Santa Cruz volta a vencer e concorrentes tropeçam, ficando a 1 ponto de sair do Z4

Série A 2016, 14ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Eram dois times em crise. O Santa Cruz com cinco derrotas seguidas, afundando no Z4, e o Internacional sem vitória há cinco jogos, saindo do G4. Ambos os lados enxergavam o adversário como um objetivo possível, necessário. Finalmente jogando em casa numa tarde de domingo, após 14 rodadas, o tricolor venceu o embate e se recuperou. Fez 1 x 0 completando uma rodada perfeita. Começou no sábado com o empate sem gols entre Coxa e Botafogo. Seguiu à noite, com o Sport perdendo de virada. Já no domingo, pela manhã, foi a vez do Figueirense ser derrotado. Em São Paulo, o América Mineiro foi goleado. Ou seja, todos os concorrentes diretos tropeçaram.

O Santa foi o único a “andar” no fim de semana, chegando a 14 pontos e ficando a apenas 1 da saída da zona de descenso. Isso mesmo. Apesar da série com oito derrotas em nove jogos, o clube ainda se mantém na briga, graças ao ótimo início. Agora, a chance para “recomeçar” na Série A, com uma sequência favorável. No próximo domingo, o América como visitante (com oito pontos, o Coelho deve ser o primeiro rebaixado nesta temporada), e depois o Coritiba em casa. Não dá para se queixar da tabela. Nesse meio tempo, os corais ainda terão o Vasco pela Copa do Brasil (com o dilema de ir ou não à Sul-Americana), mas talvez neste momento o mata-mata sirva de combustível para a equipe, que ao menos vontade demonstrou no Arruda.

Tecnicamente, o time não esteve bem, tampouco o Colorado, com Argel sob justa contestação. O golaço de Keno, no último lance do primeiro tempo, fomentou um jogo de contragolpes na etapa complementar. Nos primeiros quinze minutos, o time criou chances para ampliar, ficando mais precavido depois disso, marcando forte. A bola na trave de Sasha, a dez minutos do fim, foi só mais um susto em uma campanha em busca de dias melhores…

Série A 2016, 14ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Santa Cruz desperdiça chances e perde do Atlético-PR, no segundo revés seguido

Série A 2016, 6ª rodada: Atlético-PR 1 x 0 Santa Cruz. Foto: Gustavo Oliveira/Atlético-PR (atleticoparanaense.com_

O Santa Cruz não fez uma má apresentação. Nem de longe se comparou ao futebol visto no Clássico das Multidões. No primeiro tempo, sem a posse de bola (apenas 36%, segundo o Footstats), esperou o vacilo do Atlético-PR, em busca de espaço para atacar. Ameaçou em duas investidas. Contra a meta de Tiago Cardoso também foram duas finalizações, mas de fora da área. Compacto, jogando bem atrás da linha da bola, o time coral parecia oferecer pouco perigo.

Seguiria assim nos primeiros momentos da etapa complementar, até um corte mal feito na área e uma baita finalização de Deivid, na gaveta. Ao marcar 1 x 0, caberia ao Furacão esperar o adversário – a campanha irregular até o momento e a apresentação deste sábado mostram uma equipe com algumas deficiências técnicas, mas ao menos consciente. Quanto ao Santa, o time desta vez conseguiu propor o jogo, aumentando o seu índice com a bola até o apito final, 43%. Atacou, usando as pontas, como de praxe, e criou duas chances efetivas.

Na principal jogada, Keno – acionado somente após o intervalo – deixou Grafite em plenas condições de empatar. O chute saiu mascado, custando a segunda derrota seguida no Brasileiro. Ainda que tenha o status de melhor ataque, com onze gols, o Santa chegou a 249 minutos em branco, a partir do gol de Arthur contra a Chape, aos 37 do primeiro tempo. Somando tempo regulamentar e acréscimos, foram 58 em Chapecó, 97 no Arruda e 94 na Arena da Baixada. Oscilação natural pelo inevitável desgaste. Logo, é preciso repor com qualidade.

Série A 2016, 6ª rodada: Atlético-PR 1 x 0 Santa Cruz. Foto: Heuler Andrey/Dia Esportivo/Estadão conteúdo

Santa Cruz reestreia na Série A goleando o Vitória, em uma manhã de celebração

Série A 2016, 1ª rodada: Santa Cruz x Vitória. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Foram dois domingos consecutivos levantando taça. No domingo seguinte, celebrando a vitoriosa arrancada, a (re)estreia no Brasileirão. Uma partida aguardada há dez anos. O horário seria incomum, sobretudo no Nordeste, 11h. O povão foi lá com o sol na cabeça, apesar da trégua de algumas nuvens. Em campo, o Santa largou muito bem. Teve como personagem um dos símbolos deste momento, Grafite. Aos 37 anos, abriu o caminho para a goleada por 4 x 1 sobre o Vitória. Marcou duas vezes no primeiro tempo, com muito recurso.

O atacante começou se movimentando pouco, mas bastaria uma chance (e seriam duas). Aos 28, foi lançado, driblou um adversário, colocou a bola entre as pernas de Victor Ramos e concluiu com categoria. Aos 45, cabeceou firme. Ter um atacante com intimidade com o gol é algo básico no futebol. Antes de a bola rolar, o camisa 23 havia estipulado uma meta nesta Série A: 15 gols. Um número respeitável, pois de 2006 a 2015, com 38 rodadas, os artilheiros variaram de 17 a 23 gols. Portanto, o Grafa já começa com ótimo rendimento. Faltam treze.

Quanto ao restante do time, a formação de Milton Mendes segue compacta, ritmada. A ponto de a goleada sair após a saída do craque. Kieza descontou a dez minutos do fim, mas a reação foi imediata, via contragolpes, com o estreante Fernando Gabriel aproveitando o escorregão do zagueiro e Keno convertendo o pênalti sofrido por ele mesmo. Manhã excepcional. Reconhecimento também a Tiago Cardoso, presente (e decisivo) desde a Série D. Agora, fica a expectativa para algum reforço tarimbado para azeitar a campanha. Hoje, a permanência é o primeiro objetivo. Largar com uma vitória tranquila ajuda bastante.

Série A 2016, 1ª rodada: Santa Cruz x Vitória. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Com Arruda lotado, Santa Cruz vence o Náutico e abre boa vantagem na semi

Pernambucano 2016, semifinal: Santa Cruz 3x1 Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Empolgado com a classificação à final do Nordestão e barateando o ingresso para contar com o calor de sua torcida, o Santa fez a festa no Arruda. Era jogo decisivo, clássico, mas a desenvoltura coral foi impressionante, impondo ao Náutico, com doze pontos a mais no hexagonal, um resultado duríssimo no jogo de ida da semifinal, 3 x 1. Como neste ano o saldo de gols é critério de desempate, só uma goleada alvirrubra poderá tirar o Tricolor de sua quinta final local em seis anos. Com 40.140 torcedores presentes, superando todas as expectativas, o time quebrou a estratégia alvirrubra com apenas nove minutos.

Em grande fase, Keno avançou pela ponta esquerda, driblou Joazi e cruzou para Arthur marcar o seu primeiro gol no clube. Abraçou Keno, consciente do papel desempenho pelo atleta mais decisivo do futebol pernambucano neste início de temporada. Em vantagem, o time comandando por Milton Mendes acabou recuando, dando o campo para o adversário. Entretanto, o Timbu não esteve numa noite feliz, errando muitos passes. Quase não finalizou na meta de Tiago Cardoso. Com Renan preso na marcação, foram poucas jogadas verticalizadas.

Pernambucano 2016, semifinal: Santa Cruz 3x1 Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Precavido, o Santa explorava os contragolpes, com Grafite trabalhando muito bem a bola. No intervalo, Dal Pozzo apostou na entrada de Esquerdinha no lugar de Gil Mineiro, perdido no meio. De fato, era preciso melhorar a saída de bola. Mas, outra vez, deu nem tempo de aplicar a nova formação. Aos nove minutos, o Tricolor ampliou após escanteio. Em noite iluminada, Arthur cabeceou de novo, também batendo na trave antes de entrar. Dominando o jogo e bem postado, com Uillian Correia firme na contenção, o Santa mantinha o ritmo.

Aos 24, quatro corais em velocidade contra dois alvirrubros. A bola chegou em Tiago Costa, que bateu de fora da área, no cantinho de Júlio César – também o seu primeiro tento no torneio. Foi a senha para muitos alvirrubros deixarem o Arruda, ao som de “Adeus, Náutico!”. Com tamanha vantagem, Milton se deu ao luxo de poupar Grafa (aplaudido), substituído por Wallyson. A goleada parecia certa, com o mandante ainda acertando a trave, mas no fim o Náutico ganhou sobrevida. Num chute de Joazi, desviado na zaga, o gol de honra para deixar a semifinal aberta. Ainda que a vantagem coral seja considerável…

Pernambucano 2016, semifinal: Santa Cruz 3x1 Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Santa quebra a invencibilidade do Bahia e vai à final do Nordestão pela primeira vez

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

O Santa Cruz voltou a se agigantar na Fonte Nova. Repetindo o feito na Segundona, quando arrancou para o acesso, os corais conquistaram em Salvador a vaga na decisão do Nordestão. Uma campanha inédita na história coral, consolidando um momento vitorioso na história do clube, com quatro títulos estaduais em cinco anos. A vitória por 1 x 0 foi o resultado da confiança após o desempenho no Arruda, quando dominou o Bahia e só não saiu com o resultado positivo por uma infelicidade, num pênalti bobo nos minutos finais.

Aquele prêmio ao Baêa manteve uma invencibilidade que já capengava desde as quartas de final, quando se classificou com o adversário mandando três bolas na trave. Contra o Santa, não. Na décima apresentação baiana na Lampions, a primeira derrota, fatal. Foi o quarto clássico entre os dois times no torneio. Ao Santa, com duas derrotas e um empate até então, era preciso vencer. Na prática, as contas com empates eram inglórias.

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Bahia/site oficial

Daí, a formação coral, extremamente aberta no início da partida. Wallyson substituiu o suspenso Lelê no meio, ambos atacantes. Time exposto? Sim, mas focado no objetivo, consciente das apresentações irregulares do Bahia. O mandante até começou apertando a saída de bola, com os pernambucanos tendo dificuldades para passar da meio do meio-campo, mas a partir de uma sucessão de erros baianos a tarde de domingo virou.

Começou com um recuo sem força, seguiu com um domínio sem jeito e terminou numa saída errada do goleiro. Nos três lances, a atenção total de Grafite, que se aproveitou e mandou para as redes, obtendo a vantagem necessária aos onze minutos. Impôs ao rival um nervosismo visível – o Brocador escapou de ser expulso ainda na primeiro etapa. Em um segundo tempo mais nervoso, com chances claras dos dois lados, os corais mostraram o mesmo copeirismo visto no Castelão contra o Ceará, também com um triunfo. Algo mais que necessário para levantar a inédita orelhuda dourada. 

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Bahia/site oficial

Santa domina o Bahia, mas cede empate no fim e terá que se superar em Salvador

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

O Santa jogou bem melhor que o Bahia, abrindo a semifinal do Nordestão. Levou um gol no começo, mas se impôs para virar, na velocidade e na técnica. Finalizou bastante, tentando ampliar, mas acabou penalizado, literalmente, no fim. Empate em 2 x 2 no Arruda, obrigando o time a se superar na Fonte Nova, diante do ainda invicto rival – nada que o povão não tinha visto na última Série B. A torcida, com a presença decepcionante de 12 mil espectadores, saiu encharcada pelo toró, mas condicionada a manter a confiança até domingo. No campo, o time deu essa esperança, com intensidade em jogadas pelas pontas, sobretudo com Keno, e uma marcação consistente, travando o adversário, que mal conseguia sair jogando, arriscando ligações diretas para Hernane Brocador.

A isso se deve a formação. Milton Mendes escalou o Santa sem surpresa, com Lelê no meio, com um trio ofensivo. Idem no lado baiano, mas sem toque de bola. Menos participativo, o ataque visitante teria que jogar no erro adversário, e do árbitro. Num contragolpe aos 19 minutos, com os corais reclamando uma falta não marcada em Allan Vieira, o lance seguiu num chute cruzado, defesa de Tiago Cardoso e rebote do Broca. Após 34 dias parado, o centroavante marcou duas vezes em dois jogos. No ano, são dez tentos em nove partidas. Tem faro.

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

De cabeça erguida, o time coral permaneceu no campo adversário. Pouco depois, teve um gol (corretamente) anulado – sinal de que Lomba teria trabalho (e foi bem). Com 67% de posse, seguiu assim até os 44. Numa baita jogada, Keno passou por dois e bateu da quina da área, no cantinho, chegando a sete gols na temporada. Igualou sua melhor marca, de 2013. No intervalo, o recado foi claro: manter o ritmo, pois o Bahia não reagia. Após duas chances, a virada veio com Grafite, que tirou a inhaca de sete jogos, após uma rápida infiltração. 

Exausto, Keno seria substituído por Daniel Costa, que, sem surpresa, diminuiu a rotação. Porém, sem comprometer. Sem chegar com perigo uma vez sequer, o Baêa conseguiu o empate aos 37. Vacilo de Wellinton Cézar, com a mão na bola num bololô após o escanteio. Pênalti, cobrado e convertido pelo ex-coral Luisinho. A vantagem do empate praticamente sumiu. Pior, Milton terá que repor a vaga de Lelê, expulso. Opções? Leandrinho, Daniel e Léo Moura. Ou uma nova improvisação ou um novo esquema. Tem três dias para decidir, com a confiança depositada pela torcida para ir à final da Lampions…

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

Santa Cruz vence o Ceará no Castelão e vai pela 3ª vez à semifinal da Lampions

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Ceará 0x1 Santa Cruz. Foto: LC Moreira/Estadão conteúdo

O Santa Cruz conquistou uma heroica classificação no Castelão. Depois de salvar a bola na linha duas vezes, com Danny Morais, e até um pênalti, com Tiago Cardoso, a Cobra Coral deu o bote no finzinho, com Wallyson aproveitando uma das poucas oportunidades na partida para mandar para as redes e decretar a vitória por 1 x 0. Após cambalear na primeira fase, resultando até na troca de treinador, o time mostrou raça para eliminar o atual campeão e chegar à semifinal da Copa do Nordeste pela terceira vez (2002, 2014 e 2016).

Estreante do dia, Milton Mendes fez mudanças pontuais, mas organizou o time para uma atuação bem específica, que se adaptou durante o jogo, tamanha a falta de criatividade do adversário. O Ceará foi um time de uma nota só, alçando bolas na área sem parar. Somente no primeiro tempo o scout apontou 18 x 6 em tentativas, nenhuma com sucesso. Além disso, tinha a posse de bola, e isso incomodou o novo comandante tricolor. Jogar na defesa, tendo 40% de posse, significava chamar o alvinegro para um bombardeiro. Mas quase não ocorreu.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Ceará 0x1 Santa Cruz. Foto: LC Moreira/Futura Press/Folhapress

O “quase” se aplica uma faixa de cinco minutos, a partir dos 25 do segundo tempo, quando Allan Vieira derrubou Roni na grande área. Tiago Cardoso fez uma defesa monstruosa, defendendo a 5ª penalidade pelo clube. Na sequência, mais duas ótimas defesas na base do abafa, lances que deram confiança ao time e à torcida, tamanha dedicação em campo. A situação só começou a ser acalmar quando Rafael Costa, que desperdiçara o pênalti, perdeu a cabeça e foi expulso. Àquela altura, o Santa esperava uma brecha para o contragolpe

Com um a mais, bem postado na defesa – João Paulo se doou bastante na marcação – e diante de um time sem variação de jogadas, o Tricolor encaminhou a vaga, decidida aos 42 minutos, no lance puxado por Wallyson – mudança oportuna no intervalo, substituindo Bruno Moraes, que vinha brigando com a bola. Para chegar a uma inédita decisão, os corais terão pela frente o Bahia, tradicional rival, já com dois jogos na primeira fase, ambos vencidos pelos tricolores de Salvador. Agora, o ambiente no Arruda está ascendente, o que parecia improvável nesta campanha. Enfim, com a cara do Santa.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Ceará 0x1 Santa Cruz. Foto: Christian Alekson/CearaSC.com

Podcast 45 (229º) – Análise da vitória do Santa e da derrota do Sport no Nordestão

O placar a favor dos mandantes foi o mesmo, mas com sentimentos bem distintos para os pernambucanos. No Arruda, nos descontos, o Santa virou sobre o Ceará e conquistou a vantagem para a volta das quartas do Nordestão, domingo, no Castelão. No 45 minutos, analisamos a postura tricolor, ainda sob comando interino – qual será a importância de Milton Mendes em Fortaleza? Na sequência, outro 2 x 1, com o CRB superando o Sport no Rei Pelé. Nem a estreia de DS87 foi suficiente, pois o time caiu bastante no segundo tempo. Quais os caminhos para reverter o quadro na Ilha, no sábado? Debate longo.

Neste podcast, com 1h13, estive ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Goleada coral em 45 minutos na Arena

Série B 2014, 27ª rodada: Santa Cruz 3x0 Boa Esporte. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A irregularidade técnica do Santa Cruz era o maior temor diante de um time ascendente na segundona como o Boa Esporte. Firme na disputa, o time mineiro iniciou a rodada seis pontos abaixo da zona de classificação, numa diferença bem menor que os treze pontos dos corais em relação ao G4.

Portanto, entrar em campo atento e evitando ao máximo o desperdício de oportunidades era o mantra de Oliveira Canindé, um tanto empolgado com a sua aparição na Arena Pernambuco, ocupada por 11.055 tricolores nesta sexta.

A peleja foi a primeiro da série de quatro jogos agendados para o local com mando do Santo. Um palco que vem dando sorte ao Tricolor, ainda invicto, com três vitórias e um empate.

Por sinal, na véspera o treinador chegou a fazer seguinte comparação entre o estádio em São Lourenço e o Arruda: Ferrari x Fusca. Jogando em velocidade – não confunda com a tal comparação -, o Tricolor passeou.

Fez 3 x 0 no primeiro tempo, com Wescley, após boa jogada de Keno pela esquerda, Danilo Pires concluindo um longo lançamento e Léo Gamalho de pênalti. Jogou fácil, mas não criou uma dúzia de oportunidades. Contudo, as chances criadas foram convertidas.

Eficiência é isso, algo que faltou bastante nesta campanha, com a Série B já afunilada, com o acesso quase irreal. No segundo tempo, o time pernambucano puxou o freio de mão e segurou o adversário, situação que poderia ter sido feitoa inúmeras vezes nesta competição… Daí, a irregularidade. Hoje foi o lado bom.

Série B 2014, 27ª rodada: Santa Cruz 3x0 Boa Esporte. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Ataque coral funciona plenamente contra o Oeste

Série B 2014, 25ª rodada: Santa Cruz 3x0 Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Antes da Copa do Mundo de 2014, Léo Gamalho passou um bom tempo sendo pressionado pela torcida do Santa Cruz. Também pudera. O dono da camisa 9, artilheiro do Estadual, passou em branco nas dez primeira rodadas da Série B.

Com a pausa o Mundial, o atacante retomou o fôlego e a confiança.

Nos catorze jogos disputados desde então, marcou oito gols na segundona. Dois deles na noite desta terça, na tranquila vitória sobre o Oeste, num Arruda esvaziado, com apenas 6.477 espectadores.

O tropeço diante do Icasa, no sábado, custou uma maior presença coral para a estreia do técnico Oliveira Canindé. Quem foi, não se arrependeu.

A goleada por 3 x 0 foi construída, de certa forma, pelas laterais. No primeiro tempo, com o jogo todo no lado direito, com a intensidade de Tony e Danilo Pires, uma dessas jogadas resultou num cruzamento para o centroavante, que dominou a bola e mandou para as redes.

Na etapa final, ele cobrou bem a penalidade sofrida por Tiago Costa, este voltando aos poucos à lateral esquerda. Com o jogo totalmente controlado, o Santa passou a tocar mais a bola, sem pressa para atacar.

Só iria acelerar caso encontrasse espaço. Keno nem encontrou tanto espaço assim, mas conseguiu emendar um belo chute cruzado, definido a noite.

Gamalho e Keno deixaram o caminho “menos longe”, com 10 pontos até o G4.

Série B 2014, 25ª rodada: Santa Cruz 3x0 Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press