Arenas retomam a fórmula de rodadas duplas

Divisão das torcidas na rodada dupla do Castelão, com Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia. Crédito: Youtube/reprodução/JangadeiroOnLine

Rodada dupla. Envolver quatro torcidas em um mesmo estádio, em um mesmo dia.

Para o público, uma proposta tentadora, com 180 minutos de bola rolando. Num passado já um pouco distante era algo até comum. Mais do que isso. Era rentável.

A insegurança nos jogos de futebol, potencializada nas duas últimas décadas, acabou travando ações do tipo, cada vez mais raras. Paralelamente a isso, a precária estrutura dos palcos foi diminuindo as possibilidades de acomodar públicos tão distintos.

O Engenhão no Rio, não por acaso um estádio relativamente novo, costuma abrigar rodadas duplas com os grandes clubes cariocas. Portanto, a reinauguração do Castelão, em 27 de janeiro, deve marcar esta retomada no Nordeste. Espera-se civilidade.

Estarão nas tribunas torcidas numerosas da região para o embates Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia. Pernambucanos e baianos, em menos número, naturalmente.

Ao todo, 55 mil bilhetes para a tarde histórica. Para garantir a segurança, em um evento que será monitorado pela Fifa, serão mil policiais. Cada torcida terá seu caminho.

De fato, a acessibilidade do renovado estádio foi projetada para a entrada e saída de público nas mais variadas direções. De forma segura e rápida.

As próprias equipes contam com a infraestrutura para uma rodada dupla, pois as arenas da Copa do Mundo vêm sendo erguidas com pelo menos quatro vestiários cada.

Então, será possível aplicar na Arena Pernambuco a ideia adotada no Castelão?

Com uma grande demanda de público, do próprio consórcio responsável pela operação do empreendimento em São Lourenço da Mata, é pra lá de possível. Dividir os espaços entre os 46.214 lugares possíveis é a primeira tarefa para conseguir organizar uma rodada dupla de grande porte, seja em jogos festivos ou até oficiais.

Em Pernambuco vale relembrar a abertura do Estadual de 1996 com duas partidas na Ilha do Retiro. Na primeira, Santa Cruz 2 x 1 Central. Depois, Sport 2 x 2 Náutico.

O raio de influência no teste na capital alencarina é bem maior do que se imagina…

O campeão regional de 1966 em busca da chancela da CBF

Diario de Pernambuco de 22 de dezembro de 1965. Crédito: Acervo/DP

Torneio Pentagonal dos Campeões do Norte-Nordeste, Torneio dos Campeões do Norte e Copa dos Campeões do Norte. A nomenclatura é dúbia pois os jornas variaram bastante a referência. No entanto, o torneio, histórico, é exatamente o mesmo.

Em 1966, os cinco vencedores da fase Norte-Nordeste da extinta Taça Brasil, curiosamente apenas nordestinos, disputaram um pentagonal em jogos de ida e volta.

Bahia (59, 61 e 63), Fortaleza (60), Sport (62), Ceará (64) e Náutico (65).

Foi realizado de janeiro a abril nas três maiores cidades nordestinas, Salvador (Fonte Nova), Recife (Aflitos e Ilha do Retiro) e Fortaleza (Presidente Vargas).

Após oito rodadas, o título ficou com o Náutico. Então tricampeão pernambucano, o Timbu empatou sem gols com o rival rubro-negro e garantiu a conquista regional.

Uma vitória leonina teria forçado um triangular extra envolvendo Náutico, Sport e Ceará.

O torneio consta no levantamento do blog sobre os campeonato nordestinos (veja aqui).

Esta postagem, contudo, visa tentar tirar uma dúvida sobre a chancela da competição. Foi organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), precursora da CBF?

A pergunta se refere à polêmica sobre os títulos oficiais do Náutico fora do estado.

Mergulhando no acervo histórico do Diario de Pernambuco, as notícias relatam a organização por parte dos próprios times, sem uma relação direta com a CBD.

Com as maiores forças envolvidas, a tabela foi elaborada por Abdias Veras, diretor de futebol do Fortaleza. À frente de toda a articulação, o folclórico presidente do Bahia, Osório Villas-Boas, que viajou várias vezes às capitais alencarina e pernambucana.

Os últimos times a assinar o contrato de participação foram justamente os pernambucanos. Na apresentação, um trecho do texto original do Diario de Pernambuco:

“Realizando-se no próximo ano, em caráter experimental, o torneio poderá se transformar no futuro, dependendo o seu resultado financeiro, transformando-se num certame de alto gabarito.”

Confira a reportagem do Diario de Pernambuco em uma versão ampliada aqui.

Independentemente da chancela, a conquista alvirrubra, em sua fase dourada, foi relevante, ainda mais considerando que teve como adversários os vencedores da “Copa Norte”, como era chamada fase Norte-Nordeste da Taça Brasil, criada em 1959.

Analisar o título como uma “Copa do Nordeste” também não faz sentido, pois o critério de classificação e a própria nomenclatura foram bem distintas, chancela à parte.

Contudo, não há como não enxergar o triunfo do Náutico como um título regional relevante. Ainda mais com o precedente aberto pela CBF em 2010, unificando os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Brasileiro, quarenta anos depois.

Até o momento, a entidade não se posicionou sobre o passado do Nordestão pré-1994.

Nessa dúvida histórica, há espaço para uma confusão interna. Com as numerosas nomenclaturas do supracitado torneio de 1966, o Timbu citou duas vezes a competição em sua lista de títulos. Ao Náutico, falta mesmo é atitude pelo reconhecimento…

Títulos do Náutico. Crédito: Site Oficial do Náutico/reprodução

A primeira classificação nordestina em 2013

A primeira rodada da Copa do Nordeste 2013 teve 20 gols nos jogos realizados no fim de semana, com média de 2,5 tentos por partida. Qual foi a sua primeira impressão?

Entre os pernambucanos, vitórias salgueirense e santa-cruzense, ambas no estado. O Leão tropeçou na terra dos dinossauros. Não por acaso apenas o Sport não teria vaga assegurada às quartas de final, pois divide a segunda colocação com o Sousa.

A segunda rodada dos locais começa na quarta-feira, com Vitória x Salgueiro (19h15) e Campinense x Santa Cruz (21h15). Na quinta,  Sport x Confiança (21h15).

Classificação da Copa do Nordeste 2013 após a primeira rodada. Crédito: Superesportes

Recarregando as energias do Santa Cruz em pleno Nordestão

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz 1x0 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Os reforços foram modestos, com o caixa bem apertado neste início de temporada.

No Santa Cruz, mais do que qualquer outro grande clube do estado, a superação é a palavra-chave. O último jogo-treino, um empate com o Chã Grande no Arruda, deixou a torcida coral desconfiada. Nada que influenciasse na ocupação do Mundão no domingo.

No jogo que encerrou a primeira rodada do Nordestão, já à noite, o Santa precisou de dois minutos para descarregar a adrenalina acumulada desde a Série C passada.

Renatinho cruzou, houve um bate-rebate e o atacante oportunista dominou e bateu rasteiro, certeiro. Philco, um daqueles nomes modestos anunciados recentemente.

Em sua apresentação, diante do CRB, Philco havia dito que daria mais entrevistas coletivas. Acertou em cheio logo na primeira oportunidade.

Instantes depois, o Tricolor ainda mandou outra bola pro gol, anulado. A blitz assustou o time alagoano, futuro adversário do Santa na terceira divisão nacional deste ano.

Após o baque inicial, o Galo de Maceió melhorou e buscou o ataque. Deu espaço para contragolpes. O time da casa mostrava empolgação, o que já era um alento, mas longe de ser suficiente para tornar-se competitivo. Tanto que não aproveitou as chances…

Ainda assim, como no sábado Feirense e Campinense ficaram no 2 x 2, a suada vitória tricolor por 1 x 0 já proporcionou ao bicampeão pernambucano a liderança de seu grupo.

A situação até parecia não indicar, mas 2013 começou com o sorriso tricolor. E foram vários, com 24.287 torcedores no Mundão. De cara, o maior público do ano no país…

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz x CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Recomeço rubro-negro ficou para a próxima rodada

Copa do Nordeste 2013: Sousa x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Seria o recomeço para o Sport.

A reação no fim do ano passado não evitou o descenso. A autoestima da equipe e da torcida era prioridade para o clube neste início de 2013.

Alguns amistosos, pré-temporada em Alagoas, reforços e enfim uma apresentação oficial, agora sob o comando de Oswaldo Alvarez.

O condicionamento físico segue longe do ideal, sem surpresa na largada. O arranque, a movimentação e o entrosamento não seriam dignos de elogio neste domingo.

A superação, sim. Num sol daqueles em Sousa, o Leão estreou na Copa do Nordeste.

De cara, um gramado surrado, daqueles para deixar no ar a dúvida sobre a vistoria realizada pela CBF. Afinal, alguém teve que liberar.

Ruim, mas ruim para os dois times, é bom frisar. No embate, o primeiro susto do ano logo aos 19 minutos, com Toty acertando a trave de Magrão.

Uma ou outra estocada do time paraibano, mas o Rubro-negro passou a dominar e criar as suas chances, tendo Roger como referência e o goleiro Marcelo Silva bem colocado.

Por sinal, o centroavante por pouco não marcou aos 10 minutos da etapa final.

Aos 19 minutos, o gol do mandante, numa falha de marcação que lembrou os piores momentos da defesa do Sport na última Série A. Numa cobrança de falta pelo lado esquerdo, Leandro se abaixou, isso mesmo, para cabecear na pequena área.

Segue o jogo. Tentando evitar um revés logo de cara, Felipe Azevedo acertou a trave. Aos 43, Roger acertou um chutaço de fora da área e cravou o 1 x 1. Ufa.

Apesar da reação, vale relembrar a primeira frase do post: Seria o recomeço do Sport.

Ficou para a próxima rodada. Com mais movimentação, arranque e entrosamento.

Copa do Nordeste 2013: Sousa x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Ao campeão nordestino, a dúvida no ano seguinte

Copa do Nordeste. Crédito: Copa do Nordeste/Esporte Interativo

Há uma lacuna no Nordestão de 2013 que mais cedo ou mais tarde será descoberta…

O formato da Copa do Nordeste contempla sete estados da região. Cinco deles com duas vagas e dois, os melhores no ranking da CBF, com direito a três equipes.

Na soma geral, 16 times. Considerando a estrutura imutável, há a dúvida sobre a presença do campeão do Nordestão no próximo ano, pois a classificação é via Estadual.

Vale, contudo, relembrar o passado do torneio. A partir de 1998 a CBF passou a garantir vaga ao campeão e ao vice, tirando a terceira vaga de baianos e pernambucanos.

Em 1999 a final foi um Ba-Vi, o que deixou a Bahia com quatro times em 2000.

Nem todas as competições no formato “copa” garantem o campeão na edição seguinte, é verdade. Na esfera mundial, a Copa do Mundo e a Olimpíada, por exemplo.

Entre clubes, o Mundial da Fifa também não assegura um lugar ao detentor da taça, como nenhum outro torneio da Fifa atualmente. Porém, nos demais há a garantia, como Liga dos Campeões da Uefa, Taça Libertadores da América e Copa Sul-americana.

Por causa do calendário, a Copa do Brasil passou anos sem a presença do campeão, que cedia o seu lugar para poder disputar a Libertadores, paralela. A partir deste ano, o campeão do mata-mata nacional volta à disputa, já nas oitavas de final.

Ao Nordestão, segue a dúvida sobre o futuro campeão de 2013… Estará em 2014?

E se a resposta for positiva, qual seria a solução para manter o torneio com 16 times?

Você acha que o campeão nordestino deveria garantir vaga na edição seguinte do regional?

  • Sport - Sim (51%, 426 Votes)
  • Santa Cruz - Sim (24%, 202 Votes)
  • Náutico - Sim (15%, 123 Votes)
  • Sport - Não (5%, 38 Votes)
  • Náutico - Não (3%, 26 Votes)
  • Santa Cruz - Não (2%, 19 Votes)

Total Voters: 834

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Trocando as bolas, Maxim e S11

Bolas oficiais de 2013, na Copa do Nordeste (Nike) e Pernambucano (Penalty). Crédito: Nike e Penalty/divulgação

Início de ano com torneios distintos para os times pernambucanos. Três deles na Copa do Nordeste e nove no campeonato estadual. No gramado, bolas diferentes em 2013.

Parceira da CBF, a Nike fornece a pelota oficial da Série A há vários anos. Como a Copa do Nordeste retorna com a chancela da confederação, a empresa lança no país o seu novo modelo justamente no regional. A bola Maxim Hi-Vis substitui a T90 Strike.

A nova bola já vinha sendo utilizada nas principais ligas nacionais do mundo, como a inglesa, a espanhola e a italiana. Neste ano também estreia na Taça Libertadores.

“O desenho geométrico intenso da bola Maxim gera potência visual extremamente forte, além das extremidades destacadas que deixam tudo igualmente visível tanto para quem está no gramado quanto para as arquibancadas. Conta com a tecnologia Geo II para oferecer mais equilíbrio nos chutes.”

Enquanto isso, no Estadual, a Penalty chega a seis anos seguidos produzindo a bola do torneio. O modelo é o mesmo da temporada passada, a S11 Pro. Outros nove Estaduais terão a mesma bola. A exceção será o campeonato baiano, com a nova Brasil 70 Pro.

“A S11 é construída em oito gomos, pesa entre 420 e 445 gramas e mede de 68,5 a 69,5 centímetros. A bola possui o sistema Termotec, que a torna impermeável, mais rápida, macia e com maior durabilidade e precisão, além de ter menor deformação”. 

Em Pernambuco, Náutico, Salgueiro, Santa e Sport jogarão com as duas bolas este ano.

Todas as voltas olímpicas do Nordestão, oficiais ou não

Nordeste

Historicamente, a Copa do Nordeste sempre foi um torneio intermitente no calendário do futebol brasileiro. Porém, o revigorado torneio regional inicia nesta temporada uma sequência de pelo menos dez competições consecutivas, até 2022.

O Nordestão de 2013 está sendo tratado no material de divulgação da competição como a 10ª edição, contando a partir de 1994. Até hoje, apenas quatro clubes ergueram a taça de campeão. No entanto, outras torcidas da região contestam os dados e apontam mais competições de âmbito regional, ou até mesmo interregional.

De fato, a gama de campeonatos deste porte seria bem mais ampla, algumas delas até com a chancela da CBD, precursora da Confederação Brasileira de Futebol. O blog listou os principais torneios que em algum momento foram apontados como “Copa Nordeste”. Seriam trinta! Entre parênteses, o número de participantes de cada um. Confira.

No Nordeste:

Copa Cidade de Natal – 1946
O torneio foi realizado para celebrar a instalação do sistema de iluminação do estádio Juvenal Lamartine, em Natal, que abrigou todas as partidas.

1946 Fortaleza (4)

Torneio dos Campeões do Nordeste – 1948
Foi o primeiro torneio com representantes de cinco estados. Todos os jogos ocorreram no Recife. O Santa Cruz , campeão pernambucano no ano anterior, estreou na semifinal.

1948 Bahia (6)

Torneio José Américo de Almeida Filho – 1975/1976
A competição foi organizada em homenagem ao estádio homônimo, o Almeidão, em João Pessoa, inaugurado no mesmo ano. Na temporada seguinte, o torneio foi ampliado, com direito à curiosa participação do Volta Redonda, do Rio de Janeiro.

1975 CRB (6)
1976 Vitória (12)

Copa do Nordeste – 1994/2010
Em 1994, a FPF firmou uma parceria com o governo de Alagoas para organizar a “1ª Copa do Nordeste”, como a competição foi lançada. Com o sucesso, acabou ganhando a chancela da CBF, que passou tomar conta do regional em seu período mais duradouro.

1994 Sport (16)
1997 Vitória (16)
1998 América-RN (16)
1999 Vitória (16)
2000 Sport (16)
2001 Bahia (16)
2002 Bahia (16)
2003 Vitória (12)
2010 Vitória (15)

Nas regiões Norte e Nordeste:

Torneio dos Campeões do Norte-Nordeste – 1952
A premissa do torneio era uma ampliação da competição realizada na capital pernambucana em 1948. Quatro anos depois, o Norte foi incorporado. Campeão estadual em 1951, o Timbu entrou na semifinal do torneio, novamente realizado apenas no Recife.

1952 Náutico (8)

Copa dos Campeões do Norte – 1966
Apesar do nome, a copa reuniu os vencedores da fase Norte-Nordeste da Taça Brasil. Até 1966, apenas clubes nordestinos haviam vencido. Todos os participantes se enfrentaram em jogos ida e volta na Fonte Nova, PV, Aflitos e Ilha do Retiro.

1966 Náutico (5)

Torneio Hexagonal Norte-Nordeste – 1967
Apesar das duas regiões envolvidas, foram incluídos apenas três estados, com dois pernambucanos, dois cearenses e dois paraenses em jogos de ida e volta.

1967 Santa Cruz (6)

Taça Almir de Albuquerque – 1973
A competição foi, na verdade, a primeira fase do Brasileirão. Na ocasião, foi criado um troféu ao melhor time em homenagem ao atacante Almir Pernambuquinho, revelado pelo Sport em 1956 e que faleceu justamente em 1973. A taça foi instituída a pedido da FPF.

1973 América-RN (16)

Copa Norte – A fase Norte-Nordeste da Taça Brasil – 1959/1968

Agora unificada ao Brasileirão, a pioneira Taça Brasil surgiu em 1959 como a competição que indicaria o representante do país à Taça Libertadores do ano seguinte. Com a precária estrutura de deslocamento de um país continental, o torneio de mata-mata foi regionalizado. Na fase Norte, que compreendia o Norte-Nordeste, o campeão tinha direito a vaga na semi ou na final nacional – sem definição prévia. Os vencedores do zonal celebravam as conquistas regionais, ainda que não fossem um torneio à parte.

1959 Bahia (8)
1960 Fortaleza (9)
1961 Bahia (9)
1962 Sport (11)
1963 Bahia (10)
1964 Ceará (11)
1965 Náutico (11)
1966 Náutico (11)
1967 Náutico (10)
1968 Fortaleza (11)

Torneio Norte-Nordeste – 1968/1970
Paralelamente ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa, agora unificado ao Brasileirão, a CBD organizou o interregional para movimentar os clubes, uma vez que não havia sistema de divisão, ou mesmo de classificação, pois a participação no Robertão era via convite.

1968 Sport (23)
1969 Ceará (26)
1970 Fortaleza (36)

Considerando os títulos regionais e interregionais oficiais: Vitória (4), Sport (3), Bahia (2), Ceará (1), Fortaleza (1) e América-RN (1).

Somando todos os campeões do Nordestão e do Norte-Nordeste, oficiais ou não (até o momento): Bahia (6), Náutico (5), Vitória (5), Fortaleza (4), Sport (4), Ceará (2), América-RN (2), Santa Cruz (1) e CRB (1). Boa discussão…

Aplicativo oficial do Nordestão para smartphones

Aplicativo oficial da Copa do Nordeste 2013 para smartphones. Crédito: iPhone/reprodução

Impossível analisar o lançamento do novo aplicativo do Nordestão como coincidência no mercado da bola. O aplicativo entrou no ar um dia após a estreia do modelo oficial para o Campeonato Pernambucano de 2013 (veja aqui).

O apelo é o mesmo, com informações, classificação e tabelas atualizadas, sem custo algum para os usuários dos smartphones. O diferencial no aplicativo desenvolvido pela Ideastek, para Android e iPhone, será a interatividade junto ao torcedor.

Atrelado ao canal Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do regional até 2022, o produto irá disponibilizar uma câmera exclusiva do jogo selecionado pelo usuário, até porque uma partida utiliza cerca de 15 câmeras ao mesmo tempo.

Além disso, há o Torcidômetro, com opiniões do torcedor em tempo real, interligadas à transmissão. Grandes campeonatos da Europa já contam com aplicativos com conteúdo em grande escala. No Brasil, a novidade começa a se espalhar.

Em 2013, o futebol pernambucano terá o teste em dois torneios, no estadual e regional.

Os clubes deverão seguir no mesmo caminho. Desde já, considerando a tecnologia à disposição, quais funções deveriam ser incorporadas aos futuros aplicativos dos times?

Tecnologia, futebol e informação. Uma mistura vital na atualidade.

Nordestão retorna como o 8º torneio mais valioso do país

Valor de mercado da Copa do Nordeste em 2013. Fonte: Pluri Consultoria

Em sua décima edição, a Copa do Nordeste volta de vez ao calendário nacional.

O regional desta temporada será a 8ª competição mais valorizada do país considerando os direitos econômicos dos jogadores inscritos, ou a 10ª se forem levados em conta os torneios internacionais com a presença de clubes brasileiros.

Os elencos dos 16 clubes participantes foram avaliados pela Pluri Consultoria, em recente estudo, em 138 milhões de euros, ou R$ 371 milhões.

O plantel do Náutico, único grande time nordestino de fora, vale R$ 43,7 milhões. Supondo que o Timbu não tivesse ficado atrás do Salgueiro no campeonato estadual do ano passado, o Nordestão de 2013 poderia ter chegado a R$ 401 milhões.

Mesmo com essa projeção, não teria subido no ranking, o que mostra que o nível técnico da competição precisará avançar bastante nos próximos anos…

É vital a presença das principais forças, como Bahia, Sport, Santa e Vitória. Contudo, é necessária uma qualificação geral. Vale destacar que a expectativa de faturamento do Nordestão é de R$ 40 milhões, entre direitos de transmissão, patrocinadores e bilheteria.

Confira a avaliação dos elencos dos campeonatos estaduais aqui.

Valor dos 16 clubes participantes da Copa do Nordeste 2013. Fonte: Pluri Consultoria