Taça do Nordeste incorporada ao logotipo do Nordestão

Logotipo da Copa do Nordeste em 2014 e 2013

A instituição de uma taça fixa na Copa do Nordeste, dourada e representando os sete estados participantes, mudou também o logotipo da competição.

A Taça do Nordeste, criada temporada passada, foi anexada à nova imagem oficial de divulgação do torneio. Confira as versões de 2013 e 2014.

De fato, a marca remodelada traz um visual mais integrado ao torneio.

O novo logo só reforça a ideia de que a taça será colocada em disputa nas próximas nove edições do regional, o mínimo garantido segundo o contrato entre a Liga do Nordeste e a Confederação Brasileira de Futebol.

Nas duas versões da marca, nota-se que a nomenclatura “Campeonato do Nordeste”, como o regional foi chamado em alguns anos, sumiu de vez.

Em relação ao modelo da taça, veja as peças anteriores aqui.

Agora, um troféu definitivo, para fortalecer de vez a imagem do regional.

Revisão no ranking nacional de clubes, até alguma nova revisão da justiça

Revisão do Ranking de Clubes da CBF de 2013

A nova classificação do Brasileirão, rebaixando a Portuguesa à segundona e mantedo o Fluminense na elite, também modificou o ranking de clubes da CBF.

Como a Lusa e o Flamengo perderam pontos por causa de escalações irregulares, após julgamentos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Coritiba, Bahia, Internacional, Criciúma e Fluminense foram beneficiados na classificação final da Série A.

A tabela da competição é o que conta para a elaboração no ranking nacional, agora revisado na lista de 2013. Os times locais mantiveram as posições: 21º Náutico, 24º Sport, 45º Santa Cruz, 47º Salgueiro, 94º Central, 108º Ypiranga, 158º Petrolina e 182º Porto.

Entenda o sistema de pontuação do ranking aqui.

A lista será válida até dezembro de 2014 ou até alguma decisão da justiça…

Vale adiantar que a troca no Campeonato Brasileiro de 2014 entre Lusa e Flu será um fator importante na composição do próximo ranking.

A evolução milionária nas cotas de premiação do Nordestão

Cotas da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Com mais patrocinadores, visibilidade e resposta do público, a Copa do Nordeste de 2014 teve um aumento considerável na cota de premiação para os clubes em relação à edição passada. A premiação informada pela Liga do Nordeste neste ano será 78% maior que a de 2013, na volta do regional.

Os direitos comerciais para o campeão, somando os valores de participação e premiação, saltaram de R$ 1,1 milhão para R$ 1.900.000.

Ao todo, os 16 participantes vão dividir dez milhões milhões de reais, com premiações a cada fase, diferente do que ocorreu no ano anterior, quando apenas o campeão (R$ 800 mil) ganhou uma cota além da verba fixa pela participação.

No Nordestão de 2014, com os 62 jogos na grade de transmissão no Esporte Interativo, além das exibições em sinal aberto na Rede Globo, cinco empresas já firmaram contratos de patrocínio. Entre as marcas, Brahma, Gillete, Sportingbet, Penalty e GVT. A Brahma adquiriu a maior cota, de R$ 2,67 milhões.

Vale lembrar que além dessas receitas, Náutico, Santa Cruz e Sport ainda disputarão a vaga na Copa Sul-Americana, garantida ao grande campeão.

Cotas absolutas para as campanhas na Copa do Nordeste:

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil

Total -R$ 10.000.000

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão
Participação – R$ 300 mil

Total: R$ 5.600.000

A mistura entre Copa do Nordeste e Sul-Americana pode dar vaga ao 8º lugar

Copa do Nordeste e Copa Sul-Americana. Arte: Brenno Costa/DP/D.A Press

A vaga internacional na Copa do Nordeste já havia sido assegurada.

A Confederação Brasileira de Futebol havia disponibilizado uma das oito vagas brasileiras na Copa Sul-Americana ao campeão nordestino a partir da edição de 2014. Contudo, faltava uma definição importantíssima…

Com o bizarro critério da CBF de só confirmar os representantes do país no torneio da Conmebol entre os melhores colocados no Brasileirão à parte dos classificados às oitavas de final da Copa do Brasil, havia a dúvida se tal regulamento seria aplicado ao campeão do Nordestão.

Infelizmente, será. A CBF já revisou o regulamento do regional (veja aqui).

Assim, a participação internacional do campeão nordestino só será assegurada se o mesmo não chegar nas oitavas da Copa do Brasil, correspondente à quarta fase. A medida evita o choque de datas entre os torneios.

Porém, a decisão complicou de vez o processo no regional.

Com vários participantes da Copa do Nordeste presentes na Copa do Brasil, é possível que o lugar na Sula vá além do campeão nordestino ou mesmo do vice.

O blog considerou os favoritos nas quatro chaves. Assim, as quartas de final do regional teriam os seguintes times: Náutico, Santa Cruz, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, América de Natal e CRB.

Indo além, observando o diagrama da Copa do Brasil, sete desses times têm caminhos exclusivos até as oitavas. Apenas Náutico e América poderiam se enfrentar antes disso.

Em tese – por mais difícil que seja, há a possibilidade -, sete clubes seriam obrigados a abdicar da Sul-Americana por causa da campanha na Copa do Brasil. Ou seja, a vaga destinada ao Nordestão ficaria com o 8º colocado!

Não é possível que a diretoria de competições da CBF não tenha previsto isso…

Em tempo: o CSA disputou a Copa Conmebol de 1999 como 4º lugar do Nordestão, mas, naquele ano, Vitória (campeão), Bahia (vice) e Sport (3º lugar) abriram mão da disputa. E o CSA chegou ao vice-campeonato internacional.

Os destinos de Náutico, Santa e Sport até as oitavas de final da Copa do Brasil

Diagram da Copa do Brasil de 2014. Crédito: CBF

Com 87 clubes na disputa, a Copa do Brasil começará em 19 de fevereiro, na fase preliminar. A largada da primeira fase será em 12 de março.

O chaveamento dos confrontos foi definido pela diretoria de competições da CBF. Contudo, essa tabela vale de fato até a terceira fase do mata-mata.

A explicação se deve ao fato de que na fase seguinte, correspondente às oitavas de final, a confederação fará um novo sorteio, uma vez que mais seis times serão integrados – os brasileiros presentes na Taça Libertadores da América.

Até lá, então, confira o diagrama da Copa do Brasil de 2014.

Eis os caminhos dos clubes pernambucanos até as oitavas:

Santa Cruz
1ª fase: Lagarto-SE
2ª fase: Goiás-GO ou Botafogo-PB
3ª fase: Portuguesa-SP, Potiguar-RN, Guarani-SP ou Santa Rita-AL

Sport
1ª fase: Brasília-DF
2ª fase: Paysandu-PA ou Maranhão-MA
3ª fase: Coritiba-PR, Cene-MS, Duque de Caxias-RJ ou Caldense-MG

Náutico
1ª fase: Sergipe
2ª fase: América-RN ou Boavista-RJ
3ª fase: Fluminense-RJ, Horizonte-CE, Tupi-MG ou Juazeiro-BA

Ausência do Nordestão nas principais operadoras gera pressão na tevê paga

Twitter da Sky repondendo ao público sobre o Nordestão, no canal Esporte Interativo. Crédito: twitter.com/gdeaquino_scr

Os direitos de transmissão da Copa do Nordeste na televisão paga foram vendidos ao canal Esporte Interativo por dez anos.

O contrato passou a vigorar em 2013, num investimento de R$ 100 milhões, com a transmissão das 62 partidas do torneio a cada edição.

Assim, a emissora segue com os direitos exclusivos até 2022.

Reunindo os clubes mais tradicionais da região, com torcidas de massa, incluindo os três grandes pernambucanos, o Nordestão tornou-se atrativo para o público, para a audiência.

Apesar disso, pela segunda temporada consecutiva o regional segue fora das principais operadoras de tevê por assinatura no país.

Inicialmente, o canal Esporte Interativo Nordeste, braço segmentado do EI para o futebol da região, estava inserido em apenas três operadoras, Oi TV, Cabo Telecom e Multiplay.

Após uma longa negociação, passará a fazer parte também da Claro TV. Contudo, segue distante das principais redes, Sky e Net.

Entretanto, nota-se que a pressão para reverter o quadro já está acontecendo.

O perfil @skyresponde, responsável pela comunicação no Twitter da maior operadora brasileira, não para de responder ao público. São dezenas de questionamentos, seguidos.

Mesmo conscientes de que receberão uma reposta padronizada, os torcedores seguem cobrando a inclusão no pacote.

Até o fim do imbróglio, o Nordestão, o principal campeonato da região no primeiro semestre, irá seguir à parte das principais grades pagas, que não custam pouco…

Pernambucanos derrubaram 77 times e caíram 60 vezes na copa nacional

Novo troféu da Copa do Brasil, a partir de 2013. Crédito: CBF

As estreias pernambucanas na Copa do Brasil de 2014 estão definidas.

Santa Cruz x Lagarto, Sport x Brasília e Náutico x Sergipe. Como o blog havia alertado, o Ypiranga, que conquistara a vaga no Estadual, ficou de fora (veja aqui).

Até hoje, os clubes pernambucanos já disputaram 137 confrontos na história da Copa do Brasil, iniciada em 1989. Confira abaixo o retrospecto completo dos times locais, com sucesso e decepção a cada 180 minutos de bola rolando.

Além do novo troféu, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa e instituído na temporada passada, reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 19 participações (150 pontos, 53,7%)
93 jogos (145 GPC e 93 GC, +52)
42 vitórias
24 empates
27 derrotas
31 classificações e 18 eliminações (63,2% de aproveitamento nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012
32 avos de final – 2000, 2011 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 2000 e 2011

Náutico – 18 participações (122 pts, 52,1%)
78 jogos (125 GP e 103 GC, +22)
35 vitórias
17 empates
26 +derrotas
23 classificações e 18 eliminações (56,0% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010 e 2012
32 avos de final – 2001
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001 e 2013

Santa Cruz – 20 participações (101 pts, 46,7%)
72 jogos (95 GP e 94 GC, +1)
29 vitórias
14 empates
29 derrotas
18 classificações e 20 eliminações (47,3% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006 e 2011
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 1 participação (9 pts, 37,5%)
8 jogos (8 GP e 9 GC, -1)
1 vitória
6 empates
1 derrota
3 classificações e 1 eliminação (75% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 61 participações (388 pts, 49,9%)
259 jogos (377 GP e 311 GC, +66)
108 vitórias
64 empates
87 derrotas
77 classificações e 60 eliminações (56,2% de apt. nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 (2)
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013 (2)
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013

Segundo a FPF, o Ypiranga conseguiu a vaga na Copa do Brasil. Não para a CBF

Regulamento do Campeonato Pernambucano 2013.

A Confederação Brasileira de Futebol revelou a lista de participantes na Copa do Brasil de 2014. Serão 87 clubes, dos quais três pernambucanos.

Santa Cruz, Sport e Náutico.

Campeão, vice e 3º lugar do Estadual de 2013. Porém, está faltando algo…

O Campeonato Pernambucano do ano passado previa quatro vagas para o futebol local no torneio nacional. O regulamento era claríssimo.

Além dos três primeiros colocados na classificação geral, ainda haveria uma vaga para o campeão do primeiro turno. No caso, foi o Náutico. Como o Timbu foi o 3º lugar geral, a vaga foi destinada ao 4º colocado. No caso, o Ypiranga.

O alviazulino de Santa Cruz do Capibaribe vivia a expectativa de se tornar o sétimo time do estado a disputar a Copa do Brasil.

A surpresa veio nesta quinta-feira, com a notícia no site da CBF, com a divulgação de todos os participantes (veja aqui).

Pernambuco só foi contemplado com três vagas. A Bahia conseguiu quatro.

Veremos a posição da FPF sobre a ausência do Ypiranga…

Atualização: em entrevista ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, afirmou que a fórmula do Estadual foi feita segundo o Ranking da CBF de 2013. Em 8º lugar, o futebol local perdeu a vaga. Assim, segundo o dirigente, a quarta vaga não estava “garantida”, por mais que o regulamento apontasse o contrário. A explicação fica mais confusa porque Pernambuco já estava em 8º em 2012. Ou seja, teoricamente a vaga nunca existiu, num erro da federação…

Prazo curtíssimo para desatar o nó do Brasileirão

Nó

O calendário oficial da CBF para a temporada 2014 marca o início da Série A para o dia 19 de abril.

Nos últimos anos, o Brasileirão vinha começando em maio. A antecipação foi motivada pelo cronograma da Copa do Mundo no país, entre junho e julho.

A medida, então, modificou toda a preparação organizacional da confederação brasileira de futebol.

É um direito do torcedor que o regulamento e a tabela da competição sejam divulgados até 60 dias antes do seu início. É o que diz o artigo 9º do Estatuto do Torcedor.

Portanto, a fórmula do campeonato deve ser revelada até 19 de fevereiro.

Concluindo, restam apenas 43 dias para a definição do campeonato.

Seguindo a análise do prazo até a elite nacional, lembremos a confusão entre Fluminense e Portuguesa pela 20ª vaga na competição.

Teoricamente, a CBF teria então apenas 43 dias para obter uma definição sobre os paticipantes. Nesse período, a entidade poderia, no máximo, mudar a fórmula da competição – trocando os pontos corridos pelo turno com mata-matas, por exemplo -, mas sem ampliar o número de times.

A cada dia surgem novas especulações sobre um Brasileiro com 24 times, mantendo os quatro rebaixados em 2013, numa solução para o Caso Héverton.

Para ampliar o número de equipes, seja qual for a resolução, a CBF rasgaria o Estatuto do Torcedor.

Provavelmente, usaria como argumento nesse contexto a necessidade de cumprimento de alguma ação judicial.

E aí fica claro que o tempo é curtíssimo para uma reviravolta.

Em 2000, o Gama também entrou na justiça comum para permanecer no Brasileiro após uma polêmica decisão do STJD. O imbróglio durou 251 dias!

Como se sabe, o Brasileiro cedeu lugar à Copa João Havelange.

Agora, mantendo a data da rodada de abertura do campeonato e relegando qualquer prazo estipulado pelo Estatuto do Torcedor, faltam 103 dias.

Vai ser bem difícil a CBF cumprir todas as regras em 2014…

Imaginando os cenários do Brasileirão de 2014, no embalo do Caso Héverton

Tribunal

O Campeonato Brasileiro de 2013 ainda não acabou e nem há prazo para isso.

O julgamento da Portugusa no STJD, incluindo o recurso no Pleno, terminou, conforme esperado por todos, na Justiça Comum.

Um torcedor entrou na Justiça no primeiro dia útil de 2014 para exigir a permanência da Lusa na primeira divisão.

O clube do Canindé perdeu quatro pontos por causa da escalação irregular do meia Héverton na última rodada, na qual alega não ter sido informado como preza o Estatuto do Torcedor – com documentos públicos na CBF. Na esfera desportiva, foi considerado o CBJD, sem a necessidade de tal divulgação.

Não é uma situação simples. Tampouco, deve ficar apenas na classificação final do Brasileirão vencido pelo Cruzeiro.

É simplesmente impossível não lembrar da Copa João Havelange, realizada em 2000 para substituir o Brasileirão, uma vez que a CBF estava impedida pela Justiça (!!!) de organizar a Série A.

Imbatível na Justiça Comum, o Gama, que lutava para ficar na elite após outro julgamento controverso no STJD, conseguiu ingressar na Copa JH, que acabou tendo mais de 100 equipes.

Naquele mesmo ano a Confederação Brasileira de Futebol chancelou a disputa como o Campeonato Brasileiro daquele ano – cujo vencedor foi o Vasco.

Voltando ao presente, uma provável vitória da Lusa nos tribunais – até porque, depois do Gama, o Treze também mostrou que o caminho era, sim, possível – coloca a CBF mais uma vez numa sinuca de bico.

Seguir a decisão da justiça desportiva (Flu) ou da justiça comum (Lusa)?

O passado mostra que a entidade costuma ficar bem em cima do muro. Em 2000, o Gama jogou ao lado de Botafogo e Juventude, ambos rebaixados no ano anterior. Mais recentemente, a Série C viu um “empate” na disputa entre Treze e Rio Branco, deixando a competição com 21 participantes.

Ou seja, deveremos ter 21 clubes no Nacional no ano do Mundial no país?

As teorias já começam a surgir, com “informações de bastidores na CBF”.

Em uma das mais difundidas, existiria até a motivação da eleição presidencial da entidade no primeiro semestre, com os quatro times que descenderam à segundona permanecendo. Isso resultaria em mais quatro votos no pleito, que considera apenas os times da elite e as federações estaduais.

Com 24 clubes, o campeonato mudaria de formato, deixando os pontos corridos, com 38 rodadas, para dois grupos de 12, ida e volta, seguidos de mata-mata, com quartas de final, semifinal e final, totalizando 28 datas.

Tal modificação afetaria inclusive a milionária distribuição de cotas – incluindo mais equipes, obviamente, e a quantidade de jogos televisionados.

Por qual motivo, imaginando o possível cenário através das liminares a caminho, Icasa, Joinville, Ceará e Paraná, colocados entre 5º e 8º da Série B, não poderiam disputar a elite em 2014?

No papel, não há nada que os coloque um degrau acima na casta do futebol brasileiro, assim como também não existe algo que mantenha Vasco (18º), Ponte Preta (19º) e Náutico (20º).

Ao mesmo tempo, esses oito clubes precisariam reformular toda a preparação (montagem do elenco) na temporada em caso de reviravolta. Desde já, é preciso ficar de sobreaviso. Só “comemorar” a vaga não adiantaria.

Sobre o Brasileirão, levando em conta um aumento na quantidade de agremiações (21, 24, 28, 100 etc), a manuntenção do rebaixamento na edição estaria seriamente ameaçado. Além da composição da segunda divisão, consequentemente esvaziada.

Ao menos em 2014, qualquer clube na zona de rebaixamento na elite – sabe-se lá o tamanho dessa zona, com o perdão da palavra – poderia protestar.

Não por acaso, o módulo principal em 2000, com 25 clubes, não teve descenso, voltando o sistema apenas em 2001.

Além da questão esportiva, há a consequência periférica, como a articulação para a criação uma liga nacional – que pode ser uma organização para conduzir melhor os times ou um nicho fechado, mudando de vez a estrutura.

Na opinião do blog, o campeonato de 2014 será realizado, independentemente do formato, podendo figurar como uma edição especial e oficial.

Quantidade de participantes, sistema de rebaixamento, regulamento distinto…

Tudo bem diferente do que acompanhamos desde 2003, quando o futebol nacional foi reformulado, instituindo os pontos corridos.

A visão do texto até aqui, reconheço, é um tanto apocalíptica…

Claro, há a possibilidade de que a Série A seja mantida com 20 times, bancando Lusa ou Flu. Porém, a história do esporte mais popular no país mostra que a resolução nunca é simples. A celeridade passa longe.

A decisão nunca termina em apenas um ano de mudanças… 2015 vem aí.

Na sua opinião, qual deve ser o desfecho do caso para o Brasileirão de 2014?