Aproveitando a realização do sorteio da Taça Libertadores da América de 2011, nesta quinta-feira, o blog apresenta um post com um quiz formado através de um passeio nos dados históricos da maior competição interclubes do continente entre 1960 e 2010.
Quantos jogos já foram realizados e quantos gols foram marcados na Libertadores?
Em 51 edições, foram disputadas 4.388 partidas, com 11.819 gols assinalados.
Qual é o clube que disputou mais jogos até hoje?
Nacional, do Uruguai, com 319 partidas.
Quem tem mais participações?
Peñarol, do Uruguai, com 38.
Quem marcou mais gols?
Nacional, do Uruguai, com 481 tentos.
Quem mais venceu?
River Plate, da Argentina, com 144 vitórias.
Quem tem o melhor aproveitamento de pontos?
Paysandu, do Brasil, com 70,83%.
Quantos clubes já participaram da Taça Libertadores?
Ao todo, foram 184 clubes, distribuídos em 11 países.
Qual é o time brasileiro melhor colocado?
O tricampeão São Paulo, em 10º lugar, com 268 pontos em 15 participações.
Entre os campeões, qual é o time na pior posição no ranking?
Argentinos Juniors, em 74º lugar, com 36 pontos em 2 participações.
Entre os clubes sem título, quem é o melhor colocado no ranking?
Cerro Porteño, do Paraguai, em 6º lugar, com 345 pontos em 33 participações.
Veja o ranking oficial da Libertadores clicando AQUI.
Curiosidade: Sport e Náutico estão no ranking. O Leão está em 86º lugar, com 23 pontos, enquanto o Timbu ocupa a 154ª posição, com 5 pontos.
O sorteio dos confrontos na Pré-Libertadores e das chaves na fase de grupos da Taça Libertadores da América de 2011 será realizado nesta quinta-feira, às 13h, no centro de convenções da Conmebol, em Luque, no Paraguai (veja AQUI).
Ao todo, 38 clubes de 11 países (mexicanos convidados) vão disputar a maior competição interclubes do continente, entre 25 de janeiro e 22 de junho.
Após a informação, uma constatação.
O sorteio será realizado, como de costume, sem a presença de muitos clubes classificados.
No fim de semana, Fluminense, Corinthians e Cruzeiro garantiram vaga na próxima Libertadores e se juntaram a Santos e Internacional. Assim, resta apenas mais uma vaga para o Brasil: Palmeiras (caso ganhe a Copa Sul-americana) ou o 4º lugar da Série A, que hoje seria o Grêmio.
Com esses três classificados o número de times presentes subiu para 21, ou 55,2%.
Os outros 17 clubes deverão ser definidos até janeiro. Assim, o formato da competição, com representantes como “Argentina 4”, “Paraguai 2” e “Equador 3”, poderá resultar até mesmo na possível cominação para a formação dos grupos (o arrumadinho).
A Conmebol tem a necessidade de antecipar o sorteio por uma questão de estrutura e calendário. Mas que é curioso esse sistema, é…
Leia com atenção, pois confesso que não é o sistema mais simples…
Prólogo: a CBF conseguiu reverter a decisão da Conmebol sobre a sexta vaga do Brasil na Taça Libertadores da América de 2011.
Tudo começou quando a entidade continental tirou a vaga extra para o país do atual campeão da competição (no caso, o Internacional), para repassá-la ao campeão da Copa Sul-americana deste ano, em decisão inédita.
Mas onde fica o mérito do país com clubes que conquistam resultados expressivos na América do Sul?
O G4 do Campeonato Brasileiro, que havia virado G3, voltou a ser G4. Mas poderá se transformar novamente em G3.
Isso porque caso um time brasileiro conquiste a Copa Sul-americana, essa vaga irá suplantar automaticamente a classificação do 4º colocado da vigente Série A.
Confuso, não? Demais…
Para completar, a 38ª rodada do Brasileirão será realizada em 5 de dezembro. A finalíssima da Copa Sul-americana só vai acontecer três dias depois, privando uma possível comemoração da vaga ao 4º lugar do Brasileiro.
Qual é a explicação de todo esse emaranhado?
A Conmebol não quer que um país possa ter sete representantes numa Libertadores. No caso, apenas Brasil e Argentina, com 5 vagas, poderiam alcançar a marca, casos os seus clubes faturem as duas principais competições do continente no mesmo ano.
Provavelmente, não vai adiantar muita coisa, mas vou dar uma “ideia” para a Conmebol, contemplando os dois lados da queda de braço.
A Conmebol não quer um país com seis vagas na Libertadores? Ok.
Porém, essa decisão se refere à fase de grupos, que conta com oito chaves de quatro equipes. Antes, 12 times disputam a primeira fase, também conhecida como Pré-Libertadores, em jogos de ida e volta. Está aí a grande chance de um acordo justo.
Proposta: se Brasil ou Argentina conseguirem sete vagas no campo, em vez de dois times na Pré-Libertadores, o país teria três times na fase inicial. E dois desses times se enfrentariam já no mata-mata. Assim, a confederação nacional (CBF ou AFA) teria, no máximo, seis clubes na fase principal.
Confuso? Bastante. Mas me parece mais prático do que esperar três dias para comemorar uma vaga ou, pior, lamentar uma “eliminação”…
Uma justa homenagem ao peruano Mario Vargas Llosa.
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura deste ano (veja AQUI).
O escritor de 74 anos é um torcedor (“hincha”) fanático do Universitario de Lima.
O clube é o maior campeão do país, com 25 títulos nacionais.
Em 1972, quando Llosa, então com 36 anos, ainda finalizava o seu 7º livro (Pantaleón y las visitadoras), o Universitario chegou ao seu auge.
O time foi finalista da Taça Libertadores da América.
Após um empate no estádio Nacional de Lima, a equipe foi derrotada pelos argentinos do Independiente, em Avellaneda, por 2 x 1.
Mas a campanha ficou marcada no país, que nunca venceu a Libertadores (veja AQUI). Até hoje, apenas o Sporting Cristal também conseguiu chegar a uma final. Em 1997.
E o tal Universitario foi o time que segurou o empate em 0 x 0 com o Sport na Ilha do Retiro, em 23 de agosto de 1988, eliminando o Leão de sua primeira Libertadores.
Neste ano fatídico para os rubro-negros ele escreveu Elogio de la madrasta.
Saiba mais sobre a vida de Mario Vargas Llosa AQUI.
Eis o logotipo oficial da Copa América de 2011, na terra do nosso maior rival.
Um tanto quanto simples, na minha opinião…
Sem muito alarde, a Argentina apresentou o seu emblema, que já começa a ser incorporado pela Conmebol nas notícias sobre a competição.
Tudo bem que a marca desenvolvida para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, foi bem polêmica (veja AQUI), mas os argentinos beberam na mesma fonte de inspiração.
A 43ª edição do torneio continental mais antigo do planeta vai acontecer entre os dias 3 e 24 de julho do ano que vem, em seis cidades.
A Copa América terá 12 participantes, apesar de a Conmebol ter apenas dez filiados.
Os convidados desta edição serão México e Japão. O sorteio dos três grupos da competição será realizado em 11 de novembro, em La Plata (veja AQUI).
A mudança na distribuição de vagas na Taça Libertadores da América, “penalizando” o país do atual campeão, levantou uma polêmica grande no Brasil. É justo?
O post abaixo se propõe a mostrar alguns dados que apontam, na minha opinião, que a decisão não foi justa. Confira a nova distribuição das 38 vagas na Libertadores.
5 vagas – Brasil e Argentina.
3 vagas – Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e México.
1 vaga – Copa Sul-americana.
Brasileiros e argentinos têm duas vagas a mais que os demais, ok.
Mas, comparando de forma mais crua, esse número de clubes é irrisório.
Em termos econômicos, o futebol brasileiro está muito acima dos outros 10 países (incluindo o México). Contratos de patrocínio ultrapassam a marca de R$ 30 milhões por ano a alguns times e acordos com a TV superam R$ 1,4 bilhão por três anos.
Tamanha pujança – considerando a América do Sul – é pontuada pelo aquecido produto interno bruto (PIB) do país, de aproximadamente 2 trilhões de dólares.
A nossa população já passa dos 192 milhões de habitantes. A população do Uruguai, por exemplo, é de 3,4 milhões. Número inferior ao Grande Recife.
Mas é possível argumentar que a seleção uruguaia chegou à semifinal da Copa do Mundo de 2010. De fato, a Celeste ficou em 4º lugar após 40 anos. Um lampejo.
Os clubes uruguaios, porém, pararam no tempo. O último título da Libertadores foi em 1988. Depois, o pentacampeão Peñarol chegou a ser eliminado na Pré-Libertadores.
O maiores salários em Montevidéu não passam dos 20 mil dólares (R$ 34 mil). Um patamar bem abaixo do padrão verde e amarelo. Mesmo o futebol da Série B, diga-se. É bom lembrar que o Sport paga R$ 100 mil mensais a Marcelinho Paraíba.
E o que dizer de Ronaldo, que ganha mais de R$ 1 milhão? Ronaldo. Só essa palavra já deixa claro a diferença em cifras. Essa comparação Brasil/Uruguai foi apenas um exemplo do abismo econômico – e futebolístico – que existe além das fronteiras do país.
Mesmo com um sistema forte, os principais clubes do Brasil gastam forturnas para chegar à Libertadores, tentando uma das quatro vagas na Série A ou na Copa do Brasil.
O esforço vale o status continental, mesmo que alguns adversários apresentem níveis baixíssimos, tanto em técnica quanto em estrutura. E até com um receita menor.
Eventualmente, os brasileiros, favoritos, conquistam a Libertadores.
Como prêmio, a vaga no Mundial de Clubes. Ao país, uma vaga extra na edição seguinte. Mas a Conmebol acabou com o “benefício” (veja AQUI).
A partir de agora, o país do campeão da Libertadores terá que abrir mão da última vaga. No nosso caso, o título do Internacional “tirou” a vaga do 4º lugar do Brasileirão.
Acredite, esse será o preço da vitória.
Ricardo Teixeira promete reagir, como já publicou a CBF (veja AQUI).
A CBF, que articulou até a Copa do Mundo de 2014, precisa reverter logo isso.
A briga vale uma nomenclatura já popular na Série A: G4. A mudança para “G3” vai implicar em perdas consideráveis no principal produto do nosso futebol. Reduzir o entusiasmo pela classificação continental limita ainda mais a disputa no Brasileirão.
Tudo por causa do sucesso local na Libertadores. Paradoxal e injusto.
A torcida estava ansiosa. A noite de quarta-feira foi mesmo histórica para o Sport Huancayo, do Peru.
Era a estreia do clube em uma competição internacional oficial. No caso, a Copa Sul-americana.
Jogo marcado logo no mítico estádio Centenário, em Montevidéu. Duelo contra o Defensor Sporting.
Criado apenas em 7 de fevereiro de 2007, o time tem um título, a Copa Peru. Em tempo: a competição equivale à segunda divisão nacional do país.
Cercado de grande expectativa, o Sport Huancao entrou em campo. Mas era melhor o WO, pois o jogo resultou na maior goleada da história da Copa Sul-americana.
Defensor Sporting 9 x 0 Sport Huancayo.Veja todos os gols abaixo.
A Copa Sul-americana, criada em 2002, ainda não deslanchou no Brasil. Apesar de oficial, valer um bom dinheiro e vagas em outras competições ao campeão (Libertadores e Recopa), o torneio convive justamente com a imagem de celeiro de times medíocres.
O Club Social y Deportivo Sport Huancayo acaba de entrar na lista. No topo.
E olhe que haverá o jogo de volta, na próxima quarta-feira… Boa sorte, Sport.
Internacional e LDU. Campeões continentais em 2010.
Até 2006, os dois clubes não tinham títulos internacionais em seus currículos. Para o Colorado, o tabu era motivo de gozação. O rival o chamava de “Inter-regional”.
A Liga Deportiva Universitaria de Quito, por sua vez, era uma digna representante do futebol equatoriano. Difícil de ser batida na altitude. E só.
Naquele ano, os times se enfrentaram nas quartas de final da Taça Libertadores da América. O time brasileiro avançou e acabou faturando o seu primeiro título além das fronteiras. A glória desencadeou uma sequência de taças para os dois clubes.
2006 – Libertadores e Mundial (ambos com o Inter)
2007 – Recopa (Inter)
2008 – Libertadores (LDU) e Copa Sul-americana (Inter)
2009 – Copa Sul-americana e Recopa (ambas com a LDU)
2010 – Libertadores (Inter) e Recopa (LDU)
Ao todo, 9 títulos em cinco temporadas! E ainda falta a disputa do Mudial de 2010…
Cinco temporadas e a história reescrita, com a entrada noo “clube dos copeiros.” Uma motivação a mais para outros emergentes de plantão.
O que esses dois times têm em comum? Belos estádios, força jogando em casa, equipes estruturadas, sem tantas mudanças. E uma boa dose de poder de decisão, é claro.
Organização, planejamento e, consequentemente, dinheiro.
Aos emergentes, o sonho de viver um dia de LDU. Ou de Internacional…
Um fenômeno. A Liga Deportiva Universitaria de Quito conquistou na noite desta quarta-feira o seu 4º título internacional em três temporadas.
Números que colocam a LDU numa posição privilegiada entre os clubes da América.
Após faturar os títulos anteriores diante de times brasileiros (duas vezes sobre o Fluminense e uma contra o Internacional), os equatorianos agora barraram outro favorito, o argentino Estudiantes de La Plata.
Após a vitória por 2 x 1 na altitude de Quito, há duas semanas, a “Liga” segurou o 0 x 0 em Quilmes, na região metropolitana de Buenos Aires, e ganhou a Recopa, que reúne os campeões continentais do ano anterior.
A galeria de troféus da LDU já causa inveja por aí: 1 Libertadores (2008), 1 Copa Sul-americana (2009) e 2 Recopas (2009 e 2010). Uma potência surreal…
Ainda mais quando nos damos conta das lembranças deixadas pela LDU no futebol de Pernambuco. Há apenas um ano! Em plena disputa da Taça Libertadores.
Sport 2 x 0 LDU, na Ilha do Retiro, em 04/03/2009.
LDU 2 x 3 Sport, no estádio Casablanca (Quito), em 29/04/2009.