Um dia antes do 506º capítulo do Clássico dos Clássicos, o centenário confronto pernambucano foi referendado pela Fifa como uma Rivalidade Clássica.
Esperava-se um bom duelo em Rosa e Silva para celebrar este novo status…
O Náutico não perdia nos Aflitos há 29 partidas, quase um ano. Em busca da liderança no Estadual, o Sport lutava contra o tabu, no molho da disputa desta tarde.
Na prática, um jogo insosso. Nada de gols. Foi o único 0 x 0 da rodada, com apenas 47% de bola rolando e 59 faltas, sendo 25 do Sport e 34 do Náutico.
Foi muito, muito fraco o primeiro tempo. A ponto de deixar as duas torcidas apreensivas, especulando sobre o restante da temporada. Tecnicamente falando, claro.
Jogo travado, de pura marcação e pouquíssima criatividade. Eduardo Ramos apagado e Marcelinho Paraíba arriscando alguns chutes de fora da área, só.
Chances de fato, apenas duas. Aos 21 minutos, Magrão espalmou uma cobrança de falta de Jefferson. Logo depois, Elicarlos salvou o Náutico, ao cortar um passe de Renê que deixaria Marcelinho com o gol vazio pela frente.
Em nada lembrava aquele eletrizante clássico de sete gols no primeiro turno.
Mais arrumado na etapa complementar, o Sport procurou pressionar um pouco mais, até porque o time armado por Waldemar Lemos estava infestado de volantes.
A única oportunidade efetiva dos rubro-negros foi aos 27 minutos, numa falta na meia lua. Marcelinho bateu por cima. Ninguém escapou do mal rendimento.
Ainda bem que a equipe enviada pela Fifa filmou o primeiro clássico do ano para o especial da Copa do Mundo. Não ficaria legal o registro em película das vaias das duas torcidas após o apito final de Sandro Meira Ricci.
O jogo deste domingo só não deve ser esquecido porque os dirigentes devem ficar atentos aos elencos em formação para a futura Série A.
O tempo de preparação de alvirrubros e rubro-negros está acabando…
Que os rivais não morram abraçados no fim da temporada. O roteiro todos conhecem.