Faltam 14 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro de 2009. Um número bem razoável de jogos, mas mesmo assim, a turma lá embaixo na classificação já está naquela fase tensa de “secação”.
Por isso, o blog atualiza as probabilidades de rebaixamento, considerando o Atlético Paranaense como o último time lutando contra a degola. Pelo menos até agora… 😎
Quantos jogadores pernambucanos estão disputando a Série A de 2009?
Mesmo com 2 clubes no Brasileirão, o estado tem apenas 18 atletas inscritos na CBF.
A Bahia, por exemplo, tem 52. E só tem o Vitória como representante… 😯
Dessa forma, não é de se estranhar que o Náutico seja o time mais democrático de toda a competição.
O time conta com jogadores de 16 estados em seu elenco (além do uruguaio Acosta). São 8 mineiros, 5 paulistas, 5 pernambucanos, 4 baianos, 2 cariocas, 2 alagoanos e mais um representante de MT, RS, ES, GO, PR, CE, SE, SC, DF e MA. Geninho deve ter trabalho para compreender uma gama tão grande de sotaques.
O oposto do que ocorre com o Santo André, que tem nada menos que 25 jogadores de São Paulo em seu elenco! Com 14 paulistas na Ilha, o Sport só perde do Santo André e do Corinthians, que tem 17.
Formador e negociador de jogadores, o Cruzeiro tem apenas 3 mineiros no grupo.
Essa análise sobre a origem dos atletas de todos os 20 clubes no Nacional-2009 foi feita pelo site Plano Tático (veja o detalhamento AQUI).
Estados com mais jogadores no Brasileirão:
1º) São Paulo – 190
2º) Rio de Janeiro – 91
3º) Paraná – 58
4º) Minas Gerais – 57
5º) Bahia – 52
6º) Goiás – 21
7º) Pernambuco – 18
Os estados do Acre, Amapá, Roraima e Rondônia não tem um atleta sequer…
Esses dados estão relacionados aos resultados dos times? O fato de o Náutico ser uma babel significa um planejamento incomum do clube? Montar a sua base a partir de jogadores de outro estado, como fez o Sport, pode resultar numa descaracterização do clube? Opine! 😎
Sobre os gringos do campeonato: ao todo são 34 atletas, sendo 12 argentinos. Apenas um boliviano, Arce, que está na Ilha. O único europeu é o sérvio Petkovic.
Estava afundado na zona de rebaixamento. Pior… Estava na lanterna do Brasileirão.
Como é de praxe na crise, seguiu mudando de técnico, trazendo jogadores etc.
Chegou o técnico Geninho… Que disse logo: “Nunca fui rebaixado”.
E aos poucos, mesmo com os tropeços, o Timbu foi melhorando…
Na noite deste sábado, ganhou pela segunda vez seguida! Bateu o Santo André por 2 x 1 (Carlinhos Bala 2x), em Caruaru. O jogo era uma peça-chave na recuperação do time.
E a torcida sabia disso. Tanto que a distância até Caruaru não afastou a timbuzada do Lacerdão. Um público de 13.434! Muito bom, ainda mais pelas circunstâncias.
Com a vitória, o Timbu irá amanhecer no Dia dos Pais fora da zona de rebaixamento. Depois de muito tempo, e com muito suor. Está em 16º lugar, e uma combinação de resultados poderá fazer com que o time também chegue assim na segunda-feira.
Outro dado que mostra que a situação está mudando (para melhor): nos últimos 6 jogos, o time dos Aflitos perdeu apenas 1 vez (2v, 3e e 1d)!
Mais um dado, agora para mostrar que até a “sorte” apareceu: o Santo André teve um pênalti a favor com 1 minuto de jogo! Marcelinho bateu e… Gléééééédson!
Confira a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre o triunfo timbu AQUI.
Como já está virando tradição no blog, aqui vai a atualização do ranking de títulos nacionais do futebol brasileiro. Com o título da Copa do Brasil, o Corinthians se descolou de um grupo com 6 taças nacionais.
Agora, o Timão é o 3º maior vencedor do país, atrás apenas dos rivais Palmeiras e Santos. Ressalva: todos os títulos corintianos foram nas 2 únicas competições disputadas atualmente. Confira. 😎
10 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
8 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
7 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983 e 1992; CB: 1990 e 2006; C: 2001)
7 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999 e 2005; CB: 1995, 2002 e 2009)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – Cruzeiro (A: 2003; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
4 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000)
3 – Fluminense (A: 1984; R: 1970; CB: 2007)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).
Já estava até esquecendo… Existem 22 clubes campeões nacionais, nos 76 torneios realizados. Segundo o blog, que fique claro.
Obs. Os títulos foram somados sem distinção. O blogueiro, porém, acredita que as competições têm pesos bem diferentes (CLARO). Já a diferença nas posições com clubes com o mesmo número de taças foi estabelecida pelo último título (com vantagem para o mais antigo).
* As competições de elite levadas em consideração foram a Taça Brasil, Robertão, a Série A (1971/2008), a Copa do Brasil (1989/2009) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Mas o que todos esses campeonatos têm em comum? Todas eles classificaram os vencedores à TaçaLibertadores.
Em 11 jogos, o time passou 6 partidas seguidas sem vencer.
Chegou a estar perdendo o jogo de volta das quartas de final por 4 x 2 até os 35 do 2º tempo. Isso contra o Palmeiras, no Palestra Itália, e depois de um empate por 3 x 3 em casa…
Na semifinal, perdia por 4 x 1 em casa, com um jogador a menos… Ainda assim avançou para a decisão, conseguindo reverter a situação mais uma vez longe de casa. Graças aos 2 gols marcados no fim do jogo de ida. 😯
Na final, encarou um Maracanã rubro-negro. E venceu, quando só a vitória interessava. Em 30 de junho de 2004.
Surpreendeu a todos, em uma das maiores zebras da história.
Esse é o Santo André, sediado no ABC Paulista, que há exatos 5 anos sagrava-se campeão nacional. Diante do Flamengo.
O time – que estava na 2ª divisão do futebol brasileiro – eliminou Novo Horizonte-GO, Atlético-MG, Guarani (então na Série A), Palmeiras, 15 de Novembro-RS e Flamengo.
A frase do título deste post foi dita certa vez pelo técnico Luiz Felipe Scolari, se referindo aos últimos 5 minutos do 2º tempo. Tempo para garantir o resultado, dar chutão se for preciso, redobrar a atenção… Assim, Felipão deve ter arrancado os últimos cabelos neste sábado ao acompanhar a rodada do Brasileirão.
Até os 44 minutos do segundo tempo, 5 dos 6 jogos estavam assim:
Santo André 1 x 1 Sport (1/1)
Vitória 3 x 3 Botafogo (1/1)
Atlético-PR 2 x 1 Palmeiras (3/0)
Avaí 2 x 2 Fluminense (1/1)
Grêmio 1 x 2 Goiás (0/3)
O Sport arrancava um ponto no ABC Paulista; o Botafogo conseguia um suado empate depois de estar perdendo por 3 x 1; o Atlético-PR conseguia a sua 2ª vitória seguida após a lanterna; o Avaí chegava a 7 jogos sem vitória; e o Goiás conseguia um grande triunfo no Olímpico.
Pós-44 minutos do 2º tempo…
Santo André 2 x 1 Sport (3/0)
Vitória 4 x 3 Botafogo (3/0)
Atlético-PR 2 x 2 Palmeiras (1/1)
Avaí 3 x 2 Fluminense (3/0)
Grêmio 2 x 2 Goiás (1/1)
O Sport perdeu com um gol irregular aos 48 e se mantém na zona de rebaixamento; o Vitória venceu aos 44, numa falha do goleiro Renan, aumentando a crise botafoguense na posição; o Palmeiras empatou aos 48 com um gol de Keirrison, atacante revelado logo pelo Coritiba; o Avaí venceu, também aos 48, com um golaço de Léo Gago ( 😯 ), e o Grêmio evitou a derrota em casa com um peixinho de Maxi López aos 46.
Emoção pura. Alegria e tristeza no apagar das luzes.
Jogo com público bem reduzido no estádio Bruno José Daniel, no ABC Paulista. Com o frio aumentando a cada minuto na tarde deste sábado.
O Sport começou o jogo combatendo a temperatura baixa. Aos 5 minutos do 1º tempo, o estreante Elder Granja brigou pela bola, conseguiu o desarme, tabelou e ainda ficou cara a cara com o goleiro Neneca… Tocou por cima, mas a zaga paulista tirou.
O Leão, aliás, foi muito bem nos primeiros 20 minutos, criando chances, jogando apenas no campo do adversário. Foram 5 finalizações no período.
Na 6ª finalizaçào, finalmente o gol, mais do que merecido. E de um estreante, o meia Hugo (foto), o menos conhecido do pacote liberado pelo Atlético-MG.
O empate do Santo André veio num vacilo daqueles, aos 30. Cicinho, foi até a linha de fundo pelo lado direito e tocou para Elvis, mais livre ainda… Ele só teve o trabalho de finalizar para as redes de Magrão.
No segundo tempo, o Sport voltou com Weldon no lugar de Ciro, que não produziu muita coisa. O substituto sim: raiva. 👿 Aos 12, na sua marcante arrancada, Weldon quase desempatou.
Depois, o atacante teve mais duas grandes chances… Duas finalizações horríveis.
Aos 31, Weldon foi além. Perdeu um gol incrível, livre, após bola levantada na área… 😯
Aos 35, Durval recebeu o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho. A segunda expulsão do capitão leonino em 201 jogos pelo clube.
E aos 48 minutos do 2º tempo, a prova de que a maré não está nada agradável para os rubro-negros. Após um cruzamento na área, Nunes cabeceou na trave, a bola voltou para Marcel, que estava claramente impedido e virou. Virou o jogo e o barco leonino.
As duas derrotas do Sport na Ilha do Retiro neste Brasileirão foram emblemáticas. Ambas para os Atléticos. Primeiro o Mineiro, e depois o Paranaense. Os dois times jamais haviam vencido o Leão no Recife em jogos válidos pela Série A. E assim, o Rubro-negro pernambucano foi piorando as suas estatísticas.
Na tarde deste sábado, contra o Santo André, fora de casa, o Sport irá abrir os números do confronto na elite nacional. Nem vitórias, nem empates e nem derrotas. Tudo zerado para o duelo.
Considerando invencibilidades e jejuns, abaixo vão outros confrontos do Sport:
Na Ilha – nunca perdeu de Coritiba (8 jogos) e Vitória (8)
Fora de casa – nunca venceu Atlético-PR (9), Coritiba (10), São Paulo (13) e Grêmio (17)
* O Sport nunca enfrentou na elite o Avaí, Santo André e Barueri
O Náutico, por sua vez, vem recontando a sua história nesta Série A de maneira positiva. O time venceu o Atlético-PR na Arena da Baixada, de virada, alcançando o 1º triunfo em Curitiba.
Já diante do Atlético-MG, também longe dos Aflitos, o time manteve o tabu (agora, com 9 derrotas em 9 jogos). Confira os dados do Timbu:
Nos Aflitos – nunca perdeu de Atlético-PR (4) e Santo André (1)
Fora de casa – nunca venceu Atlético-MG (9), Cruzeiro (9), Flamengo (10), Grêmio (11), Palmeiras (9), Santo André (1) e São Paulo (5)
*O Náutico nunca enfrentou na elite o Avaí e o Barueri
Obs. O post trata apenas de jogos pelo Brasileirão, pois, como os rubro-negros devem lembrar bem, o Sport já perdeu para o Santo André na Ilha, na Série B de 2005, no jogo que marcou a festa do centenário do clube… 😯
Ou a Grécia (???) faturando a Eurocopa de 2004 (de novo 2004!), diante da seleção portuguesa, do técnico Felipão, em Portugal…!? 😯
Sem dúvida alguma, existem muitas zebras ao longo dos anos no futebol. Daquelas que 99,99% dos torcedores apostariam no favorito, no gigante. Mas uma das razões da paixão pelo futebol é o fato de ser tão surreal, imprevisível.
Imprevisível como uma emblemática decisão que completa 30 anos neste sábado.
Na última quarta-feira, a Liga dos Campeões da Uefa reuniu na decisão em Roma dois gigantes do continente: Barcelona e Manchester United, com a vitória do primeiro. Uma final prevista em qualquer resenha no início de temporada.
Mas na final de 1979 o mundo acompanhou o duelo entre Nottingham Forest, da Inglaterra, e Malmö, da Suécia. Também no estádio Olímpico, mas o de Munique, diante de 57 mil pessoas. Tudo bem, um time era da Inglaterra, e só por isso já deveria ser uma das forças tradicionais do país. Nada disso.
O Nottingham havia conquistado o seu 1° título inglês (e único até hoje) no ano anterior, e, assim disputava a sua primeira Copa dos Campeões (nome da competição na época). Vale ressaltar que o clube já tinha 114 anos naquela temporada! 😯
Mas a equipe aproveitou bem a chance! Antes da final, eliminou Liverpool (então bicampeão), AEK (Grécia), Grasshopper (Suíça) e Köln (Alemanha). Em 30 de maio de 79, o Forest ganhou por 1 x 0, gol de cabeça do meia Francis (vídeo abaixo). Depois, o capitão McGovern (foto) ergueu a taça, numa cena surreal no Velho Mundo.
Agora, a observação que torna esse título emblemático… O Nottingham Forest (sediado na famosa floresta de Robin Hood) não só foi campeão europeu, como bicampeão! Em 1980, o time alvirrubro ganhou do Hamburgo (ALE) por 1 x 0, em Madri. O título inglês e o bi europeu foram sob a batuta do técnico Brian Clough (esse sim, milagreiro), que ficou no clube entre 75 e 93 (907 jogos).
Assim, o Nottingham conseguiu algo que nem times como Arsenal e Chelsea conseguiram. E após aqueles anos mágicos, o clube voltou ao ostracismo, e hoje se encontra na 2ª divisão inglesa, sendo o único campeão europeu nesta situação…
Nottingham Forest, a única zebra dupla da história. 😎
De acordo com informações da Agência Estado, o Santo André está planejando algo pra lá de polêmico. Surreal até…
De fato, o campeão da Copa do Brasil de 2004 nunca foi o time mais popular de São Paulo. A concorrência com os grandes da capital é desleal. Mas acho que isso não justifica a decisão de vender o mando de campo. Isso mesmo… Vender!
O clube do ABC paulista deverá jogar algumas vezes no Paraná, e não estou falando dos confrontos contra Coritiba e Atlético-PR. Mas sim os duelos contra Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. Jogos na cidade de Londrina, no norte paranaense, no estádio do Café, com capacidade para 30 mil pessoas.
Contra Grêmio e Internacional, as partidas deverão acontecer em Cascavel, no oeste do Paraná. O estádio Olímpico pode receber até 25 mil pessoas. A renda das 6 partidas deverá ser boa, sem dúvida. Até porque o estádio Bruno José Daniel tem capacidade para apenas 15.157 pessoas, e quase nunca lota.
A diretoria do Santo André ainda não confirma, mas as 2 prefeituras confirmam o acordo. O Santo André receberia R$ 250 mil por jogo, além de 50% da arrecadação e das despesas pagas. 😯
Você concorda essa ideia do Santo André? Opine!
Foto: estádios Bruno José Daniel (Santo André/SP), Café (Londrina/PR) e Olímpico (Cascavel/PR), respectivamente.
Post com a colaboração do editor-assistente do DP Carlos Lopes