O aguardado duelo entre os dois ícones do futebol mundial

Brasil x Espanha

A disputa entre brasileiros e espanhóis não é das mais tradicionais no futebol.

Até hoje foram apenas oito partidas. A última delas em 1999!

Nesse intervalo, a Fúria evoluiu o seu jogo, criou uma nova maneira de controlar a bola e se impôs no mundo.

A própria Seleção viu a necessidade de se adaptar a este novo tempo.

Mas um duelo entre ambos foi inviabilizado por inúmeras circunstâncias, como eliminação deles lá e eliminação nossa acolá.

Mas chegou a hora de um confronto de grande porte. Um verdadeiro teste.

Entre o maior campeão mundial, conhecido pela escola tradicionalíssima, mas em busca de um recomeço, e o atual campeão do mundo, a nova inspiração.

Domingo, Maracanã. Brasil x Espanha, pela taça da Copa das Confederações.

Ao Brasil, com uma jovem equipe em formação, vale o tetra e a volta da soberania. À Espanha, pronta há três temporadas, um troféu inédito.

Habilidade, posse de bola, tradição, confiança etc. Futebol em alto nível.

Para o time verde e amarelo, independentemente do resultado, ficará a lição para a Copa do Mundo do ano que vem.

Seja lá qual for o resultado, o jogo será bem estudado para um possível jogo ainda mais importante em 2014. Por Felipão e Del Bosque…

Certificado para os voluntários. Mas de cada 10 inscritos, 3 desapareceram

Certificado de voluntários na Arena Pernambuco. Crédito: Thais Lima/Instagram

Agora sim, dados oficiais.

A debandada de voluntários na edição brasileira da Copa das Confederações havia sido noticiada pelo blog.

No Recife, teve gente que fez todo o processo de treinamento apenas para pegar o kit da Adidas, cuja gama de produtos estava avaliada em R$ 1 mil.

Após a entrega, vários voluntários não deram mais as caras.

Dias depois, a Fifa confirmou o fato ao blog através de um e-mail (veja aqui).

Agora, a entidade divulgou números sobre o programa de voluntariado.

A média de ausência nas seis subsedes foi de 30% durante toda a semana. Nos dias de jogos o índice foi um pouco menor, 20%.

Ao todo foram 5.652 voluntários inscritos, dos quais 265 vieram de outros países. O perfil aponta 39% entre 16 e 25 anos e 38% entre 26 e 40 anos.

Vale destacar, claro, os voluntários que cumpriram toda a carga de trabalho no torneio em diversas frentes, como mídia, operação, hotelaria etc.

Ao fim do programa, cada voluntário recebeu um certificado oficial e uma medalha especial do torneio.

Em 2014, na Copa do Mundo, o programa deverá selecionar 18 mil pessoas.

Intransigência sobre as necessidades especiais a todo custo pelo Padrão Fifa

Imagens da acessibilidade na Arena PE. Crédito: Youtube/reprodução

A Arena Pernambuco foi concebida para receber torcedores com necessidades especiais, uma lacuna gritante nos estádios de futebol do país.

Em São Lourenço existem vários espaços para cadeirantes e acompanhantes, mas a estrutura não pode ser limitada a isso.

O entorno do estádio também precisa ser pensado desta forma.

E, sobretudo, a sua operação, com pessoas capacitadas, prestativas.

Na Copa das Confederações certamente teve gente assim.

Mas infelizmente também teve gente como essas do vídeo produzido por torcedores paraibanos no primeiro jogo na arena pela Copa das Confederações.

Em nome de um padrão quadrado a intransigência ganha corpo, com falta de educação, abuso de autoridade, desrespeito ao turista…

O vídeo acabou sendo divulgado pelo twitter pelo ex-craque e deputado Romário.

“Independentemente do problema do senhor…”

Neymar Jr, a evolução publicitária de Neymar

Camisas de Neymar na Seleção Brasileira e no Barcelona em 2013

Neymar é craque, midiático e milionário.

E tem apenas 21 anos.

Mas joga futebol profissionalmente desde 2009.

No Santos e na Seleção Brasileira são mais de 270 jogos e 165 gols.

Agora, irá vestir a camisa do Barcelona, ao lado de Lionel Messi.

Neymar.

Nome já popular na torcida, de norte a sul do país e cada vez mais no exterior.

Mas…

O marketing não enxerga desta forma.

Aos poucos, uma mudança pontual. A nomenclatura do atleta ganhou o “Jr”, já estampada nas camisas da Canarinha e do Barça em 2013.

O objetivo não é relembrar a todos pela enésima vez que o seu pai, Neymar, cuida de sua carreira.

Na verdade, foi a visão de alguém que imaginou nas suas iniciais, “NJR”, o possível caminho para consolidar uma marca internacional (veja aqui).

Como R9, de Ronaldo, e CR7, de Cristiano Ronaldo.

Ideia da Agência Loducca, já compartilhada pelos doze patrocinadores do jogador e pelos diversos produtos licenciados.

Aguém irá chamá-lo de Neymar Jr.?

Conforme dito, ele tem apenas 21 anos. Tem no mínimo nove temporadas em alto nível nos gramados. Tempo suficiente para impor essa marca.

Um pequeno detalhe que, vejam só, pode valer mais alguns milhões na conta…

Na raça, na técnica, num clássico. E a Seleção vai pelo tetra das Confederações

Copa das Confederações, semifinal: Brasil 2x1 Uruguai. Foto: Michael Regan/Fifa

Clássico. Não adianta apontar na véspera uma ampla superioridade técnica, o fator casa, a confiança adquirida. Nada.

Um duelo entre brasileiros e uruguaios valendo nada já é muita coisa no futebol. Valendo uma vaga na decisão de uma Copa… Aí vira guerra.

No Mineirão, com 58 mil pessoas, tivemos a atuação mais tensa da Seleção.

Não houve aquela pressão imposta ao adversário nos primeiros instantes. Desta vez, haveria uma marcação duríssima. E lances emocionantes.

Júlio César espalmando pênalti de Forlán, Fred mostrando oportunismo no finzinho do primeiro tempo, Cavani devolvendo o placar na retomada da partida, catimba, provocação, discussão e várias bolas raspando a trave.

Figa, reza e todo tipo de mandinga da torcida àquela altura…

Copa das Confederações, semifinal: Brasil 2x1 Uruguai. Foto: Alex Livesey/Fifa

Aos 41 minutos, num escanteio pela esquerda, novamente com participação direta de Neymar, Paulinho cabeceou para botar a Seleção Brasileira na final de sua própria Copa das Confederações.

Venceu o valente Uruguai por 2 x 1, levando susto até os descontos.

Foi um jogo para ser estudado, com a raça fazendo grande diferença no desenvolvimento de campanhas em torneios de grande porte.

Ao Brasil, a composição com raça, técnica e torcida a favor pode a verdadeira espinha dorsal. Algo esperado para 2014.

Antes, uma passagem no Maracanã. Na prévia  do sonho.

Em busca do tetracampeonato das Confederações. Da aura vencedora…

Copa das Confederações, semifinal: Brasil x Uruguai. Foto: Alex Livesey/Fifa

Celeste muy amiga desde Campina Grande

Estádio Amigão, em Campina Grande

O velho clássico entre brasileiros e uruguaios volta a acontecer numa disputa eliminatória. Já foi final de Copa do Mundo, em 1950, de cinco edições da Copa América, 1919, 1983, 1989, 1995 e 1999, e de outras tantas semifinais.

Como nesta quarta, no renovado Mineirão, valendo uma vaga na decisão da Copa das Confederações. Apesar da tradicional rixa desde a Cisplatina, no Brasil os duelos vêm sendo bem favoráveis à Seleção.

O Brasil não perde do Uruguai no país desde 25 de novembro de 1992.

Era o primeiro jogo da Canarinha no interior do Nordeste. O estádio Amigão, em Campina Grande, recebeu o amistoso com vitória celeste por 2 x 1.

O Brasil entrou em campo com: Gilmar; Luís Carlos Winck, Válber, Ronaldão e Roberto Carlos; César Sampaio, Júnior, Raí e Zinho; Edmundo e Evair.

Aquela foi a primeira e última apresentação da Seleção no interior da região.

A pressão pela liberação da cerveja com base no comportamento na Copa

Cerveja na Arena Pernambuco na Copa das Confederações 2013. Foto: Neto Conty/Instagram

O preço não era convidativo. Um latão de Brahma por R$ 9 ou um latão de Budweiser por R$ 12. No entanto, depois de quatro anos, era a grande chance de tomar uma cerveja geladinha em um estádio de futebol no estado.

Fundamentada como foco da violência no futebol local, a cerveja estava proibida desde 24 de março de 2009, com o decreto oficializado na assinatura do governador sobre o projeto de lei estadual nº 932/2009, de autoria de Alberto Feitosa, após a Lei Seca iniciada pelo Juizado do Torcedor.

Neste ano, como se esperava, a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas foram liberados exclusivamente na Copa das Confederações. Uma imposição da Fifa através da Lei Geral da Copa, uma vez que a cervejaria Budweiser é uma das principais patrocinadoras da entidade, há anos.

Em março do ano passado, por 15 votos a 9, uma comissão da Câmara dos Deputados havia aprovado a mudança na lei, em caráter extraordinário.

Portanto, foram disputados três jogos na Arena. O consumo nos bares foi intenso nas três ocasiões. Mesmo contando apenas com os stewards no trabalho de segurança, não foram registrados casos de violência. Obviamente, alguns torcedores ficaram levemente exaltados, mas foram contidos.

Com o fim do evento teste no Recife, volta a valer a velha regra…

No estádio em São Lourenço, cujo contrato de naming rights adotou uma cervejaria, com Itaipava Arena Pernambuco, a venda está vetada. Contraditório.

Há uma pressão dos clubes para a revogação da lei, pois a receita com bar era substancial no orçamento. A própria Itaipava não ficará satisfeita em emplacar apenas o seu nome. Quer o seu produto junto ao público.

Será que o bom comportamento da torcida na Copa das Confederações, rivalidade à parte, poderá influenciar na revisão da lei estadual? É possível…

Cerveja na Arena Pernambuco na Copa das Confederações 2013. Foto: Silvia Gama/Twitter

Sombrinhas de frevo nas ilhas do Taiti

Taiti recebendo presentes dos voluntários pernambucanos. Foto: Fifa/divulgação

Último dia de trabalho na Arena Pernambuco.

Jogadores, voluntários e uma interação incomum nos dias anteriores.

Compenetrados na função durante duas semanas, os voluntários enfim tiveram uma folga, podendo sair um pouco da rigidez do programa da Fifa.

A troca de lembranças com as delegações foi algo comum.

A seleção do Taiti saiu do estádio de malas quase vazias. Deixaram camisas, colares e até uma bandeira.

Mas também levaram lembranças bem pernambucanas.

As sombrinhas de frevo.

Um pouquinho de Pernambuco na Polinésia Francesa…

As farras no futebol a uma língua soltinha da fúria

Mulheres e futebol

Impressiona a similaridade.

Começa em um viagem mais extensa, com clausura e treinos.

Uma folguinha aqui, outra ali.

E um rápido passeio para conhecer a cidade.

Sem alarde, a volta para o hotel, para dar sequência ao cronograma da comissão, com atividades, alimentação, preleção e vídeos de adversários.

Intertemporadas, torneios, sequência de jogos fora de casa, tanto faz.

Pode ser de um time da quarta divisão brasileira ou até a… Espanha.

Nível cultural e poder aquisitivo podem até separar esses mundos. A libido não.

Não são poucas as histórias no futebol com jogadores em farras suspeitas e declarações desencontradas em seguida, constrangidas.

Instiga num pagode, marcado por um amigo do amigo de um conhecido.

Segue a animação com baralho e dominó, muitas vezes a dinheiro.

Ah, as mulheres. As amiguinhas, presentes em qualquer cidade.

Lotam um carro, ou até dois. Surgem nos corredores do hotel, sob olhares desconfiados da gerência. Esta, aliás, mantém o sigilo.

Nos quartos, festa com doses a gosto até o sol raiar.

O futebol ainda flertava com o profissionalismo e já existiam histórias do tipo.

Veio a era digital, de fácil captação audiovisual, mas não o temor por um flagra.

Mas basta sumir um punhado de euros, dólares ou reais e uma língua soltinha, no sentido cabueta, e a farra vira polêmica.

Esposas, noivas e namoradas atônitas. Algumas até conscientes do perigo, mas sempre envoltas numa cortina de fumaça.

Difícil é explicar no dia seguinte…

Geralmente a coletiva é desmarcada. É preciso blindar o grupo.

Do XV de Novembro de onde Judas perdeu as botas à seleção campeã mundial.

104.241 torcedores e 18 gols na Arena Pernambuco na Copa das Confederações

Arena Pernambuco após o jogo Uruguai 8x0 Taiti, pela Copa das Confederações. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Uma lua cheia na despedida…

Encerrada a participação pernambucana na Copa das Confederações.

Passagem com a classe do toque de bola espanhol, a emoção do duelo entre italianos e japoneses, a supergoleada uruguaia e a despedida taitiana.

Em uma semana, foram três jogos no novo estádio em São Lourenço da Mata, com cinco países diferentes, sérios problemas de mobilidade, soluções emergenciais, melhora e ótimos públicos na Arena Pernambuco.

Nessas três partidas, com 84,5% do borderô composto por torcedores do estado, o palco recebeu ao todo 104.241 pessoas.

41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai
40.489 – Itália 4 x 3 Japão
22.047 – Uruguai 8 x 0 Taiti

Como contrapartida, o público presente viu vários craques e seleções tradicionais, com todo respeito aos taitianos, e muitos gols.

A média foi de 34.747 torcedores, excelente. Com 18 gols no campo, o índice de bolas na rede foi de incríveis 6 tentos a cada noventa minutos.

Você assistiu a algum jogo na arena nesta Copa? Qual será a maior lembrança?

Esse clima diferente em torneios da Fifa voltará ao estado apenas em 2014, numa escala ainda maior, com cinco jogos, numa tal de Copa do Mundo.

Com show de bola, o Brasil conquistou o tetra no 3 x 0 sobre a Espanha.

Arena Pernambuco no jogo Itália 4x3 Japão. Foto: Fifa/divulgação