O status de maior torcida rende ao Flamengo, consequentemente, a maior audiência televisiva, ainda mais pela quantidade de jogos exibidos, em detrimento de equipes locais de tradição. Pela segundo ano seguido, o Ibope apresenta dados sobre as transmissões do clube. O número acumulado de telespectadores em 2015 chegou a 126 milhões. O levantamento considera as quinze principais metrópoles brasileiras, que correspondem a 68 milhões de indivíduos. O escopo inclui três praças nordestinas: Recife, Salvador e Fortaleza. Com 3,9 milhões de habitantes, o Grande Recife aparece apenas em 11º lugar no balanço do Fla, embasando a preferência pelo Trio de Ferro. Abaixo, da capital pernambucana, metrópoles menos populosas como Curitiba (3,3 milhões), Goiânia (2,2 mi), Campinas (2,0 mi) e Florianópolis (1,1 mi).
O maior foco da audiência flamenguista ficou, naturalmente, no Rio de Janeiro, com 37,8% dos telespectadores nas partidas do clube, entre Carioca, Brasileirão e Copa do Brasil. Trata-se da soma de todas as emissoras, na tevê aberta e na tevê paga. O pico ocorreu em 2 de agosto, num Maracanã com 51.749 torcedores e sinal liberado todo o país, incluindo o Rio. Cerca de 6,2 milhões de pessoas assistiram ao empate em 2 x 2 com o Santos.
Voltando ao cenário local, a lista contrasta com a anterior, também divulgada pelo diretor-executivo do instituto, José Colagrossi. Em 2014, o número divulgado pelo Ibope foi o de partidas exibidas, com o Recife em 4º lugar, com 28 jogos, somando Globo e Band. Lembrando que em Pernambuco o maior índice de torcida já alcançado pelo Flamengo foi de 8%, segundo o Plural Pesquisa, em 2011, o que corresponderia a 703 mil pessoas na época.
Nº de telespectadores alcançados nos jogos do Flamengo 2015 – 126,9 milhões 2014 – 134,0 milhões
Audiência do Flamengo nas 15 principais praças 1º) 48,0 milhões – Rio de Janeiro 2º) 8,4 milhões – São Paulo 3º) 7,8 milhões – Brasília 4º) 6,8 milhões – Manaus 5º) 6,7 milhões – Vitória 6º) 5,3 milhões – Salvador 7º) 5,2 milhões – Belém 8º) 5,0 milhões – Fortaleza 9º) 4,4 milhões – Porto Alegre 10º) 3,5 milhões – Belo Horizonte 11º) 3,1 milhões – Recife 12º) 3,0 milhões – Goiânia 13º) 2,7 milhões – Curitiba 14º) 1,6 milhão – Florianópolis 15º) 0,9 milhão – Campinas
Após observações nos jogos pelo país e no exterior e conversas com técnicos, começou o trabalho efetivo de Tite na Seleção Brasileira, com o anúncio dos 23 convocados, incluindo sete campeões olímpicos. A lista visa os confrontos contra Equador (01/09, Quito) e Colômbia (06/09, Manaus), ambos pelas Eliminatórias da Copa 2018. Em seguida, um vídeo com viés nordestino.
Goleiros – Alisson (Roma), Grohe (Grêmio) e Weverton (Atlético-PR) Zagueiros – Gil (Shandong Luneng), Maquinhos (PSG), Miranda (Internazionale), Rodrigo Caio (São Paulo) Laterais – Daniel Alves (Juventus), Fagner (Corinthians, Filipe Luis (Atlético de Madrid), Marcelo (Real Madrid) Meias – Casemiro (Real Madrid), Giuliano (Zenit), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Guangzhou Evergrande), Phelippe Coutinho (Liverpool), Rafael Carioca (Atlético-MG), Renato Augusto (Beijing Guoan), Willian (Chelsea) Atacantes – Gabigol (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras), Neymar (Barcelona), Taison (Shakhtar Donetsk)
À parte da lista, chamou a atenção a resposta de Tite ao ser questionado pelo jornalista Kilmer de Campos, da Rádio Assunção, de Fortaleza, sobre convocações do futebol nordestino. Começou com “busco ser extremamente isento “, sem ter a pretensão de ter um olhar com mais cuidado para um ou outro (centro). No fim, revelou que há um jogador no Nordeste sendo monitorado.
“Já estava aqui relutando, mas não posso falar o nome dele, que todos os técnicos que trabalharam com ele no Nordeste falam bem também. Não vou falar, mas a gente fica acompanhando essa evolução independentemente do local onde esteja.”
Considerando os principais clubes, onde estaria esse nome, no Recife, em Salvador ou em Fortaleza? Em tempo, no século XXI apenas três jogadores foram chamados para a seleção principal atuando em clubes da região…
O fim de semana que encerrou a Olimpíada foi lamentável para os torcedores pernambucanos, que começam a semana numa ressaca esportiva dobrada. No sábado, o Náutico perde na Arena, após 18 dias treinando. À noite, numa má atuação de Magrão, o Sport foi goleado pelo Botafogo. No domingo, foi a vez do Santa Cruz, superado pelo Fluminense, na sétima derrota em casa. O 45 minutos analisou todas as partidas, tanto os sistemas adotados quanto as atuações individuais, já projetando as rodadas seguintes.
Ao todo, somando as três gravações, 64 minutos de podcast… Ouça!
Foram 18 dias de preparação física, técnica e tática. Testes, orientações no posicionamento, correções no sistema de jogo. O trabalho até ocorreu no centro de treinamento Wilson Campos, mas em campo, à vera, foi difícil perceber uma mudança efetiva no Náutico, derrotado em casa pelo Criciúma, 1 x 0. Um resultado frustrante, ainda mais pelos tropeços de Atlético-GO e CRB nesta largada do returno. Uma vitória na Arena Pernambuco teria deixado o time pernambucano a apenas dois pontos do G4 da Segundona
Com o desfalque de Hugo, a criação alvirrubra ficou a cargo de Renan Oliveira, distante dos atacantes. Uma distância “ampliada” pelos passes errados do time durante todo o sábado. Por mais que todos os jogadores de linha tenham o natural papel de marcar, João Ananias ficou sobrecarregado no meio. O próprio Renan não tem intensidade e Bergson é mais correria que visão de jogo.
Enxergando a oportunidade, diante de um adversário desorganizado, os catarinenses nem esperaram muito para se arriscar. Aos 25 minutos, mandaram no travessão, aos 26 balançaram as redes. Enquanto isso, do outro lado, apenas volume de jogo, sendo impossível, entre os 3.024 espectadores, não destacar a falta de um centroavante com um mínimo de qualidade. Falando da (pouca) torcida, alguns alvirrubros, mesmo decepcionados, ficaram no estádio para acompanhar no telão à decisão do torneio olímpico de futebol, já em andamento. Para ver ser o dia terminaria com um mínimo de alegria…
No embalo dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com pleno engajamento da torcida, vamos a um exercício de futurologia. E se o Recife cogitasse uma candidatura aos Jogos Pan-Americanos, emulando a infraestrutura olímpica numa escala menor? Trata-se de um evento com 42 países, com 5,6 mil atletas competindo durante duas semanas. Considerando as principais modalidades, a estrutura já existente e projetos já apresentados oficialmente (em execução ou não), o blog apontou 14 locais com eventos esportivos na região metropolitana.
Localização dos polos esportivos no Grande Recife 1 – Centro Santos Dumont (atletismo, natação, badminton e lutas) 2 – Geraldão (basquete) 3 – Praia de Boa Viagem (vôlei de praia) 4 – Orla do Pina (tênis) 5 – Marco Zero (chegada da maratona) 6 – Rio Capibaribe, na Rua da Aurora (remo e canoagem) 7 – Centro de Convenções (handebol, ginástica, judô, taekwondo e boxe) 8 – Memorial Arcoverde (basebol) 9 – Ilha do Retiro (futebol) 10 – Aflitos (rúgbi) 11 – Arruda (futebol) 12 – Cabanga Iate Clube Maria Farinha (vela) 13 – Caxangá Golf & Country Club (hipismo, golfe e tiro) 14 – Arena PE (futebol e cerimônias), Arena Indoor (vôlei) e vila dos atletas
Lima, a capital peruana, ganhou a eleição para o Pan de 2019, enquanto a sede de 2023 ainda será definida pela Organização Desportiva Pan-Americana, a Odepa. A cidade deve ser anunciada em 2017, mantendo a média de seis anos de preparação para cada cidade. Mesmo menor em relação aos Jogos Olímpicos, o gasto é alto. Em 2007, na última vez em que o Brasil recebeu o torneio intercontinental, o Rio gastou R$ 3,5 bilhões, sendo R$ 330 milhões no Engenhão, o Estádio Olímpico de 2016. O velódromo também saiu caríssimo – este, por não ter nada parecido em Pernambuco, precisaria ser erguido do zero.
Para 2023, sete cidades já demonstraram interesse. São Paulo (sede em 1963), San Juan-PUR (sede em 1979), Mar del Plata-ARG (sede em 1995), Rosário-ARG, Medelín-COL e Porto Alegre. Além do óbvio plano executivo com locais de competição, infraestrutura, centro de imprensa, mobilidade e segurança, cada cidade precisa pagar o custo de inscrição: US$ 50 mil. Encara?
No Recife, vamos às justificavas sobre cada local.
Obs. Com o claro problema no litoral, a maratona aquática precisa ser estudada.
1 – Santos Dumont: Atletismo Apesar de não ter sido utilizado, o Centro Esportivo Santos Dumont chegou a ser inscrito no guia oficial de treinamento Pré-Jogos Olímpicos de 2016. A pista de atletismo, reformada, receberia uma arquibancada na ala leste. Para receber ao menos 15 mil espectadores, precisaria de uma arquibancada móvel. A medida foi adotada pela cidade canasense de Winnipeg, no Pan de 1999.
1 – Santos Dumont: Natação, polo aquático e saltos ornamentais Pelo projeto lançado em 2012, o parque aquático do Santos Dumont receberia boa parte da verba de reforma de todo o complexo. O orçamento total foi calculado em R$ 84.994.736, considerando a requalificação física e estrutural, através do decreto 38.395 no Diário Oficial do Estado. Na divisão, 65,32% do governo do estado e 34,68% do Ministério do Esporte. Ainda não saiu do papel.
1 – Santos Dumont: Badminton, lutas greco-romana/livre e levant. de peso Um enorme galpão com quadras poliesportivas seria construído no projeto de reforma – cujo prazo de conclusão datava no primeiro semestre de 2014. O amplo espaço seria suficiente para esportes de menor apelo popular no Brasil.
2 – Geraldão: Basquete Inaugurado em 1970, o Geraldão passa por sua maior reforma, numa obra de R$ 45,7 milhões e que deveria ter sido concluída em 2014. O equipamento, que já recebeu 19 mil pessoas na Liga Mundial de Vôlei, em 2002, será liberado para 10 mil pessoas, em cadeiras. Entre as novidades, ambiente climatizado, piso com padrão internacional e um telão de última geração. Em caso de inversão com a Arena Indoor, o ginásio poderia receber o vôlei em vez do basquete.
3 – Praia de Boa Viagem – Vôlei de praia A famosa orla recifense recebe torneios nacionais de vôlei de praia há mais de uma década. Abaixo, um exemplo, o Circuito Banco do Brasil em 2013. A estrutura montada atenderia à exigência pan-americana, com quadra central, com mais de dois mil lugares, e três quadras menores, com arquibancadas.
4 – Orla do Pina: Tênis As quatro quadras de tênis no Pina já receberam quatro torneios oficiais de nível “challenger”, em 1992, 1993, 1994 e 2011. O último aconteceu após uma reforma completa das quadras, de R$ 4,1 milhões, incluindo novo piso e troca no sistema de iluminação, com 48 refletores. Na quadra principal foi montada até uma arquibancada com 1.000 lugares e mais 150 no camarote vip. Na ocasião, a disputa contou com 32 tenistas na chave principal.
5 – Marco Zero: Chegada da maratona e fan fest Cartão postal do Recife, o local seria ponto obrigatório para imagens do evento, com a chegada da maratona, cujo trajeto poderia sair da Igreja de Nazaré, em Suape. Além disso, o local, com know-how, poderia abrigar o palco de eventos do Pan, engajando turistas e demais interessados.
6 – Rio Capibaribe: Remo e canoagem Outro cartão postal. O rio é ponto de treino de remo em diversos pontos, como próximo à Ilha do Retiro (remadores do Sport) e na Rua da Aurora (remadores do Náutico). Ás águas calmas e o calçadão da Aurora poderiam harmonizar com a disputa. Outra opção seria levar as provas para o Marco Zero.
7 – Centro de Convenções: Handebol, ginástica, judô, taekwondo e boxe Assim como ocorreu no Pan de Toronto, em 2015, e na Olimpíada do Rio, em 2016, o Centro de Convenções, em Olinda, poderia ser adaptado para receber diversas modalidades com demanda menor de espaço. As alas sul e norte do pavilhão de feiras têm 18.870 metros quadrados e já contam com ar-condicionado. O Cecon ainda tem 5,3 mil m² de área livre, num espaço para praças de alimentação e confraternização. Em 2012, o governo do estado apresentou um projeto de ampliação de R$ 800 milhões, incluindo a construção de um complexo empresarial-hoteleiro. Ainda no papel.
8 – Parque Memorial Arcoverde: Basebol O parque na divisa entre Olinda e Recife foi inaugurado em 1994. Inicialmente, contava com campos de futebol, quadras de tênis e de outras modalidades. Deteriorado, o espaço tem um projeto de repaginação parado. Paralelamente a isso, pode receber um campo de basebol, numa parceria entre a Major League Baseball (MLB), do Estados Unidos, e o governo estadual. A liga busca desenvolver o esporte no país. Resolveria a lacuna no Pan.
9 – Ilha do Retiro: Futebol Ainda que o futebol seja um evento com seleções Sub 20, a popularidade no país poderia causar um interesse acima da média na disputa. Três estádios na capital dariam conta, com a Ilha do Retiro aguardando uma reforma de R$ 750 milhões. Como o Sport não encontrou um parceiro na iniciativa privada, a arena acabou engavetada, mesmo liberada pela Prefeitura do Recife.
10 – Aflitos: Rúgbi Sem mandar jogos em seu estádio de forma regular desde 2013, o Náutico projeta a volta ao Eládio de Barros em 2017. Com dimensões menores e sem grandes perspectivas de modernização, o local poderia receber o torneio de rúgbi. Há algum tempo já vem sendo palco de jogos de futebol americano, num bom indicativo para os aficionados locais sobre uma modalidade semelhante.
11 – Arruda: Futebol A Arena Coral foi lançada em 28 de junho de 2007. Na época, o Santa estipulou o investimento em R$ 190 milhões. Uma década depois, o montante aumentou, ainda sem uma quantia definida. O novo Mundão poderia receber a final ou ao menos a semifinal dos torneios de futebol, tendo a Arena Pernambuco como concorrente – dependendo do grau de reforma no estádio até o Pan.
12 – Maria Farinha: Vela O litoral norte de Paulista, na altura de Maria Farinha, é um reduto tradicionalíssimo das regatas pernambucanas, na proximidade da segunda unidade do Cabanga Iate Clube. A descentralização do Pan-Americano também poderia pesar a favor da decisão de levar a disputa para lá.
13 – Caxangá Golf: Golfe, hipismo e tiro O clube no final da Avenida Caxangá tem 80 hectares, boa parte no campo de golfe, com 18 buracos, a quantidade exigida no torneio do Pan – a estreia da modalidade foi em 2015. Também há espaço para hipismo, em provas de saltos e equitação, além de espaço suficiente para para montar instalações para o tiro.
14 – Cidade da Copa: Arena (futebol), Indoor (vôlei) e vila dos atletas Como se sabe, apenas a arena tornou-se realidade. No entanto, pelo bilionário projeto original, em 2019 o local também já contaria com um ginásio (a “Arena Indoor” teria 15 mil lugares, sendo a maior da cidade, apta para o vôlei, de grande procura), centro de convenções (9,5 mil m²), centro comercial (79 mil m²), dois hotéis (300 e 250 quartos) e 1.510 unidades residenciais, entre prédios e casas. A área residencial, sendo concluída próxima ao evento, poderia formar a Vila dos Atletas. A distância dos demais polos de competições teria que ser resolvida com um ajuste no metrô e em linhas expressas.
A Série B ficou paralisada durante 18 dias, por decisão da CBF, devido à realização dos Jogos Olímpicos. Uma decisão acertada e que fez falta à Série A, deslocada (como produto) durante o período. Entretanto, a entidade vacilou feio na volta da segundona, com três partidas chocando com horário da final olímpica do futebol. Considerando que a Seleção era favorita na disputa, era preciso observar isso. O fato de a decisão ser contra a Alemanha só piorou a situação, numa concorrência desleal. Consciente disso, o departamento de marketing do Náutico propôs um vídeo sobre o “jogo da seleção” no sábado.
Ok, o jogo da Canarinha começa 1h30 após o início na Arena. Porém, quem for ao estádio em São Lourenço deve ter o recorrente trabalho nos deslocamento, inviabilizando a audiência na transmissão do Maracanã. Qual a escolha?
Agenda no sábado… Náutico x Criciúma, 16h00 (Arena Pernambuco) Brasil x Alemanha, 17h30 (Maracanã, tevê aberta)
Na concepção da Arena Pernambuco, em 2009, o metrô foi apontado como o modal mais importante para o transporte público, escoando até 35% da torcida. Como se sabe, a Estação Cosme e Damião, imaginada a 700 metros do estádio, ficou a 2,5 quilômetros, inviabilizando a ideia. O BRT (Bus Rapid Transit) era o complemento, que, com o andamento das obras, tornou-se o principal meio. A nova falha foi a falta de regularidade. Aos poucos, o governo do estado fez o óbvio, a circulação de uma linha expressa nos jogos, com até 15 veículos dando conta da demanda. Agora, falta uma política de precificação.
Com o BRT, partindo da praça do Derby, o discurso sobre o uso do transporte público voltou a ganhar força, curiosamente, após a gestão da arena voltar para as mãos do poder público. O objetivo, claro, é reduzir o tráfego de carros, com até cinco mil veículos em jogos acima de 25 mil pessoas. Entretanto, o trajeto de 40 minutos, além de eficiente, precisa caber no bolso do torcedor. Ao criar um esquema especial para Sport x Flamengo, abrindo o returno do Brasileirão de 2016, o preço da passagem (idea e volta) subiu, chegando a R$ 15. Ingressos para sócios leoninos, no leste superior, foram colocados à venda por R$ 10.
Mais. Considerando que o estacionamento na arena custa R$ 20, um carro com cinco pessoas continuará com esse valor. Se essas cinco pessoas decidirem ir no BRT, o gasto agregado será de R$ 75 – fora o deslocamento até o Derby. Como convencer o público desta forma? E não se trata de um padrão. Em 25 de março, foi registrado o recorde de público na arena, com 45.010 torcedores. Na ocasião, o BRT, nos mesmos moldes, custou R$ 12. E o estacionamento R$ 40. A diferença, ali, teve como explicação… o incentivo à mobilidade.
As linhas expressas para a Arena Pernambuco*:
Praça do Derby/Arena Tempo: 40 minutos (cada trecho)
BRT R$ 12 – Brasil x Uruguai, 25/03/2016 (estacionamento: R$ 40) R$ 15 – Sport x Flamengo, 13/08/2016 (estacionamento: R$ 20)
Linha 058 (ônibus tradicional) R$ 7 – Sport x São Paulo, 19/07/2015 R$ 7 – Náutico x Vitória, 25/07/2015 (13
Ônibus fretados (luxo)*:
Aflitos/Arena R$ 20 – Náutico x Tupi, 29/07/2016
Ilha do Retiro/Arena R$ 15 – Sport x São Paulo, 19/07/2015
* Em todos os casos, os valores contemplam as passagens de ida e volta.
Entre os milhares de torcedores assistindo in loco aos Jogos Olímpicos de 2016, a referência pernambucana vem sendo encontrada facilmente. Nas incontáveis transmissões na tevê, é bem comum ver bandeiras e/ou camisas de Náutico, Santa e Sport nos ginásios e estádios, não só no Rio de Janeiro. Como os torneios de futebol (masculino e feminino) são descentralizados, os registros também vem ocorrendo em praças como Salvador e Manaus.
A bandeira de Pernambuco, como não poderia deixar de ser, também é artigo de viagem – quase um imã para encontros no Parque Olímpico. Aqui, algumas fotos, compartilhados pelos próprios torcedores e também pelos clubes, num engajamento importante com o maior evento esportivo da temporada.
Cleber Lima Local: Fonte Nova (futebol masculino), 11/08
Após trinta dias no ar, com 3.194 participações, o blog apresenta o resultado da enquete com a opinião de cada torcida sobre o respectivo treinador. Oswaldo de Oliveira, Milton Mendes e Gallo comandaram Sport, Santa Cruz e Náutico, respectivamente, durante todo o 1º turno do Brasileiro de 2016. A enquete foi liberada a apenas um voto por IP. Ou seja, ao votar em um clube, não era mais possível opinar em outro, numa tentativa para evitar distorções (via rivalidade).
Apesar das oscilações, os três profissionais tiveram a aprovação da maioria. No caso alvirrubro, o único na Segundona, foi por apenas um voto! Milton Mendes é, hoje, o nome na pior situação (em termos de tabela e futebol), mas teve a maior aprovação, possivelmente pelo apelo dos dois títulos conquistados no ano. Já o comandante leonino, que chegou a ser reprovado durante as primeiras semanas, teve uma votação favorável após as três vitórias seguidas.
Enquete: Você está satisfeito com o técnico do seu time?
Sport // Oswaldo de Oliveira – 1.686 votos Sim – 1.311 (77,7%) Não – 375 (22,3%)
Campanha na A (12º): 23 pontos (40,4%), 6 vitórias, 5 empates e 8 derrotas
Santa Cruz // Milton Mendes – 1.145 votos Sim – 953 (83,2%) Não – 192 (16,8%)
Campanha na A (19º): 18 pontos (31,6%), 5 vitórias, 3 empates e 11 derrotas
Legenda: pontos (P), jogos (J), vitórias (V), empates (E), derrotas (D), gols a favor (GP), gols sofridos (GC) e colocação no turno (C)
O formato vigente do Campeonato Brasileiro, disputado em pontos corridos e com vinte clubes participantes, foi implantado em 2006, após um período de transição. Mais enxuto, e bem mais difícil, a Série A teve 28 participações do Nordeste de 2006 a 2016. Foram oito clubes distintos, de quatro estados (PE 14, BA 10, CE 3 e RN 1). Encerrada a participação de Sport, Vitória e Santa no primeiro turno desta temporada, o blog compilou todas as campanhas na primeira metade da competição, traçando um ranking de desempenho. Vale lembrar que cada turno vale uma taça, oferecida pelo jornal Lance!, sendo o Troféu Osmar Santos no 1º turno e o Troféu João Saldanha no 2º turno.
Em todos os anos ao menos um nordestino esteve presente, tendo no máximo três times. Na maioria das vezes, numa briga contra o descenso. Ao fim do campeonato, em apenas três vezes os representantes da região terminaram entre os dez primeiros colocados, sendo duas vezes com o Vitória, em 2008 (10º) e 2013 (5º), e uma com o Sport, em 2015 (6º).
O resumo do 1º turno do Campeonato Brasileiro de 2006 a 2016
Participações 7 – Sport 6 – Vitória 5 – Náutico 4 – Bahia 2 – Ceará e Santa Cruz 1 – Fortaleza e América-RN
Fora do Z4 (17 vezes) Sport (5), Vitória (5), Bahia (3), Ceará (2) e Náutico (2)
No Z4 (11 vezes) Náutico (3), Santa (2), Sport (2), América (1), Bahia (1), Fortaleza (1) e Vitória (1)
Melhor colocação 5º lugar, com o Vitória em 2008
Pior colocação Lanterna (5 vezes), com Santa (2006), América (2007), Sport (2009), Náutico (2013) e Vitória (2014)
Obs. Em 2016, Sport e Vitória ainda podem ser ultrapassados pelo Figueirense, que tem um jogo a menos, mas não mudaria o quadro sobre o descenso.