Com gerações e gerações que não viram Juan Ramón Verón marcar o gol do título mundial do Estudiantes em 1968.
Diante do Manchester United de Bobby Charlton e George Best.
Desta vez, caberia ao filho Juan Sebastián Verón a honra de erguer o troféu de 2009.
Um título improvável, contra uma verdadeira seleção.
Sim, o Barcelona é uma seleção internacional, com o também argentino Messi, o sueco Ibrahimovic, o francês Henry, o espanhol Puyol etc.
A esperança argentina era o fato de que o futebol prova o contrário todos os dias.
O improvável não existe.
Além disso, seria difícil convencer os 4 mil torcedores pincharratas que foram até os Emirados Árabes. Que foram em busca do estágio final de um 2009 já especial, marcado com o tetracampeonato da Taça Libertadores.
La Plata se mudou para Abu Dhabi.
Após o ensino fundamental contra os sul-coreanos, era a hora do ensino superior diante do Barcelona, neste sábado. O título esteve nas mãos dos argentinos até os 43 do segundo tempo. Faltavam apenas duas voltas no relógio.
Mais 2 minutos e o mundo seria do Estudiantes. Um tempo ínfimo perto da eternidade para celebrar uma glória desse tamanho.
Quis o destino que ficasse apenas a lembrança dos aplausos dos 4 mil hinchas no estádio, reconhecendo a valentia de um time que quase entrou para a história.
Foi o 6º título seguido do Barcelona na temporada 2008/2009.
Uma máquina de ganhar tudo.
Campeonato espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Espanha, Liga dos Campeões da Uefa e Supercopa da Europa. Os cinco primeiros.
Mas o título deste sábado foi o mais aguardado deles.
O único que não existia na galeria do gigante catalão.
O título mundial.
Troféu que havia escapado duas vezes das mãos do Barça.
Na primeira, em 1992, o atual técnico Josep Guardiola era um dos volantes do time.
São Paulo de Raí 2 x 1.
Em 2006, o mundo estava pronto para ovacionar Ronaldinho Gaúcho.
Esqueceram do Colorado.
Internacional de Gabiru 1 x 0.
Desta vez, a final foi contra o raçudo Estudiantes de La Plata, da Argentina.
O título parecia fugir novamente… O campeão europeu perdia por 1 x 0 até os 43 minutos do segundo tempo, quando Pedro empatou.
Foi a senha para começar a virada do supertime, que chegou à sua 8ª vitória consecutiva.
Na prorrogação, Lionel Messi! E olhe que o argentino não jogava a sua melhor partida. Mas o provável melhor jogador do mundo em 2009 apareceu como craque. E ainda ficou com a bola de ouro do Mundial de Clubes.
O Barça passou pelos mexicanos do Atlante por 3 x 1 e segue em busca do seu primeiro título mundial.
Messi e Ibrahimovic deram as cartas.
No sábado, Barcelona e Estudiantes vão decidir o Mundial de Clubes da Fifa, em sua primeira edição nos Emirados Árabes.
Uma final que se repete desde 1960. A única exceção foi em 2000, no Brasil, quando o Corinthians bateu o Vasco, nos pênaltiis.
Se há nove anos a final foi 100% falada em “português”, desta vez será em espanhol.
Espanhóis e argentinos, que de vez em quando não se entendem nem falando. Caso pergunte o nome da rua (calle) em Madri, você vai escutar “calhe”, mas se a pergunta for feita em Buenos Aires, o som será “cadje”. E por aí vai…
Assim, espanhóis e argentinos vão decidir pela 3ª vez o Mundial, contando com a extinta Copa Intercontinental. Técnica e fúria, para as seleções, argentina e espanhola, respectivamente. Fúria e técnica para os times, invertido.
Em 1974, o Atlético de Madri (vice-campeão da Liga dos Campeões daquele ano, mas que herdou a vaga do desistente Bayern de Munique) bateu o Independiente. Em 2000, o Boca Juniors venceu o Real Madrid por 2 x 1, com gols de Martín Palermo.
O sonho do Sport era disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em Abu Dhabi.
O título da Libertadores de 2009 realmente chegou a ser um sonho para a torcida da Ilha do Retiro.
Apesar da brilhante campanha na primeira fase, o time caiu nos pênaltis, nas oitavas de final, diante do Palmeiras. Diante do goleiro Marcos.
Agora, o Mundial está sendo realizado pela primeira vez nos Emirados Árabes Unidos.
E nesta sexta-feira os torcedores do Leão descobriram um clube para torcer na competição.
O Pohang Steelers, da Coreia do Sul. O atual campeão da Copa dos Campeões da Ásia. Rubro-negro como o Sport. Os números dourados deixaram o uniforme ainda mais parecido com a camisa do Leão. A única diferença é a meia, na cor vermelha. E os olhos puxados, naturalmente…
E o time asiático começou bem. Venceu o Mazembe, do Congo, por 2 x 1, e se garantiu na semifinal. Na próxima terça, o Pohang enfrentará o Estudiantes de La Plata, campeão da Libertadores. Vale lembrar que até hoje a final da competição sempre foi disputada por um clube sul-americano e um europeu.
Uma vila encravada na conturbada região dos Balcãs, há 2.500 anos vendo a maré subir e baixar no Mar Adriático, parte menor do Mar Mediterrâneo. Tempo de batalhas desde o Império Romano, com outros 400 anos de ocupação da ‘era veneziana’ e mais passagens ao longo dos séculos por outros domínios, como os impérios Otomano, Turco e Austro-Húngaro. Até a chegada do exército sérvio, em 1918.
Após esse furacão histórico, a raça eslava viu o seu próprio império ruir durante o século XX, numa interminável dissolução que deu ‘luz’ a outros seis países. Fora o Kosovo, que não conseguiu chocar a sua independência até hoje.
Babel à parte, voltemos àquela praia nos Balcãs, a uma cidade simples que conseguiu sobreviver a esses sanguinários capítulos da humanidade. Não mais de 14.500 pessoas habitam a pequena Budva, que de tão ‘sortuda’ ainda sofreu um terremoto em 1979.
Pequena, mas não invisível. A cidadezinha é o principal polo turístico de Montenegro. Mas um dia foi de Sérvia e Montenegro, das inúmeras formações da Iugoslávia (Reino, Democrata, Federação e Socialista)… 😯
Ok… Chega de história e pequisa, blogueiro… O que isso quer dizer?
Nessa cidade minúscula (que faz parte de uma “região” com 16.095 moradores, agregando mais 2 vilas) existe o estádio Lugovi, que pode receber apenas 4 mil torcedores (insuficiente até para o Campeonato Pernambucano). Mas é a casa do Fudbalski Klub Mogren, ou simplesmente FK Mogren, fundado em 1920 e que até 1991 era chamado de FK Budva. E que hoje é o atual campeão montenegrino.
Foi apenas a 3ª edição da liga do país, que se separou da Sérvia em 2006. O time sucedeu os campeões Zeta, de Golubovci (2006), e Buducnost, de Podgorica (2007).
Para ficar com o título da temporada 2008/2009, o Mogren jogou 33 vezes, com 23 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Foi o 2º título nacional do time, que havia vencido a Copa de Montenegro em 2008 (vídeo abaixo)
E daí, Cassio…? Esse post fala sobre esporte?
O título nacional deu ao clube o privilégio de disputar a Liga dos Campeões da Uefa. Ao lado de outras 75 equipes de toda a Europa. O time estreou na primeira eliminatória da fase preliminar, a anos-luz da fase de grupos. Fase que começa, finalmente ( 😎 ), nesta terça-feira, com oito jogos reunindo os gigantes do Velho Mundo.
Mas até chegar ao pote de ouro da maior competição interclubes do planeta, muita gente penou. Inclusive o FK Mogren, que já foi eliminado – no 2º mata-mata -, mas fez história, com a melhor campanha do país.
Venceu os 2 jogos contra o Hibernians, de Malta. Depois, perdeu 2 vezes para o Copenhague, da Dinamarca. E o adversário bateu sem pena, com um duplo 6-0 (isso mesmo, como no tênis).
Não importa. Não para aquela agora pacata Budva. Mas, de fato, acabou a Champions League para ‘craques’ como Nemanja Popović, Merlin Skenderi e Draško Božović. Eles vão dar lugar a Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi e Ibrahimovic.
Os jogadores do FK Mogren estão fora da disputa pelo troféu mais invejado do continente. Por outro lado, seguem na costa montenegrina…
Acho um pouco surreal a informação de que o volante holandês Edgar Davids, de 36 anos, poderia defender o Náutico nesta Série A… No entanto, vai saber, né? Abaixa, um vídeo com grandes momentos do jogador, que já atuou em clubes como Ajax, Barcelona, Milan, Juventus, Internazionale… 😯
Obs. O ano de 2009 está movimentado em relação à contratação de grandes jogadores para os times do Recife… Basta lembrar que foi especulada a vinda de Verón para o Sport… O mesmo Juan Sebastián Verón que defenderá o Estudiantes nesta noite, na final da Libertadores.
Entrando na nova febre da internet… Agora, o blog também está na rede do Twitter! Para seguir o blogueiro (e ficar atualizado sobre o blog), clique AQUI.
Pela primeira vez, desde 2005, o Mundial de Clubes não será no Japão. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) venceram a disputa na Fifa e adquiriram o direito de sediar as duas próximas edições da competição. A deste ano será entre 9 e 19 de dezembro.
E assim acabou o “Projeto Tóquio” dos brasileiros, meta famosa no país desde o bicampeonato mundial do São Paulo, em 1992 e 1993. Há algum tempo a expressão já estava errada, pois a decisão do torneio vinha acontecendo em Yokohama.
Mas aí surgiu o “Projeto Dubai”, na meca do desenvolvimento urbano no planeta, com seus hotéis espetaculares e obras difíceis de acreditar mesmo a olho nu, como o edifício Burj Dubai, com mais de 160 andares e 688 metros de altura. 😯
Até no Recife a cidade passou a ser comentada, durante o sonho dos rubro-negros com a participação na Taça Libertadores…
Mas a informação sobre a sede está distorcida.
O Mundial será no país do Oriente Médio sim, mas no maior dos sete emirados que formam a federação criada em 1971 – após a independência do Reino Unido. Trata-se de Abu Dhabi, cuja área cobre 86,7% da nação – a 113ª maior em território no mundo.
A cidade é a capital federal, onde moram 1,8 mi dos 5 milhões de habitantes do país movido a petróleo. Apesar da importância política, Abu Dhabi é menor que Dubai, que tem uma população de 2,2 milhões de pessoas.
Com tanto dinheiro, a renda per capita do país é de R$ 78 mil… Ao todo, o Mundial distribuirá R$ 32 milhões em prêmios, dos quais R$ 9,8 mi para o novo campeão. 😈
A partir de agora, lembre-se: “Projeto Abu Dhabi”. Grave este nome.
Os 7 times que disputarão o Mundial vão jogar em 2 estádios. Ambos passando por intensa reforma (algo natural em um país 24 horas em obras). Confira abaixo.
Zayed Sports City
Localizado no sudeste da cidade, o estádio “Cidade dos Esportes” é, na verdade, um grande complexo esportivo, com inúmeras instalações – o site oficial ainda está em construção.
O local é também a sede da associação de futebol do país. Inaugurado em 1980, o estádio tem capacidade para 50 mil pessoas (inicialmente eram 65 mil).
Mohammed Bin Zayed
A casa do Al Jazira Sports & Cultural Club fica no centro da cidade. O estádio está sendo ampliado para receber até 42.056 pessoas (veja AQUI).
Aproveitando a reforma, estão erguendo duas torres residenciais ao lado… 😎
Obs. Clubes classificados até agora: Barcelona (Espanha/Uefa), Atlante (México/Concacaf), Al Ahli (país-sede) e Auckland (Nova Zelândia/OFC)
A disputa pelo status de maior campeão continental interclubes vem movimentando bastante três países na Europa.
Quando o Liverpool conseguiu uma reação espetacular diante do Milan, em 2005, igualando um revés de 0 x 3 e ganhando o título da Liga dos Campeões nos pênaltis, a Inglaterra chegou ao 10° título, ficando no mesmo patamar de Itália e Espanha.
25/05/2005: Espanha, Itália e Inglaterra – 10 títulos
No ano seguinte, Barcelona e Arsenal fizeram um tira-teima no Stade de France pela soberania europeia. Um gol do brasileiro Belletti deu o bicampeonato à Espanha, e o 11° troféu (os outros nove são so Real Madrid 😯 ).
Em 2007, o Milan deu o troco no Liverpool e colocou a Itália novamente na liderança (dividida). A corrida pra lá de acirrada!
No ano passado, a final inglesa entre Manchester United e Chelsea garantiu por antecipação a reaproximação da terra da Rainha, que se igualou novamente aos rivais.
21/05/2008: Espanha, Itália e Inglaterra – 11 títulos
Na tarde desta quarta-feira, mais um tira-teima.
Novamente entre espanhóis e ingleses. O mesmo Barcelona campeão de 2006. E o Manchester United, dono da cora até o final da decisão disputada no estádio Olimpico de Roma. Com gols de Eto’o e Messi (barbada absoluta para ganhar o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo 😎 ), o Barça detonou os Diabos Vermelhos por 2 x 0 e faturou o tricampeonato.
E deixou a Espanha sozinha no topo do futebol europeu. Literalmente, pois a Fúria venceu a Eurocopa 2008.
Há alguns dias, Lionel Messi afirmou: “Uma vitória em Roma e este será o melhor Barça de todos os tempos”. Além de contundente, muitos podem considerar a declaração subjetiva. Polêmica nem precisa dizer, afinal, quantos esquadrões inesquecíveis já passaram pelo Camp Nou. Mas a frase de Messi tem sentido. Se vencer o Manchester Unitedna tarde desta quarta-feira, o time catalão será plenamente coroado.
Sentado no trono e com o pedestal em punho, receberá a sonhada tríplice coroa. Objeto de desejo até então inacessível aos súditos “culés”, em mais de um século de história que fazem do Barcelona um dos maiores clubes do planeta. Nunca, numa mesma temporada, vieram os três títulos: Liga Espanhola, Copa do Rei e Champions League. Este ano, os dois primeiros já estão na conta. Falta o mais importante. Conquistar a Europa seria o Gran Finale para um time que encantou o mundo nos últimos meses. A junção, na prática, do chamado “jogo bonito” com o futebol resultado.
A autoria da declaração de Messi, porém, poderia ser do português Cristiano Ronaldo, estrela maior do Manchester United. Logicamente, adaptada: “Uma vitória em Roma e este será o melhor Manchester de todos os tempos”. Atual campeão do torneio, o time inglês busca um feito inédito. Nunca um mesmo clube levantou o caneco duas vezes consecutivas, desde que a antiga Copa dos Campeões virou Liga dos Campeões, em 1992. Seria o 4º título dos Diabos Vermelhos, campeões também em 1968 e 1999.
O terceiro de Sir. Alex Fergunson, treinador do Manchester desde a década de 80. Ao lado de Bob Paisley, comandante do Liverpol nas conquistas de 77, 78 e 81, o escocês se tornaria o maior vencedor na história da competição. Nunca é demais lembrar: ano passado, os diabos alcançaram a cobiçada tríplice coroa. Além da Champions, venceram também o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra. Uma breve reflexão, e a certeza de que a frase adaptada de Messi estaria totalmente contextualizada.
Duelo à parte
O texto acima já seria suficiente para ressaltar a importância do jogo. Para muitos pode vir a ser a maior final de todos os tempos. Expectativa compreensível. Em campo estarão os dois melhores times do mundo na atualidade, incontestavelmente. Em campo estarão os dois melhores jogadores do mundo na atualidade. Talvez aí surja algum tipo de contestação. Ao meu ver, equivocada. Cristiano Ronaldo e Messi são os grandes destaques do momento. Eis a cereja do bolo: na tarde desta quarta-feira, além da cobiçada taça, provavelmente estará sendo decidida a eleição individual da FIFA. Quem será o dono desta outra coroa no final do ano?
BARCELONA
Valdés; Puyol, Touré, Piqué e Sylvinho; Busquets, Xavi e Iniesta; Messi, Eto’o e Henry. Técnico: Josep Guardiola.
MANCHESTER UNITED
Van der Sar; O’Shea, Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Anderson, Giggs (Scholes), Park e Cristiano Ronaldo; Rooney. Técnico: Alex Ferguson.
Estádio: Olímpico de Roma (ITA). Data: 27/05/2009. Horário: 15h45. Árbitro: Massimo Busacca (SUI). Auxiliares: Matthias Arnet (SUI) e Francesco Buragina (SUI). TV: ESPN e Record
* Lucas Fitipaldi é repórter do Diariodepernambuco.com.br e colaborador do blog
Em 1977, vitória do Liverpool sobre os alemães do Borussia Mönchengladbach.
Em 1984, novo triunfo do Liverpool. Um resultado apontado como um dos mais frustrantes da história do estádio, pois o vice-campeão foi o time da Roma, mandante do Olímpico (ao lado da Lazio). Pra piorar, a equipe – cuja estrela era o brasileiro Falcão – caiu apenas nos pênaltis. 😯
Em 1986, nova derrota italiana nos pênaltis. Mas essa os romanos até comemoraram, pois o vice foi a Juventus, que sucumbiu diante do Ajax, da Holanda.
Agora, em 2009, um jogo difícil de prever um resultado. Dois grandes times, ambos campeões nacionais na temporada 2008/2009.
Um super-craque em cada lado do campo.
O português Cristiano Ronaldo no Manchester United. Habilidade, velocidade e finalização. 😈
O argentino Messi no Barcelona. Habilidade, velocidade e articulação. 😈