A parceria entre o Santa Cruz e a MRV Engenharia durou 20 meses, entre abril de 2016 e dezembro de 2017, por R$ 90 mil mensais. Para a temporada de 2018, readequando novas parcerias para uma nova realidade, a direção coral firmou com uma nova patrocinadora, a MegaÓ, especializada em cal hidratada. A empresa pernambucana passa a estampar a sua marca na área nobre do uniforme coral – os dois modelos do padrão já foram produzidos.
A curiosidade sobre o acordo fica por conta do tempo de duração: um mês.
Trata-se de um contrato experimental, com possibilidade de renovação. Depende do retorno da marca e, naturalmente, do aporte ao clube, que não poderá contar com a Caixa Econômica Federal nesta temporada – há tempos o tricolor negocia o patrocínio, mas o banco deixou de investir na Série C. Apesar do acordo inicial de apenas um mês, o calendário está cheio. A marca está garantida em oito partidas, podendo chegar a nove.
Num cálculo anual, o patrocínio-master anterior rendeu R$ 1,08 milhão.
Provavelmente o valor ainda estaria em conta para o atual cenário…
O patrocínio-master do Santa Cruz na década 2011-2014 – Grupo Votorantim 2015 – Divcom Pharma (pontual, setembro/dezembro) 2016-2017 – MRV Engenharia 2018 – MegaÓ (experimental, janeiro)
O Santa Cruz completou a sua primeira linha de uniformes oficiais por meio da marca própria “Cobra Coral”. Visando a temporada 2017/2018, o padrão preto, com estreia prevista para a 24ª rodada da Série B, traz a mensagem “nova pele”, com “escamas renovadas” a partir dos detalhes remetendo ao mascote.
Para a pré-venda, uma tiragem de mil modelos por R$ 200. A partir disso, já nas lojas, a camisa sai por R$ 230. Lembrando que os dois primeiros padrões foram apresentados em 12 de maio, com a substituição da Penalty já no Campeonato Brasileiro. Curiosamente, o uniforme clássico, o coral com listras horizontais, foi o único ausente, guardado para a próxima linha.
Lançada em maio, a marca vendeu 13 mil peças no primeiro trimestre, com R$ 476 mil de receita líquida. A produção é feita numa fábrica terceirizada no estado do Ceará, a Bomache, que também tem contratos semelhantes com outros clubes do país, como o pioneiro Paysandu, dono da “Lobo”.
Confira mais detalhes do padrão preto clicando aqui.
Tricolor, o que você achou da primeira linha da Cobra Coral? Qual a melhor?
Aos 38 anos, o atacante Grafite acertou o seu retorno ao Santa Cruz. Após uma rápida passagem no Atlético-PR, onde foi disputar a Libertadores depois de ter sido vice-artilheiro do Brasileirão, com 13 gols, o jogador decidiu dar uma pausaa na carreira. No Recife, onde mora, acabou mantendo contato com o tricolor, firmando um acordo até o fim da Série B de 2017, onde terá a missão de tirar o time da briga contra o rebaixamento, devendo se aposentar em seguida. Para o entendimento, perdoou algumas dívidas – saiu com quatro meses de atraso salarial – e ainda topou um salário no nível do elenco.
Esta é a 4ª passagem no clube do experiente jogador, após 2001, 2002 e 2015/2016. Celebrando a volta do camisa 23, a direção tricolor lançou um vídeo com o uniforme da marca Cobra Coral já estampado com o número e o nome do reforço, além de alguns momentos marcantes do Grafa.
Grafite trata a sua volta como “superação”. Resta ver o rendimento técnico.
Tricolor, o que você achou da volta do atacante ao Arruda?
A direção de marketing do Santa Cruz divulgou o balanço oficial em relação à produção e venda dos produtos da “Cobra Coral”. Desde o lançamento da primeira linha de uniformes, em 12 de maio, até o fim de julho, a marca criada e administrada pelo clube faturou 772 mil reais, considerando a operação nas duas lojas oficiais e no varejo, com cerca de 13 mil peças comercializadas.
Em apresentação ao conselho deliberativo, através do diretor Denis Victor, o clube teve 296 mil reais de custo nos primeiros 90 dias da Cobra Coral. Assim, chega-se a uma receita líquida de R$ 158.710/mês. Projetando em um ano, o montante chegaria a R$ 1,9 milhão. O primeiro passo nesta receita é alocar R$ 230 mil para a compra das 6 mil peças necessárias para o departamento de futebol (camisas de jogo e treino, calções, meiões etc), profissional e base.
Segundo o tricolor, a venda já superou o último ano de receitas através da Penalty, a antiga fornecedora. No ritmo atual, numa estimativa do blog, a marca terminaria o primeiro ano com 40 mil peças vendidas. No modelo atual, os produtos da Cobra Coral são feitos pela empresa cearense Bomache, a mesma da “Lobo”, a marca particular do Paysandu, pioneiro no negócio.
Faturamento da Cobra Coral* R$ 470.794 – Loja oficial R$ 302.066 – Varejo R$ 772.860 – Total
Custo da marca* R$ 296.730 – Fabricação e comercialização
Somando as duas principais divisões, a Topper é a fabricante mais presente no Campeonato Brasileiro de 2017, com nove clubes. Consequência da nova política da empresa, que voltou a investir pesado no futebol, angariando sete clubes em relação à temporada anterior. Galo e Fogão puxam a fila, mas a maioria ainda segue concentrada na segunda divisão – como o Náutico. Analisando só a elite, a Umbro passou de quatro para sete clubes, destronando a Adidas, com os mesmos cinco de 2016, incluindo o Sport.
Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 13 fornecedoras tradicionais. Porém, existem outras quatro marcas ligadas aos próprios clubes. Em 2016 o Paysandu foi o único nesta frente, mas outros clubes seguiram a ideia, como o Santa Cruz, que deixou a Penalty após nove anos. É preciso destacar três observações neste levantamento. O Fluminense largou no Brasileiro vestindo o padrão da Dry World, mas já com contrato assinado com a Under Armour a partir de julho – e o blog considerou esta segunda. Já o Santos tem um acordo misto com a Kappa em relação à produção, mas como mantém a logo italiana, entrou como fornecedora tradicional. Na Série B, o Boa Esporte perdeu a marca após anunciar a contratação do goleiro Bruno. E iniciou a competição sem um novo patrocinador, tendo como saída a fabricação própria (sem nome definido).
Em relação aos contratos, ao menos aqueles divulgados, o Corinthians tomou a dianteira após firmar um acordo de 10 anos (!) com a Nike. São R$ 40 milhões anuais, 5 mi a mais que o Fla, então líder. Quanto à exposição, os 760 jogos das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…
As fornecedoras na Série A Umbro – Atlético-PR, Avaí, Bahia, Chapecoense, Cruzeiro, Grêmio e Vasco Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeias, Ponte Preta e Sport Topper – Atlético-MG, Botafogo e Vitória Under Armour – Fluminense e São Paulo Kappa – Santos Nike – Corinthians Numer – Atlético-GO
As fornecedoras na Série B Topper – Brasil, Ceará, Goiás, Guarani, Náutico e Paraná Marca própria – Boa, Santa (Cobra Coral), Paysandu (Lobo) e Juventude (19Treze) Rínat – ABC, CRB e Vila Nova Adidas – Figueirense
Deka – Oeste Embratex – Criciúma Kanxa – Luverdense Karilu – Londrina Lupo – América-MG Nike – Internacional
Marcas das Séries A e B 9 Topper, 7 Umbro, 6 Adidas, 4 Marca própria, 3 Rínat, 2 Under Armour, 2 Nike, 1 Deka, 1 Kappa, 1 Numer, 1 Embratex, 1 Kanxa, 1 Karilu e 1 Lupo
O Cadastro Nacional de Uniformes de Times (CNUT), produzido pela CBF, apresenta neste ano 151 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro de 2017. Esta é a 6ª versão do relatório, com todos os detalhes das camisas, calções e meiões das agremiações.
Nesta temporada, 31 times cadastraram três modelos no arquivo da entidade – os layouts foram checados pela diretoria de competições da confederação. Entre esses clubes, os quatro pernambucanos: Sport na elite, Santa e Náutico na segundona e Salgueiro na terceirona. Apesar do cadastro, os clubes estão autorizados, claro, a utilizar possíveis novos padrões – como já é o caso do tricolor, com o lançamento da linha produzida pela marca Cobra Coral. Por sinal, a CBF adianta que a lista tende a ser atualizada no decorrer do ano.
Como nos últimos levantamentos, os modelos contam com os patrocinadores estampados (ao menos, o master). Confira o documento completo aqui.
A marca da Cobra Coral remete a uma frase emblemática na história do Santa Cruz. Em 1914, ano de fundação do clube, Alexandre Carvalho disse: “O Santa Cruz nasceu e viverá eternamente”. Daí, a emulação do infinito com a cobra, substituindo o logo da Penalty, presente nas últimas oito temporadas.
Junto à empreitada, com o clube assumindo toda a responsabilidade sobre a criação, produção, distribuição e venda dos produtos, foi lançada a primeira linha de uniformes oficiais. Para 2017, a camisa branca traz as faixas horizontais no estilo clássico, enquanto o padrão coral tem linhas verticais, modelo usado pela última vez como “número 1” em 1995, através da Rhumell.
Número de peças vendidas* 2015 – 80 mil 2016 – 45 mil 2017 – 60 mil (expectativa) * Segundo o Santa Cruz
A estratégia do departamento de marketing para elevar a venda foi cercar a pirataria, oferecendo camisas de R$ 99, ou 120 reais a menos que a versão profissional. Com esta linha popular, o Santa espera um aumento de 33%, tendo um grande diferencial: o lucro líquido, em vez de royalties. Sem uma fornecedora como patrocinadora, o clube depende agora, exclusivamente, de sua torcida para que o símbolo da nova marca faça sentido.
As marcas dos clubes: Lobo, 19Treze, Leão 1918, Octo, Galo e Cobra Coral.
A Penalty fornecia os uniformes oficiais do Santa desde 2009. Nos últimos anos, a relação tornou-se conturbada por causa da distribuição dos produtos. No início de 2016, o clube chegou a anunciar o rompimento, mas voltou atrás quatro meses depois com a garantia de otimização dos serviços. Porém, com o fim do contrato antecipado em um ano, na ocasião até 2018. E acabou mesmo terminando antes do previsto, com a direção anunciando oficialmente o distrato em 2 de maio de 2017. No comunicado, uma ‘rescisão amigável’.
“A Penalty e o Santa Cruz Futebol Clube decidiram, de forma amigável e consensual, rescindir o contrato de parceria que contemplava o fornecimento do material esportivo para o clube. A Penalty ressalta que o relacionamento de longa data foi muito importante para a marca.”
A decisão foi tomada com a certeza sobre o novo formato no mercado do futebol, com marcas próprias – com o tricolor sendo o primeiro pernambucano. Sem contratos vantajosos com fornecedoras, alguns clubes vêm optando pela plena administração do negócio, no custo, na criação, produção, distribuição e venda de uniformes oficiais. Trabalho maior, mas com a receita líquida absoluta. Ideia a partir do sucesso do Paysandu, em campo desde janeiro de 2016, ganhando 45% a mais em cada camisa, segundo o clube. No clube paraense, cuja marca se chama ‘Lobo’, o faturamento no primeiro ano foi de R$ 214 mil/mês. Outros cinco clubes brasileiros seguiram a ideia.
No caso coral, a marca própria havia sido lançada há três meses. Na ocasião, entretanto, foi voltada apenas para produtos licenciados à parte das camisas oficiais, que dominam a procura da torcida. No relançamento, com o logo sendo repaginado (original acima), a marca vai estampar os padrões do time.
Dando sequência ao trabalho nas novas lojas oficiais, Sport e Santa Cruz lançaram os sites oficiais dos estabelecimentos. No caso leonino, após uma campanha de marketing, gerando engajamento para “liberar” o acesso, entrou no ar o site da Cazá do Sport, administrado pelo Netshoes.
Além dos produtos oficias da Adidas relacionados ao clube, existem produtos à parte, como um boné da Champions League, por exemplo. Em relação às roupas casuais, peças de outras fabricantes (como a Braziline) estão no catálogo, uma vez que a loja engloba qualquer produto licenciado do Leão.
No caso tricolor, com a Loja Cobra Coral, operada pela PE Retrô, a vitrine virtual é formada pelas seções oficiais (da Penalty), retrô (da própria PE Retrô), casuais e acessórios – esta última ainda em construção. Além da opção no site, há também uma ferramente de contato via whatsapp (98887-4019). No Náutico, a Timbushop segue como a loja oficial do clube, mas a página virtual do empreendimento encontra-se fora do ar, mesmo com o link direcionado através do site oficial do clube.
Confira as homes das lojas do Sport e do Santa, com estilos bem distintos.