e aqui.

Canetada da FPF confirma Sport x Náutico na Arena Pernambuco

FPF

Na base da “canetada”, a FPF alterou o mando de campo do clássico entre Sport e Náutico, em 8 de fevereiro. O conselho arbitral extraordinário, convocado pela entidade, havia vetado a possibilidade de ter o Timbu como visitante na Arena Pernambuco. Contudo, a federação confirmou o palco, usando seis justificativas numa ata, incluindo uma lei de 2011 e a segurança – veja abaixo.

Na visão do blog, não havia “inversão” de mando de campo neste contexto. No entanto, no momento em que o caso foi colocado em votação, que o arbitral fosse respeitado. Não aconteceu, pesando a pressão econômica, numa soma do governo do estado (patrocinador via Todos com a Nota) e da própria arena.

Não por acaso, a decisão conta com o argumento do consórcio, que havia emitido uma nota de duas páginas em 16  de janeiro, na qual confirmou o status de “campo neutro”. Eis alguns trechos:

“Não há dúvidas, portanto, que a Itaipava Arena Pernambuco é um equipamento público, pertencente ao Poder Concedente, mas cuja exploração foi delegada à Concessionária por prazo determinado”

“Assim sendo, percebe-se que Sport Club do Recife (“Sport”) e o Santa Cruz Futebol Clube (“Santa”), entre quaisquer outros clubes, desde que previamente acordado com a Concessionária, podem demandar os seus jogos na Arena Pernambuco na qualidade de entidade detentora do mando de campo.”

“(…) é certo que não há exclusividade de nenhum clube para utilizar a Itaipava Arena Pernambuco na qualidade de entidade detentora do mando de jogo.”

Por mais que a FPF aponte meios legais, fica uma decisão imoral. Canetada.

Decisão da FPF confirmando o clássico Sport x Náutico para a Arena Pernambuco, em 2015

Uma transferência internacional no futebol a cada 40 minutos, com participação recifense

Evolução das transferências internacionais no futebol. Crédito: Fifa/TMS/twitter

Por dia, 35 transferências internacionais são registradas no futebol. Isso corresponde a uma negociação firmada a cada 40 minutos. Ao todo, foram 13.090 contratos internacionais em 2014, número presente no balanço do Transfer Matching System. A sigla “TMS” é o sistema eletrônico criado há quatro anos pela Fifa para registrar oficialmente todas as negociações internacionais.

No último ano, as transferências entre clubes de países distintos envolveram US$ 4,1 bilhões (R$ 10,6 bilhões), com média de 313 mil dólares por jogador. O mercado que mais gastou foi o inglês, com US$ 1,2 billhão. Segundo o cadastro geral, 68% das negociações ocorreram com atletas em fim de contrato.

Evolução da soma dos acordos internacionais:
2011 – US$ 3,0 bilhões
2012 – US$ 2,5 bilhões
2013 – US$ 3,9 bilhões
2014 – US$ 4,1 bilhões

A nacionalidade mais presente foi a brasileira, com 1.493 atletas mudando de time (e de país), indo ou voltando. Isso equivale a 11,4% do total. O levantamento traz curiosidades como o fato de a Índia ter importado os jogadores mais velhos, com média 28 anos e 10 meses. A média global foi de 25 anos e 6 meses.

O TMS conta com cinco mil clubes, incluindo Sport, Santa e Náutico. Entre os principais exemplos locais, a contratação de Diego  Souza pelo Leão, vindo do Metalist, da Ucrânia, e as saídas do volante Derley, do Timbu para o Emirates, dos Emirados Árabes, e do atacante Keno, do Tricolor para o Atlas do México.

Confira os números da última janela de transferências aqui.

Em 2015, as duas janelas brasileiras serão de 23/01 a 16/04 e de 22/06 a 21/07.

Balanço de contratações na janela de janeiro nas cinco principais ligas nacionais. Crédito: Fifa/TMS/twitter

Podcast 45 minutos (97º) – Análise sobre o início do hexagonal do Pernambucano

Após a pré-temporada, enfim a chegada dos jogos oficiais. De cara, um clássico entre Santa e Sport no Arruda e Náutico e Salgueiro reeditnando a semifinal do último Estadual. Ambos os jogos na pauta do 45 minutos, que também traz o debate sobrea possibilidade de FPF obter os mandos de campo de todos os clássicos, mesmo com a decisão contrária no arbitral extraordinário.

Estou nesta 97ª edição (1h21min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!