O primeiro sorteio de uma Copa do Mundo no Brasil aconteceu em 22 de maio de 1950, na Sala de Conferências do Palácio Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro. Eram doze bolinhas numeradas, além dos quatro cabeças de chave, Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai, escolhidas pela CBD, precursora da CBF.
(1) Bolívia, (2) Chile, (3) Espanha, (4) EUA, (5) França, (6) Índia, (7) Iugoslávia, (8) México, (9) Paraguai, (10) Suécia, (11) Suíça e (12) seleção a definir.
Após o sorteio com cara de bingo, a Índia desistiu por um motivo insólito. Os seus atletas se recusaram a jogar de chuteiras – queriam atuar descalços. Já a tal “seleção a definir” foi a Turquia, que também declinou. O país substituto, Portugal, também não veio. E a debandada não parou por aí. Em protesto aos jogos com enormes distâncias no país, a França também ficou de fora.
Portanto, da projeção com 16 seleções, apenas 13 disputaram aquele Mundial. Nesta sexta teremos um novo sorteio no Brasil, mais complexo. Na Costa do Sauípe será definida toda a agenda da Copa de 2014, com 32 países.
Em 1950, as bolinhas retiradas do único globo na mesa apontaram os números 2 e 4 para a partida marcada para a Ilha do Retiro, no Recife, com o jogo Chile x Estados Unidos (goleada dos hermanos por 5 x 2). Agora, o foco local é nas seguintes coordenadas: A2, A3, C3, C4, D2, D4, G1 e G2. Essas nações atuarão nos quatro jogos da primeira fase na Arena Pernambuco.
O avanço no sorteio ao longo das décadas mostra o quanto a Copa do Mundo cresceu em estrutura e organozação. Itinerário? Chuteira? Falta de vontade? Dificilmente teremos tão toscos para qualquer improvável reviravolta. Ainda mais sabendo que a premiação por uma mera participação será de 8 milhões de dólares. O campeão receberá US$ 35 milhões. Ao todo, 358 mi em premiações.
A atualização do ranking da Fifa em outubro, com oito meses de antecedência, foi a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave da Copa do Mundo de 2014. Além do Brasil, a bilionária sede, seis países já foram confirmados, incluindo surpresas como Bélgica e Colômbia (lista abaixo). A oitava vaga depende do resultado do Uruguai na repescagem. Se passar pela Jordânia, a Celeste será um dos oito principais times do Mundial. Em caso de classificação inédita da Jordânia, a Holanda ocupará o posto.
O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa. No histórico de 1930 a 2014, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais selecionadas nos sorteios como cabeças de chave, os pseudo-favoritos. No 20º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, três deles não serão cabeças de chave. Ou seja, Itália, França e Inglaterra devem surgir em grupos da morte…
À parte do desempenho, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, o regulamento deve ser mantido.
Confira a tabela histórica com todos os países escolhidos pela Fifa como cabeças de chave. São 114 indicações.
1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958 – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e mais um*
* Uruguai ou Holanda (2014)
18 – Brasil
15 – Itália
14 – Alemanha
12 – Argentina
7 – Inglaterra
6 – Espanha e França
5 – Uruguai
4 – Holanda
3 – Hungria e Bélgica
2 – Áustria, Estado Unidos, México e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Polônia, Romênia, Suécia, Suíça e Turquia
Em três Copas, o número de cabeças de chave foi superior ao de grupos envolvidos. Em 1930 e 1978, foram cinco times para quatro vagas. Naturalmente, uma chave ficou com duas equipes de peso. Em 1954, num regulamento incomum, com partidas entre grupos distintos, foram dois cabeças de chave por chave.
Há ainda a curiosidade de que duas Copas do Mundo sequer tiveram cabeças de chave. Em 1958, na Suécia, o sorteio do torneio, com 16 países, contou com quatro potes distintos em relação às regiões, e não ao nível técnico. Assim, cada grupo contou necessariamente com um europeu ocidental, um europeu oriental, um país britânico e um das Américas.
Em 1970, no México, o sistema foi semelhante ao da edição de doze anos antes. Porém, os potes foram divididos em Europa 1 e 2, Américas e Resto do mundo.
Os critérios para a escolha os cabeças…
Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990, 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998, 2002 e 2006
Ranking: 2010 e 2014
Histórico das 25 seleções que encabeçaram algum grupo no Mundial até 2010. No destaque (triângulo), os países que ganharam a Copa
Os cabeças de chave que mais decepcionaram, caindo na 1ª fase.
O prêmio de melhor jogador do futebol europeu na temporada 2012/2013 tem dois nomes tradicionais na lista final e um símbolo do clube mais vencedor do ano. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo mantêm a tradição de Barça e Real entre os finalistas. Já o francês Franck Ribéry representa o Bayern de Munique, que conquistou a tríple coroa.
O melhor jogador em atividade no continente será revelado em 29 de agosto. A escolha será feita através dos votos de jornalistas dos 53 países filiados à Uefa. O prêmio, em sua terceira edição, substitui a Bola de Ouro, incorporada pela Fifa ao prêmio de melhor jogador do mundo.
Lionel Messi – 43 jogos
54 gols, 14 assistências, 3.443 minutos, 31 vitórias, 7 empates e 5 derrotas
Ribéry – 39 jogos
11 gols, 16 assistências, 2.962 minutos, 35 vitórias, 3 empates e 2 derrotas
Cristiano Ronaldo – 46 jogos
46 gols, 11 assistências, 3.798 minutos, 30 vitórias, 8 empates e 8 derrotas
Os jogadores de futebol mais famosos do mundo são seguidos por milhões de pessoas nas redes sociais. O blog listou as páginas oficiais no facebook dos principais nomes dos países campeões mundiais. Curiosamente, o primeiro lugar pertence a um português. O atacante Cristiano Ronaldo, por sinal, está entre as dez celebridades com mais fãs na rede, independentemente da área.
Todos os nomes estão em atividade, exceto Beckham, que parou de jogar neste ano. Valeu a menção honrosa até por aparecer em terceiro lugar.
Os direitos econômicos dos 100 jogadores brasileiros mais caros na história do futebol foram comprados por 42 times, dos quais apenas três brasileiros. Corinthians (2), Flamengo (1) e São Paulo (1) são as exceções. Segundo o estudo da Pluri Consultoria, o recordista é o Barcelona, destino de Neymar.
O Barça já adquiriu dez atletas, desembolsando 237 milhões de euros. Sem surpresa, o segundo lugar é o rival Real Madrid. A Espanha, por sinal, é o maior importador. São oito clubes na lista e meio bilhão de euros investidos.
Ao todo, doze países, além do Brasil, claro, receberam as supercontratações.
Abaixo, os vinte jogadores mais valiosos, com os valores originais e corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor da Eurozona. Um exemplo disso é a diferença entre Kaká e Neymar, os primeiros colocados. No valor original, oito milhões de euros. Com o preço corrigido, o hiato sobe para 13,4 mi.
Para ver a lista com os cem brasileiros mais valiosos, clique aqui.
Sede do próximo Mundial, o Brasil vive uma revolução na construção de novas arenas. Estudos apontam para muito breve o crescimento na média de público. E é bom isso acontecer mesmo, pois atualmente o país, apesar da tradição, aparece em uma classificação pífia na média de público entre todos os campeonatos nacionais da temporada 2012/2013.
O Brasileirão é apenas a 18ª liga mais popular, abaixo do campeonato argentino e da segunda divisão da Alemanha e da Inglaterra. Aqui, a taxa de ocupação dos estádios foi de apenas 38%. Haja “mosaicos” nas arquibancadas.
Esses vinte torneios levaram 117,1 milhões de torcedores na última temporada, segundo o borderô, com média de 20,2 mil. Avanço de 0,5% em relação à lista anterior. Enquanto isso, nos Estados Unidos o futebol americano, basebol, basquete e hóquei levaram 158,5 milhões, com média de 23,7 mil…
A pesquisa foi produzida pela Pluri Consultoria, que enumerou os 100 clubes de maior assistência. A lista completa ainda será divulgada, mas já foram revelados os brasileiros no top 100, pela ordem: Corinthians, Santa Cruz e São Paulo.
Sim, o tricampeão pernambucano está lá de novo. Mesmo na terceira divisão, teve um índice de 24 mil pessoas, ocupando o 94º lugar. Contudo, no ranking anterior o Tricolor estava em 39º lugar, com 39 mil pessoas em plena Série D.
O Borussia Dortmund segue na liderança – assim como a Bundesliga. O time alemão teve uma queda no número. Caiu de 80.720 para 80.558. Pois é.
Celtic (Escócia) em 1967, Ajax (Holanda) em 1972, PSV (Holanda) em 1988, Manchester United (Inglaterra) em 1999, Barcelona (Espanha) em 2009, Internazionale (Itália) em 2010 e Bayern de Munique (Alemanha) em 2013.
Um feito raríssimo une esses sete clubes. Todos as agremiações conquistaram a tríplice coroa da Europa, num domínio absoluto do futebol. Venceram no mesmo ano os três principais campeonatos em disputa. No Velho Mundo, isso significa ganhar a liga nacional, a copa do país e a Liga dos Campeões da Uefa.
O mais novo integrante é o arrasador Bayern, de Neuer, Lahm, Schweinsteiger e Robben, somando a Copa da Alemanha aos títulos da Bundesliga e da Champions League. No post, os últimos tripletes. United, Barça e Inter ainda conquistariam o Mundial em dezembro. Caminho aberto para o time alemão?
Na América do Sul, os clubes chamam de tríplice coroa a conquista dos títulos do Mundial de Clubes, da Taça Libertadores e da Recopa em sequência. Contudo, a honra não pode ser alcançada num mesmo ano porque a Recopa, que reúne em jogo único o campeão da Libertadores e da Copa Sul-Americana, só é disputada na temporada seguinte às duas finais continentais.
Entre os times brasileiros, destaque para o São Paulo, que conseguiu dois tripletes na década de 1990. Já o Internacional conseguiu a sua tríplice coroa mais recentemente. Ganhou o Mundial e a Libertadores em 2006 e a Recopa em 2007. O clube gaúcho acabou colocando um coroa em cima do seu distintivo.
Considerando apenas torneios em solo brasileiro, o feito só é possível se um clube ganhar no mesmo ano o Estadual, a Copa do Brasil e o Brasileirão. Até hoje, só o Cruzeiro conseguiu, em 2003. Pela marca, o time de Belo Horizonte também colocou a coroa (antes do Colorado, diga-se). Por sinal, aquela foi a única vez que um time ganhou a Série A e a Copa do Brasil no mesmo ano.
Tradição em campo na reta final do Velho Mundo. São quatro campeões na semifinal da Liga dos Campeões de 2013. Real Madrid de Cristiano Ronaldo com nove taças, os tetracampeões Barcelona de Messi e Bayern de Munique de Schweinsteiger e o Borussia Dortmund de Lewandowski, o melhor em 1997.
Os dois gigantes espanhóis estão pelo terceiro ano seguido nesta fase da Champions League. Já os alemães vêm se revezando nas conquistas em solo germânico. O sorteio das semifinais será na sexta-feira.
A probabilidade maior é de uma composição com confrontos internacionais nas duas chaves, o que poderia viabilizar uma decisão entre Espanha e Alemanha, a 5ª na história. Assista às decisões anteriores abaixo.
Contudo, há a possibilidade um superclássico entre Real e Barça no jogo final, o que seria a segunda decisão espanhola no torneio, ou uma inédita final alemã.
A finalíssima da Liga dos Campeões será em 25 de maio no estádio Wembley, casa maior desta partida. Será a sétima decisão na mítica arena inglesa, comemorando os 150 anos da The Football Association, a federação inglesa.
Confira o site oficial da competição, em português, clicando aqui.
1960 – Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt
1974 – Bayern de Munique 4 x 0 Atlético de Madri (1 x 1 no primeiro jogo)
2001 – Bayern de Munique 1 x 1 Valencia (5 x 4 nos pênaltis)
Com uma atualização mensal, o ranking da Fifa já teve o Brasil na liderança em 150 oportunidades desde a sua criação, em 1993.
Considerando que foram 235 listas divulgadas com o complexo sistema de pontuação, a Seleção Brasileira, de Careca a Neymar, liderou a tabela durante 63,8% do tempo nas últimas duas décadas do futebol.
Provavelmente por isso, por enxergar a Canarinha sempre tão alto num passado não muito distante, seja surreal observar a equipe verde e amarela afundada pelo terceiro mês consecutivo no 18º lugar, a pior colocação de sua história.
Noventa dias como coadjuvante, sem conseguir superar grandes adversários, aumentando ainda mais a pressão. A menos de 500 dias de sua própria Copa.
Enquanto isso, a Espanha mantém a liderança, agora com 18 meses seguidos, desde fugaz primeira colocação da Holanda, em agosto de 2011.
Atualmente, a Fúria, atual campeã mundial e europeia, registra uma segura diferença de 153 pontos sobre a segunda colocada, a Alemanha (veja aqui).
Será possível alguma mudança na liderança até a Copa do Mundo de 2014?
Meses na liderança do ranking (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):
Brasil – 150 (09/1993)
Espanha – 48 (07/2008)
França – 14 (05/2001)
Argentina – 10 (03/2007)
Alemanha – 6 (08/1993)
Itália – 6 (11/1993)
Holanda – 1 (08/2011)
O argentino vem quebrando recordes e mais recordes. Mais gols pelo Barcelona, liderança em uma temporada na Espanha, no primeiro tempo, no segundo…
Neste mar de estatísticas, uma indiscutível, no forno.
Nada menos que o maior número de gols em um ano.
A marca pertencia ao alemão Gerd Müller, que anotou incríveis 85 gols em 1972, somando jogos oficiais pelo Bayern de Munique e pela seleção da Alemanha Ocidental.
Entre os tentos pelo Barça e pela Argentina, La Pulga chegou a 86 neste domingo.
Bastaram 24 minutos de bola rolando contra o Bétis, fora de casa, para o craque balançar as redes duas vezes. O feito foi repercutido de forma imediata mundo afora.
Esse recorde, nem Pelé. Em 1958, aos dezessete anos, o Rei fez 75.
Messi vinha de uma lesão. Se curou rapidamente, entrou em campo e fez o de sempre. De lambuja, se tornou o maior goleador do Barcelona na liga espanhola, com 192 gols.
Sempre do seu jeito, pra lá de objetivo. Veloz, habilidoso e finalizador.
A conta, claro, não conta as inúmeras assistências aos companheiros de equipe. E olhe que esse não foi o último jogo de Lionel Messi em 2012…
Aos 25 anos, ele chegou aos 86 gols em 66 partidas, com média de 1,3. Assista abaixo.
Como base de comparação, eis os dados dos times pernambucanos neste ano, com todos os jogadores: Sport, 91 gols, 67 partidas; Náutico 84/65; Santa, 81/46.
O hermano vem em uma curva profissional ascendente e sem data para acabar.
Rivalidade à parte, assistir ao futebol desse gênio é gratificante. E 2014 e logo ali…