O primeiro aplicativo oficial do Santa Cruz

Imagens do aplicativo oficial do Santa Cruz

O Santa Cruz lançou o seu aplicativo, reunindo a cobertura oficial do clube. Notícias, lance a lance, estatísticas, vídeos produzidos pela TV Coral, agenda, classificação, álbum de fotos etc. O primeiro app oficial do tricolor chega aos sistemas Android, a partir da versão 4.1, e iOS, a partir de 8.0.

Trata-se de uma nova necessária tentativa de alcançar uma parcela significativa da torcida, cada vez mais conectada via celulares – no blog, por exemplo, 72% dos acessos em 2017 tiveram origem mobile. Para instalar o “Santa Cruz FC”, disponibilizado de forma gratuita, é preciso liberar apenas 11,5 megas de espaço no aparelho. No blog, algumas das capturas de tela publicadas nas páginas do Google Play e no iTunes.

O aplicativo foi produzido pela empresa Eclectica, numa encomenda do departamento de marketing do Santa, que atrelou ao modelo a promessa de promoções exclusivas. No primeiro dia no ar, mais de três mil downloads.

Links para baixar o aplicativo: iOS e Android.

Imagens do aplicativo oficial do Santa Cruz

Os 100 anos do estádio dos Aflitos

Campo dos Aflitos em 1926. Foto: robertoblogdo.blogsopt.com

O Estádio dos Aflitos completa um século de história em 2017. Trata-se de um ícone do futebol pernambucano, onde foram realizadas mais de 3 mil partidas, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. E olhe que 41% dos jogos não teve o Náutico em campo, com os rivais presentes durante muito tempo. Abaixo, um resumo em cada década, com as transformações do local, de campo a estádio, da posse da antiga liga ao claro sinônimo de Náutico.

Desempenho do Náutico nos Aflitos
1.768 jogos*
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Os clubes que mais atuaram nos Aflitos
1.768  Náutico
540  Santa Cruz
412  Sport

As 15 finais do Campeonato Pernambucano nos Aflitos
7 títulos – Náutico (1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974)
5 títulos – Sport (1917, 1949, 1953, 1955 e 1975)
3 títulos – Santa Cruz (1947, 1959, 1969)

Década de 1910
Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno no bairro dos Aflitos, junto ao empresário Frederico Lundgren, com o objetivo de construir um campo de futebol. Estrutura simples, com a cancha murada e cercada por árvores. A entidade pretendia utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual, com as 29 partidas daquela edição disputadas por lá. A primeira em 8 de abril, Sport 4 x 1 Paulista. Na decisão, um Clássico das Multidões (ainda sem esse apelido), com Sport 3 x 1 Santa. No ano seguinte à inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico prontamente assumiu os custos do arrendamento. Pagou 250 mil réis por quatro anos.

Década de 1920
O Náutico passou a ser o dono definitivo do campo em 1921, dando início às primeiras melhorias, incluindo a entrada da sede. A foto mais antiga data de 1926 (acima), ano do título do Torre, o único clube à parte do Trio de Ferro levantar a taça no local. Num torneio de pontos corridos com oito times, o “Madeira Rubra” sagrou-se campeão ganhando do Náutico na última rodada.

Náutico nos Aflitos: Bizu, final do Estadual de 1968 contra o Sport, final do Estadual de 1974 contra o Santa Cruz e Lala em 1968. Crédito: Arquivo/DP

Década de 1930
De campo a estádio. Começando pela mudança da posição do campo, com as barras saindo do sentido leste/oeste para o norte/sul, mantido até hoje. Surgiram também os primeiros degraus da arquibancada, apenas três, com a reabertura do local, já com status de “estádio”, em 25 de junho de 1939. Na ocasião, goleada alvirrubra por 5 x 2 sobre o Sport. Gols de Wlson (2), Bermudes, Celso e Fernando Carvalheira.

Década de 1940
O estádio dos Aflitos ganhou um sistema de iluminação em 19 de junho de 1941. Curiosamente, em um jogo que não envolveu o Náutico, Great Western 2 x 2 Flamengo do Recife. Na época, começou também a construção das sociais e cadeiras, uma estrutura ainda existente. Um jogo marcante na década ocorreu em 1º de julho de 1945, com a maior goleada da história do futebol local, Náutico 21 x 3 Flamengo. Tará balançou as redes nove vezes.

Década de 1950
O formato clássico dos Aflitos até meados dos anos 1990 foi finalizado na década de 1950, com a conclusão das arquibancadas e do antigo placar, conhecido como “Balança mas não cai” – um símbolo do futebol pernambucano. Além disso, foram construídos os túneis de acesso ao vestiário e colocados os primeiros alambrados. Época marcada por títulos, com o bicampeonato nos Aflitos em 50/51. O tri viria em plena Ilha do Retiro, ganhando os dois turnos. Em 1953, o estádio ganharia o nome de “Eládio de Barros Carvalho”, presidente do clube em 14 oportunidades, a primeira em 1948, quando incentivou a obra.

Década de 1960
A década dourada do Náutico, com o hexacampeonato estadual, boas campanhas na Taça Brasil, chegando à final, e participação na Libertadores. Nos Aflitos, a principal alteração foi construção das cabines de imprensa centrais. De lá, o registro audiovisual do recorde de público. Na decisão de 1968, no hexa, foram 31.061 torcedores espremidos assistindo in loco ao gol de Ramos, Náutico 1 x 0 Sport. O Recife acompanhou ao vivo na televisão.

Década de 1970
Dez anos sem grandes transformações. Com a inauguração do Arruda, em 1972, e a ampliação da Ilha, pouco antes, o Náutico jogou várias de suas principais partidas, no Estadual e no Brasileiro, nos campos rivais. Apesar disso, um jogo em especial aconteceu nos Aflitos, em 11 de dezembro de 1974. Náutico 1 x 0 Santa, com o 15º título pernambucano do timbu evitando o hexa tricolor. Ou seja, lá no Eládio nascia o bordão “Hexa é Luxo”.

Náutico nos Aflitos: Kuki no acesso à Série A em 2006, Acosta em 2007, Kieza no Brasileirão 2012 e acesso à Série A em 2011. Fotos: Ricardo Fernandes (2) e Gil Vicente, ambos do DP/D.A Press

Década de 1980
O Arruda estava novamente em obras, agora para a construção do anel superior. Paralelamente a isso, a direção timbu apresentou o “plano de expansão” dos Aflitos, em 28 de novembro de 1981. O estádio contaria com novas gerais, fosso, camarotes, cabines de imprensa e um novo lance de arquibancada no lugar do velho placar. Com isso, dobraria a capacidade, chegando a 50 mil lugares. “Não faremos dos Aflitos o maior estádio, mas o mais aconchegante”, frisou o então mandatário, Hélio Dias de Assis. Lendo assim, até parecia algo pequeno, mas seria um dos maiores estádios particulares do país. A obra não saiu, com o clube usando parte do recurso obtido no Bandepe para a reforma do calçamento na sede. Já os Aflitos virou praticamente um campo de treino, com apenas 140 partidas em dez anos.

Década de 1990
A segunda grande ampliação foi iniciada em 1996, com o aumento das arquibancadas laterais e central, tendo como consequência a demolição do “Balança mais não cai”. Um trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, que, de forma paulatina, foi arrecadando recursos junto à torcida para a construção de pequenos módulos num primeiro momento. Não por acaso, a obra duraria sete anos! Já em 1997, no quadrangular final da Série B, o estádio recebeu 28 mil torcedores para Náutico 0 x 2 América Mineiro.

Década de 2000
Em 2002, chegou ao fim o primeiro módulo da reforma, com a conclusão do anel inferior, com 22.856 lugares – já com a nova medição da Fifa, com 50 centímetros por pessoa. Anel inferior?! Isso mesmo, pois o projeto original de ampliação e modernização dos Aflitos previa uma capacidade de 34.050. A versão final, prevista até 2007, teria dois tobogãs cobertos e interligados por duas vigas metálicas. Ao todo, seriam 28.950 assentos no cimento, 4.500 cadeiras e 600 lugares nos camarotes, cuja venda dos espaços bancaria parte da obra. No período, o maior público foi na fatídica “Batalha dos Aflitos”.

Década de 2010
Com a Copa do Mundo no Brasil, proliferaram projetos de arenas de norte a sul. Na capital pernambucana foram nada menos que seis, incluindo a Arena Pernambuco, a única erguida. O próprio Náutico chegou a apresentar dois projetos de arena, deixando de lado a ampliação imaginada em 1996. Em 2013, o clube assinou um contrato de 30 anos para atuar na arena em São Lourenço. Com isso, parou até a manutenção dos Aflitos. Três anos depois, a rescisão unilateral do acordo por parte da Odebrecht, com o clube iniciando mais uma reforma em sua verdadeira casa, desta vez para obter os laudos básicos exigidos pela CBF – no último jogo, um amistoso com o Decisão, em 2015. Sonhando com o recomeço da centenária história em 2018…

Estádio dos Aflitos

Podcast – Vitória do Santa, empate do Sport e derrota do Náutico no Brasileiro

Na 7ª rodada das Séries A e B, resultados distintos no Trio de Ferro. Na terça, o primeiro a entrar em campo foi o alvirrubro, derrotado nos descontos. Acabou resultando na saída de Waldemar Lemos do comando técnico. Pouco depois, no Castelão, o tricolor virou o placar com mudanças ofensivas no time. Na quarta-feira, pela elite, o leão voltou a pontuar como mandante, mas ficou num placar em branco, no último jogo sem DS87, devido à Seleção. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

13/06 – Náutico 1 x 2 Paraná (41 min)

13/06 – Ceará 1 x 3 Santa Cruz (31 min)

14/06 – Sport 0 x 0 São Paulo (36 min)

Classificação da Série B 2017 – 7ª rodada

A classificação da 7ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Em mais uma terça-feira cheia na Série B, uma derrota pernambucana, em casa, e uma vitória pernambucana, como visitante. Na Arena, o Náutico perdeu do Paraná com um gol nos descontos. Segue na lanterna, agora o único clube sem vitória. No Castelão, o Santa superou o Ceará com bela atuação na etapa complementar. Com isso, voltou ao G4, subindo do 7º para o 4º lugar. Tomou o lugar do Internacional, que empatou mais uma – não por acaso, os corais estão na frente pelo número de vitórias, 4 x 3.

Resultados da 7ª rodada
Náutico 1 x 2 Paraná
Guarani 2 x 0 Paysandu
Londrina 1 x 1 Oeste
Figueirense 2 x 2 Criciúma
Goiás 4 x 1 Boa
Juventude 3 x 0 ABC
CRB 1 x 2 Vila Nova
Ceará 1 x 3 Santa Cruz
América 1 x 1 Internacional
Luverdense 4 x 0 Brasil 

Balanço da 7ª rodada
4V dos mandantes (20 GP), 3E e 3V dos visitantes (12 GP)

Agenda da 8ª rodada
16/06 (19h15) – Criciúma x Guarani (Heriberto Hulse)
16/06 (20h30) – Ceará x Luverdense (Castelão)
16/06 (20h30) – Paraná x Figueirense (Durival de Britto)
16/06 (21h30) – Goiás x ABC (Serra Dourada)
17/06 (16h30) – Santa Cruz x Internacional (Arruda)
17/06 (16h30) – Boa x Náutico (Dilzon Melo)
17/06 (16h30) – Paysandu x Juventude (Mangueirão)
17/06 (16h30) – CRB x Londrina (Rei Pelé)
17/06 (19h00) – Brasil x Vila Nova (Bento Freitas)
17/06 (21h00) – Oeste x América (Arena Barueri)

Na primeira partida pós-Eutrópio, Santa vence Ceará no Castelão com autoridade

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Houve um momento emblemático no Santa Cruz na partida no Castelão. Embora tenha virado sobre o Ceará com três gols no segundo tempo, quando melhorou a pegada, chamou a atenção a mudança efetuada no período pelo técnico (interino?) Adriano Teixeira. Por volta dos 19 minutos, ele substituiu o meia Léo Lima, titular, mas ainda em busca de um melhor condicionamento para suportar o jogo todo, pelo atacante Augusto, ex-Campinense. O tricolor havia acabado de empatar, num gol de extrema categoria do próprio LL. Há poucos dias, talvez um volante tivesse sido acionado nesta troca. Ao menos era o histórico de Vinícius Eutrópio, que não conseguiu tirar a equipe coral de uma linha defensiva com pouca inspiração à frente.

Com o time vindo de duas derrotas e encarando uma das pedreiras da Série B, como visitante, Adriano não tinha muito a perder. Ganhou a oportunidade e fez diferente, arriscou. Embora Augusto não tenha sido decisivo na virada, a postura à frente deu ao time pernambucano a condição de buscar um resultado interessante na capital alencarina. Aos 25 minutos, o atacante Bruno Paulo (de bom encaixe com Bueno) arrumou espaço na entrada da área e finalizou bem demais, acertando o ângulo. A virada deixou o vozão atordoado – pouco antes havia acertado o travessão, em ótima oportunidade -, com o Magnata anulado por Nininho, surpreendendo como substituto de Vítor.

Com a marcação adiantada e contando com a mobilidade de André Luís, na visão do blog o melhor jogador do time até o momento, o Santa passou a ter a bola em seguidos contragolpes. Em um desses, Augusto, aí sim efetivo, cruzou da direita e Ricardo Bueno (levemente adiantado) empurrou para as redes, 1 x 3. Os três gols da vitória foram anotados por reforços visando o Brasileiro. Tecnicamente, peças que poderiam dar uma nova cara ao time. Desde que o comandante conseguisse enxergar uma nova proposta. Adriano conseguiu e, como prêmio, ainda recolocou o Santa no G4…

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Sport e Santa com 10 jogos na Arena PE em 2017. Agenda ainda longe da projeção

Torcidas de Sport, Náutico e Santa. Fotos: Diario de Pernambuco

A Arena Pernambuco foi concebida para receber os “20 principais jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport”. Ou seja, 60 partidas por temporada, viabilizando o empreendimento. Ao menos era o que projetava o contrato de licitação para a parceria público-privada (feita e já desfeita). Em operação desde 2013, o estádio recebeu no máximo, em um ano, 43 jogos do Trio de Ferro, com quase 70% do calendário tomado pelos alvirrubros, de menor ocupação em comparação aos rivais (dados abaixo). Colaborou para o cenário adverso a má execução do transporte público, tendo como exemplo o metrô, que inicialmente receberia até 30% do público – estação a 2,5 km!. Não por acaso, entre outros motivos, a arena vem operando sistematicamente no vermelho. Buscando soluções, incluindo até um novo “Recifolia”, o governo do estado conseguiu negociar um pacote de jogos em 2017 com rubro-negros e tricolores, com cinco cada.

O contato foi feito entre o secretário de turismo, esporte e lazer, Felipe Carreras, e os presidentes dos clubes, Arnaldo Barros (Sport) e Alírio Moraes (Santa). A agenda ainda não foi definida, mas as partidas seriam pelas Séries A e B. Entre os corais, restam 16 jogos. Entre os leoninos, restariam 14 partidas (já desconsiderando São Paulo e Vitória), além da 2ª fase da Copa Sul-Americana.

Até hoje, a ocupação em São Lourenço não chega a 1/4 dos 46.214 lugares…

Balanço de jogos na Arena Pernambuco. Arte: Cassio Zirpoli/DP

* Projeção a partir dos jogos oficiais na temporada
** Pacote de jogos negociado em 12 junho

Confira abaixo os dados de público e renda de cada clube na arena.

Em 2016, a Arena Pernambuco registrou a pior média de público, pior taxa de ocupação, pior arrecadação, pior média de renda e pior tíquete médio. Apenas dois dados escaparam: número de jogos e público absoluto.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após a baixa em 2015, o Náutico melhorou um pouco em 2016. Para isso, contou a flexibilização no preço dos ingressos – após a saída da Odebrecht. Com setores promocionais, chegou a registrar três jogos com 25 mil torcedores, no embalo da campanha de recuperação, que quase culminou com acesso.

Balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após mandar dez jogos em 2015, com rendas milionárias, o Sport atuou apenas três vezes em 2016. A primeira delas, contra o Flamengo teve uma renda de R$ 802 mil, a maior do ano entre clubes na arena. Por outro lado, disputou lá o seu primeiro Clássico das Multidões como mandante com apenas 6.570 pessoas.

Balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Santa segue como o grande clube pernambucano mais distante da arena. Em 2016 foram apenas duas partidas, repetindo o dado de 2015. Porém, o público presente foi menor, com 11.490 de diferença. Em seu primeiro Clássico das Multidões como mandante lá, pela Copa Sul-Americana, apenas 5.517 pessoas.

Balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Podcast – Análise da derrotas de Santa, Náutico e Sport na 6ª rodada do Brasileiro

Foi a pior rodada do Campeonato Brasileiro para os clubes pernambucanos, até o momento. Três derrotas para o Trio de Ferro, com consequências. Na sexta-feira, o tricolor perdeu a primeira como mandante – e acabou demitindo o técnico no dia seguinte. No sábado, o alvirrubro foi derrotado no Beira-Rio, num jogo com quatro pênaltis, e voltou à lanterna. Pouco depois, já à noite, pela Série A, os leoninos zeraram outra vez como visitantes – já são três jogos assim. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

09/06 – Santa Cruz 1 x 3 Londrina (45 min)

10/06 – Internacional 4 x 2 Náutico (18 min)

10/06 – Vasco 2 x 1 Sport (36 min)

Classificação da Série B 2017 – 6ª rodada

A classificação da 6ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Tricolores e alvirrubros perderam nesta sexta rodada do Brasileiro e caíram na tabela de classificação. Na noite de sexta-feira, o Santa Cruz perdeu do Londrina, no primeiro revés no Arruda nesta edição. Com isso, caiu três posições, saindo do G4 para a 7º lugar. Na tarde do sábado, o Náutico foi derrotado pelo Internacional, em Porto Alegre, e voltou à lanterna, devido à primeira vitória do Criciúma. Agora, os times pernambucanos voltam a campo na próxima terça, juntamente aos outros 18 participantes, em mais uma “terça-feira cheia” na segundona.

Na ponta, o Juventude não só manteve a liderança como ampliou a vantagem, de 1 para 2 pontos. E o Inter enfim voltou ao G4. De vez?

Resultados da 6ª rodada
Criciúma 1 x 0 CRB
Vila Nova 2 x 0 América
Santa Cruz 1 x 3 Londrina
Paysandu 0 x 1 Goiás
Inter 4 x 2 Náutico
Boa 0 x 2 Juventude
Brasil 2 x 3 Ceará
Paraná 0 x 1 Guarani
ABC 2 x 2 Figueirense
Oeste 0 x 0 Luverdense 

Balanço da 6ª rodada
3V dos mandantes (12 GP), 2E e 5V dos visitantes (14 GP)

Agenda da 7ª rodada
13/06 (19h15) – Londrina x Oeste (Estádio do Café)
13/06 (19h15) – Guarani x Paysandu (Brinco de Ouro)
13/06 (19h15) – Náutico x Paraná (Arena Pernambuco)
13/06 (20h30) – CRB x Vila Nova (Rei Pelé)
13/06 (20h30) – Juventude x ABC (Alfredo Jaconi)
13/06 (20h30) – Goiás x Boa (Serra Dourada)
13/06 (20h30) – Figueirense x Criciúma (Orlando Scarpelli)
13/06 (21h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)
13/06 (21h30) – América x Internacional (Independência)
13/06 (21h30) – Luverdense x Brasil (Arena Pantanal)

Eutrópio deixa o Santa com rendimento de 57% em 32 jogos, mas sem evolução

Série B 2017, 6ª rodada: Santa Cruz 1 x 3 Londrina. Foto: Nando Chiappetta/DP

“A diretoria coral se reuniu com o treinador neste sábado. De forma tranquila e amigável, a saída de Eutrópio foi definida. O Santa Cruz agradece os serviços prestados por Eutrópio, que foi importante no processo de remontagem do elenco para 2017.”

Vinícius Eutrópio foi o principal responsável pela formação do elenco, esfacelado após a saída dos principais nomes presentes no Brasileirão. Com um orçamento enxuto e a meta de retornar de forma imediata à elite, o técnico conseguiu dosar apostas (como Pitbull e Thomás) com jogadores de potencial, mas em baixa (como Elicarlos, Barbio etc). Com o time formado, passou longe de agradar o torcedor com o esquema adotado, de característica defensiva. Embora a limitação ofensiva justificasse a decisão, faltou ambição (tática e técnica, como a manutenção de Everton Santos) para encontrar soluções.

Com três eliminações em um semestre, a relação tornou-se bem distante. Apesar dos índices regulares, faltava “bola”. O bom início na Série B até apaziguou, mas as derrotas para Goiás (recuando o time quando fazia boa partida) e Londrina (sem compactação, em casa), quando foi expulso, encerraram o vínculo. As aspas acima, informadas pela direção coral através das redes sociais, encaminham um novo trabalho. Entretanto, cabe uma ressalva: caso o clube não regularize a situação financeira, com seguidos salários atrasados, a simples troca de comando tende a ser insuficiente…

Tricolor, o que você achou da mudança no comando técnico?

Estadual (3º lugar, eliminado pelo Salgueiro)
14 jogos; 6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas; 23 GP e 14 GC; apt. de 54,7% 

Nordestão (3º lugar, eliminado pelo Sport)
10 jogos; 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 13 GP e 5 GC; apt. de 73,3%  

Copa do Brasil (oitavas, eliminado pelo Atlético-PR)
2 jogos; nenhuma vitória, 1 empate e 1 derrota; 0 GP e 2 GC; apt. de 16,6%  

Série B (7º lugar)
6 jogos; 3 vitórias, nenhum empate e 3 derrotas; 8 GP e 9 GC; apt. de 50,0%

Total (jogos oficiais)
32 jogos; 16 vitórias, 7 empates e 9 derrotas; 44 GP e 30 GC; apt. de 57,2%

Santa perde a segunda seguida na Série B. Desta vez no Arruda, para o Londrina

Série B 2017, 6ª rodada: Santa Cruz 1 x 3 Londrina. Foto: Marlon Costa/Futura Press/Estadão conteúdo

Em apenas quatro dias, o Santa Cruz acumulou duas derrotas na Série B, com cinco gols sofridos, expondo justamente o setor mais ajustado do time. Diante de Goiás e Londrina, a relação da torcida coral com Vinícius Eutrópio tornou-se ainda mais turbulenta, tendo como ponto alto a expulsão do técnico nesta sexta, no Arruda, com o tricolor perdendo a invencibilidade em casa.

Por volta de 46 minutos, na reclamação do pênalti a favor dos paranaenses, o treinador foi repreendido pelo árbitro gaúcho Jean Pierre Lima. Entre os poucos corais nas sociais, mais reclamações. A maioria direcionada ao próprio treinador, na descida para o vestiário. Àquela altura, o volante Germano já convertera, no cantinho de Júlio César. Embora tenha começado melhor, propondo o jogo e com Ricardo Bueno tirando tinta da trave numa cabeçada, a equipe tricolor já vinha tomando pressão nos últimos 15 minutos da primeira etapa. Escapara em dois contragolpes e numa cobrança de escanteio, no travessão. Na penalidade cometida por Anderson Salles, não teve jeito.

No segundo tempo, a reação parou com apenas seis minutos, quando Salles, em noite infeliz, escorregou, com Belusso se aproveitando e rolando a bola para Artur marcar. O mesmo Artur faria mais um, num chutaço de fora da área, justamente no “melhor momento” do Santa em termos de criação. As aspas são necessárias (e óbvias) devido à situação do jogo, com o placar bem favorável ao Londrina, já compactado na defesa. Enquanto isso, aquele time que chegou a mirar a liderança no Serra Dourada ia sendo goleado em casa. Acionado numa fogueira, o estreante Léo Lima ainda deu um passe, no finzinho, para João Paulo anotar o único e insuficiente tento coral, 1 x 3. Eutrópio acompanhou o restante pela tevê, longe da pressão estabelecida…

Série B 2017, 6ª rodada: Santa Cruz 1 x 3 Londrina. Foto: Nando Chiappetta/DP