Audiência do futebol no Recife em 2017, com até 234 mil espectadores de diferença

A transmissão dos jogos do grandes clubes do estado em 2017, através da Globo Nordeste, começou em 29 de janeiro, com o Clássico das Emoções pelo Campeonato Pernambucano. A exibição na televisão ocorre em sinal aberto para todo o estado, com duas partidas por semana. Em termos de mensuração de audiência, o Kantar Ibope costuma estimar o público sintonizado na Região Metropolitana do Recife. São dados para consumo interno, do instituto e da emissora. Assim, a audiência média das partidas é divulgada publicamente a conta-gotas. De toda forma, o blog compilou as cinco principais audiências em seis semanas de bola rolando, com horários e competições distintas.

A liderança (provisória) do Clássico das Multidões não surpreenda, pois é, disparado, o jogo de maior apelo popular no futebol local. Porém, a presença massiva do Sport na Copa do Brasil talvez seja um indício da força do mata-mata neste cenário, mesmo considerando as fases prévias. Até o momento, o hiato entre a maior e pior audiência é de 234 mil pessoas por minuto, ou quase dez pontos no Ibope. O blog vai seguir atento ao assunto…

O recorde local data de 18/02/2009, com Colo Colo 1 x 2 Sport, na Libertadores, com 57 pontos. Na época, correspondeu a 1,29 milhão de telespectadores.

753 mil (31,0 pontos) – Santa Cruz 1 x 1 Sport (18/02, sábado, Estadual) 

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1x1 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

670 mil (27,6 pontos) – Boavista 0 x 3 Spot (08/03, quarta, Copa do Brasil)  

Copa do Brasil 2017, 3ª fase: Boavista 0x3 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

636 mil (26,2 pontos) – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (12/03, domingo, Nordestão)  

Nordestão 2017, 1ª fase: Náutico 1x0 Santa Cruz. Crédito: Rede Globo/reprodução

570 mil (23,6 pontos) – Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz (05/03, domingo, Estadual) 

Pernambucano 2017, 6ª rodada: Salgueiro 0x1 Santa Cruz. Crédito: Rede Globo/reprodução

519 mil (21,4 pontos) – Sport 1 x 1 Náutico (01/03, quarta, Estadual)

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Crédito: Rede Globo/reprodução

Jogos com dados não divulgados: Náutico 1 x 1 Santa Cruz (29/01), Santa Cruz 0 x 0 Belo jardim (01/02), Juazeirense 0 x 1 Sport (05/02), CSA 1 x 4 Sport (08/02), Campinense 2 x 0 Náutico (12/02), Guarani 1 x 0 Náutico (15/02), Sport 3 x 0 Sete de Dourados (22/02), Uniclinic 0 x 2 Santa Cruz (25/02)

As novas cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 12,8 milhões para o campeão

As novas cotas da Copa do Brasil de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com a Copa do Brasil de 2017 já em andamento, a CBF anunciou um aumento de R$ 17 milhões nas cotas de participação previamente divulgadas. O montante foi distribuído da primeira fase até a semifinal, com acréscimos variando entre 19% e 20%. O reajuste, obtido pela entidade através de fornecedores, alcançou todos os 91 participantes da edição vigente, dos 80 times que largaram no primeiro mata-mata (com repasses diferenciados de acordo com o ranking nacional) aos 11 pré-classificados às oitavas de final.

O valor exato, fase por fase, foi informado por Wellington Campos, repórter da rádio mineira Itatiaia. A partir disso, vamos ao quadro comparativo com os valores anteriores. Curiosamente, as novas cotas são próximas àquelas simuladas por Douglas Batista, em postagem anterior no blog.

Inicialmente, considerando todas as oito etapas do torneio e o grupo 1 nas duas primeiras fases, o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 12,8 milhões, com um aumento absoluto de 9,5%. Os clubes em disputa a partir das oitavas, incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino, podem ganhar até 9,745 milhões de reais, ou 6,7% a mais que a meta anterior (de 9,13 mi). Entre os clubes pernambucanos, por sinal, a mudança na Copa do Brasil resultou numa injeção imediata de R$ 580 mil.

Abaixo, os novos ganhos dos quatro representantes do estado no torneio.
R$ 1,93 milhão – Sport, até a 3ª fase (+310 mil)
R$ 1,05 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+170 mil)
R$ 300 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)
R$ 300 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

O regulamento da Série A de 2017, com 12 vagas internacionais e no máximo 5 transferências entre os participantes

O troféu do Brasileirão de 2017. Foto: Kin Saito/CBF

A CBF divulgou o regulamento oficial do Campeonato Brasileiro de 2017. O documento (íntegra abaixo) é relativamente simples, com 15 páginas e algumas mudanças acerca da Série A, que terá três nordestinos nesta temporada: Sport, Bahia e Vitória. Destaco seis pontos da fórmula votada no conselho técnico da competição, realizado no Rio de Janeiro, há três semanas. O sistema de disputa, lembrando, é o mesmo desde 2006, com vinte clubes e pontos corridos.

Confira a tabela do Brasileirão clicando aqui.

Artigo 5 – As doze vagas internacionais…
Libertadores: 1º, 2º, 3º e 4º na fase de grupos; 5º e 6º na fase preliminar
Sul-Americana: 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º, todos na primeira fase 

Obs. Caso os possíveis campeões da Liberta, Sula e Copa do Brasil de 2017 terminem na zona de classificação internacional, a vaga via Série A será do clube seguinte, excluídos os assegurados nas copas da Conmebol, claro. Logo, há a possibilidade de um recorde de classificados (Liberta + Sula): 15 times

Artigo 9 – Transferências de jogadores: entre clubes da elite, atletas com no máximo 6 jogos disputados. Durante a competição, cada time só poderá contratar até cinco nomes oriundos da Série A, sendo no máximo três de um mesmo clube. A partir disso, então, só em outros mercados (B, C, D e exterior)

Artigo 12 – Critérios de desempate na classificação: 1) vitórias, 2) saldo, 3) gols pró, 4) confronto direto (somando ida e volta), 5) menos cartões vermelhos, 6) menos cartões amarelos, 7) sorteio. Até hoje nunca se chegou ao sorteio…

Artigo 16 – Preço mínimo do ingresso: R$ 40, inteira (valor abaixo disso, só com autorização da CBF)

Artigo 19 – Punição por salário atrasado: 3 pontos por jogo caso atrase o pagamento da folha salarial a partir de 30 dias – execução da pena após o julgamento no STJD, naturalmente

Artigo 21 – Mudança de mando de campo: o clube só poderá jogar dentro da jurisdição de sua federação. No caso do Sport, atrelado à FPF, só na Ilha do Retiro, Arena Pernambuco, Arruda ou Cornélio de Barros. O Lacerdão também tem a capacidade mínima, de 12 mil lugares, mas o gramado está vetado

O regulamento da Série A de 2017 de Cassio Zirpoli

Da praia ao primeiro campeonato estadual de futebol americano, onze longos anos

Os times da 1ª divisão: Mariners, Pirates, Templários e Horses; e da 2ª divisão: Sharks, Mariners (B), Apaches e Wolves

A prática do futebol americano no Recife começou na praia de Boa Viagem, na década passada. Na areia, com regras adaptadas, as primeiras equipes (e rivalidades) começaram a ser formadas. O interesse aumentou, paralelamente à aquisição de equipamentos de jogo e melhor compreensão das regras, partindo para os gramados, em estádios periféricos da cidade. Polarizado durante um bom tempo entre Mariners e Pirates, no Clássico dos Mares, hoje o futebol americano conta equipes no interior e, finalmente, com um verdadeiro campeonato estadual, a partir de 2017. Onze longos anos de evolução.

Ainda que o Mariners tenha presença constante na Liga Nordeste, onde foi vice em 2014 e 2015, com direito a 7.056 torcedores na Arena Pernambuco na primeira decisão contra o João Pessoa Espectros, a disputa local era bem esvaziada. Tanto que em 2016 houve a embrionária Taça Pernambuco com apenas três times (Horses, o campeão, Wolves e Templários). Então, os times em atividade, com equipes completas e estrutura básica, se uniram e definiram a proposta com duas divisões, com quatro times em cada, com acesso e descenso de uma equipe. Jogos no Grito da República em Olinda (para as equipes da RMR), Antônio Inácio em Caruaru e Áureo Bradley em Arcoverde.

Embora com caráter amador, há a ambição de evolução técnica, com a contratação de treinadores e até jogadores com passagens na disputa universitária dos EUA. Essa mescla é atrelada aos jovens oriundos dos tryouts (os “peneirões” da modalidade), dando novo gás. A título de curiosidade, os sete times (o Mariners conta com um Sub-23 na segundona) somam 103 mil pessoas em seus perfis no facebook. Um reflexo da ampla exibição da NFL no país, via ESPN e Esporte Interativo – com direito ao Super Bowl no cinema local. Nota-se que havia demanda para a realização do Campeonato Pernambucano…

1ª divisão
Recife Mariners, fundado em 19/12/2006 (29.228 curtidas no facebook)
Recife Pirates, 05/06/2007 (45.560)
Arcoverde Templários, 07/2014 (4.854)
Recife Horses, 01/03/2015 (7.254)

2ª divisão
Recife Apaches, 19/11/2016 (2.000)
Olinda Sharks, 25/07/2014 (5.555)
Recife Mariners (B), 19/12/2006 (29.228)
Caruaru Wolves, 10/2014 (8.566)

Confira a tabela em uma resolução maior clicando aqui.

Tabela das 2 divisões do Campeonato Pernambucano de futebol americano. Crédito: Recife Mariners/facebook (@RecifeMariners)

Podcast – Análise da vitória do Náutico no 3º Clássico das Emoções em 2017

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em 12 jogos oficiais na temporada, o Náutico já disputou 5 clássicos. Nos últimos dois domingos, vitórias alvirrubras sobre Sport e Santa Cruz, ambas na Arena Pernambuco. No triunfo mas recente, válido pelo Nordestão, o timbu foi superior ao rival a tarde inteira. O 45 minutos analisou o terceiro Clássico das Emoções de 2017 destacando os pontos positivos e problemas dos dois times (individuais e coletivos), além da briga pela classificação, agora polarizada no grupo A. Estou neste podcast com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!

12/03 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (47 minutos)

Em estreia relâmpago de Nirley, Náutico vence o Santa e ainda luta no Nordestão

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Animado pela vitória sobre o Sport há uma semana, pelo Estadual, o Náutico partiu para o tudo ou nada em outro clássico, desta vez contra o Santa, onde jogaria suas últimas fichas na Lampions. A conta era bem complicada. Precisava vencer os dois jogos restantes e secar adversários dentro do próprio grupo, para terminar em 2º lugar, e nas outras chaves, para ser um dos três melhores vice-líderes. Mas, como fica claro, o primeiro passo cabia ao próprio time. Já os corais foram à Arena com a tranquilidade que a campanha permitia, em busca da classificação antecipada (em caso de vitória). Só não mostraram organização.

Sem a pegada de outras partidas, o tricolor foi inoperante no ataque, mesmo tendo um controle maior da bola (55%). No primeiro tempo, sequer assustou o ex-goleiro Tiago Cardoso. Para ser justo, o Náutico também pouco fez, com Erick bem marcado. Para completar, Milton Cruz – que havia tido problemas para escalar a cabeça de área – foi obrigado a mudar duas vezes no primeiro tempo, com jogadores pedindo para sair, Tiago Alves e Marco Antônio.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Na primeira troca, aos 18 minutos, um cenário incrível. Nirley foi acionado, para finalmente estrear pelo timbu. Lá do meio-campo, acenou para Dudu, pedindo para o meia esperar na cobrança de escanteio. O zagueiro, então, correu para área e, livrinho, cabeceou para as redes. Um toque e apenas 14 segundos em ação pelo clube até o primeiro gol. Àquela altura, o Campinense já vencia com folga o Uniclinic (terminaria goleando por 4 x 0), mantendo o Náutico numa situação delicada em termos de classificação às quartas de final.

Na etapa final, os primeiros dez minutos foram de pleno domínio timbu, marcando a saída de bola e chegando bastante à meta de Júlio César, que evitou o pior. Sem mudar a postura do visitante, Eutrópio promoveu a estreia do atacante argentino Parra, após dez meses inativo. E, basicamente, passou mais um dia assim. Satisfeito nos quinze minutos finais, o Náutico segurou o 1 x 0 e ganhou sobrevida no Nordestão. Para isso, torce por outro revés do Santa dentro de dez dias. Resta saber se o tricolor voltará a jogar tão mal…

Troféu Gena*
4 pontos – Santa (1v, 1e, 1d)
4 pontos – Náutico (1v, 1e, 1d)
* Título em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Ramón, 148 gols e 50 anos de Santa Cruz

Ramón no Santa Cruz, já na reta final da carreira, no início dos anos 1980. Foto: Santa Cruz/site oficial

Vindo de Usina Trapiche, na zona rural de Sirinhaém, Ramón chegou ao Arruda ainda na adolescência. Já mostrando o faro de gols que o eternizaria no clube. Nos idos de 1967, com 17 anos e ainda no time juvenil, ele ganhou a primeira chance para treinar contra a equipe profissional do Santa Cruz. Com apenas cinco minutos de movimentação, segundo a própria memória, aproveitou uma sobra na marca do pênalti e mandou de bico, estufando as redes. Não demoraria a ser integrado no time principal, onde brilharia intensamente.

Pelo tricolor, marcou 148 gols, sendo 21 deles no Brasileirão de 1973, onde tornou-se o primeiro artilheiro atuando em um clube nordestino. De fato, viveu a era de ouro do clube nos gramados. É o 3º maior goleador da história coral, só abaixo de Tará e Luciano Veloso. Este, aliás, tornou-se um amigo, companhia constante nas cadeiras pretas do Mundão, onde ainda acompanha o Santa, 50 anos depois e já como conselheiro. No aniversário de 67 anos de Ramón, o Santa disponibilizou uma entrevista com o ídolo e suas histórias. Tem bastante.

Maiores artilheiros do Santa Cruz*
207 gols- Tará (1931-1948)
174 gols – Luciano Veloso (1968-1975)
148 gols – Ramón (1967-1983)
143 gols – Betinho (1971-1980)
123 gols – Fernando Santana (1967-1976)
* Segundo o acervo de Carlos Celso Cordeiro

Sport goleia a Juazeirense e é o primeiro classificado às quartas do Nordestão

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Sport 5x0 Juazeirense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Pela 5ª vez consecutiva, ou todas as edições desde a volta do torneio, o Sport conseguiu a classificação às quartas da Copa do Nordeste. Em um jogo tranquilo diante da já eliminada Juazeirense, no ingrato horário da noite de sábado, o time aplicou a maior goleada do regional, 5 x 0. Já garantiu ao menos uma vaga como vice-líder. Porém, hoje, detém a melhor campanha geral.

O Leão entrou em campo sem três de suas principais peças, Rithely, Diego Souza e Rogério. O volante e o meia foram poupados pelo DM e o terceiro ficou quase na mesma situação, mas no banco de reservas. Com o resultado construído rapidamente, com dois gols em 23 minutos, o atacante só foi utilizado no último terço – o suficiente para dar uma assistência e marcar os últimos dois gols. Forçado a rodar o elenco, Daniel Paulista também viu boas atuações de Everton Felipe e André. O primeiro começou como ponta, mas acabou indo para meio, armando, enquanto o centroavante balançou as redes novamente em dose dupla. Na 4ª tentativa de pênalti, enfim acertou, embora tenha batido pela 4ª vez no canto esquerdo. À parte disso, buscou bastante a bola, apertou a marcação e trabalhou à frente, onde finalizou um passe preciso de Rogério. Ainda em busca de sua melhor forma, André já soma 5 gols neste retorno, assumindo a artilharia leonina em 2017. A titularidade já é uma condição óbvia.

Após o repasse de R$ 600 mil pela primeira fase, o Sport assegurou a cota das quartas, de R$ 450 mil. Fôlego financeiro atrelado ao maior tempo de preparação (técnica e física) visando a fase decisiva da Lampions, onde o tentará repetir a campanha de 2014, a única de sucesso nessa era recente da competição.

Campanhas do Leão no Nordestão (e a cota final)
2013 – quartas (R$ 300 mil)
2014 – campeão (R$ 1,9 milhão)
2015 – semi (R$ 890 mil)
2016 – semi (R$ 1,385 milhão)
2017 – quartas? (R$ 1,05 milhão?)

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Sport 5x0 Juazeirense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A simulação das novas cotas da Copa do Brasil, com aporte extra de R$ 17 milhões

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

Com a Copa do Brasil de 2017 já na terceira fase, a CBF anunciou um aumento nas cotas de participação no torneio. Em nota enviada a todas as federações estaduais, a entidade justificou o adicional após “intensas negociações com fornecedores”, como destaca a ESPN. O acréscimo foi de R$ 17 milhões, sendo proporcional em todas as fases, com 91 clubes envolvidos. Porém, a circular não detalhou o quanto isso representa especificamente. Vamos lá…

O recifense Douglas Batista calculou a premiação total, fase por fase (quadro acima). Com isso, o novo aporte corresponde a um aumento de 19,1% sobre o valor bruto até então, passando R$ 89 mi para R$ 106 milhões. Considerando todas as oito etapas e o grupo 1 nas duas primeiras (com valores diferenciados aos times de melhor ranking nacional), o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 13.916.963.

Onze clubes vão largar somente nas oitavas de final (incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino). Para esse bolo, o título subiu de 9,13 mi para 10,87 milhões de reais. O anúncio mudou diretamente os ganhos dos quatro representantes pernambucanos no torneio vigente. De cara, R$ 571 mil a mais.

R$ 1,929 milhão – Sport, até a 3ª fase (+309 mil)
R$ 1,048 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+168 mil)
R$ 297 mil  – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)
R$ 297 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+47 mil)

Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.

Abaixo, a projeção de cotas somando todos os clubes, fase por fase.

Simulação das novas cotas da Copa do Brasil 2017. Crédito: Douglas Batista/divulgação (@dbatistadacruz)

Chape divulga relatório final de doações, com R$ 2,9 milhões. Na lista, o Sport

As doações às vítimas da Chapecoense. Crédito: Chapecoense/reprodução

A Chapecoense divulgou a contabilidade das doações às vítimas do acidente aéreo com a delegação catarinense, em 29 de novembro de 2016, na viagem para a final da Copa Sul-Americana. Segundo o documento assinado pelo presidente do alviverde, Luiz Antônio Paladoro, e pelo vice administrativo, Ivan Tozzo, o clube recebeu R$ 2.977.360, montante gerado por doze meios.

Entre os doadores nesses três meses, o Sport, que cedeu toda a renda bruta da partida que encerrou a campanha leonina no Brasileirão, na vitória por 2 x 0 sobre o Figueirense – quando garantiu a permanência na elite. Na ocasião, R$ 96.840. No geral, isso correspondeu a 3,2%. Além do Leão, o Palmeiras também se envolveu diretamente, através de um amistoso, marcando a volta da Chape aos gramados, já em janeiro de 2017. Segundo a nota, a maior colaboração foi do Jogo da Amizade, entre Brasil e Colômbia, com 1 milhão, ou 35,2%.

Além de prestar conta, informando o valor líquido de R$ 40.281 para cada família (são 68 ao todo, sendo 64 de vítimas fatais e 4 de sobreviventes), a Chape informa que “só receberá doações desta data em diante destinadas exclusivamente ao clube para sua reconstrução, evitando problemas contáveis e dúvidas a respeito”. Para isso, indica a associação das vítimas. De fato, (mais) uma decisão acertada da Chapecoense, voltando a caminhar só… 

Quanto ao Sport, o ato solidário engradece o próprio clube… Parabéns.