Tomando conta das ladeiras em vermelho e preto

Carnaval do Sport. Fotos: sobreascidades.wordpress.com, Diario de Pernambuco  e Cláudio Maranhão/flickr

O carnaval rubro-negros não tem um bloco oficial na capital pernambucana. Até o início da década de 1990 havia o Leão Dourado. Mas nem por isso o frevo deixa de arrastar uma multidão de torcedores do Sport, com a maior quantidade de blocos espontâneos em Pernambuco.

Os frevos leoninos seguem em alto e bom som nos metais na Ilha, nas ladeiras de Olinda, no Galo da Madrugada e pelo interior do estado, com o maior número de blocos espontâneos. Na arquibancada, a orquestra da Treme-Terra puxa o frevo-de-rua mais famoso do clube, numa composição do maestro Nelson Ferreira, um tricolor, diga-se. A música Cazá Cazá, ainda tocada nas rádios, foi composta a pedido de Eunitônio Edir Pereira em 1955, ano do cinquentenário do Leão. O mesmo Eunitônio compôs o hino oficial anos do clube depois.

Seguindo o tom carnavalesco, há um frevo-canção ainda mais antigo, de 1936, também sob a batuta de Nelson Ferreira, em parceria com Sebastião Lopes, o “Pelo Sport Tudo”, o famoso dos brados. A música ficou conhecida como Moreninha, com vários elementos do carnaval, retrando bem a época.

Entre outros frevos do Sport, Haroldo Praça, autor do gol da vitória rubro-negra sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, é citado no Frevo Nº 1 do Recife, de Antônio Maria, gravado em 1951 pelo Trio de Ouro.

No carnaval, acredite, há espaço até para homenagem a um dirigente após uma conquista emblemática. Com Jarbas Guimarães assumindo a presidência, em 1975 o Sport acabou com o jejum de doze anos. Mereceu um frevo-canção de Rogério de Andrade, “Este ano, nosso time / vai ser mesmo campeão / todo mundo vai cantar e dizer / ninguém segura o Sport não”.

Os blocos
Raça Rubro-negra (Bezerros/1994, terça-feira)
Leão da Barra (Goiana/2000, terça-feira)
Nação Rubro-negra (Pesqueira/2002, sexta-feira)
Rubro-negro de Coração (São José da Coroa Grande/2007, segunda-feira)
Cazá-Cazá (Nazaré da Mata/2008, terça-feira)
Cazá Cazá (Afogados da Ingazeira/2012, domingo)
Bloco do Sport (Condado/2012, terça-feira)
Leões da Mata (Palmares/2013, quinta-feira)
Leões na Folia (Ipojuca/2013, terça-feira)
Torcida do Sport (Bom Jardim, terça-feira)

As músicas

Pelo Sport tudo (Nelson Ferreira e Sebastião Lopes, 1936).

Moreninha que estas dominando
Desacatando agora pelo entrudo (2x)
Chegou a hora de gritares loucamente
Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo!
Vejo no batom dos teus lábios
E no teu cabelo ondulado
As cores que dominam altaneira por morena
Do meu glorioso estado
Moreninha que estas dominando
desacatando agora pelo entrudo (2x)
Chegou a hora de gritares loucamente
Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo!
Ter passado o carnaval
Pra que não te falte a boa sorte
Tira da minha vida e te manter eternamente
Tudo, tudo pelo Sport
Cazá, cazá, cazá, cazá, cazá
A turma é mesmo boa… É mesmo da fuzarca!
Sport! Sport! Sport!

O mais querido (Jovino Falcão, 1974)

Está comprovado
Já foi conferido
Que o mais amado
O mais amado é que é, é que é
É o mais querido
É ele o maior em nosso Estado
Destaca-se do remo ao futebol
É o consagrado campeão do Norte
O mais querido, o mais querido
É o nosso Sport

Ninguém segura o Sport (Rogério Andrade, 1975)

Este ano nosso time
Vai ser mesmo campeão
Todo mundo vai cantar e dizer
Ninguém segura o Sport não
Na Ilha vou ver, hei!
A turma pular, hei!
De alegria quando o time entrar
E mostrar a bola no pé
Meu Sport em ação
Cazá, cazá, cazá
Ninguém segura o Leão

Hino à Treme Terra (Renato Barros, 1979)

Chegando lá na Ilha do Retiro
Ô abre alas que o Sport vai jogar
O rubro-negro, é cor de guerra
É o super sport que estremece a terra
Chegando lá na Ilha do Retiro
Ô abre alas que o Sport vai jogar
O rubro-negro, é cor de guerra
É o super Sport que estremece a terra
Vivendo com o Sport esta emoção
A galera se engrandece muito mais
Quem não fala no Sport é mudo
Cazá, cazá, e pelo Sport tudo!

Pelo Sport Tudo / Moreninha (1936, Nelson Ferreira e Sebastião Lopes)

Cazá Cazá (1955, Nelson Ferreira)

O mar sem fim dos corais no carnaval

Carnaval do Santa Cruz. Fotos: Blog do Santinha, Juna d m-fard junior/divulgação e Diario de Pernambuco

Os blocos Cobra Fumando, no Arruda, e Minha Cobra, em Olinda, levantam a poeira no carnaval. No Tricolor de Capiba e Nelson Ferreira, o frevo-canção e a marcha-exaltação estão na boca do povão muito antes do concreto colossal no José do Rego Maciel. É o imenso carnaval do Santa Cruz.

Em um século de história do frevo, o Santinha teve dois dos maiores compositores do envolvente ritmo pernambucano. Nelson Ferreira (1902 – 1976) e Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (1904 – 1997). O primeiro foi um gênio nos frevos-de-rua, extraindo dos metais a animação total do público, mas sem perder a linha como compositor. Cresceu com o frevo.

No supercampeonato de 1957, Nelson criou um frevo-canção gravado pelo cantor alvirrubro Claudionor Germano. “Vamos cantar com toda emoção / Um, dois, três, quatro, cinco, seis / Saudando a faixa de supercampeão / A que fez jus / O mais querido Santa Cruz / Foram três as vitórias colossais”.

O segundo, com 200 músicas no repertório, foi conselheiro coral em 1948, quando compôs a marcha “O Mais Querido”, decorada no Mundão e famosa da mesma taça de 1957. “Santa Cruz, Santa Cruz , junta mais essa vitória…”.

Irmão de Capiba, Marambá criou “Cobral Coral” em 1959, na voz de Rubens Cristino. “Quando aparece num gramado / O Santa Cruz dando xaxado / O adversário vai cair / Disso não pode fugir / Deixa a fumaça subir”. Bem antes disso tudo, Sebastião Rosendo compôs o mais famoso frevo-canção do clube, de 1942, atendendo um pedido de Aristófanes de Andrade, renomado tricolor. Saiu o frevo “Santa Cruz de Corpo e Alma”.

De corpo e alma ao papa-taças, as canções que apaixonam nas orquestras.

Os blocos
Cobra Fumando (Recife, Arruda/1992, segunda-feira)
Triloucura (Bezerros/2004, segunda-feira)
Minha Cobra (Olinda, Sítio Histórico/2006, segunda-feira)
A Cobra Vai Subir (Afogados da Ingazeira/2008, terça-feira)
Paixão Coral (Pesqueira/2009, segunda-feira)
Naza Coral (Nazaré da Mata/2011, domingo)
Tricolor na Folia (Timbaúba, segunda-feira)

As músicas

Santa Cruz de Corpo e Alma (Sebastião Rosendo, 1942)

Eu sou Santa Cruz
De corpo e alma
E serei sempre de coração
Pois a cobrinha quando entra no gramado
Eu fico todo arrepiado e torço com satisfação (2x)
Sai,sai Timbu
Deixa de prosa,
O seu Leão
Periquito cuidado com lotação
Que matou pássaro preto
Tricolor é tradição

O mais querido (Capiba, 1957)

Santa Cruz, Santa Cruz
Junta mais essa vitória
Santa Cruz, Santa Cruz
Ao te passado de glória
És o querido do povo
O terror do Nordeste
No gramado
Tuas vitórias de hoje
Nos lembram vitórias
Do passado
Clube querido da multidão
Tu és o supercampeão”.

Papa-Taças (João Valença e Raul Valença (década 1970)

Quem é que quando joga
A poeira se levanta
É o Santa, é o Santa
Escreve pelo chão
Faz miséria e não se dobra
É a cobra, é a cobra
É sem favor o maioral
O tricolor, a cobrinha coral
O mais querido timão das massas
Por apelido o papa-taças 

Se tu és tricolor (Capiba, 1990)

Se tu és tricolor
Que Deus te abençoe
Se não és tricolor
Que Deus te perdoe
O Santa tem a fibra
Dos Guararapes
Por tradição
É o mais querido
E sempre será
O clube da multidão

Santa Cruz de Corpo e Alma (1942, Sebastião Rosendo)

Vulcão Tricolor (2007, Maestro Forró). O último dos frevos-de-rua dos clubes.

A folia alvirrubra começa cedinho

Carnaval do Náutico. Fotos: www.nauticonews.com.br, Juna d m-fard junior/divulgaçã

É a torcida mais apressada para o carnaval. Desde cedinho já está acordada, mudando o humor da cidade, fazendo abrir o sorriso alvirrubro a cada esquina.

O domingo é do Timbu Coroado desde 1934, quando os atletas de remo do clube saíram pela Rua da Aurora, onde fica até hoje a garagem do remo timbu. Uma tradição que se mantém viva na base do frevo. O desfile agora ocorre nos Aflitos, com o bloco mais tradicional entre os grandes clubes o estado.

Além do Come e Dorme, frevo-de-rua do compositor coral Nelson Ferreira, que mesmo sem letra alguma se confunde com o próprio hino alvirrubro, os metais levantam a timbuzada com outra composição de Nelson, no frevo-canção Hino do Timbu Coroado, de autoria de Edvaldo Pessoa, Turco e Jair Barroso.

Músicas que ficaram ainda mais populares no rádio, na execução a cada gol alvirrubro, sobretudo na era de ouro do Náutico, no hexacampeonato. Naquela época, aliás, a segunda-feira de carnaval reservava espaço para o desfile do maracatu do Timbu Coroado. Tempos depois, o Náutico teve até um boneco gigante, o Bonzão da Timbucana, sempre presente nos Aflitos nos anos 80. Agora, a ampliação carnavalesca, com a Casa Alvirrubra no Recife Antigo.

Com um repertório superior a 50 versões do frevo-canção, as músicas em homenagem ao clube ficaram ainda mais populares no rádio, na execução a cada gol do time, sobretudo nos anos 1960.

Os blocos
Timbu Coroado (Recife, Aflitos/1934, domingo)
Nação Alvirrubra (Bezerros/2001, segunda-feira)
Alvirrubros em Folia (Pesqueira/2009, segunda-feira)
Timbu Coroado (Limoeiro, sábado)

As músicas

Hino do Timbu Coroado (Nelson Ferreira, década de 1930)

O nosso bloco é mesmo enfezado
É o Timbu, é o Timbu Coroado
Desde cedinho já está acordado
É o Timbu, é o Timbu Coroado
Entre no passo
Que o frevo é de amargar
Pois a turma é muito boa
E no frevo quer entrar
Não queira bancar o tatu
Conheço seu jeito, você é Timbu
Esse negócio de casá, casá, casá
É negócio pra maluco
Pois ninguém quer se amarrar
Timbu sabe isso de cor
Casá pode ser bom, não casá é melhor
N – Á – U – T – I – C – O
Todo mundo vai saber isso de cor

Timbuate (Aldemar Paiva e maestro Luiz Caetano, década de 1950)

Timbu, no céu, no lar
Timbu, meu sol, meu ar
Ene-a-u-tê-i-cê-o
Sou de verdade teu fã
Mais do que ontem
Menos que amanhã (2x)
Timbuate é um sonho
Encantamento
Carnaval, delícia de cores
Movimento
Ene-a-u-tê-i-cê-o
Sou nos esportes teu fã
Sou nos esportes teu fã
Mais do que ontem
Menos que amanhã
Timbu no céu no lar
Timbu, meu sol, meu ar

Timbuzinho (Jorge Gomes, 1964)

Sou timbuzinho
Sou timbuzinho
Gosto do frevo
E gosto de carinho (2x)
As minhas cores são
Encarnado e branco
O Náutico é bicampeão
Nino dá a Nado
Nado a Geraldo
Gol, que sensação 

Papai do Nordeste(Jocemar Ribeiro, 1966)

Ene-a-u-tê-i-cê-o
A garra do leão
Baixou de cotação
O homem do boné
Levou um grande olé
O feitiço, meu amigo, deu azar
Foi cinco a um, na tabuleta o placar
Sou da cidade o tetracampeão
Vou gargalhar, ai, ai, ai
A vitória vai ficar
Para toda geração
Do Nordeste sou o papai

Hino do Timbu Coroado (letra de Edvaldo Pessoa, Turco e Jair Barroso e composição de Nelson Ferreira)

Come e Dorme (1953, Nelson Ferreira)

Recomendação da Fifa vai tirando shows da Arena Pernambuco. E só da Arena…

Time-lapse da Arena Pernambuco. Crédito: Youtube/Arena Pernambuco

Os primeiros grandes shows em 2014, no Recife, já foram confirmados.

12/04 – Roberto Carlos (Arruda)
15/04 – Guns N´Roses (Chevrolet Hall)

Além da agenda próxima, há outro ponto em comum nessas apresentações. O curso comum da negociação deveria ter levado os shows para a Arena Pernambuco, o empreendimento mais moderno do estado para eventos do tipo.

O consórcio do estádio informa que recebeu uma recomendação da Fifa para não realizar eventos no gramado – para evitar o desgaste do piso até o Mundial. Por isso, vem abrigando eventos apenas em sua área externa e no auditório.

A recomendação está em vigor desde janeiro. No entanto, o pedido (seria, na prática, uma exigência?) parece valer apenas no Recife…

Curiosamente, o Castelão, outro palco nordestino para a Copa do Mundo, também receberá um show de Roberto Carlos. O Rei irá cantar em Fortaleza em 5 de abril, uma semana antes da capital pernambucana.

Antes, em 26 de fevereiro, será a vez de Elton John – que também irá à Fonte Nova, quatro dias antes. O palco do inglês possui 17 metros de altura, medindo 24m x 18m e sustentan mais de 50 toneladas, acima das recomendações.

Falando em infraestrutura, a Arena Pernambuco foi concebida para receber até 55 mil pessoas em um show. Até agora, houve apenas um evento do tipo, com um público de 20 mil em agosto de 2013, com Cláudia Leite.

Na ocasião, uma área do campo de aproximadamente dez mil metros quadrados foi coberta com um piso de plástico propileno de alta resistência e proteção ao impacto, justamente para evitar desgastes.

Apesar disso, a recomendação ao local deve vigorar até o final de julho…

O adeus do torcedor infiel de Náutico, Santa e Sport

Reginaldo Rossi em show na Virada Cultural, em São Paulo, no Largo do Arouche, em 2009. Foto: flickr.com/photos/leopinheirofotografo/Reprodução

O rei Reginaldo Rossi se foi e levou embora boa parte do brega.

O artista pernambucano cantou o amor em todas as suas formas, sem qualquer amarra com o puritanismo.

Até mesmo no futebol esse perfil encontrava espaço, gostando de todos, admitindo, como um bêbado em uma mais uma rodada no bar, a infidelidade clubística…

Soube cativar as torcidas nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro, sem arestas, por mais que a casaca fosse virada e remexida.

O boêmio nunca escondeu isso de ninguém.

“Quando o Sport viveu aquela fase boa, aí eu era Sport lá em São Paulo. Aí o Santa Cruz teve uma fase que o Nunes atacava, gol. Aí eu era Santa Cruz. Agora sou Náutico desde criancinha.”

A cada gol, a cada novo sorriso, a camisa mudava de cor.

“Já fui são-paulino por causa do Raí, que ganhava todas, e Fluminense, por causa do Rivelino. Agora sou Sport, Náutico e Santa.” 

Nota-se que não havia amor não correspondido. Havia era amor por demais, Rossi.

Sem meias palavras, o próprio rei resumiu a sua relação com a bola…

“Sou uma prostituta do futebol.”

Aos 69 anos e ainda um infiel incorrigível, o cantor deixou as três grandes torcidas do estado viúvas.

A primeira música internacional da Copa 2014, cantada por um pernambucano

The World is Ours, a música-tema da Copa do Mundo de 2014. Crédito: coca-cola/youtube

Um cantor pernambucano é o intérprete da música oficial da Copa do Mundo de 2014 para o público internacional.

Lenine? Alceu Valença? Não…

Foi David Correy – revelado no programa norte-americano The X Factor – o escolhido para interpretar a música da Coca-Cola para o Mundial.

Acompanhado pelo Monobloco, ele canta “The World is Ours”, o mundo é nosso. Assista abaixo à primeira das duas músicas oficiais em ingês para o torneio, ambas através de patrocinadores do evento.

Saiba mais detalhes sobre David Correy no hotsite.

Em junho, já havia sido lançada a música nacional da companhia para o torneio, com Gaby Amarantos, também em parceria com o Monobloco (veja aqui).

Gramado visualmente intacto na Arena Pernambuco

Retirada do palco do Maior Show do Mundo 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

O primeiro show na Arena Pernambuco durou a noite inteira, com milhares de pessoas no gramado. Na verdade, o público ficou em cima de uma proteção especial. A área de aproximadamente dez mil metros quadrados foi coberta com um piso de plástico propileno de alta resistência e proteção ao impacto.

Para ajudar na manutenção do gramado a curto prazo, o material contém ranhuras, permitindo a ventilação e a fotossíntese. O processo de colocação e retirada do piso especial pode ser feita em aproximadamente um dia.

Retirada do palco do Maior Show do Mundo 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

O “Maior Show do Mundo” começou na noite de sábado acabou quase na manhã de domingo. Neste mesmo dia, à tarde, quase todo o material – usado nos shows do U2 e Madonna no Morumbi – já havia sido desmontado.

Um agrônomo a serviço do consórcio acompanhou todo o processo, monitorando o tratamento de adubação e nutrientes antes e após o evento. Segundo o especialista, o estado do gramado está aprovado, dentro do previsto. Vale lembrar que o parte do palco foi armada na arquibancada, reduzindo a “invasão” no campo. O estado do piso é um ponto a favor para novos shows.

Palco para shows na Arena Pernambuco. Fotos: augustoacioli/instagram e wandersonaraujo10/instagram

Rolling Stones, a pedra definitiva para as turnês internacionais, via arena, via AEG

Rolling Stones na Arena Pernambuco? Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

A concepção da Arena Pernambuco prevê jogos de futebol e shows de grande porte. Com uma estrutura preparada para cobrir o gramado em poucas horas, aumentando o fluxo de pessoas para até 55 mil, entre campo e arquibancadas, a tendência é colocar o estado na rota dos maiores shows do planeta.

Parceira do consórcio, a AEG Live é uma das maiores companhias do mundo na promoção de eventos em grandes arenas. Por isso, o show de abertura, ou o primeiro grande show do estádio, desperta curiosidade há tempos.

Nesta segunda-feira o blog de João Alberto trouxe com exclusividade a informação de que o produtor dos Rolling Stones vem ao Recife negociar a inclusão da cidade na turnê brasileira este ano. Entenda aqui.

As peças se encaixam. A AEG também tem contrato assinado com o novo estádio do Palmeiras, no lugar do Palestra Itália. Em São Paulo, cresce o rumor sobre a presença da banda, cuja agenda deste ano deverá ser desenvolvida, vejam só, pela AEG, em um acordo que agita o show business (veja aqui).

O tal show dos ingleses marcaria a inauguração da arena palestrina, em outubro, deixando a dica sobre a possibilidade da data para um evento aqui. Vale a torcida. De qualquer forma, a informação de uma negociação deste porte mostra o novo patamar de shows em que o Recife está próximo de entrar…

Seedorf, voz e violão, uma estrela solitária

Seedorf no Botafogo

A música “Sittin´on the dock of the bay” foi escrita pelo cantor de soul Otis Redding e pelo guitarrista Steve Cooper. A primeira gravação da canção aconteceu em 1967, poucos dias antes da morte de Otis. O disco, lançado em seguida, foi o primeiro álbum póstumo a ficar no topo das paradas de sucesso.

Composição datada de 1979, o reggae “Redemption Song” foi um dos maiores sucessos do jamaicano Bob Marley. A música foi listada pela revista Rolling Stones como a 66ª melhor da história. Marley faleceu pouco depois, em 1981.

Essas duas músicas estão entre as preferidas do holandês Clarence Seedorf, de 36 anos. Fluente em cinco idiomas, incluindo o português, o meia do Botafogo se arrisca como cantor, em inglês. Com bom desempenho.

Tanto que gravou duas das 16 faixas do álbum Percorsi di Vita, lançado em 2007, quando atuava no Milan. O objetivo foi levantar fundos para um hospital.

Confira Sittin´n the dock of the bay na voz do craque. Já a original, clique aqui.

Agora, a vez do reggae, com Redemption Song. Escute a original aqui.

Como bonus track, Seedorf cantando Redemption Song, de Bob Marley.

Elton John, torcedor fanático por futebol em qualquer lugar. Até no Recife

A paixão de Elton John com o futebol

O londrino Elton John, de 66 anos, já vendeu mais de 450 milhões de discos em quatro décadas de carreira, consagrado como astro da música pop. Nada que mude a aura futebolística do cantor.

No Recife, a um oceano de distância da terra da Rainha, Elton sacudiu a produção local no domingo para conseguir assistir ao duelo entre Manchester United e Chelsea. O jogo válido pelas quartas de final da Copa da Inglaterra aconteceu pela manhã, em Old Trafford.

No seu hotel, de forma incrível, o jogo não foi exibido na televisão. Assim, antecipou a ida ao Chevrolet Hall. Horas antes do show, assistiu ao emocionante empate em 2 x 2, que provocou um replay no duelo, agora na casa dos Blues.

United e Chelsea à parte, Elton torce mesmo é pelo Watford, hoje na segunda divisão. E não é um torcedor qualquer. Ele já foi o dono do clube!

Assumiu o afundado time primeiro como presidente, em 1973. Três anos depois, com o Hornets na quarta divisão, virou o dono. Numa arrancada impressionante sob seu comando, o Watford alcançou a elite em 1983.

Na estreia na primeira divisão, há exatos trinta anos, veio o melhor resultado da história. Com 16 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, o vice-campeonato inglês. Elton venderia o clube em 1987, mas sem abdicar da paixão.

Basta dizer que Sir Elton já realizou três shows no estádio do clube, o acanhado Vicarage Road. O primeiro em 1974, logo após assumir a presidência.

Mesmo com algumas rusgas, como a renúncia ao título de presidente honorário do Watford, o cavaleiro do império britânico fez mais dois shows, em 2005 e 2010, apenas para angariar recursos para o clube…