O primeiro cazá-cazá da história da Arena Castelão

A torcida rubro-negro marcou boa presença na rodada de abertura da Arena Castelão neste domingo. Ao todo, foram disponibilizados 450 ingressos.

A carga acabou na manhã de domingo. No entanto, vários torcedores chegaram depois disso. Inclusive a Torcida Jovem, com dois ônibus e uma van.

Muito acabaram comprando ingressos da torcida do Ceará, no mesmo lado do estádio, e dentro se dirigiram ao setor reservado aos rubro-negros.

Antes, porém, o velho cazá-cazá…

Futebol ainda fraco, mas com a vitória coral

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz 2x0 Feirense-BA. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Havia uma dúvida sobre o “verdadeiro” time do Santa Cruz neste início de temporada.

Seria aquele vibrante da estreia, na apertada vitória sobre o CRB, ou aquele poço de apatia na goleada sofrida para o Campinense?

A dúvida poderia ter sido na tarde de sábado, no Arruda.

Contra os baianos do Feirense, o time pernambucano poderia voltar à zona de classificação da Copa do Nordeste. Bastava vencer.

Venceu, voltou. O triunfo foi definido sem maiores problemas, 2 x 0.

Gols no primeiro tempo, com Philco, cobrando pênalti aos 5 minutos, e Renatinho, recebendo boa assistência de Natan nos descontos.

Mas os 17 mil torcedores que trocaram as prévias pelo cimento do Mundão não saíram plenamente satisfeitos. Longe disso.

O Santa Cruz chegou a jogar boa parte da partida com dois a mais.

Em vez de aproveitar os espaços, tocar mais a bola e castigar o adversário, a equipe abusou dos erros. E das faltas. Cometeu o dobro do Feirense.

Nas conclusões, um rendimento crítico. O atacante Paulo César, que ganhou a vaga de Caça-Rato, vacilou algumas vezes.

O próprio Flávio Caça-Rato entrou na etapa complementar, mas no lugar de Natan, mudando a estrutura tática. Mudou, mas não melhorou.

O apito final veio acompanhado de uma sonora vaia.

Ainda em formação, o Santa precisa definir um padrão de jogo. A renovação do artilheiro Dênis Marques, apresentado no intervalo, virou esperança. E a dúvida continua…

Copa do Nordeste 2013: Santa Cruz 2x0 Feirense-BA. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Uma volta completa na Arena Castelão

Gramado do Castelão, em Fortaleza. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Fortaleza – O complexo do Castelão tem nada menos que 25 hectares. Não tem como circular na nova arena multiuso sem gastar uma tarde pelo menos…

O blog conferiu o estádio nesta sexta, do início da tarde até o anoitecer. Acessibilidade, assentos, gramado, corredores, bares, catracas, cobertura, iluminação etc.

Confira a galeria com 28 imagens da Arena Castelão, faltando menos de dois dias para a sua inauguração de fato, com a rodada dupla do Nordestão, no domingo.

O estádio cearense foi o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ficar pronto. Quase isso.

Apoio para a vaga ao campeão nordestino. Cabe à CBF

Pódio

Se depender da opinião do torcedor pernambucano, o campeão da Copa do Nordeste deve voltar a ter lugar garantido na competição, como ocorreu entre 1998 e 2000.

A enquete realizada pelo blog sobre a garantia de um lugar para o campeão nordetino na edição seguinte do regional teve 834 votos, somando as três torcidas recifenses, com 751 a favor (90,04%) e apenas 83 contrários (9,95%).

A CBF ainda não se manifestou sobre a possibilidade. Nem a favor nem contra…

Você acha que o campeão nordestino deveria garantir vaga na edição seguinte do regional?

SportSport – 464 votos
Sim – 91,81%, 426 votos
Não – 8,18%, 38 votos

Santa CruzSanta Cruz – 221 votos
Sim – 91,40%, 202 votos
Não – 8,59%, 19 votos

NáuticoNáutico – 149 votos
Sim – 82,55%, 123 votos
Não – 17,44%, 26 votos

A segunda classificação nordestina em 2013

A 2ª rodada da Copa do Nordeste 2013 teve 23 gols nos jogos no meio de semana, com média de 2,8 tentos por partida. Além disso, um rápido apagão, em Campina Grande.

Entre os pernambucanos, duas duras derrotas na quarta com oito gols nas redes de salgueirenses e santa-cruzenses. Na quinta o Leão também dava vexame, mas virou.

A terceira rodada dos locais começa no sábado, com Santa Cruz x Feirense (16h) e América-RN x Salgueiro (18h30). No domingo, Fortaleza x Sport (16h).

Classificação da Copa do Nordeste 2013 após a segunda rodada. Crédito: Superesportes

No sufoco, Sport segue tentando vencer a desconfiança

Copa do Nordeste 2013: Sport 3x1 Confiança. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Vamos tentar evitar piadinhas com a palavra “confiança”.

Por mais que fosse algo necessário ao Sport em seu retorno à Ilha. O tropeço na estreia do Nordestão exigia uma boa apresentação leonina diante de seu torcedor.

O resultado no início da noite, com a vitória do Fortaleza sobre o Sousa, dava ao Rubro-negro a chance de vencer a partida e dormir na liderança de seu grupo.

Teria como adversário nesta quinta-feira o embalado time sergipano do Confiança.

Contudo, a volta de Hugo ao meio-campo do Sport dava, sem trocadilho, repita-se, confiança ao técnico Vadão. Afinal, era a presença do principal articulador da equipe.

Nos primeiros minutos, por sinal, Hugo mostrou a sua qualidade técnica e a diferença, positiva, no time. Produziu bem ofensivamente, dando trabalho a uma zaga que contava com Váldson e seus 37 anos. Apesar disso, o baque. Numa falha de Magrão.

Faltou confiança na saída de bola? A zaga plantada foi reflexo de uma confiança no companheiro de equipe e vice-versa? Tanto faz. Gol de cabeça dos visitantes.

A esta altura, era quase inevitável evitar a tal palavrinha…

Havia mais 45 minutos de bola rolando. Tempo definitivo para ganhar o apoio da torcida.

Mas equipe demorou a engrenar. Voltando de lesão, Hugo foi substituído. Cicinho também. Curiosamente, a reação surgiu a partir dessas mudanças, a 15 minutos do fim.

Quem confiava? Ops! Quem acreditava? Saíram os gols. Reinaldo aos 32, Marcos Aurélio, num golaço aos 34, e o outrora contestado Felipe Menezes aos 48. Sport 3 x 1.

No sufoco, o Leão venceu a desconfiança diante de 19 mil pessoas na arquibancada. O Sport só não evitou os tradicionais trocadilhos. Fica para a próxima…

Copa do Nordeste 2013: Sport x Confiança. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A complicada missão de encontrar o distintivo no uniforme

Camisas de Volta Redonda, Ypiranga, Corinthians, Paysandu, Icasa e Brasiliense

Os primeiros patrocínios nos uniformes brasileiros surgiram na década de 1980.

Não foi fácil vencer a barreira cultural. Foi uma mancha no manto sagrado. O que hoje parece normal, naqueles tempos foi algo bastante controverso.

E olhe que era apenas um patrocinador, na parte frontal da camisa…

Em seguida, uma época na qual grandes empresas conseguiam domar o mercado do futebol nacional, como em 1987, por exemplo, com a Coca-Cola estampando a sua marca em quase todos times do módulo verde do Campeonato Brasileiro.

A partir dos anos 90 o patrocinador ganhou um espaço gigantesco no orçamento dos clubes. Em vários casos, superior à bilheteria com as partidas.

Nos últimos anos, o patrocínio na parte frontal da camisa ganhou concorrentes. Nas costas, na manga, no peito, embaixo do próprio patrocinador-master e até nas axilas…

Segundo as normas orgânicas da CBF, o espaço máximo para uma marca é de 525 centímetros quadrados, com até 35 centímetros de extensão.

E assim vivemos a era do abadá no Brasil. Não importa a divisão. Do Ypiranga ao Corinthians, que deverá ter um faturamento de R$ 300 milhões nesta temporada.

Não por acaso chegou o dia em que o jogador quase não achou o escudo…

Realmente, está ficando difícil. Que o diga Paulo Victor do CRB.

Cortina de fumaça preocupante na defesa do Santa Cruz

Copa do Nordeste 2013: Campinense 3x0 Santa Cruz. Foto: CHICO MARTINS/FUTURA PRESS

No papel, a escalação foi rigorosamente a mesma.

Na verdade, a expectativa era até melhor, no embalo do alto astral.

Pois se no domingo os corais vinham de uma pré-temporada aquém do esperado pela torcida e ainda surpreendeu, desta vez o time vinha motivado com o triunfo na estreia.

O resultado diante do CRB veio acompanhado da liderança na chave no Nordestão.

Três dias depois aquela sensação ruiu. Da farra pré-carnavalesca à Quarta-feira de Cinzas. Os mesmo jogadores, mas com um rendimento abaixo da crítica, sem alegria.

Errando passes curtos, sem disposição alguma para jogadas ofensivas e batendo cabeça na zaga. A troça coral passou longe da folia.

Difícil defender a apresentação do Santa Cruz em Campina Grande, sem ritmo algum. O bicampeão pernambucano foi goleado com facilidade pelo Campinense, 3 x 0.

O time da casa foi pra cima e cansou de encontrar espaços, fazendo a festa.

O bloco Cobra Fumando só vai desfilar no carnaval, em fevereiro. A impressão nesta quarta é que o estandarte parecia cravado na defesa, com uma cortina de fumaça.

Éverton Sena, Vágner e César não conseguiram brecar as investidas da Raposa.

Até o carnaval resta saber como será a reorganização do Santa. A vitória na estreia foi empolgante e a atuação nesta noite foi constrangedora. Abram alas para a dúvida.

Copa do Nordeste 2013: Campinense 3x0 Santa Cruz. Foto: CHICO MARTINS/FUTURA PRESS

Carcará abatido pelo Vitória e suas poucas testemunhas

Copa do Nordeste 2013: Vitória 5x1 Salgueiro. Foto: ecvitoria.com.br/divulgação

Tetracampeão nordestino, o Vitória passeou no Barradão.

Goleou o Salgueiro por 5 x 1 e consolidou na liderança do grupo C do Nordestão, 100%.

Era a primeira partida oficial do rubro-negro baiano após o acesso à elite nacional. Contudo, a chuva na capital baiana parece ter espantado o torcedor do Leão da Barra.

Foram apenas 2.286 pagantes na noite desta quarta-feira, disparado o menor público entre os grandes clubes da região na Copa do Nordeste.

Um número irrisório ainda mais levando em conta que na primeira rodada o regional teve a maior média de público entre os torneios em vigor no país com 6.969 pessoas.

Apesar do enorme vazio na arquibancada, o Vitória comprovou a superioridade técnica sobre um rival três divisões abaixo, mesclando jogadores experientes como Marcelo Nicácio (2 gols) e atletas da equipe campeã nacional de juniores, Alan Pinheiro (1 gol).

Ao Carcará, que viu Fabrício Ceará perder um pênalti numa cavadinha bizarra, resta brigar por uma vaga nas quartas de final através da segunda colocação da chave.

Até porque terá apoio no Cornélio de Barros. Mais do que o Vitória no Barradão…

Copa do Nordeste 2013: Vitória 5x1 Salgueiro. Foto: ecvitoria.com.br/divulgação

O G4 do Nordeste

Copa do Nordeste. Crédito: CBF/divulgação

Desafio simples.

Aponte os quatro maiores clubes de futebol do Nordeste. O contexto é geral.

A situação atual na casta do futebol nacional, os títulos, desempenho em grandes competições, o tamanho da torcida, a presença nos estádios, infraestrutura, ídolos etc.

Com um século de história não parece ser tão fácil analisar cada agremiação.

Ainda mais em uma região com times formados por torcidas numerosas, apaixonadas. Sobretudo com a rivalidade entre baianos, cearenses e pernambucanos.

O post foi idealizado a partir da declaração de uma repórter cearense, apontando Fortaleza, Sport, Ceará e Bahia como os “quatro maiores clubes do Nordeste”. Confira no vídeo abaixo a partir do tempo 50 segundos. Isso acabou levantando uma discussão na editoria de esportes do Diario de Pernambuco, a ponto repassá-la ao internauta.

Essa avaliação seria uma extensão da opinião do público cearense? Encontraria resistência entre torcedores do Recife e Salvador? Vamos ao post.

Curiosamente, a publicação com mais comentários na história do blog mal se refere ao futebol, mas sobre o fato de a Fifa ter chamado o Recife de “Capital do Nordeste”. Desde 2009, quando foi postado, já são quase 5.500 comentários (veja aqui).

Sobre os pontos positivos de cada clube levantados pelo blog, algumas observações:

1) No tamanho das torcidas o dado aplicado foi o do último grande estudo nacional, realizado em 2012 pela Pluri Consultoria.

2) Em relação à quantidade de participações na Série A, foi levada em consideração o sistema de acesso e descenso, implantado em 1988. Entre parênteses a soma de Taça Brasil, Torneio Roberto Gomes Pedrosa e Campeonato Brasileiro de 1959 a 2013.

Bahia – 2 títulos nacionais em 4 finais de elite (5 semifinais), 2.4 milhões de torcedores, 3 participações na Taça Libertadores, 2 títulos regionais, 3 anos com a maior média de público do Brasileirão e 17 presenças na Série A pós-1988 (44 no geral).

Vitória – 2 finais nacionais de elite (4 semifinais), 4 títulos regionais, 2 milhões de torcedores, estádio com 35 mil lugares e 20 presenças na Série A pós-88 (35 no geral).

Náutico – 1 final nacional de elite (6 semifinais), 1 participação na Libertadores, 800 mil torcedores, estádio com 20 mil lugares e 11 presenças na Série A pós-88 (33 no geral).

Santa Cruz – 2 semifinais nacionais de elite, maior estádio particular da região (60 mil lugares) e único a receber a Seleção, 1.4 milhão de torcedores, 1 ano com a maior média geral de público no Brasileiro e 5 presenças na Série A pós-1988 (23 no geral).

Sport – 2 títulos em 4 finais nacionais (7 semis), 3 regionais, 2.2 milhões de torcedores, estádio com 34 mil lugares, 2 participações na Libertadores, 1 ano com a maior média de público do Brasileiro e 17 presenças na Série A pós-88 (34 no geral). Não jogou Série C.

Ceará – 1 final nacional de elite (4 semifinais), 1 título regional, 1 milhão de torcedores e 3 presenças na Série A pós-1988 (21 no geral). Nunca jogou a Série C.

Fortaleza – 2 finais nacionais de elite (2 semifinais), 1 título regional, 900 mil torcedores e 4 presenças na Série A pós-1988 (20 no geral).

Existem outros vários critérios relevantes, como valor das marcas, número de sócios, jogadores cedidos à Seleção Brasileira etc. Portanto, cabe ao torcedor o debate.

Na sua opinião, então, quais seriam os quatro maiores clubes nordestinos?