Santa Cruz lidera o público do Estadual em 2016, a sétima vez em oito anos

Pernambucano 2016, semifinal: Santa Cruz 3x1 Náutico. Foto: Yuri de Lira/DP

No mata-mata, na hora que importa, o Santa Cruz levou 70.162 torcedores ao Arruda, nos clássicos contra Náutico e Sport. Superou de longe os 49.128 espectadores registrados no borderô nos cinco jogos disputados no hexagonal do Estadual de 2016, também com clássico contra alvirrubros e rubro-negros. A multidão na reta final garantiu um cenário recorrente, com o tricolor liderando a média de público da competição. Foi a 7ª vez nos últimos 8 anos! Curiosamente, o Sport também levou mais gente no mata-mata, com dois jogos, do que na fase classificatória, com cinco apresentações: 44.192 x 39.498.

Uma diferença a favor do Rubro-negro, neste ano, foi a arrecadação como mandante, com R$ 1,57 milhão, liderando o quesito – um cenário incomum no futebol local, mas também registrado em 2014, quando o Náutico ficou em primeiro na bilheteria, mas não em torcida presente. Em relação ao Campeonato Pernambucano, a fase decisiva turbinou o índice da competição, que saiu de 2 mil para 3,4 mil espectadores, neste primeiro ano sem o subsídio estatal do Todos com a Nota, suspenso. Considerando outros fatores, como nível técnico e segurança, a média acabou sendo apior desde 2003, segundo os dados da FPF. O formato precisa mesmo ser repensado.

Os números de público e renda do campeonato pernambucano de 2016…

1º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 119.290 torcedores
Média de 17.041
Taxa de ocupação: 33,69%
Renda: R$ 1.564.455
Média de R$ 223.493
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913

2º) Sport (7 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 83.690 torcedores
Média de 11.955
Taxa de ocupação: 43,57%
Renda: R$ 1.572.833
Média: R$ 224.690
Presença contra intermediários (4 jogos): T: 27.094 M: 6.773

3º) Náutico (7 jogos como mandante, sendo 6 na Arena e 1 no Arruda)
Público: 43.497 torcedores
Média de 6.213
Taxa de ocupação: 13,35%
Renda: R$ 907.395
Média de R$ 129.627
Presença contra intermediários (4 jogos): T: 11.564 / M: 2.891

4º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 27.569 torcedores
Média de 3.938
Taxa de ocupação: 32,62%
Renda: R$ 105.844
Média: R$ 15.120

5º) Central (8 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 17.729 torcedores
Média de 2.216
Taxa de ocupação: 11,08%
Renda: R$ 339.125
Média de R$ 42.390

6º) América (7 como mandante, sendo 3 no Ademir, 2 no Arruda e 2 na Ilha*)
Público: 7.236 torcedores
Média de 1.033
Taxa de ocupação: 3,73%
Renda: R$ 123.130
Média de R$ 17.590
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 91 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 318.390
Média: 3.498 pessoas
Arrecadação: R$ 4.737.772
Média: R$ 52.063
* Foram realizadas 92 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 291.530
Média: 7.671 pessoas
Arrecadação: R$ 4.514.292
Média: R$ 118.797

Árbitro de vídeo na final pernambucana? A autorização de teste veio tarde demais

Tecnologia no futebol? Crédito: Fifa

A função do árbitro de vídeo está em teste até 2017, segundo autorização comunicada pela Fifa em 5 março de 2016, após a aprovação International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol. Na Europa, a federação holandesa já realizou a primeira experiência, cujo objetivo é, sobretudo, checar se a bola entrou ou não, impedimento em lances de gol e os locais exatos das faltas, dentro ou fora da área. No Brasil, há a expectativa na Série A a partir de agosto. Acredite, o primeiro teste poderia ter sido no Recife. Em 2 de outubro de 2015, a FPF, através da CBF, via Marco Polo Del Nero, encaminhou um ofício à Fifa solicitando o uso experimental na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com todos os jogos televisionados.

“Obrigado por sua carta relacionada à solicitação adicional para conceder autorização à Federação de Futebol do Estado de Pernambuco, no que diz respeito ao uso do Árbitro de Vídeo (AV), em uma das competições promovidas por essa entidade, e pedimos desculpas pela demora na resposta. Conforme o que foi dito em uma carta anterior, o uso do AV, atualmente, não é permitido. Após consultas com a Fifa, é do nosso entender que essa situação não se aplica apenas a associações ou a confederações diretamente afiliadas à Fifa (e, consequentemente, também à Ifab), mas também a federações locais de futebol associadas a elas, com jogadores registrados etc.”

Texto assinado por Lukas Brud, secretário da Ifab, em 29 de outubro de 2015.

A autorização sairia cinco meses depois, já sem tempo de implantar a ideia no Pernambucano. Pela pressão entre rubro-negros e tricolores, envolvidos na decisão de 2016, a direção da FPF acabou publicando a resposta oficial ao requerimento (abaixo). Como curiosidade, vale dizer que não teria sido a primeira vez que o Estadual serviria como laboratório. Em 2011, a competição foi um teste para os árbitros de linha de fundo – na ocasião, a ideia não funcionou.

Resposta da Ifab à solicitação da FPF para árbitros de vídeo no Estadual 2016. Crédito: FPF/reprodução

A taça do Campeonato Pernambucano entre o projeto e a realidade dourada

O projeto do troféu do Pernambucano 2016 e a versão definitiva. Imagens: FPF/twitter e Marlon Costa/FPF

O troféu dourado do Campeonato Pernambucano de 2016 já está pronto. Exibido nos jogos finais e em eventos promocionais da federação, a peça de 60 centímetros ficou bem mais bonita que a primeira imagem de divulgação, de 20 de abril, com uma reprodução do projeto. Agora, a cor viva se impõe sobre o fosco da versão inicial. Outra diferença é a placa na base, à espera do dono.

Um cenário semelhante já havia acontecido na concepção da centésima edição da competição, em 2014, com a taça definitiva sendo melhorada em relação ao projeto, divulgado quatro meses antes (abaixo).

Em relação ao design, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, diz que a partir de agora a entidade deve oferecer troféus apenas com esse estilo clássico, “atendendo ao desejo do torcedor.” A taça desta temporada será posta em jogo na Ilha do Retiro, em 8 de maio. O destino final? Uma sala de troféus, naturalmente. Resta saber em qual avenida, Beberibe ou Abdias de Carvalho.

Relembre as taças do campeonato estadual dos últimos dez anos aqui

O projeto do troféu do Pernambucano 2014 e a versão final. Crédito: FPF/twitter

Centenário da FPF marca patrimônio recorde da entidade, R$ 12 milhões

Sede da FPF. Crédito: yelp.com.br

Pela sexta vez em sete anos, a Federação Pernambucana de Futebol terminou a temporada com superávit no exercício. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015, na temporada que marcou o centenário da entidade, o saldo das finanças foi pra lá de positivo, com superávit de R$ 1,4 milhão.

O relatório oficial aponta um aumento no patrimônio líquido da FPF, somando patrimônio social e o acumulado dos resultados positivos nos últimos anos. Em relação ao primeiro ponto, vale a imponente sede na Boa Vista, que há duas décadas mantinha um valor congelado. Por decisão da própria federação, em 2014, já sob a gestão de Evandro Carvalho, o imóvel sofreu um ajuste do valor patrimonial, com a mutação presente no diagnóstico produzido pela Ferreira & Associados Auditores. Agora estável, o balanço financeiro da entidade teve um aumento de 12%, passando de 11,5 milhões para R$ 12.913.307.

O número condiz com uma organização cuja receita operacional anual foi de R$ 6,4 milhões. Receita oriunda da taxa de 8% sobre todas as bilheterias em jogos profissionais realizados no estado, fora a espécie de cartório de atividades no futebol local, com 69 ações possíveis, de R$ 30 a R$ 750 mil.

O balanço completo foi divulgado no Diario Oficial do Estado (veja aqui).

Superávit/Défict da FPF
2009: R$ 675.234
2010: R$ 297.742
2011: R$ 898.500
2012: (R$ -89.573)
2013: R$ 1.834.817
2014: R$ 1.306.002
2015: R$ 1.478.674

Arruda e Ilha do Retiro confirmados para a 68ª final do Campeonato Pernambucano

Ilha do Retiro em janeiro de 2016. Foto: Paulo Paiva/DP

O regulamento do Campeonato Pernambucano de 2016 dava à FPF o direito de escolha dos estádios das finais, num poder semelhante ao adotado pela federação paulista. Durante um dia, foi especulada a possibilidade de levar os dois jogos entre Santa e Sport para a Arena Pernambuco, devido à “proposta vantajosa” articulada pelo secretário estadual de esporte, Felipe Carreras. Na prática, tricolores e rubro-negros não chegaram nem perto de ceder à ideia, optando por mandarem seus jogos no Arruda e na Ilha do Retiro.

O próprio mandatário da federação lavou as mãos sobre a decisão, até porque, por mais que esteja na regra, neste caso é justo que a vontade dos clubes também seja respeitada. Com os locais já confirmados pela entidade através de ofício, voltou o cenário óbvio, com a ida no Arruda, em 4 de maio (21h45), e a volta na Ilha, no dia 8 (16h). Por sinal, a casa leonina receberá a grande decisão do campeonato estadual pela 28ª vez. É um recorde absoluto no futebol local, que neste ano chega à 68ª final, contabilizando sete palcos no Recife.

A estatística é específica, levando em conta os estádios onde as taças foram erguidas, após finais em ida e volta, melhor-de-três ou extra. A observação se faz necessária pois ao longo de um século várias edições tiveram campeões de forma direta. O próprio estádio Adelmar da Costa Carvalho já teve outras nove voltas olímpicas (seis do Sport e três do Náutico), mas sem precisar de uma final. Curiosamente, lá os corais têm vantagem contra os leoninos, 8 x 6.

Eis os palcos de todas as finais do Pernambucano de 1915 a 2015:

Ilha do Retiro (27)
Sport (15, com 55%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa Cruz (9, com 33%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012 e 2013
Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965
América (1, com 3%) – 1944

Arruda (16)
Santa Cruz (8, com 50%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015
Náutico (6, com 37%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2, com 12%) – 1977 e 1980

Aflitos (15)
Náutico (7, com 46%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974
Sport (5, com 33%) – 1917, 1949, 1953, 1955 e 1975
Santa Cruz (3, com 20%) – 1947, 1959, 1969

Avenida Malaquias (3)
América (1, com 33%) – 1921
Santa Cruz (1, com 33%) – 1932
Náutico (1, com 33%) – 1934

Jaqueira (3)
Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935
Sport (1, com 33%) – 1920

British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916

Arena Pernambuco (1)
Sport (1, com 100%) – 2014 

Arruda, em janeiro de 2016. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

A bola da final pernambucana em 2016

Bola da Penalty para a final do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

A ideia de confeccionar uma bola especial para a final surgiu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin, exclusiva para a partida entre Itália e França. Desde então, inúmeros torneios copiaram a ideia, inclusive o Campeonato Pernambucano, desde 2013.

Começou com a Duelo Final, marrom. No ano seguinte, a Gorduchinha, com as cores brasileiras. Nos últimos dois anos, a versão final. Novamente produzida pela Penalty, fornecedora do campeonato local desde 2008, a Bola 8 trocou os gomos pretos pelo dourado, num tom semelhante ao do troféu oficial.

Ao contrário da última temporada, quando a bola especial começou a ser utilizada na semifinal, desta vez a bola dourada de 2016 foi reservada mesmo para os dois jogos finais, com a bola alvinegra nas outras 90 partidas.

As bolas dos turnos e das finais: 2013, 2014, 2015 e 2016.

A bola do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016, inspirado na Champions League

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016 é o primeiro da história do futebol local a ter um naming rights, incorporando o nome da patrocinadora da competição, a Celpe. Encomendada pela FPF a uma empresa de design, a peça dourada de 60 centímetros lembra a orelhuda prateada da Champions League. Com um formato de “diamante”, a taça foi elaborada como a “maior joia do Nordeste”. Entre os detalhes, a base lembrando uma bola de futebol, as cores da bandeira pernambucana e o distintivo da entidade no alto. Na visão do blog, bem acima da média dos modelos apresentados nos últimos anos.

Medalhas do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

Seguindo a identidade visual da taça, também foram confeccionadas medalhas douradas e prateadas para o campeão e vice da temporada local, com destaque para a estrela da bandeira. Inicialmente a ideia era homenagear Miguel Arraes, que completaria 100 anos. Com o contrato firmado com a fornecedora de energia durante o Estadual, o troféu acabou entrando na pauta da negociação. Porém, a homenagem ao ex-governador foi mantida, na festa de premiação

O que você achou do troféu do campeonato estadual de 2016?

2006 – Troféu Diario de Pernambuco (Sport)
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport)
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Santa Cruz)
2016 – Troféu Pernambucano Celpe A1 (Náutico, Salgueiro, Sport ou Santa?)

Troféus do Campeonato Pernambucano de 2006 a 2015

A diferença de Arruda e Ilha através dos laudos de engenharia e dos bombeiros

Arruda e Ilha do Retiro via Google Maps

Em 25 de setembro de 2015, o Corpo de Bombeiro emitiu dois atestados de regularidade, um sobre o Arruda e outro sobre a Ilha do Retiro. Em ambos, reduziu a capacidade de público dos estádios. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Com um ano de validade, os documentos seguem em vigor. A diminuição (55 para 50 mil no José do Rego Maciel e 32 para 27 mil no Adelmar da Costa Carvalho) foi aceita pelos clubes, sob protesto. Sete meses depois, ocorreu na sede da FPF uma “reunião de adequação dos estádios pernambucanos”.

Na prática, foi um debate apenas sobre os palcos de Santa Cruz e Sport, com representantes dos clubes, claro, do Ministério Público de Pernambuco, que em novembro passado recomendou a redução dos estádios, dos bombeiros, órgão responsável pela elaboração do documento, e da Vigilância Sanitária. Ajustes já pedidos no laudo em vigor para esta temporada foram reforçados – solução prática: mais saídas para o público, sobretudo nos setores populares. O atual redimensionamento tem validade até 25 de setembro de 2016. No Arruda, cujo alvará indicava 16 de abril, o status reduzido foi mantido.

Sobre a capacidade de público, há um impasse. A atual portaria do Ministério do Esporte, de nº 290, de 27 de outubro de 2015, consolidou os requisitos mínimos para serem contemplados nos laudos técnicos previstos. Resumindo, dá ao laudo de engenharia a voz oficial sobre a capacidade. Não por acaso, ao blog uma fonte informa que as cargas de 55 mil (Arruda) e 32 mil (Ilha) seguem à disposição dos clubes, que vêm evitando os montantes para se resguardarem sobre qualquer imprevisto legal, devido ao parecer dos bombeiros.

Laudo dos Bombeiros sobre o Arruda, com validade em 2016.

Laudo do Corpo de Bombeiros, de 2016, sobre o Arruda. Crédito: FPF/reprodução

Laudo dos Bombeiros sobre a Ilha do Retiro, com validade em 2016.

Laudo do Corpo de Bombeiros, de 2016, sobre a Ilha do Retiro. Crédito: FPF/reprodução

Sem mata-mata, Estadual registra 179 mil torcedores e renda de R$ 2,7 milhões

Pernambucano 2016, 10ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Yuri de Lira/DP

Após 91% dos jogos programados para o Campeonato Pernambucano de 2016, finalmente uma partida passou de 15 mil espectadores. O Clássico das Multidões no Arruda, encerrou o hexagonal do título com um borderô de 16.377 espectadores, somando pagantes e não pagantes. O público ampliou a liderança do Santa Cruz no campeonato das multidões, ainda que a corrida neste ano esteja nivelada por baixo. Tanto que o público coral somando os cinco jogos (49 mil) não lotaria a capacidade atual do Mundão, já reduzida (50.582). Já o Sport, apesar de ter levado menos gente, arrecadou R$ 152 mil a mais que o rival.

Só agora a média geral da competição conseguiu superar a barreira ínfima de 2 mil torcedores por partida – e ainda segue próxima ao patamar da pior média geral, de 2.080 em 1997. Com oito jogos, o mata-mata deve melhorar o índice, mas parece inevitável que o público desta edição seja um dos menores da história, desde que a FPF passou a contabilizar, em 1990.

Considerando apenas os trinta jogos do hexagonal do título, num comparativo entre 2015 e 2016, neste ano a queda no público foi de 37%, num reflexo direto da ausência do subsídio estatal do Todos com a Nota, somada à concorrência da Copa do Nordeste, que vem tendo uma atenção maior torcida. Já em relação à arrecadação bruta de toda a competição, com R$ 2,7 milhões, a FPF já recolheu R$ 220.028, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.

Dados atualizados até 10 de abril, após a 10ª rodada do hexagonal do título.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 49.128 torcedores
Média de 9.825
Taxa de ocupação: 19,42%
Renda: R$ 675.115
Média de R$ 135.023
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913

2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 39.498 torcedores
Média de 7.899
Taxa de ocupação: 28,79%
Renda: R$ 827.843
Média: R$ 165.568
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 10.395 / M: 3.465 

3º) Náutico (5 jogos como mandante, sendo 4 na Arena e 1 no Arruda)
Público: 26.074 torcedores
Média de 5.214 
Taxa de ocupação: 11,14%
Renda: R$ 597.520 
Média de R$ 119.504
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 9.737 / M: 3.245

4º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 20.943 torcedores
Média de 4.188 
Taxa de ocupação: 34,70%
Renda: R$ 62.630 
Média: R$ 12.526 

5º) Central (8 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 17.729 torcedores
Média de 2.216 
Taxa de ocupação: 11,08%
Renda: R$ 339.125 
Média de R$ 42.390 

6º) América (7 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 2 no Arruda e 2 na Ilha*)
Público: 7.236 torcedores
Média de 1.033 

Taxa de ocupação: 3,73%
Renda: R$ 123.130
Média de R$ 17.590
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 83 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 179.987
Média: 2.168 pessoas
Arrecadação: R$ 2.750.353
Média: R$ 33.136
* Foram realizadas 84 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 153.127
Média: 5.104 pessoas
Arrecadação: R$ 2.526.873
Média: R$ 84.229

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Resumo da 10ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 10ª rodada: Salgueiro 0x2 Náutico, Santa Cruz 1x1 Sport e Central 2x1 América. Fotos: George Fernandes/Esp. DP (Cornélio), Antônio Melcop/Santa (Arruda) e facebook.com/americafcpe (Lacerdão)

Semifinais definidas: Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport.

A classificação do hexagonal e o chaveamento do mata-mata não teve surpresa alguma na 10ª e última rodada, com três jogos simultâneos. No Arruda, com 16.377 pessoas, no maior público da competição (ainda baixo), o empate no Clássico das Multidões garantiu ao Tricolor a última vaga. O clube vai em busca do quinto título no atual formato do Pernambucano, sem jamais ter liderado a fase classificatória. No Cornélio de Barros, com 6.011 espectadores, o Náutico voltou a vencer o Salgueiro como visitante após dois anos. Garantiu a liderança, repetindo as campanhas de 2011 a 2014 – falta “mudar” a classificação final. Fechando a rodada, com 360 testemunhas no Lacerdão, o Mequinha até saiu na frente, pois dependia de uma vitória – fora o revés coral no Recife -, mas acabou superado pela Patativa, que conquistou a sua única vitória no hexagonal.

Em 30 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 67 gols, com média de 2,23. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, o zagueiro Ronaldo Alves, do Náutico, lidera com 5 gols.

Santa Cruz 1 x 1 Sport – Um jogo para o gasto. O Tricolor até saiu na frente, mas também ficou satisfeito, assim como o Sport, com apenas seis titulares.

Salgueiro 0 x 2 Náutico – Após a eliminação na Copa do Brasil, o Timbu deu uma resposta rápida à sua torcida, sendo o primeiro a vencer no Sertão.

Central 2 x 1 América – Odair marcou o primeiro gol da tarde, animando o Mequinha, mas faltou futebol para manter o placar contra um time esfacelado.

Destaque – Keno. O atacante coral foi o nome do 1º tempo no Arruda, com muita velocidade. Inclusive no lance do gol, ganhando de Samuel Xavier.

Carcaça – Vinícius Araújo. Escalando como titular, o centroavante leonino perdeu um gol inacreditável, que poderia ter empatado o jogo ainda no 1º tempo.

Tabela das semifinais:
Ida
20/04 (21h45) – Santa Cruz x Náutico (Arruda)
20/04 (16h00) – Sport x Salgueiro (Ilha do Retiro), no feriado de Tiradentes

Volta
24/04 (16h00) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)
24/04 (16h00) – Salgueiro x Sport  (Cornélio de Barros)

Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.

A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2016.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 10 rodadas. Crédito: Superesportes