O trabalho de técnico é, disparado, o mais inconstante no futebol. Não há título que sobreviva a cinco derrotas seguidas, não há goleada que amenize um revés num clássico. Assim, os times vão empilhando dois, três treinadores por ano. Ou até mais, quando a gestão já foi para o brejo. Ao menos é esta a cultura futebolística no Brasil.
A partir desta leitura, qual clube teve mais técnicos? É uma conta difícil, mas que o jornal mexicano El Economista resolveu encarar, considerando os últimos doze anos. Sem surpresa, os brasileiros estão no top ten. Sete deles.
Surpresa mesmo é ver dois pernambucanos lá em cima, com o Náutico em 2º (39 técnicos) e o Sport (“Recife”) em 6º lugar (33 nomes). No período, por exemplo, Geninho comandou o Leão três vezes o Timbu em duas oportunidades. Vágner Mancini, Zé Teodoro, Gallo, Martelotte também teinaram os dois desde 2002.
Além deles, vários outros nomes trabalharam nos Aflitos e na Ilha do Retiro, como Dado Cavalcanti, Eduardo Batista, Mazola, Waldemar Lemos, Muricy Ramalho, Jorginho, Zé Edinho, Giba, Dorival Júnior, Neco. De fato, há lastro para um ranking tão ruim.
A pesquisa levou em conta 188 times nas dez principais ligas do mundo, incluindo o Brasileirão – o que talvez seja o motivo de não constar o Santa.
Entre os países pesquisados, são cinco das Américas e cinco da Europa: Argentina, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e México; Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Aqui no país os técnicos trabalham em média 15,2 jogos antes de serem de demitidos. Planejamento, “regularidade” à parte…