Bastante desfalcado, o Náutico esbarra no Paysandu na Arena Pernambuco

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

Após cinco jogos em casa, nesta Série B, o Náutico saiu sem a vitória pela primeira vez. Teve que se contentar com o 1 x 1 com o Paysandu. O confronto (direto pelo G4) marcou a abertura da oitava rodada, mas, desde já, se sabe que o Timbu terminará a semana na zona de classificação, devido à gordura acumulada. É verdade que o apito final trouxe um misto de vaias e aplausos entre os 6.390 torcedores presentes na Arena Pernambuco, mas o placar pode ser considerável aceitável, hoje. Pela limitação técnica imposta pelos desfalques, entre lesões (Ronaldo Alves e William Magrão) e suspensões (Marino e Douglas), e pelo rendimento ascendente do adversário.

O Papão havia largado com duas derrotas, ambas por 1 x 0. Da vice-lanterna, o time paraense engatou uma série de cinco vitórias consecutivas e subiu ao 3º lugar. Sob o comando do pernambucano Dado Cavalcanti, e tendo o versátil Yago Pikachu como destaque, o time veio de Belém em busca do resultado.

Com o conhecido volume de jogo nos primeiros 15 minutos, o Alvirrubro logo balançou as redes, com a boa jogada de Hiltinho pela esquerda, seguida de um cruzamento rasteiro para Carmona finalizar – um gol importante para retomar a forma do meia. Na segunda etapa, porém, o visitante ajustou a marcação e deu trabalho. O empate veio com Pikachu, de falta, chegando a 53 gols na carreira, mesmo sendo um lateral de 23 anos. A partir daí, a partida ficou franca, com as duas equipes cercando a vitória, com gás. Não por acaso, ambas estão no G4.

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

A 7ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

A liderança da Série B foi mantida pelo Botafogo ainda na terça-feira, vencendo o Oeste fora de casa. Somente a vitória deixaria o Timbu na cola. No Serra Dourada, não chegou nem perto disso. O Náutico perdeu do Atlético-GO por 2 x 0, pondo fim à sua melhor arrancada na Segundona. Queimou um pouco a gordura acumulada e ainda tem dois pontos de vantagem.

Enquanto isso, com menos de quatro mil torcedores no Arruda, o Santa Cruz ficou no empate sem gols com o Boa Esporte,  segundo tropeço seguido como mandante. Terminou a rodada no Z4, um ponto atrás do 16º lugar. E na próxima semana terá outro “confronto direito”…

No G4, um carioca, um pernambucano, um paraense e um maranhense.

A 8ª rodada dos representantes pernambucanos
16/06 (19h30) – Náutico x Paysandu (Arena Pernambuco)
20/06 (16h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)

Náutico perde a invencibilidade na Série B em tarde apática no Serra Dourada

Série B 2015, 7ª rodada: Atlético-GO 2x0 Náutico. Foto: Fábio Marques/Atlético-GO/Facebook

A invencibilidade do Náutico caiu na Segundona. Após sete rodadas, o Timbu terminou um jogo sem pontuar. E no Serra Dourada, com 1.108 testemunhas, não fez por merecer. Diante do frágil Atlético-GO, então na vice-lanterna, os pernambucanos cederam espaço nas laterais, sem contar a pouca eficácia no ataque. A derrota por 2 x 0 não tirou o time do G4, ainda com dois pontos de vantagem sobre o 5º colocado (16 x 14). Contudo, apertou um pouco a situação, o que era esperado mais cedo ou mais tarde, tamanho o equilíbrio no torneio.

Em Goiânia, o encaixe tático formado por Lisca se desfez rapidamente, sentindo a falta de três peças. Pior ainda foi ficar em desvantagem tão cedo. Aos cinco minutos, os atleticanos marcaram usando o ponto fraco do Alvirrubro, uma queixa do próprio Lisca. Numa bola alçada na área, Fabiano Eller e Diego deixaram o atacante Juninho livre no meio. Ele só teve o trabalho de desviar a bola para as redes de Júlio César. Até ali, o time sofrera apenas dois gols na Série B, mas ainda assim havia a preocupação na jogada. Dito e feito.

No outro extremo, Rogerinho pouco fez. Não só ele, claro, mas neste caso trata-se da cota de teimosia do treinador, como Émerson Santos no Santa, através de Ricardinho, e Mike no Sport, com Eduardo Batista. O “atacante tático” teve a grande chance pernambucana no sábado, quando o placar já apontava 2 x 0, no segundo tempo. Dentro da pequena área, recuou para o veterano Márcio. Em casa, diante da tevê, a torcida viu mais um motivo para cobrar mudanças no setor ofensivo, que carece de reforços para uma duradoura campanha.

Série B 2015, 7ª rodada: Atlético-GO 2x0 Náutico. Foto: Fábio Marques/Atlético-GO/Facebook

A 6ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

Impossível na Série B, o Náutico só não lidera a competição, apesar do aproveitamento de quase 89% após seis rodadas, porque o Botafogo tem um saldo de gols melhor (10 x 7). Ainda assim, a vitória alvirrubra sobre o América Mineiro, 2 x 1, deixou o time com quatro pontos de vantagem sobre o 5º colocado, já dando uma margem de segurança no G4. Enquanto isso, lá embaixo, o Santa Cruz conseguiu respirar, após o suado empate em 2 x 2 com o Luverdense. O complemento da rodada, na noite de sábado, deixou o Tricolor em 16º lugar, fora do Z4 devido ao número de gols marcados. Agora, enfim, deve ter uma sequência de partidas no Mundão.

No G4, dois cariocas (incluindo o líder), um pernambucano e um baiano.

A 7ª rodada dos representantes pernambucanos
12/06 (21h50) – Santa Cruz x Boa Esporte (Arruda)
13/06 (16h30) – Atlético-GO x Náutico (Serra Dourada)

Náutico vence o América-MG e estabelece a sua maior arrancada na Série B

Série B 2015, 6ª rodada: Náutico x América-MG. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Ao vencer o América-MG por 2 x 1, numa instigada Arena Pernambuco, o Náutico chegou a uma sequência impressionante na Série B, com cinco vitórias e um empate nas seis primeiras rodadas. E a marca vai além. Essa série invicta já se tornou a melhor arrancada da história do Alvirrubro na segunda divisão nacional, com 17 participações desde a pioneira edição em 1971. Com o resultado positivo diante do Coelho, o clube superou a marca de 2001.

Até a noite desta sexta-feira, as duas campanhas estavam empatadas, com quatro vitórias e um empate. Aquela largada só parou num revés para o Sergipe, 5 x 0, fora de casa. Não houve apagão desta vez. Houve, sim, a manutenção, de um futebol de muita disposição e obediência tática. Diego abriu o placar no primeiro tempo, com o mandante até cedendo o empate, após belíssima jogada mineira. Porém, um gol de pênalti aos 29 minutos da etapa complementar valeu pelo volume de jogo imposto. Como há três dias, Hiltinho foi derrubado na área. O batedor de praxe, Ronaldo Alves, passou a vez, machucado. Coube a valorizado Douglas bater com muita vontade, refletindo todo o time de Lisca.

A esta estatística pra lá de positiva, vale uma observação sobre o histórico vermelho e branco. Em 1981, o Náutico obteve a sua maior sequência invicta na Segundona, com onze jogos! Foram cinco vitórias e seis empates, sendo três vitórias e três empates nas seis primeiras rodadas. Como uma campanha assim não terminou em título? Porque no confuso regulamento da época, havia o acesso à elite no mesmo ano, e o Náutico, com essa campanha disputou, claro, a elite a partir da segunda fase. Enquanto isso, os “eliminados” seguiram na segunda divisão até a “final”, numa fórmula adotada de 1980 a 1985.

Série B 2015, 6ª rodada: Náutico x América-MG. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Náutico arranca empate precioso aos 45 minutos do segundo tempo em São Luís

Série B 2015, 4ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Sampaio Corrêa/Site Oficial

Durante a partida em São Luís, o Náutico desperdiçou três chances cara a cara, sendo duas com Bruno Alves e uma com Hiltinho. Quis o destino que o gol saísse numa situação completamente adversa. Aos 45 minutos do segundo tempo, o time já estava no abafa, com direito ao veterano zagueiro Fabiano Eller cruzando (melhor) no lugar de Guilherme pela esquerda. Eis que Douglas foi lançado na área. Cercado por três, dominou a bola de costas para o gol, girou e mandou um canudo, empatando o jogo de seis pontos contra o Sampaio, 1 x 1.

Na comemoração, o atacante pediu “calma”, levando à loucura a timbuzada no Castelão e outros tantos diante da tevê – fato semelhante ao gol contra o Boa Esporte, também longe do Recife. De forma irônica, o gol valeu pelo rendimento no primeiro tempo, quando se mostrou bem armado. O Sampaio só assustou uma vez (reflexo de Júlio César). Enquanto isso, o visitante ia aproveitando os espaços, mas sem pontaria. No intervalo, Bruno Alves foi categórico: “Foi uma chance clara, mas dei um passo a mais. Mas o time está bem postado”.

Ex-Náutico, o zagueiro Edivânio – que poderia ter sido expulso na primeira etapa – quase pôs tudo a perder ao abrir o placar aos 12 minutos, de cabeça. A vantagem era um retrato do domínio da Bolívia Querida, que atuou melhor na volta do intervalo. Na raça e focado na Série B, o time pernambucano lutou até o fim, com o resultado mantendo a invencibilidade e o lugar no G4. A liderança foi deixada de lado apenas pelo saldo, somando os mesmos dez pontos de Bahia e Botafogo. Ou seja, o pontinho no Maranhão valeu demais. A consequência disso será o apoio terça-feira, contra o Ceará, na Arena Pernambuco.

Série B 2015, 4ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: twitter.com/mrrogens

Náutico segura o Flamengo no Maraca e traz vantagem para a Arena Pernambuco

Copa do Brasil 2015, 3ª fase: Flamengo 1x1 Náutico. Foto: ROBERTO FILHO/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO

O Náutico arrancou um bom resultado no Maracanã. O empate em 1 x 1 deixa o time em vantagem para obter a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Flamengo. Sendo prático, já começa “classificado”, com o empate sem gols na volta, na Arena Pernambuco. Entretanto, a partida ainda está longe. Será realizada somente em 22 de julho, após a disputa da Copa América. Até lá, vale manter a pegada para seguir a boa fase, neste misto neste calendário misto com a Série B, onde o Alvirrubro lidera após três rodadas.

No Rio, um confronto de interinos. Jayme de Almeida lá e Levi Gomes cá, substituindo o recém-contratado Cristóvão Borges e o suspenso Lisca. Cobraram como os titulares, exigindo mais pegada. No caso timbu, era a única coisa a se fazer no primeiro tempo, pois teve apenas 35% de posse. Mas a compactação foi digna de elogios (apesar das mudanças forçadas, como Flávio no lugar de Ronaldo Alves), com uma recomposição rápida. Ainda assim, o Mengão abriu o placar, com uma dose de sorte. Após o escanteio e a cabeçada no travessão, a bola foi para Wallace, estático. Atento, testou para as redes.

Na volta do intervalo, o jogo caiu de produção. Lisca, digo, Levi Gomes, promoveu uma importante troca aos 21, com a saída de Carmona, sem ritmo, e a entrada de Renato, mais ágil. Afinal, o Fla pouco agredia. A 14 minutos do fim, Douglas recebeu de Marino e bateu no cantinho do goleiro carioca, bem na frente da torcida alvirrubra presente no Maraca. O lance que deixou o Timbu com amplas condições de avançar à quarta fase do torneio e fisgar a cota de R$ 690 mil, que seria essencial para o restante da Segundona…

Copa do Brasil 2015, 3ª fase: Flamengo 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Flamengo/divulgação

Timbu segue 100% após três jogos, a uma vitória da sua melhor largada na Série B

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Três jogos, três vitórias, quatro gols marcados e nenhum gol sofrido. A arrancada do Náutico em 2015, ainda 100%, é a melhor da história do clube na Série B na era dos pontos corridos, fórmula iniciada em 2006.

Após os resultados positivos diante de Luverdense e Boa Esporte, com um golzinho em cada apresentação, o Timbu derrotou com autoridade o Criciúma, adversário de tradição na competição. O placar foi construído em apenas vinte minutos de bola rolando, com muita aplicação tática e vibração.

O centroavante Douglas foi decisivo, marcando o primeiro tento e sofrendo o pênalti convertido pelo zagueiro Ronaldo Alves, 2 x 0. No fim, a comemoração de Lisca “frescando” junto à torcida na Arena Pernambuco, após o apito final. A torcida, empolgada, foi no embalo. Valeu a noite. A explicação da dancinha é bem óbvia: Neto Baiano, ex-rival no Sport, atua na equipe catarinense.

Arrancadas do Alvirrubro na Série B (pontos corridos)
2006 – 2 vitórias e 1 derrota (66%)
2010 – 2 vitórias e 1 empate (77%)
2011 – 1 vitória, 1 empate e 1 derrota (44%)
2014 – 1 vitória e 2 empates (55%)
2015 – 3 vitórias (100%)

Indo além, a melhor largada do clube em toda a história da segunda divisão, desde 1971, ocorreu em 2001, quando bateu Remo (2 x 1), ABC (4 x 0), Ceará (2 x 1) e Nacional (1 x 0), duas vitórias em casa e duas fora. A série 100% terminou apenas na 5ª rodada, no empate em 1 x 1 com o Paysandu.

Logo, em 30 de maio o Timbu enfrentará o Sampaio Corrêa, em São Luís, para igualar o recorde e manter a liderança (ou, no máximo, co-liderança). Para uma equipe que começou o ano tão mal, e que está num processo de reformulação, essa estatística deverá convencer até o torcedor mais desconfiado de que a jornada no Campeonato Brasileiro deste ano pode ser surpreendente…

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

No último lance, o Náutico arranca a vitória em Varginha e entra no G4

Série B 2015, 2ª rodada: Boa Esporte 0x1 Náutico. Foto: Boa Esporte/assessoria/facebook

O Náutico está sendo cirúrgico neste início de Série B. Duas partidas, dois gols marcados e 100%. Na estreia contra o Luverdense, na Arena Pernambuco, um time com cinco caras novas e algumas oportunidades criadas, com o gol anotado por um estreante. Neste sábado, em Varginha, uma equipe um pouco mais entrosada e com muita paciência para sair com o resultado positivo.

Em tese, o empate sem gols já agradava ao Timbu, sobretudo pelo transcorrer da segunda etapa, jogando com um a menos (Patrick Vieira expulso), numa partida amarrada, com aquela “cara” de Segundona. E é justamente neste tipo de jogo que o algo mais vale um lugar na parte de cima na tabela (G4?).

Autor do gol da primeira vitória, Hiltinho também colaborou na segunda, iniciando a jogada para os dois atletas acionados na reta final. Nos descontos, atraiu a marcação de Everton Sena (ex-Santa) e deu um bom passe para Renato, que rolou de lado para Diego completar para o gol vazio. O mérito se estende a Lisca, acertando nas mudanças e na consequente transformação da equipe.

O relógio do árbitro Alexandre Vargas marcava 48 minutos e 37 segundos quando a bola cruzou a linha, 1 x 0. A partir dali, é preciso virar a chave sobre o “senso comum” no Timbu. Tecnicamente, há, sim, a chance de evoluir com as novas peças. Contudo, indo além disso, faltava algo de bastante vigor no futebol, a confiança. Uma hora a sorte vira a seu favor.

Série B 2015, 2ª rodada: Boa Esporte 0x1 Náutico. Foto: Boa Esporte/assessoria/facebook

Um novo Timbu e um novo começo, com vitória sobre o Luverdense na Série B

Série B 2015, 1ª rodada: Náutico 1x0 Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um novo Náutico na abertura da Série B. Após o fiasco no campeonato estadual, seria um tanto óbvia a reformulação da equipe. Com Lisca à frente do processo, o Alvirrubro largou bem no Brasileiro, mesmo com cinco estreias entre os titulares. Os zagueiros Ronaldo Alves e Fabiano Eller – num setor muito carente -, o meia Hiltinho e a dupla de ataque, Rogerinho e Douglas.

E duas caras novas participaram diretamente da vitória sobre o Luverdense. Aos 17 minutos de bola rolando, Douglas deu um passe rasteiro que tirou a zaga mato-grossense de ação, deixando Hiltinho cara a cara com o goleiro. Tentou duas vezes, e na segunda mandou para as redes.

O lance levantou os cinco mil torcedores na Arena Pernambuco, presentes neste sábado na expectativa de dias melhores. Apesar da vitória com o placar apertado, 1 x 0, o Timbu dominou as ações e criou outras oportunidades. No adversário, Ciro, ex-Sport, foi marcado pela torcida e pouco fez na partida.

Claro, ainda falta bastante para uma transição mais rápida na equipe, para uma melhor distribuição em campo. No entanto, na longa caminhada da segunda divisão em 2015, nada melhor que um ambiento tranquilo para trabalhar.

Série B 2015, 1ª rodada: Náutico 1x0 Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press