O dia em que o Clube dos 13 implodiu

Clube dos 13

Emblemático, o Clube dos 13 implodiu.

A entidade criada em 11 de julho de 1987, em Porto Alegre, chega ao seu epílogo neste 23 de fevereiro de 2011, após anos de polêmica.

No papel, o “C-13” ainda existe, mas a debandada é geral. Politicamente, derrotado.

A associação, formada na verdade por 20 clubes – após as ampliações em junho de 1997 e dezembro de 1999 – perdeu cinco times do eixo Rio-SP.

Os quatro grandes do Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) e o Corinthians. A rodada de negociação com a TV passará por uma reformulação grande.

Tendo o gaúcho Fábio Koff à frente desde 1995, o Clube dos 13 sempre negociou em bloco com as emissoras. Contratos vultosos. De 3,4 milhões de dólares pelo Módulo Verde de 1987 a R$ 466 milhões pela Série A deste ano.

Para o próximo triênio, a meta é dobrar. Briga de foice entre Globo e Record.

É dinheiro demais, interesse demais. E o coletivo – apesar de restrito a apenas 20 times, é verdade – abre espaço para o salve-se quem puder… O plural cede lugar ao individual.

Com a mudança no formato de negociação com as emissoras de TV, o blog se antecipou, apresentando os modelos das duas ligas mais ricas do mundo (veja AQUI).

Ao Sport, o recado claro de que as cotas, mesmo fora da elite, deverão acabar. É preciso agilidade para manter a sua posição como forte mercado consumidor.

A Náutico e Santa Cruz, a mudança de foco.

Se antes havia a tentativa de ingressar na entidade, que em 2010 anunciou que dobraria de tamanho, agora é bom pensar num caminho paralelo. Negociações locais em bloco? Isso já foi discutido no blog (veja AQUI).

Vale comentar, ainda, que o dinheiro da TV não pode ser apontado pelos clubes (locais) como o divisor de águas entre avanço e ostracismo.

Esse racha do C-13 mostra, na opinião do blog, que a fonte de receitas precisa ser muito bem distribuída, com captação em quadro de sócios, bilheterias, comércios…

Vale o exemplo do clube mais rico do mundo, o Real Madrid.

Em 2010, o time espanhol arrecadou R$ 921 milhões. Com a TV, o clube somou 40% de seu orçamento, completado com bilheteria (25%) e comércio (35%). Veja AQUI.

O Clube dos 13 implodiu. O Big Bang de uma nova era do futebol… Preparem-se.

O que você achou do racha no Clube dos 13?

Qual será a consequência disso para o futebol de Pernambuco?

Para não esquecer

Nota de R$ 100

O Fluminense lançou um interessante pacote de ingressos para a temporada 2011.

Batizou a ideia de “Guerreiro Tricolor” (veja AQUI).

A novidade foi agregar os bilhetes dos três jogos da fase de grupos da Taça Libertadores da América com mais seis partidas do Campeonato Carioca.

Podendo dividir em até 5 vezes no cartão de crédito, o torcedor do Flu pagará pelo pacote de arquibancada, mesmo que não seja sócio, R$ 320.

Ok. Agora, o lembrete.

Na Taça Libertadores de 2009, a diretoria do Leão cobrou R$ 100. Por um jogo. Um!

Alertada na época sobre a excessiva majoração, a diretoria leonina passou por cima de sua torcida e aplicou na bilheteria.

Resultado: em sua segunda participação continental, o Sport levou 59.620 torcedores nos três primeiros jogos. Com ingressos caríssimos, a média de público foi de apenas 19.873 torcedores, com 58% de ocupação. Muito pouco para quem levou 34 mil durante a Copa do Brasil de 2008, com 100%.

Um erro de gestão para não ser mais repetido. Por nenhum clube.

Antes das cores, a paixão

Em época de jogos de futebol exibidos em 3D, uma volta ao passado.

Até 1926, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, para o clássico entre Fluminense e Vasco. Acredite, o estádio do Flu era o maior do país naquela época.

Abaixo, o documentário “A propósito de futebol”, de 1974, com texto de Oswald de Andrade sobre a vitória tricolor por 2 x 1 em partida realizada 48 anos antes.

A alfinetada

Seu Madruga e Seu Barriga

Festa de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Presença maciça da torcida do Fluminense, o grande campeão do ano.

Cerimônia para a entrega oficial da taça de campeão brasileiro, com intervalos para homenagens especiais. Numa dessas, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, subiu no palco. Motivo? Os 100 anos do Timão.

Aproveitando a oportunidade de falar no palco, o dirigente levantou uma polêmica.

“…Você ser rebaixado, como o meu time já foi, é doloroso. Mas é um orgulho voltar para a Primeira pela porta da frente…”

O dirigente não conseguiu terminar o discurso, pois a vaia da torcida do Flu foi enorme.

De fato, o Flu não tem um histórico dos melhores neste sentido. Rebaixado na Série A de 1996, o clube virou a mesa e jogou a elite em 1997. Caiu de novo. Na Série B de 1998, novo rebaixamento. Em 1999, ganhou a Terceirona… Em 2000, porém, o clube foi beneficiado com a criação da Copa João Havelange e foi alçado ao módulo principal.

A verdade é que Sanchez falou o que muitos queriam há um bom tempo…

As maiores filas do Brasil

FilaO Fluminense se tornou campeão brasileiro depois de exatos 26 anos, 6 meses e 8 dias. Tempo demais.

Agora, o time carioca está há apenas “um dia” sem vencer a Série A. E os demais grandes clubes do país?

Pois é. Já existe um site que contabiliza o tamanho do jejum de títulos, com nome bem sugestivo: Filômetro (veja AQUI).

O Filômetro enumera os principais jejuns de 15 clubes*. Entre eles, o Sport.

Além da categoria geral (que só contempla divisões de elite), existem subcategorias, como Estadual, Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores e Mundial.

O maior jejum pertence ao Vasco, com 2.815 dias. A última conquista foi o Carioca de 2003. O clube de São Januário até venceu a Série B de 2009, mas a taça não entrou na lista, pela regra do site.

Em relação à Série A, o maior hiato é o do Atlético-MG, com 14.232 dias, desde 1971. O Sport está há 8.338 dias. Porém, esse tempo ainda vai aumentar bastante…

* Clubes: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Coritiba, Atlético-PR e Sport.

Tri ou tetra?

Laranjeiras, estádio do Fluminense

O título brasileiro do Fluminense levantou uma polêmica neste domingo.

Em todo o material publicitário do clube, durante a festa, os cartazes apontavam “tricampeão brasileiro”, considerando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Precursor da Série A, iniciada justamente no ano seguinte, o Robertão, como era chamado, está sendo avaliado pela CBF, que poderá unificá-lo ao Brasileirão, assim como a também extinta Taça Brasil. Daí, as três estrelas.

Na última enquete do blog, 57% dos votos foram contrários à unificação (veja AQUI).

Porém, o que chama a atenção é a foto acima, do baú… Que já considerava o Flu como tricampeão brasileiro. Como? Com a famigerada Série C de 1999.

A pintura virou chacota entre os rivais e a diretoria acabou apagando. Abaixo, a nova pintura, após o protesto da torcida pela “homenagem” ao título da Terceirona.

Com a glória em 2010 (veja AQUI), vão pintar tri ou tetra?

A conferir, Fluminense…

Laranjeiras, estádio do Fluminense

Cartola volta a dar as cartas

Fluminense, campeão brasileiro de 2010: Foto: Wallace Teixeira/Photocamera

Em 2009, o Fluminense venceu a matemática. Acabou com todas as calculadoras.

Uma projeção de 99% apontava o rebaixamento do clube no Brasileirão. O “1%” era apenas uma margem de erro, surreal, quase irrelevante. Não foi…

O Fluzão engatou uma série histórica, lotando o Maracanã, empolgando e escapou da queda à Série B. Um ano depois, o ponto alto dessa históra. Manteve o investimento pesado, com o lastro financeiro de seu patrocinador. Seguiu na 5ª marcha.

Formou um time com nomes como Fred, Deco, Belletti e, sobretudo, Conca.

O argentino foi o único jogador de linha de toda a Série A a entrar em campo nas 38 rodadas. Rápido, inteligente e decisivo. Escreveu o seu nome na conquista histórica do Tricolor Carioca, que chegou ao segundo título brasileiro neste domingo.

Venceu o Guarani por 1 x 0, diante de 40.955 torcedores no Engenhão e ficou com uma taça esperada há mais de duas décadas. Essa está 100% garantida.

No primeiro título, em 1984, o atacante paraguaio Romerito foi o destaque. Em 2010, a festa do título teve assinatura do sheik Emerson, já eternizado na galeria de “heróis do Brasileirão”. O Cartola, mascote do Flu, volta a dar as cartas no futebol brasileiro.

Cartola sim, mas não a “cartolagem”! Essa já aprontou muito, no próprio Flu.

E Muricy Ramalho? Esse, agora tetracampeão, já dava as cartas faz tempo…

Parabéns, Fluminense!

Chamada para a glória

Chuteira

Domingo decisivo para o Campeonato Brasileiro.

De cara, os pitacos do blog, considerando as três metas que ainda restam para a última rodada desta emocionante Série A de 2010, às 16h (horário do Recife):

Briga pelo título, com Fluminense (68 pontos), Corinthians (67) e Cruzeiro (66).

Fluminense x Guarani, no Engenhão
Goiás x Corinthians, no Serra Dourada
Cruzeiro x Palmeiras, na Arena do Jacaré
Campeão:
Fluminense

Disputa pelo 4º lugar, visando a vaga na Taça Libertadores da América, caso o Goiás perca o título da Copa Sul-americana, com Grêmio (60) e Botafogo (59).

Grêmio x Botafogo, no Olímpico
4º colocado: Grêmio

Corrida para escapar do rebaixamento, com Atlético-GO (41) e Vitória (41), com a vantagem do empate para o clube goiano, pelo número de vitórias (11 x 9)

Vitória x Atlético-GO, no Barradão
Continua na elite: Vitória

Abaixo, um vídeo emocionante do SporTV com uma chamada para a transmissão da 38ª rodada do Brasileirão. A partir do tempo 2min23 começa uma série de lances históricos de todos os campeões brasileiros desde a primeira edição, em 1971.

Aí, já sabe, né… Polêmica! Entre o tempo 2min56 e 3min00, o lance de 1987. Sport ou Flamengo? Assista e tire as suas próprias conclusões.

360 minutos em 90 minutos

Mosaico Multijogos do PFC, no Brasileirão da Série A. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Véspera de eleição.

Muita gente continua indecisa em relação aos 6 votos neste domingo.

Presidente, governador, dois senadores, deputados federal e estadual.

No futebol também sempre bate aquela dúvida sobre qual jogo sintonizar. Com o pleito político, todos os jogos das Séries A e B foram agendados para o sábado.

Partidas espalhadas em três horários: 16h, 18h30 e 21h.

Ao todo, 14 jogos.

Ainda intermitente, o mosaico multijogos do pacote PFC (sistema pay-per-view) é um serviço com quatro partidas simultâneas, no canais 126 da Sky e 151 da Embratel.

Essa opção ajuda bastante na dúvida futebolística.

Acima, tirei uma foto dos quatro jogo da elite às 16h deste sábado.

Corinthians x Ceará, Prudente x Fluminense, Vitória x Grêmio e Santos x Palmeiras.

360 minutos de futebol compactados em 90 minutos… 😯

A bola de futebol em uma das telas indica qual jogo está com o áudio liberado. Basta mover a bolinha no controle remoto para mudar a narração.

Sobre o mosaico: necessário ou overdose? Para quem está de férias…

Acertou na lata

Latas de cerveja dos clubes cariocas: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco

Latas personalizadas.

A ideia nem é nova, mas faz tempo que estava em desuso. Dando início a um novo ciclo, gerando receita, naturalmente, a Ambev lança neste mês de outubro uma edição especial de cervejas da Brahma com estampas dos quatro grandes clubes do Rio.

Mas a inovação está no detalhe… Nada de distintivos enormes nas latas de alumínio. Os escudos estão lá, é claro. O destaque, porém, vai para a camisa de cada time.

Botafogo, 7: Garrincha.
Flamengo, 10: Zico.
Fluminense, 9: Super-Ézio.
Vasco, 10: Roberto Dinamite.

A ideia deve se estender aos outros clubes patrocinados pela empresa no país. Ao todo, são 21 times, sendo quatro do Nordeste. Dois em Fortaleza (Ceará e Fortaleza) e dois em Salvador (Bahia e Vitória). Faltou o mercado pernambucano (veja AQUI).

Ambev à parte, bem que os clubes do Recife poderiam lançar projetos assim. Tomando como ponto de partida a lata com a “camisa especial”, quais seriam os craques – e os números – dos times pernambucanos? Comente!

Abaixo, a série especial da Kaiser, em 2000, com modelos de Santa, Náutico e Sport. Em 1995, rubro-negros e tricolores também tiveram outras latas, produzidas pela Evansville, dos EUA. Quer ver mais latas de clubes de todo o mundo? Clique AQUI.

Edição especial da cerveja Kaiser em 2000: latas de Santa Cruz, Náutico e Sport