Em vinte anos, o Brasil vai da supremacia no ranking da Fifa ao fundo do poço

Ranking da Fifa em fevereiro de 2013

Com uma atualização mensal, o ranking da Fifa já teve o Brasil na liderança em 150 oportunidades desde a sua criação, em 1993.

Considerando que foram 235 listas divulgadas com o complexo sistema de pontuação, a Seleção Brasileira, de Careca a Neymar, liderou a tabela durante 63,8% do tempo nas últimas duas décadas do futebol.

Provavelmente por isso, por enxergar a Canarinha sempre tão alto num passado não muito distante, seja surreal observar a equipe verde e amarela afundada pelo terceiro mês consecutivo no 18º lugar, a pior colocação de sua história.

Noventa dias como coadjuvante, sem conseguir superar grandes adversários, aumentando ainda mais a pressão. A menos de 500 dias de sua própria Copa.

Enquanto isso, a Espanha mantém a liderança, agora com 18 meses seguidos, desde fugaz primeira colocação da Holanda, em agosto de 2011.

Atualmente, a Fúria, atual campeã mundial e europeia, registra uma segura diferença de 153 pontos sobre a segunda colocada, a Alemanha (veja aqui).

Será possível alguma mudança na liderança até a Copa do Mundo de 2014?

Meses na liderança do ranking (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):

Brasil – 150 (09/1993)
Espanha – 48 (07/2008)
França – 14 (05/2001)
Argentina – 10 (03/2007)
Alemanha – 6 (08/1993)
Itália – 6 (11/1993)
Holanda – 1 (08/2011)

Start nos produtos oficiais da Copa 2014, com reflexo no Recife

Camisa oficial da Copa do Mundo 2014. Crédito: Adidas/divulgaçãoDe quatro em quatro anos o faturamento da Fifa é turbinado.

Apesar de bilionária, a entidade conta os dias para uma nova Copa do Mundo. É o período no qual o seu lucro sobe à estratosfera.

Em 2010, na África do Sul, o saldo líquido foi de US$ 202 milhões, entre ingressos, direitos de transmissão, patrocinadores e produtos oficiais. Um ano depois, sem eliminatórias, produtos oficiais do novo torneio ou algo do tipo, o lucro foi de “apenas ” 36 milhões de dólares (veja aqui).

Com o Mundial do Brasil batendo na porta, a Fifa irá reacelerar a sua engenharia financeira. A partir de março chegam ao mercado brasileiro as primeiras peças oficiais da Copa do Mundo.

Ao todo, serão aproximadamente 1.500 produtos, fabricados por 34 empresas licenciadas. Veja a lista de produtos confirmados aqui.

Na gama de produtos relacionados ao torneio estão mascotes, peças de vestuário, bolas, cadernos, bonés, mochilas, canecas, brinquedos etc.

A ação já deve refletir em Pernambuco de forma imediata.

O planejamento na distribuição de lojas oficiais em 2014 é contar no mínimo com dois quiosques, no aeroporto e no estádio, além de uma megaloja em algum ponto na cidade, numa operação da rede Dufry Sports, que fez o mesmo nos Jogos Pan-americanos de 2007.

No Recife, portanto, Aeroporto Internacional dos Guararapes, Arena Pernambuco e mais algum centro de compras a definir.

Será possível encontrar nas lojas até uma miniatura do estádio…

Entre ingressos e produtos, o torcedor deverá ser bastante guiado pelo mundo publicitário coordenado pela Fifa à gastança.

Futebol total na meca dos peladeiros

Campos em Hackney Marshes, em Londres. Crédito: Fifa/divulgação

Já foi o tempo em que o Recife contava com inúmeros campos de futebol em parques públicos.

Tente puxar pela memória pelo menos três campos com dimensões oficiais hoje em dia. Não é muito fácil, né? Pois é…

O crescimento demográfico e econômico, paralelo a uma área enxuta na metrópole pernambucana, foi acabando com parte dos campos em terrenos baldios.

Sem a contrapartida do poder público, as peladas foram ganhando espaço em eventos fechados, ou em adaptações como no futebol society.

Um cenário bem diferente de Hackney Marshes, em Londres. Num passado já distante, medieval, a área era um pântano.

Revitalizado, o gigantesco parque deu lugar a 88 campos de futebol. Todos com dimensões 105m x 68m, o tamanho oficial da Fifa. Sim, 88 campos.

A cada domingo, a meca londrina das peladas recebe até 100 jogos de futebol amador. Ou seja, cerca de 2,2 mil jogadores em um único dia.

É a certeza que a prática do futebol fomenta ainda mais a paixão pelo esporte…

Campos em Hackney Marshes, em Londres. Crédito: Google Maps

O último dos vários símbolos da Copa do Mundo no Brasil

Cartazes oficiais das Copas do Mundo no Brasil, em 1950 e 2014

Entre as inúmeras marcas da Copa do Mundo de 2014, o cartaz oficial era a última a ser divulgada pela Fifa.

Antes, outros emblemas já haviam sido revelados, considerando também a Copa das Confederações de 2013.

Logotipo, mascote, cartazes das doze subsedes e bolas. A pelota de 2014, na verdade, foi confirmado apenas o nome, Brazuca.

Com o cartaz revelado nesta quarta, a meta agora é capitalizar todos esses símbolos mundo afora.

Venda de produtos com as respectivas marcas, associação a produtos de empresas parceiras no evento, customização do torneio etc.

Sobre o pôster, criado pela agência Crama, trata-se de um “retrato da beleza e diversidade do Brasil por meio de um desenho colorido, vibrante e carregado de emoção.” Confira a imagem maior aqui.

Dois jogadores formam o mapa do país, ilustrados pela ampla cultura brasileira. Há uma vaga lembrança em relação à Copa de 1950?

Símbolos oficiais da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014

Um luto de 500 dias, bem além do futebol

Mensagem da CBF a 500 dias da abertura da Copa do Mundo

Uma data importantíssima para a organização do país.

A Copa do Mundo de 2014 se aproxima a passos largos.

Faltando 500 dias para o início da competição, apenas uma arena está pronta no Brasil.

Investimentos fora do planejamento inicial, para renegociar prazos e aumentar o efetivo de operários, vêm sendo recorrentes nos empreendimentos.

Tudo o que se dizia que não aconteceria.

Afinal, seria esse o Mundial da iniciativa privada. Na verdade, nunca houve tanto dinheiro público derramado em estádios de futebol.

Na verdade, até teve algo parecido, na década de 1970, nos tempos do regime militar. No fundo, o objetivo era o mesmo, o ópio do povo.

Voltando ao presente, vemos uma correria desenfreada para garantir a matriz de responsabilidades assinada junto à Fifa. Cobranças semanais, pesadas.

Em 16 de setembro de 2011, quando faltavam 1.000 dias, a data foi celebrada. Talvez porque a Copa do Mundo ainda parecesse algo longe da realidade, fantasiosa. Não é.

O mundo vai olhar para cá em muito breve. A responsabilidade brasileira é enorme.

Apesar da consciência do que está por vir, desta vez a data passará com discrição.

A cobrança por celeridade nas obras vai continuar.  A CBF, à frente do Comitê Organizador Local, terá um site especial com a contagem regressiva, com cartaz oficial.

Mas é pouco provável que alguém ligue de verdade para o Mundial nesta segunda. Nem 500 dias seriam suficientes para apagar da memória a dor da tragédia de Santa Maria.

A consternação se estende às arquibancadas. O futebol segue de luto.

Capas do Diario de Pernambuco e do Superesportes: 28/01/2013

Por Messi, os direitos econômicos são de outro planeta

Avaliação dos direitos econômicos de Lionel Messi em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

No hipotético mercado da bola, o valor dos direitos econômicos de Lionel Messi estariam se aproximando da maior avaliação da história do futebol.

Antes, vale citar um valor ainda mais hipotético. Em 1967, então com 27 anos, Pelé teria chegado ao seu auge financeiro, ainda na era do “passe” (veja aqui).

O preço do Rei, que brilhava no Santos, seria de 175 milhões de euros. Dados através do software chamado SportMetric, desenvolvido pela Pluri Consultoria.

Agora, com o quarto prêmio consecutivo de melhor jogador de futebol do mundo, o argentino chega a 152,3 milhões de euros, ou R$ 405 milhões.

Para isso foram avaliados vários critérios, como idade, habilidade, histórico de lesões, jogo de equipe, marketing etc. Ao todo, 75 variáveis distribuídas em 18 indicadores. Abaixo, o quadro com todas as notas do atacante, em um boletim digno de CDF.

A evolução técnica e econômica de Messi é impressionante. Caso chegue ao “auge” com a mesma ida de Pelé, isso acontecerá em 2014. Pois é. Na Copa.

Será que algum clube tem condições de pagar tanto por um jogador de futebol?

O recorde, em euros, ainda pertence a Cristiano Ronaldo. Em 2009, o Real Madrid pagou 94 milhões ao Manchester United. Em 2012 chegou a ser noticiado que o Real recusou uuma proposta de 200 milhões de euros pelo craque português.

Essa proposta astronômica é um sinal do mercado inflacionado, apesar do momento nebuloso na Europa. Porém, se o mesmo contexto acontecer com Messi, ultrapassando a barreira estatística do SportMetric, qual seria o valor?

Avaliação de Lionel Messi no sistema Sportmetric. Crédito: Pluri Consultoria

Bola de Ouro sem lugar para intrusos

Bola de Ouro da Fifa. Crédito: Fifa/divulgação

Um prêmio disputado por um grupo seletíssimo no futebol…

O tetracampeonato de Lionel Messi no troféu de melhor jogador do mundo traz uma particularidade em relação à disputa, pra lá de restrita (veja aqui).

De 2009 a 2012, apenas quatro jogadores ficaram entre os primeiros lugares. Além do argentino, aparecem o português Cristiano Ronaldo e os espanhóis Xavi e Iniesta.

Mais. Nota-se que são três atletas do Barcelona e um do Real Madrid, sem espaço algum para outros clubes na eleição, mostrando o domínio dos gigantes da Espanha.

O último “intruso” entre os finalistas foi o atacante espanhol Fernando Torres, do Liverpool, em 2008. E olhe que a última temporada sem Messi ou CR7 na festa da Fifa foi em 2006, com Cannavaro, Zidane e Ronaldinho Gaúcho.

Qual jogador em atividade tem condições de brigar por um lugar entre os três últimos candidatos para a edição de 2013? No Santos, Neymar tem chance?

2009
1) Lionel Messi (Argentina) – 41,97%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 13,77%
3) Xavi (Espanha) – 7,66%

2010
1) Lionel Messi (Argentina) – 22,65%
2) Andrés Iniesta (Espanha) – 17,36%
3) Xavi (Espanha) – 16,48%

2011
1) Lionel Messi (Argentina) – 47,88%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 21,60%
3) Xavi (Espanha) – 9,23%

2012
1) Lionel Messi (Argentina) – 41,60%
2) Cristiano Ronaldo (Portugal) – 23,68%
3) Andrés Iniesta (Espanha) – 10,91%

Messi, Messi, Messi, Messi

Lionel Messi, eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2012, 2011, 2010 e 2009. Fotos: Fifa/divulgação

Sem surpresa alguma, Lionel Messi foi escolhido pela Fifa como o melhor do mundo.

O argentino jogador, com um terno pouco ortodoxo, não pareceu surpreso após o anúncio na cerimônia realizada em Zurique nesta segunda-feira.

Por sinal,  é nítida a evolução no visual no jogador, do cabelo ao terno. De forma superlativa, isso também se aplica ao futebol apresentado nos gramados.

Jogando muita bola, Messi estabeleceu um novo patamar no esporte. Esta foi a quarta vez consecutiva que o craque do Barcelona ganhou o prêmio, 2009, 2010, 2011 e 2012.

Isolou-se entre os maiores vencedores da história.

Antes, dividia o tri com Ronaldo e Zinedine Zidane. Os nomes consagrados que ficaram para trás comprovam o desempenho da Pulga, de apenas 25 anos.

Desta vez, ficou à frente do português Cristiano Ronaldo e do espanhol Andrés Iniesta.

Autor de 91 gols no último ano, o argentino segue absoluto no futebol e vai aumentando a expectativa sobre o seu desempenho na próxima Copa do Mundo…

O que você achou da decisão da Fifa sobre o vencedor da Bola de Ouro?

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Iniesta. Crédito: Fifa/divulgação

O nascedouro do novo gramado pernambucano

Gramado da Arena Pernambuco plantado no CT do Náutico em 6 de janeiro de 2013. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

Cultivado há quase dois meses no centro de treinamento do Náutico, na Guabiraba, o gramado que será utilizado na Arena Pernambuco começa a ganhar a sua cor definitiva.

O trabalho com irrigação, adubação e inseticidas chegou a 53 dias com o verde vivo.

Acima, o registro de 6 de janeiro de 2013, mas o plantio começou em 15 de novembro de 2012, após a terraplenagem e a colocação de areia e fertilizantes. Só depois foram colocadas as mudas da Bermuda Celebration, a grama mais utilizada pela Fifa.

Ao todo foram 68 sacos com mudas, com 60 quilos cada um, o suficiente para ocupar toda a área de 120m x 160m, com um total de 19.200 metros quadrados. Isso equivale uma área superior a dois campos oficiais de futebol.

O campo da arena terá dimensões de 105m x 68m, ou 7.140 metros quadrados. Em breve, o gramado será retirado em rolos para a ser transferido para o estádio em São Lourenço, cujo trabalho na drenagem do futuro campo ainda será executado.

Metade do gramado plantado ficará no próprio CT na Guabiraba, para que o Náutico possa treinar no campo semelhante ao que irá jogar pelas próximas trinta temporadas.

Gramado da Arena Pernambuco plantado no CT do Náutico em 20 de novembro de 2012. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

Antes da Brazuca, as inúmeras versões da Cafusa

A bola "Cafusa", desenvolvida pela Adidas para a Copa das Confederações. Crédito: Adidas.com

Antes da Brazuca, a primeira bola oficial no país será a Cafusa.

Produzida pela Adidas, que também confeccionará a pelota do Mundial, a bola da Copa das Confederações 2013 conta com nove versões no mercado, de R$ 49 a R$ 399.

Sobre a bola oficial do torneio, ela custará, sim, quase R$ 400. Imagine a Brazuca! Ao todo, bolas infantis, modelos do tamanho original, beach soccer e futsal (veja aqui).

Dos modelos à venda, três têm o mesmo tamanho, o oficial da Fifa para o futebol. Visualmente idênticos, mas com alguns motivos que levam à diferença nos preços.

Cafusa Glider – R$ 69
Inspirada na bola usada na Copa das Confederações, a Glider apresenta construção costurada à máquina e câmara de butil.

Confecção com costura à máquina para maciez ao toque e alta durabilidade; Câmara de butil para melhor retenção do ar; Deve ser inflada; 100% TPU

Cafusa Top Replique – R$ 99
Inspirada na original, ela apresenta construção sem costuras para maior controle.

Tecnologia TSBE para superfície sem costura para toque aperfeiçoado e menor absorção de água; Câmara de butil para melhor retenção do ar; Bola de treino; Aprovada nos testes da Fifa de circunferência, peso, rebote e absorção de água (Fifa Inspected); Deve ser inflada; 100% TPU

Cafusa Oficial – R$ 399
Réplica em tamanho original, a “Confederations Cup Official Match Ball” conta com superfície sem costuras para trajetória e toque mais precisos.

Material de alta qualidade no revestimento, no reforço e na câmara para desempenho perfeito em campo; Superfície sem costuras unida termicamente para uma trajetória mais previsível, toque aperfeiçoado e menor absorção de água; Avaliação mais alta da Fifa; aprovação nos testes de peso, absorção de água, formato e conservação de tamanho; Deve ser inflada; 85% poliéster / 15% malha simples de algodão