Fusão e prestígio

A revista France Football criou o prêmio Bola de Ouro (Ballon d´Or) para o melhor jogador da Europa em 1956. Desde então, o prêmio da publicação francesa (editada em Paris a partir de 1946 e com duas edições por semana) se tornou o mais tradicional do Velho Mundo, mesmo sem uma ligação direta com a Uefa. Desde 1995, jogadores que não nasceram no continente também podem ganhar a honrosa bola.

Bola de Ouro da France France FootballConfira a lista completa com os vencedores da Bola de Ouro clicando AQUI.

Ronaldo (1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho (2005) e Kaká (2007) são os brasileiros que já receberam a bola dourada.

Mas toda essa tradição será reeditada…

Agora, o prêmio passará por uma profunda reforma. Na verdade, um atestado de prestígio à revista. Nesta segunda, a Fifa anunciou a fusão do seu prêmio de “melhor jogador do ano” com a Bola de Ouro (veja AQUI).

No prêmio da Fifa (entre 1991 e 2009), a escolha era feita pelos técnicos e capitães da seleções, enquanto na revista vale a votação da imprensa. A partir de 2010, os três tipos de voto vão decidir a mesma escolha.

Curiosidade: desde que o prêmio da Fifa foi criado, o melhor jogador do ano sempre foi, na verdade, o destaque da seleção campeã mundial.

1994 – Romário (Brasil)
1998 – Zidane (França)
2002 – Ronaldo (Brasil)
2006 – Cannavaro (Itália)

Em tempo: o nome do novo prêmio será “Bola de Ouro Fifa”. Sensato.

Prêmio fantasma

Melhores do mundo: Cannavaro (2006), Messi (2009), Kaká (2007) e Cristiano Ronaldo (2008)

Fim da linha para os craques na Copa do Mundo de 2010 com o status de “melhor do mundo”. O italiano Fabio Cannavaro, o argentino Lionel Messi, o brasileiro Kaká e o português Cristiano Ronaldo, os únicos com esse prêmio, já estão eliminados. Até hoje, desde que o prêmio foi criado pela Fifa em 1991, nunca o melhor do mundo vigente (no caso, Messi) conseguiu ser campeão do mundo no ano seguinte.

Abaixo, o desempenho de todos os jogadores que participaram da Copa com o prêmio de melhor jogador de futebol do planeta (veja a lista dos melhores AQUI).

1994 – Lothar Matthäus (Alemanha, 1991), quartas de final; Roberto Baggio (Itália, 1993), vice-campeão.

1998 – Ronaldo (1996 e 1997), vice; Roberto Baggio (Itália, 1993), quartas de final.

2002 – Ronaldo (1996 e 1997) e Rivaldo (1999), campeões; Zidane (França, 1998 e 2000) e Luís Figo (Portugal, 2001), primeira fase.

2006 – Ronaldo (1996, 1997 e 2002) e Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005), quartas de final; Zidane (França, 1998, 2000 e 2003), vice; Luis Figo (Portugal, 2001), semifinal.

2010 – Cannavaro (Itália, 2006), primeira fase; Kaká (Brasil, 2007) e Lionel Messi (Argentina, 2009), quartas de final; Cristiano Ronaldo (Portugal, 2008), oitavas de final.

Alguns jogadores que receberam o prêmio nunca sequer participaram da Copa. Em 1994, o holandês Marco Van Basten, eleito o melhor do mundo dois anos antes, foi cortado por causa de uma lesão. Em 1998, o liberiano George Weah, africano eleito o melhor em 1995, não conseguiu classificar o seu país para o Mundial. Já Romário, que gnhou o prêmio em 1994, não disputou os Mundiais seguintes.

Quartas de final – Parte III

Um clássico nas quartas de final do Mundial: Laranja Mecânica x Canarinha. O aguardado duelo entre Sneijder e Robben contra Kaká e Robinho está marcado.

BrasilHolandaHolanda x Brasil
Estádio Nelson Mandela
Port Elizabeth, sexta-feira (02/07), às 11h

A partida na África do Sul será o 4º duelo entre as duas seleções na Copa. Até hoje, somente clássicos decisivos. Em 1974, no quadrangular semifinal, a Laranja Mecânica do craque Johan Cruyff venceu por 2 x 0 e foi à decisão. Em 1994, o lateral-esquerdo Branco acertou uma cobrança de falta sensacional, nas quartas de final, cravando o nosso 3 x 2. Em 1998, uma semifinal nos pênaltis… Não lembra? Reveja abaixo.

Em tempo: Dunga estava presente nas vitórias de 94 e 98. Como capitão.

A construção de um favorito

Brasil x Chile; Robinho x ValdíviaComo é de praxe, o Brasil chegou como favorito na Copa de 2010. Algo que sempre ocorre a cada quatro anos, numa análise “macro”, levando em conta todo o Mundial. Em alguns jogos, essa opinião é mais latente, com um favoritismo absoluto. E é inegável que esse é o cenário de Brasil x Chile, nesta segunda.

A Seleção vai encarar um freguezaço histórico em Joanesburgo. Desde 1916 foram 65 jogos, com 46 vitórias da Canarinha e apenas sete de La Roja. A situação é ainda mais favorável sob o comando de Dunga. Foram cinco jogos e cinco goleadas, com 20 gols a favor.

Pronto. Esses são alguns números que mostram a disparidade do confronto. Isso sem falar nas duas vitórias brasileiras em jogos eliminatórios do Mundial (1962 e 1998).

E como esquecer que o Chile terá nada menos que três desfalques no Ellis Park, enquanto o Brasil deverá ter a volta de Kaká e Robinho? O Chile costuma jogar aberto. Mas logo contra uma equipe conhecida pela contundência do contra-ataque?

No domingo, Alemanha e Argentina confirmaram o favoritismo e já estão entre os oito melhores do mundo. Nos últimos quatro anos, o time verde e amarelo só não ficou neste patamar uma vez, em 1990, quando o agora técnico Maradona passou pelo agora treinador Dunga, antes de tocar para o atacante Caniggia, que passou por Taffarel e marcou o gol dos hermanos. Faz tempo, hein? Pois é.

Para o Chile, a missão de vencer todos essas estatísticas. Parece impossível. Até seria, caso o esporte não fosse o futebol…

Os melhores dos melhores

Melhores do mundo: Cannavaro (2006), Messi (2009), Kaká (2007) e Cristiano Ronaldo (2008)

Fim da primeira rodada da Copa do Mundo de 2010. Entre os 736 jogadores que poderiam ser avaliados na África do Sul, escolhi quatro para este post. Todos eles com algo em comum. Pra lá de considerável, diga-se… Os únicos jogadores que já foram eleitos pela Fifa como o “melhor do mundo”.

Fabio Cannavaro (Itália, 2006)

O zagueirão (que na verdade tem apenas 1,75m) falhou no gol do Paraguai, no empate em 1 x 1, pois não subiu com Alcaraz, autor do tento. Cannavarou fez 4 desarmes. Faltas? Apenas uma. Curiosamente, o beque do Real Madrid sofreu duas!

Kaká (Brasil, 2007)

Jogou 78 minutos na estreia da Seleção. Apático e ainda sem confiança, o craque ficou abaixo do que pode render. Porém, até a sua saída, Kaká havia sido o atleta que mais correu em campo, com 8,8 quilômetros. O Brasil depende de Kaká.

Cristiano Ronaldo (Portugal, 2008)

O luso, que não esconde de ninguém o desejo de ser coroado como o melhor novamente, recebeu cartão amarelo, correu e mandou bola na trave da Costa do Marfim. Mas não marcou o seu gol em 2010. Mas mostrou, pelo menos, que está aceso.

Lionel Messi (Argentina, 2009)

A Pulga dos hermanos começou bem a sua campanha como protagonista da Copa. A fera do Barcelona jogou bem e chutou 10 vezes. Em excelente forma física, Lionel foi o jogador que mais finalizou no Mundial até aqui. Ainda não balançou a rede.

Até o fim da Copa do Mundo, qual deles vai recuperar o trono?

Veja a lista completa de vencedores do prêmio de melhor do mundo AQUI.

Segunda tentativa

Diario de Pernambuco: 03/06/2006Diario de Pernambuco: 15/06/2010Finalmente o dia da estreia do Brasil.

Algo a temer?

Só mesmo uma grande pipocada. Uma vitória verde e amarela sobre a Coreia do Norte, a partir das 15h30 desta terça, deve ser a aposta mais fácil da Copa do Mundo de 2010 nesta primeira rodada. Goleada?

Algo até possível, por mais que o discurso seja o de respeito total ao adversário – algo correto, dentro do princípio da desportividade.

No entanto,  Brasil vai pela 8ª vitória seguida em estreias. Como se sabe, a Canarinha é a única seleção que esteve presente em todos os 18 Mundiais anteriores.

O retrospecto é excelente. São 14 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas. A última delas há 76 anos. No domingo, o Diario publicou uma reportagem sobre as curiosidades de todas as estreias do Brasil. Confira a matéria AQUI.

A capa da esquerda do DP é a da estreia em 2010. A da direita foi a de 2006, na primeira tentativa do hexa. Agora vai? Pra frente, Brasil!

Distribuição dos 41 gols marcados pela Seleção em estreias (sofremos apenas 16):

26 na grande área (4 de cabeça)
3 na pequena área (1 de cabeça)
10 de fora da área
2 de pênalti

Seleção Brasileira rumo ao hexa1º tempo
De 0 a 15 min – 2 gols
De 16 a 30 min – 6
De 31 a 45 min – 8
Total: 16 gols (39%)

2º tempo
De 0 a 15 min – 6 gols
De 16 a 30 min – 11
De 31 a 45 min – 6
Total: 23 gols (56%)

O maior artilheiro na estreia é Leônidas da Silva, com 4 gols (1 em 1934 e 3 em 1938).

736 jogadores

Copa do Mundo

A lista final.

Após aguardar o prazo até o início de junho, a Fifa finalmente divulga os nomes de todos os 736 jogadores inscritos pelos 32 países para a Copa do Mundo de 2010.

Antes havia seleção com 30 jogadores pré-convocados, dúvidas por lesões…

Clique AQUI e confira os elencos de todos os participantes do Mundial da África do Sul. Já é possível saber também o número da camisa de cada um.

O atacante Didier Drogba, camisa 11 da Costa do Marfim, e o zagueiro Rio Ferdinand, camisa 5 da Inglaterra, se machucaram nesta sexta-feira e devem ficar de fora da Copa. Somente neste caso será possível realizar alguma troca na lista.

Ou seja… Lista final. Mas nem tanto!

Pak Nam Chol, com a 14 da Coreia do Norte; Radoslav Zabavnik, com a 5 da Eslováquia; Avraam Papadopoulos, com a 5 da Grécia; Mohamadou Idrissou, o 17 de Camarões; e Bastian Schweinsteiger, o camisa 7 da Alemanha… 😯

Os craques já estão aí. Confira!

Foto: Fifa

Uma semana

Dunga

Falta exatamente uma semana.

Mais 7 dias – 168 horas ou 10.080 minutos – e a Copa do Mundo de 2010 finalmente começará. Vem sendo uma espera longa para todo um povo.

Uma espera de 80 anos, desde o primeiro Mundial, no Uruguai.

O continente africano sempre esteve relegado ao segundo plano pela Fifa (não só por ela, diga-se). Em 2006, a candidatura da África do Sul bateu na trave. Para a edição deste ano, a Fifa decidiu: apenas países africanos poderiam se candidatar.

Novamente, a África do Sul se inscreveu. Era a chance. E a chance foi dada.

Trata-se de um país cheio de problemas sociais. Problemas ainda mais graves que os do Brasil. Uma nação pós-apartheid. Com lembranças vivas daquele tempo…

Os planos foram elaborados e executados. Desde o chute do italiano Fabio Grosso, que decidiu a série de pênaltis a favor do tetra da Azzurra na decisão na Alemanha, que o mundo espera um novo espetáculo.

Falta, literalmente, uma semana para a bola rolar (veja a tabela AQUI).

Às 11h da próxima sexta-feira, o país anfitrião abrirá a competição contra o México, diante de 94 mil pessoas no estádio Soccer City, em Joanesburgo.

Neste dia, as duas crianças acima, Mchlekete Letlhake e Fortune Ndolou, vão parar diante da TV. Corrigindo: as duas crianças, Dunga e o resto do mundo. 😎

Conheça a história dos dois meninos AQUI.

Foto: CBF

Camisa 10

Marta, craque da Seleção femininaA numeração nas camisas foi uma novidade na Copa do Mundo de 1950, a primeira realizada no Brasil. Até ali, a confusão imperou nos Mundiais de 1930, 1934 e 1938. Quando os jogadores eram parecidos então…

Com o número no uniforme acabou surgindo a figura do “camisa 10”, potencializada por causa do Rei do Futebol. Abaixo, todos os craques que jogaram com a camisa mais nobre da Seleção Brasileira na Copa.

Com um título, um vice, 14 jogos e 8 gols, pode-se dizer que o pernambucano Rivaldo foi o segundo melhor camisa 10 do Brasil em Copas. Só ficou abaixo do Rei Pelé, tricampeão mundial e com 12 gols marcados.

Desempenho do camisa 10 verde e amarelo: 15 Mundias, 65 jogos (média 4 por competição) e 31 gols (média de 2 por Copa)

1950 – Jair Rosa Pinto (atacante, Palmeiras) – 5 jogos e 1 gol
1954 – Pinga (atacante, Vasco) – 2 jogos e 2 gols
1958 – Pelé (atacante, Santos) – 4 jogos e 6 gols
1962 – Pelé (atacante, Santos) – 2 jogos e 1 gol
1966 – Pelé (atacante, Santos) – 2 jogos e 1 gol
1970 – Pelé (atacante, Santos) – 6 jogos e 4 gols
1974 – Rivellino (meia, Corinthians) – 6 jogos e 3 gols
1978 – Rivellino (meia, Fluminense) – 3 jogos e nenhum gol
1982 – Zico (meia, Flamengo) – 5 jogos e 4 gols
1986 – Zico (meia, Flamengo) – 3 jogos e nenhum gol
1990 – Silas (meia, Sporting de Portugal) – 3 jogos e nenhum gol
1994 – Raí (meia, PSG da França) – 5 jogos e 1 gol
1998 – Rivaldo (meia, Barcelona) – 7 jogos e 3 gols
2002 – Rivaldo (meia, Barcelona) 7 jogos e 5 gols
2006 – Ronaldinho Gaúcho (meia, Barcelona) – 5 jogos e nenhum gol
2010 – Kaká (meia, Real Madrid) – A conferir!

Mama Copa

África amanhecendo...

No Brasil, madrugada de quinta-feira… O relógio aqui ainda marcava 2h10.

Na África, no entanto, já acontecia o primeiro sol nascente para a Seleção Brasileira, mais precisamente às 7h10. Agora, o tom laranja das savanas dita o calendário.

Os 23 comandados de Dunga já estão no país da Copa do Mundo. Será a 19ª participação da Canarinha no Mundial. O time chega com a responsabilidade de manter a tradição do país mais vencedor da história da competição.

Tradição comprovada em recordes, como número de títulos (5), de jogos (92), de vitórias (64), de gols marcados (201) e de saldo de gols (117). 😎

E, sobretudo, pela qualidade técnica. Pela plasticidade do futebol brasileiro ao longo da história, desde 1930. Força que acabou transformando a camisa amarela em sinônimo de bom futebol. Em sinônimo de conquistas. E de respeito.

De Preguinho, em 1930, a Grafite, em 2010. Passando pelos gênios…

A Copa do Mundo de 2010 já começou para a Seleção Brasileira. E para começar a quinta-feira no Recife, um post às 7h10. No clima da África do Sul. Quase.