CRB quebra a invencibilidade do Náutico na Arena, afastando o Timbu do G4

Série B 2016, 15ª rodada: Náutico 1 x 3 CRB. Foto: Léo Lemos/Náutico

Apoiado por uma numerosa e barulhenta torcida alagoana na Arena, o CRB venceu o Náutico com autoridade, 3 x 1, com direito a dois golaços por cobertura. O resultado está longe do acaso, sendo o quinto triunfo como visitante em oito apresentações. O rendimento consistente, no Rei Pelé ou fora dele, deixa o time regateano em 3º lugar, abrindo vantagem no G4. Ensaia um acesso há muito aguardado, tendo como última lembrança o Brasileirão de 1984. Neste sábado, volta a Maceió consciente de que jogou mais futebol que o Timbu.

O alvirrubro pernambucano não chegou perto do domínio exercido quando atua como mandante. Sofreu o primeiro revés em casa ao abusar da ligação direta e ao deixar a defesa desguarnecida, com a zaga sempre adiantada, diante de um adversário com um contragolpe rápido. O CRB abriu o placar aos 28, com Gerson Magrão encobrindo Júlio César. Não foi surpresa, pois o visitante vinha insistindo nas bolas enfiadas. Ainda que o empate tenha saído dez minutos depois, com Rony aproveitando um rebote tosco do goleiro, o jogo estava aberto, perigoso. No segundo tempo, Gallo tentou corrigir os problemas acionando Maylson (para fortalecer o meio-campo, espaçado) e Daniel Morais (para prender a bola no ataque e definir melhor as poucas chances).

Não surtiu muito efeito, com o CRB dominando. Fez o segundo gol com Galdezani, que quase não atuou no Sport, e no fim fechou o placar com Roger Gaúcho, o meia vice-campeão nordestino pelo Campinense. Num lance semelhante ao primeiro gol. Linha burra e conclusão por cima. Permanecendo com 21 pontos, a torcida local viu a zona de classificação se distanciar, de 4 para 6 pontos. E só não ficou pior porque o Ceará conseguiu perder do Tupi. De toda forma, o hiato parece maior ao ser relacionado com o futebol descendente do time, com apenas uma vitória nas últimas sete rodadas…

Série B 2016, 15ª rodada: Náutico 1 x 3 CRB. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com a Ilha pulsando, Sport elimina o CRB

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Williams Aguiar/Sport

A apresentação não foi a de um time com cara de campeão. A atmosfera, sim. Barateando os ingressos e entendendo a importância da pressão das arquibancadas, a direção do Sport teve uma resposta à altura. Esqueça o borderô, que apontou 21 mil espectadores, pois é cada vez mais difícil levar a sério os números em dias de lotação. A Ilha do Retiro estava cheia, pulsando. E como esse cenário fazia falta! Ao time e ao próprio torcedor, que se motiva ao ver os seus a caminho do mesmo lugar, consciente da missão a cumprir.

O jogo seria complicado, mas a tal missão não parecia a mais difícil da história do clube. Vencer o CRB pelo placar mínimo, em casa, é um resultado bem acessível, com todo respeito. Se em Maceió o Leão oscilou com bom futebol no primeiro tempo e apatia no segundo, no Recife a atuação foi “regular” nos noventa minutos, com muita raça e pouca imposição tática. No meio-campo, o volante Rithely, comemorando 250 jogos com a camisa rubro-negra, foi um gigante, desarmando, se movimentando e arriscando passes verticais. Ao seu lado, Serginho destoou demais, o que não virou um grande problema pois o alvirrubro alagoano veio disposto a se defender. Quase não se arriscou.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Enquanto isso, o Sport cansou de fazer ligação direta, mesmo com Diego Souza em campo. Danilo Fernandes saía jogando com um zagueiro (Durval ou Henriquez) e o beque mandava um lançamento, cortado facilmente pela zaga adversária. Não sei exatamente o que Falcão pretende com isso, mas é algo recorrente e sem tanta eficácia. Tocando a bola, a diferença na qualidade técnica poderia aparecer mais. Porém, por mais que tentasse, mal conseguia entrar na área, desperdiçando as poucas chances, através de Vinícius Araújo.

O tempo foi passando e o apoio da torcida ficou ameaçado de virar apreensão. Não chegou a tanto. Aos 28 da segunda etapa, Renê recebeu um ótimo passe de DS87 e definiu a vitória, 1 x 0. A reação do time de Mazola foi mínima, até porque passara o sábado fazendo uma cera miserável, num estilo “copeiro” que quase deu certo. Só restou a bola alçada para Neto Baiano, sem convicção, sem sucesso. Uma Ilha já vibrante festejou o apito final, com a terceira classificação seguida à semifinal do Nordestão, garantindo uma cota acumulada de R$ 1,38 milhão nesta edição. Com a Ilha assim, o Sport vai por mais.

Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Sport 1x0 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com um a menos, Santa Cruz supera o CRB e vence a terceira seguida

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz chegou à terceira vitória consecutiva na Série B. Antes desta arrancada, sob o comando de Marcelo Martelotte, o campeão pernambucano aparecia em 18º lugar, a dez pontos do G4, numa visível crise técnica. Com novas peças e uma injeção de ânimo, antes mesmo da estreia de Grafite, foram nove pontos somados em sequência, fazendo o Tricolor saltar para a 10ª colocação, a seis pontos da almejada zona de classificação à elite.

É verdade que o novo resultado positivo (2 x 1) esteve ameaçadíssimo nesta terça, com 9.708 tricolores apoiando no anel inferior, próximos ao campo, de olho na renovada equipe. Por pouco a defesa coral não comprometeu o triunfo. Aos 2 minutos, Danny Moraes falhou na marcação de Zé Carlos, que subiu livre para cabecear e abrir o placar para o CRB. O time da casa colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, criando oportunidades, mas caberia mesmo ao setor ofensivo se superar, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sacoman. O curioso é que apesar da desvantagem numérica o Santa sufocou o CRB, atuando o segundo tempo quase inteiro dentro do campo alagoano.

Logo na largada da etapa final, o meia João Paulo empatou num belo chute de fora da área, em sua terceira tentativa na noite. O espaço estava aparecendo. Lelê e e Nininho quase viraram o placar, mas o gol saiu com Anderson Aquino, a dez minutos do fim. Um gol para aproximar de vez a Cobra Coral da disputa mais importante. Por acaso, o próximo compromisso é no sábado, no clássico contra o Náutico na Arena Pernambuco. O Timbu deverá ceder 30% dos ingressos. Há alguma dúvida que os corais irão esgotar os 11 mil bilhetes?

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mercado sem freio traz Mancini

Cofre

Com o mercado cada vez mais aquecido, trazer um novo técnico, renomado, para o Sport, não seria a tarefa mais fácil do mundo. O cofre seria aberto, sem pena.

Esta postagem não se refere a José Mourinho, Pep Guardiola ou Felipão.

Mas sim a Vágner Mancini, oficializado como o novo técnico rubro-negro. Por mais que a diretoria leonina evite falar de valores, o contra-cheque do novo técnico tem pelo menos 5 zeros depois do 1. Se é que é “1” mesmo…

Fez as contas aí de quanto seria o valor mínimo? Pois é. Nesses dois dias em uma busca frenética por um técnico, houve proposta apresentada ao clube de até R$ 400 mil…

Que a primeira divisão nacional desta temporada seria a mais cara de todos os tempos, devido às supercotas de televisionamento, ninguém duvidou por um segundo.

Muito menos o Sport, que após a saída de Mazola, a menos de uma semana da estreia, encarou inúmeros telefonemas a técnicos e empresários sondando o novo comandante.

Resta saber, então, se o investimento do Sport irá corresponder nos gramados.

Os últimos trabalhos do ex-jogador Vágner Mancini não empolgam (veja aqui).

Como treinador, Mancini, hoje com 45 anos, surgiu em 2004, com o Paulista de Jundiaí. Vice estadual naquela ano e campeão da Copa do Brasil na temporada seguinte.

Nesse tempo todo, negou algumas propostas do Sport. Estava em alta.

Sem surpresa, ele chega tentando reestruturar a sua carreira, após passagens pífias no Grêmio, Vasco, Santos, Guarani e Cruzeiro…

Mesmo com esse cartaz relutante, o técnico chega a peso de ouro.

Investimento de acordo com o mercado ou com cara de última cartada?

Os corais invadiram a festa e ganharam o presente, a taça

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paivai/ Diario de Pernambucano

Os corais entraram no aniversário alheio e sopraram todas as 107 velinhas…

Após 25 anos, o Santa Cruz é bicampeão pernambucano, de maneira incontestável.

Mais emblemático, impossível.

Como em 1987, o bi aconteceu na casa do maior rival, a Ilha do Retiro, até então preparada para a festa do Sport, neste 13 de maio.

O Santa acabou acrescentando mais uma cor à festa. O branco, tomando uma geral com o grito de “tri-tricolor, tri-tri-tri-tri-tricolor”.

De fato, a comemoração coral ficou completa neste domingo após a eletrizante vitória por 3 x 2. O grito ficou na gargante até os 50 minutos do segundo tempo.

No histórico título de 2011, o Tricolor atuou na base dos contragolpes. Marcou 44 gols e foi letal. Um ano depois, um estilo de jogo diferente, mais solto…

Mas com o mesmo resultado, competitivo, para a felicidade geral do povão.

O triunfo sacramentou o desempenho ofensivo do time nesta temporada, tendo Dênis Marques como principal expoente. Foram 51 gols em 26 jogos.

Apesar das condições financeiras adversas em relação aos dois principais rivais, a Cobra Coral se superou mais uma vez com a força de sua torcida.

Mais uma vez não… Como sempre!

No último Estadual, uma média de 25.838 torcedores no Arruda. Desta vez, o índice foi ainda maior, de 26.642 pessoas a cada apresentação no Mundão. O maior do país.

E assim foi o Santa Cruz versão 2012, com a aplicação tática que é a cara da equipe comandada por Zé Teodoro, que realmente tem o elenco nas mãos.

Tiago Cardoso, Memo, Renatinho e Natan. Bicampeões. Outros se juntaram ao grupo vencedor, como Anderson Pedra, Flávio Caça-Rato e ele, DM9.

O gol na decisão, com categoria, o transformou em artilheiro isolado da competição com 15 gols. Craque. E olhe que o atacante estreou apenas na 8ª rodada…

A verdade é que todo o grupo batalhou, marcando e atacando em velocidade, de forma ordenada. Dos contragolpes ao ataque desde os primeiros instantes, 2011 e 2012.

Ao todo, o bicampeonato teve 52 jogos, com 33 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, com um ótimo aproveitamento de 67,3%. Com esses números, dois troféus…

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paivai/ Diario de Pernambucano

Defesa, meio-campo e ataque no Arruda e para a Ilha

Gramado

Confira um levantamento do blog para os três setores de Santa e Sport na primeira final do Estadual desta temporada, já projetando possíveis mudanças para o jogo de volta.

Defesa
Santa CruzOs defensores corais não tiveram tanto trabalho. Vágner e William Alves cercaram bem Jael e Jheimy, cedendo poucos espaços, até porque o rival chegou pouco lá na frente. Vágner foi o protagonista dos dois principais lances do jogo. No primeiro, perdeu um gol feito, com a meta vazia. Depois, viu Jael se desvencilhar na grande área e quase marcar. Na Ilha, a dupla deverá ter um papel mais efetivo, caso o Sport se apresente com uma proposta mais aberta.

Meio-campo
Santa CruzZé Teodoro surpreendeu ao escalar o Tricolor com dois meias de ligação: Luciano Henrique e Natan. No entanto, ambos estiveram numa tarde pouco inspirada, sobretudo LH, sem fôlego. Natan, bem marcado, encostou pouco no ataque. O desempenho da dupla deve colocar uma dúvida em Zé quanto ao esquema tático para a finalíssima, entre a volta do precavido 3-5-2, o seu preferido, e um time mais ofensivo, em busca da vitória. Na contenção, Pedra virou dúvida.

Ataque
Santa CruzArtilheiro do Estadual, Dênis Marques passou em branco. Recuperado da lesão no pé, DM9 correu bastante, procurando tabelas. Acabou finalizou poucas vezes, de fora de área. Não teve “a” chance. Vale lembrar que sempre que ele fez gol no PE2012, e foram 14, o Santa venceu. O seu companheiro no ataque, Flávio Caça-Rato foi a boa surpresa. Um batalhador. A entrada de Carlinhos Bala na etapa final só mostra que Geilson é uma opção melhor no banco.

Defesa
SportO trio de zagueiros esteve muito bem na partida. Edcarlos, Tobi e Bruno Aguiar foram bem tanto nas bolas altas quanto nos desarmes. Em alguns momentos, faltou atenção, principalmente na marcação e ao tirar a bola da área, o que fez com o Tricolor se aproveitasse dos rebotes. O mais rápido da zaga, Tobi será desfalque certo na Ilha, após o terceiro amarelo. Se Mazola mantiver o esquema, Ailson, pouco aproveitado este ano, deverá completar o 3-5-2.

Meio-campo
SportHamilton e Rivaldo foram dois verdadeiros leões em campo, com uma marcação dura. Em alguns momentos, abusaram das faltas, mas sem deslealdade. A atuação foi contrastada com a ineficiência na criação. Novamente solitário, Marcelinho não recebeu a marcação cerrada de outros Clássicos das Multidões, mas esteve um pouco apático e foi substituído. Segue como peça-chave para o próximo domingo. Pode ganhar a companhia de Marquinhos Paraná.

Ataque
SportO Leão praticamente abdicou do ataque no Arruda. A dupla Jheimy e Jael foi pouco acionada, até mesmo pela falta de peças ofensivas no Sport. Jheimy chegou a tentar buscar o jogo antes de ser substituído. Enquanto isso, Jael, fixo na grande área, teve apenas uma oportunidade. Quase marcou, diga-se. A tendência na Ilha é que o ataque seja mantido, desde que seja mais municiado. Ou então não fará sentido. A bola parada de Marcelinho não foi uma arma dessa vez.

Enfim, conheceremos o campeão pernambucano de 2012

Final do Campeonato Pernambucano de 2012: Sport x Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sport e Santa Cruz vão decidir o título pernambucano pela 22ª vez (veja aqui).

Apesar do campeonato manchado pelo péssimo nível das arbitragens e por jogos sem muita emoção, chegou a hora da verdade, de decidir o vencedor desta temporada.

Atual campeão, o Tricolor de Zé Teodoro busca o bi, feito que não alcança há 25 anos. Curiosamente, diante do mesmo adversário e no mesmo palco da finalíssima, a Ilha.

Enquanto o rival luta pelo 26º troféu, o Leão de Mazola vai pelo 40º título, o que colocaria o time num patamar bem seleto no futebol nacional, no clube dos quarentões.

Ao Rubro-negro, que almeja a revanche pela perda do hexa, a vantagem de dois resultados iguais nesta decisão, tensa desde já. Uma bonificação importante, sobretudo pelo momento que vive a equipe, sem apresentar um bom futebol.

Não que a Cobra Coral esteja jogando o fino. Não está. Mas cresceu nesta reta final. Era mesmo necessário, pois perdeu os dois duelos na fase classificatória.

Portanto, vamos ao capítulo final desse controvertido Campeonato Pernambucano. Os protagonistas serão Marcelinho Paraíba e Dênis Marques, os artilheiros, com 14 gols.

O primeiro ato será no Arruda, no dia 6 de maio. No domingo seguinte, Ilha do Retiro.

A sorte está lançada…

Quem será o campeão pernambucano de 2012?

  • Sport (51%, 1.257 Votes)
  • Santa Cruz (49%, 1.225 Votes)

Total Voters: 2.481

Carregando ... Carregando ...

Final do Campeonato Pernambucano de 2012: Sport x Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sport despacha o Náutico de novo e luta pelo 40º estadual

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Pelo terceiro ano consecutivo, o Sport eliminou o Náutico do Estadual. Em jogo sem muitas emoções, um empate em 0 x 0 neste domingo, na Ilha do Retiro.

O hexa não veio, mas o sonho do 40º título estadual segue vivo. Uma marca importante, pois apenas oito clubes do país chegaram a esta quantidade de taças (veja aqui).

O Rubro-negro, finalista em todas as edições do atual formato do Pernambucano, chega na decisão sem agradar ao seu torcedor. Nesta tarde, apenas 19.026 pessoas.

O troféu de campeão pode salvar o início de ano pouco promissor do Sport, que terá em maio a arrancada de sua principal missão em 2012, o Brasileirão.

Ao contrário dos anos anteriores, o Alvirrubro encarou esta semifinal em baixa. Chegou ao cúmulo de estrear um técnico nesta fase. Chegou ao seu limite técnico.

Como já havia ocorrido na partida anterior, porém, o Náutico foi melhor em campo no primeiro tempo e exigiu boas defesas do goleiro Magrão, apesar do ataque inoperante.

Com o meia Ramón solto, o Timbu procurou agredir. No Sport, um time precavido demais, utilizando a vantagem obtida nos Aflitos. Com três zagueiros e três volantes…

Com a retranca armada, o Leão praticamente abdicou do ataque, com Marcelinho muito isolado. Chance mesmo, apenas uma, com Jheimy. Acabou irritando a torcida.

Somente no primeiro tempo foram sete escanteios para os alvirrubros e nenhum para os rubro-negros, num indicativo sobre a disparidade no clássico até ali.

O centroavante Jael, já visado pelos leoninos pelo suposto excesso extracampo, foi para o jogo no lugar de Jheimy. No seu primeiro lance, um chute de fora da área, aos 38 segundos da etapa complementar. Gideão espalmou.

Teria sido a primeira mudança drástica no domínio em campo? Sim. Mesmo com o jogo amarrado, o Sport cresceu de produção, buscando mais o jogo.

Com a bola passeando mais no campo timbu, o Sport manteve a sua vantagem intacta.

Intacta sim, mas poderia ter sido vazada uma vez, a dez minutos do fim, caso o auxiliar Jossemar Diniz não tivesse assinalado impedimento no gol de Souza…

Na Ilha, uma comemoração contida. A finalíssima também será lá… Festa maior?

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O desenho tático dos técnicos pernambucanos

Desenho dos técnicos Mazola, Gallo, Zé Teodoro e Neco. Arte: Jarbas/Diario de Pernambuco

Semana decisiva para os semifinalistas do Campeonato Pernambucano de 2012.

Os quatro treinadores seguem articulando as formações, defensivas e ofensivas, procurando alguma peça para surpreender o adversário.

Fora o papel psicológico sobre o elenco. Nervos em grau elevado.

Acima, os comandantes nos traços de Jarbas Domingos, do Diario de Pernambuco.

Saiba mais sobre as últimas artimanhas de cada um: Mazola, Gallo, Zé Teodoro e Neco.

O desenho do troféu, obviamente, será para apenas um…

Análise da semifinal 2012 – Sport

Pernambucano 2012: Sport 4 x 3 Náutico. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Desta vez, uma classificação sem sofrimento. No ano passado, o Leão esteve ameaçadíssimo de não participar da semifinal do Pernambucano. Em 2012, apesar da tranquilidade para conquistar a vaga, o time segue sem convencer. E isso preocupa.

Este talvez seja o grande entrave da equipe rubro-negra em busca do 40º título estadual. A folha de R$ 1,2 milhão, bem acima dos rivais, parece não refletir na diferença técnica em campo, até porque o trabalho do técnico Mazola segue contestado desde o início da competição, mesmo invicto nos clássicos. Não há padrão de jogo.

Magrão, Hamilton e Marcelinho Paraíba seguem formando a espinha dorsal da equipe, bastante experiente. A marcação conta ainda com Rivaldo, jogador de muita força. Isso pode ser vital para um time que pode ser campeão empatando quatro jogos…

Destaque
Marcelinho Paraíba irá  completar 37 anos no dia 17 de maio, quatro dias após a final. Apesar da idade, o jogador faz a sua melhor temporada no estado, brigando pela artilharia e articulando bem o time. Os problemas extracampo, porém, aumentaram, comprometendo o ambiente leonino. A diretoria parece estar de mãos atadas.

A aposta
O centroavante Jael ainda não deslanchou na competição, mas pode ser uma peça importante para as partidas decisivas. Seja sofrendo faltas próximas à grande área ou escorando os cruzamentos do camisa 10 do time. Precisa apurar a mira…

Ponto fraco
A defesa, sem dúvida alguma. Contabilizando estadual e Copa do Brasil, o time sofreu 28 gols em 25 partidas, mesmo sem adversários de grande porte nacional. As constantes mudanças no setor, exceto debaixo das traves, deixam a situação ainda mais indefinida.

Campanha
50 pontos (1º lugar)
15 vitórias (quem mais venceu)
5 empates (4º)
2 derrotas (quem menos perdeu)
44 gols marcados (melhor ataque)
22 gols sofridos (3º)

Confira também as análises de Santa Cruz, Salgueiro e Náutico.

Qual é a sua opinião sobre o desempenho do Leão na fase final?