A época atual do Santa Cruz é terrível, caminhando para irreversível. E é desnecessário citar aqui os motivos, porque se você está lendo este post – e tem o mínimo de interesse em esportes – é provável que saiba exatamente quais são. Empolgada e apaixonada, a torcida tricolor segue acreditando no time, que ainda tem, sim, condições de se recuperar na Terceirona. E se essa torcida é mesmo louca pelo clube, um dos motivos para isso (esse sim, digno de recordação para você, internauta) é o 35º aniversário do pentacampeonato pernambucano, que acontece hoje.
A campanha do título estadual de 1973 foi mesmo fantástica. Em 36 jogos, o Tricolor venceu 29, empatou seis e perdeu apenas um. Teve o artilheiro, Luciano Veloso, com 25 gols, e o vice artilheiro, Ramón (foto), com 22. Na decisão, bateu o Sport por 2 x 0, em plena Ilha do Retiro, e festejou a 5ª conquista seguida, mostrando o seu domínio nos anos 70, quando chegou a ficar na 4ª colocação do Brasileirão (em 75).
Sport 0 x 2 Santa Cruz
Data: 15/08/1973. Local: Ilha do Retiro. Juiz: José Marçal Filho. Público: 36.459 pagantes; Renda: Cr$ 227.217,00. Gols: Ramon (2) (SC).
Santa Cruz: Gilberto; Gena, Antonino, Paulo Ricardo e Botinha; Erb, Luciano Veloso e Givanildo; Walmir (Zito), Fernando Santana (Zé Maria) e Ramon.
Sport: Adeildo; Djair, Lima, Cidão e Marcos; Drailton, Odilon e Ronaldo (Meinha); Ditinho, Maranhão (Mário) e Ivanildo.
O centroavante Ramón – que marcou os dois gols do título de 73 – se tornaria no mesmo ano o primeiro jogador de um clube nordestino a conseguir a artilharia do Campeonato Brasileiro da Série A, com 21 gols. Série A… O Santa já esteve lá sim (e até bem pouco tempo atrás, diga-se), mas agora precisa de uma severa reformulação para voltar um dia.
Santa Cruz, Santa Cruz junta mais essa vitória.
Santa Cruz, Santa Cruz, ao teu passado de glória. (bis)
És o querido do povo, terror do Nordeste no gramado.
Tuas vitórias de hoje, nos lembram vitórias do passado.
Clube querido da multidão, tu és o supercampeão. (bis)
Obs. Os resultados de hoje NÃO lembram as vitórias do passado, que é coberto de glórias. Glórias que seguem alimentando a paixão coral.