As regras do jogo para ter a Seleção Brasileira no Recife

Evandro Carlos (FPF) e José Maria Marin (CBF). Foto: CBF/divulgação

Mostrando o óbvio, que o critério de escolha dos jogos da Seleção Brasileira no país é político, o Recife poderá voltar a receber um amistoso do Brasil este ano.

Em 11 de setembro, provavelmente contra a China. Desde 1995, só houve um jogo aqui.

Em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em 10 de junho de 2009, a Canarinha venceu o Paraguai por 2 x 1, com gols de Robinho e Nilmar.

O longo hiato ocorreu devido ao embate entre Carlos Alberto Oliveira e Ricardo Teixeira. Uma “paz” entre os dirigentes foi costurada pelo governador e o estado recebeu o jogo.

Agora, com novos dirigentes nas cabeceiras, FPF e CBF estão cada vez mais próximas, com Evandro Carvalho e José Maria Marin. Pedido protocolado e negociações retomadas.

Naturalmente, a 73ª colocada do ranking da Fifa não é o alvo ideal do escrete visando 2014. Em relação ao mercado chinês, contudo, trata-se de uma prioridade para a CBF.

No Arruda, o Brasil segue invicto em trinta anos de história, com públicos enormes.

As oito partidas que a Seleção realizou no Arruda levaram 512.717 torcedores às arquibancadas do estádio coral, o que proporciona uma média de 64.089 pessoas.

Na última apresentação, com ingressos caríssimos de R$ 100, R$ 200 e até R$ 300, a renda bruta chegou a R$ 4.322.555, a maior da história do futebol pernambucano.

Ao Santa Cruz, 10% do apurado. O Brasil será mesmo bem-vindo, financeiramente.

Apesar desses números no Recife e por mais que o torcedor tenha saudade de ver a Seleção de perto, jogos deste porte dependem de um acerto político.

São as regras do jogo. De um jogo pra lá de truncado…

Ricardo Teixeira (CBF) e Carlos Alberto Oliveira (FPF). Foto: FPF/divulgação

Pernambuco e Seleção, um caso cada vez mais raro

Confederação Brasileira de Futebol

Há três anos nenhum jogador atuando em Pernambuco era convocado para a Seleção.

Pois os desconhecidos atacantes Joelinton, do Sport, e Jefferson Nem, do Náutico, estão na lista divulgada pelo técnico Marquinhos Santos, do time Sub 17 (veja aqui).

A última convocação do estado havia sido para o campeonato mundial de juniores de 2009, com os rubro-negros Ciro e Saulo. A Canarinha foi vice-campeã do torneio.

Na equipe principal o hiato é ainda maior, desde 2001, com o volante Leomar, do Sport.

A volta do Timbu e do Leão à Série A colaborou para esta dupla convocação?

De fato, após o acesso de ambos à elite o Recife recebeu a visita de Bruno Costa, observador das categorias de base da CBF, que assistiu em abril aos juvenis e juniores.

Que os dois clubes estejam mais organizados em relação à documentação e recolhimento do FGTS dos jovens atletas semiprofissionais.

Para analisar se a lista foi um indício de uma retomada da base no Recife ou algo fortuito, é preciso enxergar os investimentos locais, através de parcerias privadas.

Os rivais vêm investindo pesado nos respectivos centros de treinamento, com R$ 6 milhões em cada um. No embalo econômico da Copa do Mundo de 2014, eis a chance de reativar de vez o processo para a revelação de novos talentos. Retorno garantido.

Ao Santa Cruz, fica claro que é preciso sair de uma vez deste buraco da Série C…

Confira todos os jogadores de Sport, Santa Cruz e Náutico que já foram convocados para a Seleção Brasileira principal clicando aqui.

Com a situação atual, qual é a expectativa para ver alguém saindo direto dos Aflitos, Ilha do Retiro ou Arruda para defender a formação adulta da Canarinha?

Treino do Brasil. Foto: CBF/divulgação

Cinquentenário do domínio brasileiro nas taças do futebol

Copa do Mundo 1962, final: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia. Foto: CBF/divulgação

Há 50 anos a Seleção Brasileira conquistava o bicampeonato mundial.

O triunfo em Santiago, no Chile, transformava o Brasil de vez no “país do futebol”.

Quase 70 mil pessoas no estádio Nacional viram o auge de Garrincha, que tomou para si aquela Copa, depois que Pelé se machucou no início da competição.

Com 25 anos, Mané esbanjou habilidade, arte e marcou gols decisivos.

O anjo das pernas tortas liderou tecnicamente um time bem experiente, com a base de 1958. Estavam lá Nilton Santos, de 37 anos, Didi, 34, Djalma Santos, 33, e Gilmar, 32.

A caminhada invicta teve o seu desfecho em 17 de junho de 1962.

Masopust até abriu o placar para a Tchecoslováquia aos 15 minutos, mas o atacante Amarildo, o “Possesso”, empatou dois minutos depois.

Possesso? Sim, este é o célebre apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues àquele que conseguiu substituir Pelé à altura. Apelido com cara de sobrenome.

Na etapa final, Zito virou o jogo aos 24. Aos 33, Vavá cravou o 3 x 1 do título.

Acompanhando a decisão pelo rádio, a torcida brasileira festejou a conquista nas ruas e só pôde assistir ao jogo dois dias depois, no cinema. TV ao vivo, só a partir de 1970.

Desde que o capitão Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet, o Brasil mantém o status de maior campeão. Até ali, Itália e Uruguai eram os maiores vencedores, bicampeões.

O tri da Seleção em 1970 só seria igualado em 1982 (Itália) e 1990 (Alemanha). Igualado sim, ultrapassado jamais. Em 1994, o tetra. Em 2002, o penta. Pioneiros.

Portanto, este 17 de junho de 2012 é o jubileu do gigante…

Jubileu do Possesso

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962. Arte: Greg/Diario de Pernambuco

Aos 71 anos, Amarildo segue a sua vida de forma tranquila no Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, contudo, o telefone tocou algumas vezes, quebrando a rotina pacata. Gente que nunca o viu em ação nos gramados, ao vivo. Nem mesmo os pais…

Eram pessoas ávidas em recontar com orgulho a história construída pelo atacante, o substituto do insubstituível em plena Copa. Agora um senhor, Amarildo continua simpático ao relembrar os melhores momentos de sua carreira, quando sacudiu o país.

No Superesportes, a tarefa, acompanhada pelo prazer de um apaixonado pelo futebol, coube ao repórter Lucas Fitipaldi, que conseguiu entrevistar o ex-jogador e arrancou detalhes sobre a trajetória do bicampeonato mundial da Seleção, 50 anos depois.

Em 1962, o destino escreveu certo por linhas e pernas tortas. Pelé não deixou de ser Pelé por sua ausência em grande parte da campanha no Chile. Amarildo, porém, jamais seria Amarildo, “O Possesso”, não fosse a lesão do Rei…

Pelé machucado, o que fazer?
“Pelé era uma figura respeitada por todos. Ninguém, sob hipótese alguma, queria perdê-lo. A verdade é a seguinte: ele pouco se machucava, e eu nem imaginava jogar aquela Copa. Nunca fui reserva em toda minha carreira. Só naquele time. Não tinha jeito de jogar na frente do Pelé, né?”

Lembrança eterna
“Ganhar uma Copa do Mundo é o máximo na carreira de um jogador. As lembranças da final e daquele jogo contra a Espanha são as mais vivas na minha memória. É como um filme. Fica passando pela cabeça o resto da vida. Você não esquece nunca. Guarda.”

Conselho real
“Pelé chegou pra mim e falou: ‘Não se preocupe. Você vai jogar com os mesmos caras do Botafogo. Não pense em mim’. Era meio time do Botafogo. Isso me ajudou.”

Com personalidade
“Eu nunca tremi. Em jogo nenhum. Sempre tive confiança nas minhas possibilidades. Já era acostumado a jogar com Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos… Por isso, não me sentia inferior a ninguém. Nem ao próprio Pelé.”

Encarnando o Possesso
“Minha carreira estava em jogo naquele dia. Eu sabia que meu futuro dependia daquela atuação. Se as coisas não dessem certo, se o Brasil fosse eliminado, a culpa recairia sobre mim. Foi um chororô geral quando Pelé se machucou. O país inteiro acusou o golpe. Felizmente, entrei e fiz o que tinha de fazer. Liquidei a classificação.”

Batizado por Nelson Rodrigues
“Adorei o apelido. Eu era mesmo um ‘possesso’ dentro de campo. Jogava pro time os 90 minutos. Via cada jogo como uma batalha. Foi um apelido que encaixou direitinho”.

Garrincha, o bicho-papão
“Ele saiu da ponta direita e foi jogar em toda a parte. Fez gol de cabeça, de falta, de fora da área. Jogou de centroavante, vinha buscar a bola no meio. Fez de tudo. Eu sei que contribuí muito, mas Garrincha foi o bicho papão daquela Copa. Os adversários o temiam tanto quanto Pelé. Até porque ele já era conhecido no mundo inteiro. Foi, sem dúvida, o jogador mais importante.”

Às futuras gerações
“Costumo dizer o seguinte: mais difícil do que chegar ao topo é permanecer por lá. Os jovens como Neymar, por exemplo, precisam ter consciência disso. Depois que subi um degrau na minha carreira, nunca mais desci.”

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962

Copa das Confederações, do Rei Fahd ao ensaio geral

Logotipo da Copa das Confederações de 2013

Falta exatamente um ano para o início da Copa das Confederações no Brasil.

O jogo de abetura será em 15 de junho de 2013, às 16h, no Estádio Nacional, em Brasília, com a presença da Seleção Brasileira. Serão 365 dias para organizar toda a infraestrutura para a 9ª edição do evento para o Mundial, atualmente chamado de teste, mas que há vinte anos era, na verdade, uma ode ao rei saudita. Confira.

1992 – Troféu extraoficial

Os petrodólares atraíram bastante jogadores e técnicos no início da década de 1990 ao Oriente Médio. A Arábia Saudita, nação mais rica da região, foi além, promovendo a Copa Rei Fahd, com os campeões continentais. Na primeira edição, só quatro times. Mas foi um sucesso de público, com 169 mil pessoas em quatro partidas, todas no estádio Rei Fahd, na capital Riad. Sob o olhar do rei, que morreria em 2005, aos 85 anos.

Bandeira da Arábia SauditaSede: Arábia Saudita
Campeão: Argentina
Vice: Arábia Saudita
Participantes: 4
Jogos: 4
Gols: 18 (média de 4,5)
Estádios: 1
Média de público: 42.375 pessoas
Artilheiros: Murray (EUA), Batistuta (Argentina), 2 gols

1995 – Estreia europeia no circuito

A novidade na 2ª Copa Rei Fahd, além do período de realização de dois em dois anos a partir dali, foi a presença do campeão europeu. Vencedora da Eurocopa em junho de 1992, a Dinamarca poderia ter participado da pioneira Copa das Confederações, mas declinou do convite. Em 1995, a seleção encarou a disputa e conquistou a taça, batendo a Argentina de Batistuta e Ortega por 2 x 0, com gols de Landrup e Rasmussen.

Bandeira da Arábia SauditaSede: Arábia Saudita
Campeão: Dinamarca
Vice: Argentina
Participantes: 6
Jogos: 8
Gols: 19 (média de 2,3)
Estádios: 1
Média de público: 20.625 pessoas
Artilheiro: Luis Garcia (México), 3 gols

1997 – Com a chancela da Fifa

Novamente na Arábia Saudita, a Copa Rei Fahd passou a contar com a chancela da Fifa, que deu a denominação atual. Posteriormente, a entidade oficializou os dois torneios precursores. A Copa passou a contar com oito países, formato mantido até hoje. Começava também o domínio da Seleção Brasileira na competição. Na decisão, um categórico 6 x 0 sobre os australianos, com três gols de Romário e três de Ronaldo. O ataque “Rô-Rô”.

Copa das Confederações de 1997Sede: Arábia Saudita
Campeão: Brasil
Vice: Austrália
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 52 (média de 3,2)
Estádios: 1
Média de público: 20.843 pessoas
Artilheiro: Romário, 7 gols

1999 – Sucesso de público

No torneio, apesar das 16 partidas na agenda, foram apenas duas subsedes, o Azteca (Cidade do México) e Jalisco (Guadalajara), ambos utilizados nos Mundiais de 1970 e 1986 e devidamente modernizados. Com uma seleção de novos, o Brasil fez ótimas partidas na Copa das Confederações do México, goleando a Alemanha por 4 x 0 e a Arábia Saudita por 8 x 2. Na decisão, com 110 mil pessoas no Azteca, o time da casa conquistou o seu primeiro título intercontinental, com um agônico 4 x 3 sobre a Seleção.

Copa das Confederações de 1999Sede: México
Campeão: México
Vice: Brasil
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 55 (3,4)
Estádios: 2
Média de público: 60.625 pessoas
Artilheiros: Ronaldinho, Al Otaibi (Arábia Saudita) e Blanco (México), 6 gols

2001- Um teste de verdade

Enfim, um torneio organizado com o status de teste oficial para a Copa do Mundo. A preocupação da Fifa se devia à logística de um torneio em dois países, feito inédito para a entidade. Cada país-sede emplacou três arenas, em um recorde que deverá ser igualado em 2013. Treinado por Emerson Leão, o Brasil com um time “B” foi despachado na semifinal. Os estádios do Mundial, os mais modernos do planeta até então, foram aprovados. Não houve atrasos.

Copa das Confederações de 2001Sede: Coreia do Sul/Japão
Campeão: França
Vice: Japão
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 31 (média de 1,9)
Estádios: 6
Média de público: 34.824 pessoas
Artilheiros: Suzuki (Japão), Hwang (Coreia), Carriere e Viera (França), Murphy (Austrália), 2 gols

2003 – Fatalidade sob os olhos do mundo

Cinco anos após o seu Mundial, a França voltou a organizar um torneio de grande porte e de grande audiência televisiva. A estrutura de 1998 ainda era mais do que suficiente. Aquele ano, contudo, ficou marcado pela morte do jogador camaronês Marc-Vivien Foé em plena semifinal contra a Colômbia, no estádio Gerland, em Lyon. O ato reforçou a pressão da Fifa pela segurança dos jogadores, com a rigidez dos cuidados médicos.

Copa das Confederações de 2003Sede: França
Campeão: França
Vice: Camarões
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 37 (média de 2,3)
Estádios: 3
Média de público: 30.731 pessoas
Artilheiro: Thierry Henry (França), 4 gols

2005 – Aprendendo com as falhas

Uma mudança definitiva na estrutura do torneio. A partir de 2005, a Copa das Confederações seria realizada de quatro em quatro anos, sempre no país-sede do Mundial, um ano antes. O objetivo seria, literalmente, testar a organização. No caso da Alemanha, funcionou, ainda que às avessas. Primeiro com a falha na cobertura retrátil da arena Waldstadion, em Frankfurt, que vazou durante um temporal no jogo Brasil x Argentina. Outro problema foi o número de invasões de campo: cinco. Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa 2006, classificou os episódios como uma “vergonha”. No Mundial, invasões contidas e nada de vazamentos na cobertura dos estádios.

Copa das Confederações de 2005Sede: Alemanha
Campeão: Brasil
Vice: Argentina
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 56 (média de 3,5)
Estádios: 5
Média de público: 37.694 pessoas
Artilheiro: Adriano, 5 gols

2009 – Prazo vencido para as arenas

O atraso nas obras dos estádios para o primeiro Mundial da África respingou no evento-teste. Johanesburgo foi o palco da abertura e da final, tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo. Ao contrário do Mundial, quando o belíssimo Soccer City recebeu as partidas, em 2009 foi o Ellis Park. A construção do maior estádio da cidade só seria finalizada em 21 de outubro daquele ano. A decisão entre brasileiros e norte-americanos aconteceu no dia 28 de junho. Um caso ainda pior ocorreu com a cidade de Port Elizabeth, que acabou de fora. A cúpula da subsede retirou-se do torneio em 8 de julho de 2008 porque o estádio Nelson Mandela não ficaria pronto a tempo para o prazo estipulado pela Fifa, em 30 de março de 2009. Assim, restaram apenas quatro cidades. Contexto semelhante ao de 2013, com as seis praças correndo contra o tempo.

Copa das Confederações de 2009Sede: África do Sul
Campeão: Brasil
Vice: Estados Unidos
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 44 (média de 2,7)
Estádios: 4
Média de público: 36.555 pessoas
Artilheiro: Luis Fabiano, 5 gols

Para 2013, seis países já estão classificados: Brasil, Espanha, Uruguai, México, Japão e Taiti.

As edições seguintes serão na Rússia (2017) e Catar (2021).

Pelé vs Maradona vs Messi vs Neymar

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

Quatro craques do futebol.

Pelé, Maradona, Messi e Neymar. Os dois primeiros em época bem distintas.

Como compará-los? Certamente, não é uma tarefa fácil…

Um caminho seria escolher um período da carreira. No caso, os 20 anos de idade.

Em seguida, pode-se avaliar o desempenho estatístico de cada um e o respectivo mercado na época, realizando uma complicada correção monetária.

Tal mercado imaginário teria o Rei Pelé como atleta mais valorizado do futebol.

Com 20 anos, o jogador então no Santos e já campeão mundial com a Seleção Brasileira valeria 93 milhões de euros, ou R$ 236 milhões.

A empresa Pluri Consultoria realizou uma pesquisa com a valorização ano a ano dos dois craques brasileiros e dos dois craques argentinos dos 16 aos 20 anos (veja aqui).

Foi utilizado o software chamado SoccerMetric, com mais de 50 critérios de avaliação, como idade, habilidade, histórico de lesões, jogo de equipe, marketing etc.

Abaixo, a carreira do quarteto aos 20 anos de idade.

Tecnicamente, a discussão pode ser eterna. No mercado, talvez não. Como curiosidade, o valor de mercado de Pelé no auge de sua carreira.

Numa hipotética situação em que a economia atual fosse aplicada em 1967, os direitos econômicos do Rei, aos 27 anos, seriam de 175 milhões de euros. Ou R$ 451 milhões…

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

O sorriso que ganhou a capa

Capa do Superesportes: 10-06-2012

Foi um sábado com a grade esportiva apuradíssima.

Jogos da Eurocopa, treino oficial da Fórmula 1, final do torneio feminino de tênis de Roland Garros e um clássico do futebol com Brasil x Argentina.

Qual seria o destaque do caderno esportivo deste domingo, 10 de junho?

Com três gols, Lionel Messi certamente roubaria todas as manchetes. Mas eis uma boa justificativa para mudar o foco. Maria Sharapova.

A justificava, com uma boa dose de ironia, está no título publicadado na capa…

Confira os bastidores da edição do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes através do blog Direto da Redação.

O blog é escrito pelos editores-executivos do Diario, Sérgio Miguel Buarque e Paulo Goethe, e pelos editores da primeira página do jornal, Fred Figueiroa e Humberto Santos.

O melhor do mundo e o aprendizado da Seleção

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Lionel Messi vivia sob desconfiança da torcida argentina há um bom tempo. Os hermanos alegavam que o seu desempenho na seleção era bem aquém daquele no Barcelona, onde suas arrancadas quase sempre resultavam em gols. E olhe que foram 78 tentos na recém-encerrada temporada europeia, um recorde histórico. Ganhando confiança com a camisa albiceleste a cada partida, Messi vai quebrando estigmas.

Neste sábado, em amistoso nos EUA, diante da Seleção, o craque teve uma atuação de gala. Marcou três belos gols e deu a vitória por 4 x 3 de seu país sobre o time Sub-23 do Brasil, em sua reta final de preparação para Olimpíada. O último argentino a balançar três vezes as redes da Seleção Brasileira havia sido Sanfilippo, no distante ano de 1959.

Se por um lado a imprensa argentina publicou nos principais sites manchetes de pura empolgação como “Messi Superstar”, no topo jornal Olé, no Brasil ficou uma preocupação nítida com o sistema defensivo da equipe. A ausência do capitão Thiago Silva, ainda com dores no joelho, foi sentida pelo grupo. A zaga formada por Bruno Uvini e Juan falhou no posicionamento, marcando à distância, e esteve um pouco lenta. Algo venal para conter as investidas de Messi, bem municiado por Di María.

Já em relação ao ataque, apesar dos gols perdidos por Hulk, a garotada brasileira merece elogios, pois endureceu a partida contra o time principal do rival. E foi um jogo eletrizante. A Seleção até abriu o placar com Rômulo, revelado pelo Porto de Caruaru, mas Messi, aos 30 e aos 33, lançado em velocidade, virou o placar no primeiro tempo.

Oscar, após tabela com Damião, empatou aos 10 da etapa final. O camisa 10, substituto de Ganso, era um dos destaques. No embalo, Hulk, após várias chances, enfim marcou, aos 26. A grande reação brasileira foi brecada pela terceira virada no placar. Primeiro com Fernández, de cabeça, e depois em um chutaço de Messi aos 39.

O clássico das Américas encerrou a série de quatro amistosos do time Sub-23, com duas vitórias e duas derrotas. Ao técnico Mano Menezes, após mais um revés diante de uma seleção tradicional, mais pressão no cargo. A sua lista final com 18 nomes para os Jogos de Londres será divulgada em 6 de julho. Do meio-campo para trás, será preciso uma análise mais apurada. Afinal, esse foi o papel principal durante o amistoso…

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Placar eletrônico e superplacar eletrônico

Amistoso 2012, Estados Unidos 1 x 4 Brasil. Foto: Joaquim Costa/divulgação

Com muita pompa, o novo placar eletrônico da Ilha do Retiro, em alta definição, foi inaugurado na abertura da Série A.

De fato, é o mais moderno do Nordeste. No entanto, assim como outros modelos espalhados nos principais campos do país, o placar já está um pouquinho defesado em uma comparação com os equipamentos das novas arenas multiuso no exterior.

Em relação aos grandes estádios norte-americanos, então, a distância é muito maior.

Acima, o telão do FedEx Field, em Washington, onde a Seleção Brasileira comandada pelo craque Neymar goleou os Estados Unidos por 4 x 1, diante de 67 mil pessoas.

A imagem foi registrada no momento do hino nacional brasileiro…

Para não haver dúvida alguma, vale informar que as imagens ao lado da “bandeira” faziam parte do pacote publicitário estático.

Além das imagens do jogo, o placar mostra vídeos de partidas antigas e até entrevistas ao vivo. Só um pouquinho diferente da Ilha…

Caso tenha ficado impressionado com o tamanho do placar da cancha do Redskins, cuidado. Já existem equipamentos bem maiores.

Curiosamente, o maior modelo está no Cowboys Stadium, no Texas, palco do próximo amistoso do Brasil. Custou US$ 40 milhões, com dimensões 55m x 25m. Veja aqui.

Placar eletrônico da Ilha do retiro em 2012. Foto: Sport/divulgação

O primeiro batismo na Seleção Brasileira

Batismo dos novos na Seleção Brasileira em 2012. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Virou tradição na Seleção Brasileira.

Na primeira convocação para a Canarinha é preciso passar pelo “batismo” junto aos jogadores mais experientes com a camisa verde a amarela.

Na concentração, em qualquer lugar do planeta, com todo o elenco reunido, o atleta passa por uma sabatina de perguntas e ainda é preciso cumprir alguma determinação, sempre com alguma tiração de onda, claro.

A mania foi potencializada pela quantidade de novatos chamados pelo técnico Mano Menezes. Desde que assumiu a Seleção Brasileira, há dois anos, o treinador já convocou mais de 80 jogadores!

Nesta última leva, cinco novos nomes: Bruno Uvini, Casemiro, Juan, Rômulo e Wellington Nem. Essa turma, claro, não foi perdoada. Confira o vídeo aqui.

As brincadeiras vêm sendo comandadas pelo atacante Neymar, que já recebeu a alcunha de “presidente”, outrora pertencente a Ronaldo Fenômeno.

Vale lembrar que esse é apenas o primeiro batismo na Seleção.

O segundo, muito mais importante, acontece no gramado… Definitivo.

Batismo dos novos na Seleção Brasileira em 2012. Foto: Rafael Ribeiro/CBF