Atualmente, a Terra tem uma população de sete bilhões de habitantes.
Nota-se que um censo em escala global não seria o trabalho mais fácil do mundo. Por isso, a agência Kantar, uma das líderes do mercado, realizou uma pesquisa com 54 mil pessoas em 39 países.
A partir desses dados, estudou a estrutura do futebol, a partir do seu torcedor, claro.
De cara, a mãe de todas as perguntas… Qual é o time mais popular do mundo?
Flamengo? Mesmo com a projeção mais otimista, de 40 milhões de torcedores no país, o time carioca não chega nem perto do líder. Nem a um décimo, na verdade.
O clube das multidões é o Manchester United, com 659 milhões de fãs.
Repetindo: 659.000.000.
A multidão de 74.800 torcedores a cada partida no mítico estádio Old Trafford transcende bastante a Inglaterra.
O país tem apenas 52 milhões de habitantes, o que corresponde a apenas 7,8%, caso todos os ingleses fossem seguidores do United, o que não acontece, obviamente.
Do total de fãs do United, 498 milhões estão espalhados na África, Ásia e arquipélagos no Oceano Pacífico, segundo os dados publicados pelo jornal The Telegraph (veja aqui).
Na pesquisa, onde era possível indicar mais de um time, a estatística apontou que 1,6 bilhão de pessoas torcem por algum clube de futebol. Daí, uma conclusão intrigante.
O esporte mais popular do mundo só alcança 22% da população?
Mais uma pesquisa polêmica, agora em larga escala…
Título ufanista, mas com uma explicação futebolística. Em um segmento, ponto.
Antes disso, vamos começar pelo topo. Sem surpresa alguma, o campeonato alemão manteve o status de maior média de público entre as principais lugas europeias.
A Bundesliga chegou a 45.116 torcedores por jogo, aumentando em 5,7% o dado da temporada passada. É o único campeonato com média acima de 40 mil pessoas.
Os germânicos passaram à margem da crise econômica que afeta o continente. Nos demais, houve influência, no ritmo das contratações e no público nos estádios.
Inglaterra, Itália e França registraram queda no público, enquanto a Espanha teve um aumento irrisório de 0,8%, segundo o levantamento do Futebol Finance.
É interessante notar que das 16 principais ligas do Velho Mundo quatro terminaram a temporada 2011/2012 com uma média, vejam só, abaixo do Pernambucano.
O Estadual levou 9.133 pessoas por jogo, com um total de 1.260.458 torcedores registrados no borderô, superando Polônia, Romênia, Áustria e Grécia. Esta última vivendo uma turbulência político-econômica sem precedentes em sua história.
Não dá para desconsiderar que os números locais foram turbinados pelo subsídio estatal, uma vez que os ingressos da campanha promocional Todos com a Nota corresponderam a 62,78%, somados aos pagantes (30,85%) e não pagantes (6,36%).
Em relação ao Brasileirão, a média da última edição foi de 14.976. Na Europa, teria ficado em 7º lugar. Desde o início dos pontos corridos, em 2003, a Série A com mais gente nas arquibancadas ocorreu em 2009, com um índice de 17.807.
Para superar essas marcas, a elite nacional depende da conclusão das arenas do Mundial. Em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Porto Alegre etc.
Unfanismo à parte, é preciso melhorar a renda. Este ano, em Pernambuco, o torneio arrecadou R$ 12,3 milhões com bilheteria. Muito? Longe disso. Média de R$ 89.761…
Os 30 anos da Guerra das Malvinas reativaram a rixa entre argentinos e ingleses, envolvidos em uma eterna disputa pelo arquipélago.
O conflito armado ocorreu entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982, nos territórios tomados a força pelo Reino Unido em 1833. A Argentina reclamou a posse dos arquipélagos austrais, mas acabou vencida pela Inglaterra. Saldo da guerra: morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas.
Com a data histórica em voga, o governo da Argentina lançou um vídeo/provocação no seu canal oficial no Youtube. Na primeira peça publicitária, a preparação do atleta argentino Fernando Zylberberg, do hóquei, para a Olimpíada de Londres. No fim, a frase: “Para competir em solo inglês, treinamos em solo argentino”.
Agora, os ingleses, através de uma patrocinadora oficial do English Team, postaram um vídeo com uma resposta pra lá de sutil, com uma academia ensinando a forma “correta” de torcer pela seleção do país. Repare em um certo faxineiro…
As cotas de televisionamento do Campeonato Brasileiro apresentam uma diferança enorme entre os 20 times. O que não é novidade, claro. Vale, portanto, apresentar o modelo da liga nacional mais rica do planeta, a Premier League, da Inglaterra.
Na recém-encerrada temporada 2011/2012, o campeonato inglês rendeu quase um bilhão de libras esterlinas aos clubes. Convertendo, uma soma de R$ 3 bilhões.
No quadro do Futebol Finance, acima, os valores recebidos pelos 20 times da elite britânica, em libras. O sistema é prático: 70% da cota em partes iguais, 15% pela classificação e 15% por audiência, com o mínimo de 10 jogos ao vivo e o máximo de 26.
Neste modelo, o Wolverhampton, rebaixado como lanterna, recebeu 39 milhões de libras, o que corresponde a 64,4% da receita do Manchester City, o campeão.
Em 2012, o Brasileirão marcará o início das supercotas da televisão, com negociações isoladas, clube por clube. O Flamengo terá a maior cota da Série A, de R$ 84 milhões. No lado oposto da tabela, o Náutico, com uma receita de R$ 18 milhões.
Ou seja, o Timbu receberá na competição 21,4% da cota do rubro-negro carioca. O football foi importado em 1894. Quando acontecerá o mesmo com o modelo de gestão?
Atualmente, quase todas as competições profissionais contam com prêmios oficiais para os melhores da temporada. A seleção, o craque, o artilheiro, o gol mais bonito…
Imagine, então, a mesma premiação, mas focada apenas no clube de futebol.
O Chelsea, da Inglaterra, criou o prêmio para o seu “jogador do ano” em 1967, com direito a um troféu exclusivo para o atleta de melhor rendimento.
O clube londrino ainda disputará a final da Liga dos Campeões da Uefa, mas já escolheu o seu vencedor, o meia espanhol Juan Mata, 23 anos. Com direito a um grande festa.
Depois da taça principal foram surgindo os derivados para cada temporada: revelação (1983), melhor jogador em votação do elenco (2006) e gol mais bonito (2007).
Em 2012, o volante brasileiro Ramires foi escolhido pelo time como o craque e também marcou o gol mais bonito (por cobertura, contra o Barça, na semifinal da Champions). Outro brasileiro, o atacante Lucas Piazon, foi a revelação (veja aqui).
Se essa ideia fosse aplicada nos três grandes clubes do Recife, quem teria vencido as categorias melhor jogador, gol mais bonito e revelação em 2011? Candidatos em 2012?
Quem sabe algum time local não lança a ideia no site oficial ou em uma rede social…
O clube que mais se aproximou desse projeto foi o Santa, com o CoralNet (veja aqui).
Pela primeira vez a Fifa irá autorizar em um jogo de futebol as tecnologias escolhidas para a série de testes que visam otimizar a qualidade da arbitragem mundo afora.
Duas empresas criaram programas para a tecnologia da linha do gol (TLG). O sistema será implantado no St Mary’s Stadium, em Southampton, no sul da Inglaterra.
Apesar da capacidade de 32.689 torcedores, o jogo não será da Premier League, até porque o time local só conseguiu o acesso agora. Mas também não será na 2ª divisão…
Na verdade, o jogo em questão é a final da Copa Hampshire, torneio amador, no dia 16 de maio. A decisão será disputada entre Eastleigh FC e AFC Totton, o atual campeão.
O Eastleigh, fundado em 1890, tentará o 4º troféu no tradicional torneio regional criado em 1888. Já o Totton, criado em 1886, tentará o terceiro título.
Os resultados do teste serão divulgados pela Fifa em 2 julho, no assembleia da International Board, entidade que regula as regras do futebol (veja aqui).
As ligas da Suíça, da Alemanha e da Holanda também fizeram solicitações para os testas, vetados por questão de logística, segundo a Fifa.
Custava nada a FPF se oferecer para esses testes… Necessários!
Chelsea x Bayern, a final da Liga dos Campeões da Uefa desta temporada.
Não foi a “final dos sonhos” como muitos esperavam, mas é, sim, uma grande final.
A decisão será em 19 de maio, no Allianz Arena, em Munique. Com capacidade para 66 mil pessoas, o moderno estádio receberá a final do torneio pela primeira vez.
Em duas semifinais emocionantes, o Chelsea despachou o Barcelona, apesar do domínio adversário nos 180 minutos, e o Bayern eliminou o Real Madrid nos pênaltis, após a derrota por 2 x 1 na capital espanhola e a tensa prorrogação sem gols (veja aqui).
Tetracampeão continental, o Bayern disputará a sua 9ª decisão. Em apenas dois anos um time foi campeão jogando a final em seu estádio, como ocorrerá após 28 anos.
Volta olímpica neste contexto, apenas em 1957, com o Real Madrid do craque argentino Di Stéfano diante 124 mil súditos no estádio Santiago Bernabéu, e em 1965, com a Internazionale, apoiada por 85 mil torcedores no Giuseppe Meazza, em Milão.
Vice-campeão da Champions League em 2010, diante da Inter comandada por José Mourinho, o maior clube da Alemanha aniquilou o fantasma no mesmo Santiago Bernabéu de dois anos atrás, contra o mesmo técnico. Agora, vai pela glória.
O Bayern de Munique conta um elenco fortíssimo e competitivo. Em campo, jogadores talentosos, como Robben, Ribéry e Schweinsteiger, além do centroavante Mario Gómez.
Já o Chelsea, que parecia incorporar um papel de coadjuvante, volta a uma final quatro anos após a pioneira oportunidade. Perdeu do Manchester United na ocasião.
O time londrino irá bem desfalcado para a decisão. São quatro suspensos. Entre eles, o capital Terry e o volante brasileiro Ramires, autor de um golaço na semifinal.
Confira a relação completa de campeões europeus clicando aqui.
Segundo a Pluri Consultoria, o valor de mercado dos finalistas é de R$ 1,79 bilhão, sendo R$ 911 milhões para os ingleses e R$ 886 milhões para os alemães.
Falando em dinheiro, o campeão europeu desta temporada ganhará somente em prêmios, somando o cash desde a primeira fase, a bagatela de 31,5 milhões de euros.
Futebol, espetáculo, preparo físico e muito dinheiro… The champions.
Futebol e rock, uma simbiose puramente inglesa. Destrinchar os Beatles neste assunto resulta em uma trilha de inúmeras notas e interpretações…
O ponto de partida é a apresentação de Paul McCartney no Recife neste fim de semana, cinco meses após o show de Ringo Starr. Astros da maior banda de todos os tempos.
Considerando o quarteto, com John Lennon e George Harrison, qual é seria a relação dos meninos de Liverpool com o futebol? O show business deixou espaço para isso?
Até hoje, a resposta é cercada de incertezas, mesmo com a cidade natal da turma do ié-ié-ié sendo uma das mais tradicionais no esporte em toda a Inglaterra.
Entre 1960 e 1970, período do Fab Four, os dois clubes da cidade, Liverpool e Everton, conquistaram quatro títulos nacionais, numa época de domínio esportivo e cultural.
De acordo com o Liverpool Daily Post, Paul McCartney sempre se mostrou bem reservado sobre o assunto, mas teria sido “flagrado” em 1968 na multidão do Everton no estádio de Wembley, em plena final da tradicional Copa da Inglaterra.
O time azul acabou derrotado pelo West Bromwich Albion por 1 x 0. Há pouco tempo, Sir Paul revelou, admitindo ir contra as “regras” das arquibancadas, que gostava tanto do Everton, por causa dos seus pais, quanto do Liverpool, devido ao tom vermelho…
Também é curiosa a linha futebolística de Ringo, que torce pelo londrino Arsenal por causa do padrasto, natural da capital inglesa. Apesar disso, ele também tem simpatia pelo Liverpool. Os seus filhos sempre vão a todos os jogos dos Reds.
Já George e John não eram muito ligados em futebol. O filho de George Harrison, falecido em 2001, é fã do Liverpool, na única dica sobre o pai famoso.
Lennon e o futebol seguem como um mistério, tudo por causa de um desenho do gênio, aos 11 anos. A imagem foi utilizada em 1974 no álbum solo do cantor, Walls and Bridges.
Era um retrato de Arsenal x Newcastle, sobre a final da Copa da Inglaterra de 1952. O desenho foi feito um mês após a partida, vencida pelo Newcastle por 1 x 0.
O tal jogador com a camisa alvinegra de número 9 – o número preferido de Lennon – é Jackie Milburn, autor de 177 gols pelo Newcastle entre 1943 e 1957. Lennon jamais falou sobre a preferência, entre Arsenal ou Newcastle, apesar da obviedade da pintura…
Apesar da rivalidade entre os quatro times acima, o mesmo não ocorria nos Beatles, em relação ao esporte bretão. O forte, em todos os aspectos, era mesmo a música.
Falando nisso, o grupo estava no auge, em 1966, quando tentou visitar um tal de Pelé na concentração da Seleção, então bicampeã, no Mundial da Inglaterra.
E não é que os relatos dão conta de que o chefe da delegação brasileira vetou os Beatles? Teria dito ao empresário da banda: “Isso aqui é futebol, não uma festa”.
No mesmo ano, o futebol “quase” fez o quarteto aumentar. No caso, o não menos carismático George Best, craque do Manchester United, também numa era de sucesso.
A cada passo do boêmio, a mesma histeria coletiva. A imprensa inglesa, agitada desde sempre, acabou dando o apelido de “O Quinto Beatle” ao norte-irlandês, após os três gols marcados no 5 x 1 sobre o Benfica, na Copa dos Campeões. Haja popularidade.
Por mais que os Beatles tenham uma relação discreta com o football, fica claro o convite à banda para um show a cada arquibancada lotada. Não só em Liverpool…
Mesmo com a Fifa teimando em não aceitar a tecnologia no futebol, as grandes empresas avançam num ritmo incrível, desenvolvendo gadgets para o esporte.
A Adidas irá promover a primeira partida smart da história, na qual todos os jogadores utilizarão “uniformes inteligentes”, no duelo entre Chelsea e os melhores da liga dos Estados Unidos, em julho. O próprio Chelsea vem treinando com o sistema.
Até mesmo a pelota contará com recursos tecnológicos. Mas o grande diferencial será mesmo o programa MiCoach para as chuteiras AdiZero, criado em 2011.
Capaz de monitorar a posição e a movimentação de cada jogador, processando os dados em inúmeras estatísticas, em tempo real, para o tablet do treinador…
Distância percorrida, velocidade, velocidade média, sprints, mapa de calor etc. Quase um videogame. Para isso, um sensor cardíaco e um pedômetro (veja aqui).
A chuteira pesa 165 gramas. O sensor pesa 8. O novo sistema conta com um site oficial, o micoach.com, para que usuários comuns se cadastrem e tenham acessos aos dados de outros peladeiros. Quem corre mais no planeta? Quem se desloca mais? E por aí vai.
O futebol está avançando. A Fifa precisa aceitar isso.
Avaliado em 3,3 bilhões de euros, o campeonato inglês é o mais rico do mundo e deverá continuar com status por muitos anos, segundo estudo produzido pela Pluri Consultoria.
Dentro de dez anos, a Premier League deverá chegar a 4,8 bilhões de euros. A atual vantagem sobre o segundo lugar (a liga espanhola) é de 683 milhões.
Em 2011 o número na terra da Rainha chegará a 1,3 bi! Saiba mais no gráfico abaixo.
A espetacular média de público dos ingleses, na imagem acima, só reforça a otimista projeção econômica. Apenas um time apresenta uma taxa de ocupação do estádio inferior a 75%. Ainda assim, o índice geral do Wigan é de 16.812 pessoas a cada jogo.
Esse dado seria superior às médias de 14 dos 20 times do último Brasileirão (veja aqui).
Aí sim, um caso legítimo de média de público somada a um enorme valor de mercado…
No caso do Brasileiro, o valor deverá dobrar. Portanto, fica clara a necessidade de um desempenho seguro na elite nacional nesta década. Recado para os pernambucanos.