Estádio menor, bola também

Orange Bowl, estádio do Miami Dolphins, time de futebol americano. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Seguindo a trilha esportiva na cidade. O estádio Orange Bowl foi a casa do Miami Dolphins durante 21 anos, até 1987, quando a franquia construiu a sua própria arena. Era o principal palco do sul da Flórida na NFL, a liga de futebol americano.

Foi jogando neste estádio que o Dolphins conquistou os seus dois únicos títulos do Super Bowl, em 1972 e 1973 – a veja o site oficial do time AQUI.

Ok… Depois, o Orange Bowl, então com capacidade para 74 mil pessoas, passou a ser a casa do Miami Hurricanes, o time universitário de futebol americano da cidade.

Porém, o estádio, já com falhas na estrutura, acabou sendo demolido em 2008. Mas um novo já está sendo erguido no mesmo lugar – a foto foi tirada na via expressa entre o aeroporto internacional de Miami e o centro (veja o mapa AQUI). A capacidade será reduzida para 37 mil pessoas, e a bola vai mudar bastante. De tamanho e de forma.

Sai a bola oval da NFL, para a bolinha pesada do baseball. A partir de 2012, o new Orange Bowl vai passar a abrigar os jogos do Florida Marlins (veja AQUI).

Vale relembrar que o estádio também já recebeu vários jogos do nosso futebol (soccer para os norte-americanos). Com uma grande colônia de brasileiros em Miami, a Seleção Brasileira jogou várias partidas na antiga versão do Orange Bowl.

Para ser mais exato, foram nove vezes entre 1996 e 2003, incluindo os jogos da seleção olímpica de 1996, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta.

Foi lá onde Romário marcou o gol mais bonito de sua carreira, segundo o próprio Baixinho. Confira abaixo o golaço na goleada por 4 x 0 sobre o México, em 30/04/1997.

Campeões Mundiais Reloaded

Copa do Mundo. Foto: Fifa

Copa dos Campeões Mundiais.

A frase acima foi o título do post em 8 de julho deste ano, levantando o debate sobre a realização de uma competição de primeiríssima linha com todos os oito países que já conquistaram a Copa do Mundo. Relembre a postagem, que também conta a história do Mundialito de 1981, no Uruguai, com os campeões até então, clicando AQUI.

O tema surgiu logo após a definição dos finalistas do Mundial da África do Sul, que teria um vencedor inédito, Espanha ou Holanda. A Espanha, esbanjando técnica, ganhou, merecidamente, a sua primeira Taça Fifa, após o triunfo na prorrogação no Soccer City. E se tornou a 8ª seleção campeã do mundo de futebol.

Eis que, quatro meses depois, a ideia ganhou corpo…

O texto original dizia que a discussão ocorria em fóruns na internet, com fanáticos pelo bom futebol e grandes clássicos, já que competição teria um número viável – matematicamente – para a realização de uma competição singular.

A proposta se mostrou viável, também, no campo financeiro. Qual seria a chance de um fracasso de mídia em uma competição envolvendo todas as potências, todos os craques? Muito pelo contrário. As cifras tendem a alcançar um patamar astronômico.

Então, o grupo Iberdrola, gigante de energia e gás natural e um dos patrocinadores da Fúria, resolveu sair do mar de especulação e começou, de fato, a articular essa nova competição. Já vazou no portenho Olé (veja AQUI).

No parágrafo final do primeiro post ficou registrado o questionamento sobre o calendário da Fifa, já apertado. A Iberdrola, precavida, já teria a “solução”.

Os campeões (Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França, Inglaterra, Espanha) disputariam o torneio nos mesmos moldes da Copa das Confederações. Esta, por sua vez, está marcada para junho de 2013, no Brasil. Pela nova ideia, ela sumiria do mapa… Assim, o vestibular do país para 2014 seria com estilo, com a Copa dos Campeões.

Sinceramente? Tchau, Copa das Confederações…

O craque entre os craques

Melhore do mundo, segundo a Fifa: Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Zidane (1998, 2000 e 2003) Matthaus (1991) e Lionel Messi (2009

A Fifa revelou nesta terça-feira os nomes dos 23 indicados ao prêmio Bola de Ouro de melhor jogador do mundo em 2010 (veja AQUI).

Paralelamente ao anúncio, a Fifa instigou o torcedor a decidir qual foi o melhor craque entre os eleitos para o badalado prêmio, criado em 1991 (veja AQUI).

Apesar de ter divulgado a imagem acima, a Fifa listou apenas os “últimos vencedores”: Ronaldinho (2005), Cannavaro (2006), Kaká (2007), Cristiano Ronaldo (2008) e Messi (2009). O blogueiro votou em Ronaldinho Gaúcho. Infernal.

Porém, vou aproveitar a imagem para realizar a verdadeira enquete considerando todos os ganhadores. Relembre os nomes AQUI. Na minha opinião, a briga está mesmo restrita aos dois maiores vencedores (com toda a justiça).

  • Ronaldo, vencedor em 1996, 1997 e 2002. No “bi”, um jogador de explosão letal. Na terceira, a volta por cima em plena Copa do Mundo.
  • Zinedine Zidane, igualmente tri, em 1998, 2000 e 2003. Dono de uma plasticidade impressionante, o francês por pouco não faturou o tetra particular em 2006.

O blogueiro ponderou, relembrou a enorme importância de Ronaldo na Seleção, mas optou por Zidane. Alguém que consegue “acabar” com o Brasil em dois Mundiais é algo considerável. E sempre mostrando um futebol irretocável. Gênio.

Quase um Rei Leão

Pelé no Sport?Seria exagero dizer que o dia 5 de novembro de 1957 mudou para sempre a história do futebol mundial?

Vejamos.

Neste dia, o Sport cometeu o maior erro de sua história. Tão surreal que acabou virando um “causo”.

Foi quando o diretor de futebol leonino José Rosemblit agradeceu ao telegrama enviado pelo Santos, que havia oferecido dois jovens ao Rubro-negro: Pelé e Ciro.

Agradeceu e recusou o empréstimo.

A transação seria por apenas quatro meses, para dar mais experiência o futuro Rei e também a Ciro, que era até mais conhecido na época.

O documento foi guardado durante décadas pela família de Ademir Menezes, artilheiro da Copa do Mundo de 1950 e revelado pelo Sport. A relíquia, que era quase uma “lenda” no mundo futebol, foi revelada na edição de 23 de janeiro de 2000 do Diario de Pernambuco.

Leia a reportagem completa sobre o episódio, assinada por Sergio Miguel Buarque (hoje editor-executivo do Diario), clicando AQUI.

Sobre a pergunta no início do post: exagero mesmo…?

Para completar: Pelé não teria sido o Rei do Futebol que conhecemos hoje em dia ou o Sport poderia ter alcançado os títulos conquistados pelo Santos?

Sete décadas de reinado

Pelé

Em toda a carreira profissional foram 1.365 jogos e 1.281 gols.

No Santos, um retrospecto de 1.115 jogos, 1.091 gols e 45 títulos.

Pela Seleção Brasileira, um histórico espetacular: 114 jogos e 95 gols.

Tricampeão do mundo pelo Brasil e bicampeão mundial pelo Santos.

Números improváveis, mas absolutamente verdadeiros.

É claro que o blogueiro nunca viu Pelé jogar ao vivo em um estádio de futebol, ou mesmo pela televisão. É algo para se “lamentar” pelo fato de ter nascido em 1981.

Como ocorre com milhões de brasileiros, “conhecer” Pelé faz parte da cultura do país.

Assim, as imagens com o chute do meio-campo contra a Tchecoslováquia estão na memória, como o drible de corpo no goleiro uruguaio Mazurkiewicz.

Ambos na Copa do Mundo de 1970. Pelé brilhou até quando não balançou as redes…

Saber que Pelé reinou na Seleção, ganhando três vezes a Taça Jules Rimet e destronando defesas de todo o planeta, é algo básico no futebol.

Por isso, ele continuará sendo reverenciado durante muitos anos, com cada vez mais súditos que nunca o viram dar um chute ao vivo. E nem precisam…

Pelé já é um verbete da história do Brasil e do esporte.

Parabéns ao maior jogador de futebol da história. Brasileiro.

O Rei Pelé, 70 anos.

Nos devolva em 2014

Réplica oficial da Taça Jules Rimet de 1950, conquistada pela seleção do Uruguai em pleno Maracanã. Imagem no Museu do Futebol, em Montevidéu. Foto: Maria Carolina Santos/Diario de Pernambuco

Montevidéu – A campanha do Uruguai na Copa do Mundo de 2010, com a suada 4ª colocação, mudou o país. Os craques viraram estrelas. O atacante Luis Suárez – aquele mesmo que evitou com as mãos o gol de Gana no último minuto das quartas de final – está na capa da revista Caras, na versão local (veja AQUI). O meia Forlán, eleito como o melhor jogador do Mundial da África, estampa outdoors pela capital charrúa. A camisa azul celeste (ou moletom, por causa do frio) caminha nas ruas em massa.

Na imprensa local – e são quatro jornais diários em Montevidéu -, a seleção nacional realmente renasceu. Se no Brasil a atualização do ranking da Fifa rende apenas uma nota discreta, no país vizinho é uma matéria ampla, como trouxe o principal periódico do Uruguai, o El Pais. A reportagem de duas páginas (no estilo tablóide) aborda a mudança no ranking mundial – o time caiu do 6º para o 7º lugar -, já levantando a projeção para próximo mês, além de uma análise (veja AQUI).

O título no jornal, no caderno Ovación: A recuperar el sexto lugar del ranking. Virou uma obsessão manter a Celeste no topo do futebol mundial. A semifinal alcançada após 40 anos não quer ser retratada como acaso. É ilustrada como um marco.

No início deste mês, o time goleou duas vezes na Ásia, sendo 7 x 1 na Indonésia e 4 x 0 na China. Os resultados, atrelados à permanência do técnico Oscar Tabárez, condicionam a equipe a um raro favoritismo nas Eliminatórias para a Copa de 2014. A última vez que se classificou de forma direta foi para a edição de 1990. E olhe que o time vem penando. Ficou de fora em 1994, 1998 e 2006.

Esse princípio de “favoritismo”, na visão dos próprios uruguaios, aumenta ainda mais quando eles lembram que a próxima Copa do Mundo será no Brasil. Aí a história ganha corpo. Uma campanha no mesmo Brasil onde o pequeno país (cuja área tem 62,5% do território do Rio Grande do Sul) conquistou a sua maior façanha? É demais.

O Maracanazo está nas veias da população. É algo marcado na cidade. Ao lado do Centenário encontra-se uma praça em homenagem aos heróis de 1950. No museu dentro do estádio, a réplica oficial da Taça Jules Rimet de 1950, em um saguão com uma foto gigantesca do Maracanã com 200 mil pessoas naquele trágico 16 de julho.

Eu tentei “recuperar” a taça durante a passagem por lá… Não deu. Mas que o Uruguai não invente de querer pegar mais uma vez a taça encomendada para o Brasil. Em Montevidéu, esse desejo já é real.

Foto do Maracanã em 1950 no Museu do Futebol, no estádio Centenário, em Montevidéu. Foto: Maria Carolina Santos/Diario de Pernambuco

A prioridade da CBF

Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira, com novo painel de patrocinadores. Foto: CBF/divulgação

A Confederação Brasileira de Futebol fica mais rica a cada dia. Fato.

Só não precisava escancarar tanto…

Abaixo, o título de uma notícia no site oficial da entidade nesta quarta-feira:

Renovação de cenários de entrevistas e modernização do site são as prioridades.

Veja a reportagem completa AQUI.

Trata-se de uma renovação no “painel” oficial, colocado atrás dos entrevistados, com os principais patrocinadores (são nove), além de um cenário para entrevistas…

Tudo em busca de aumentar cada vez mais a visibilidade da Seleção no planeta.

Mais uma frase do portal da CBF. E por aí segue o ritmo de mudanças na área de marketing da Canarinha. Futebol? Deixa com o Mano.

Cada amistoso da Seleção rende 2 milhões de dólares ao cofre da CBF, ou R$ 3,36 milhões. O nível dos adversários geralmente não é proporcional ao investimento.

Nesta quinta-feira tem jogo: Brasil x Irã.

Onde? Nos Emirados Árabes. Não queira uma explicação lógica além da financeira…

Hermanos beberam na mesma fonte

Logotipo oficial da Copa América 2011

Eis o logotipo oficial da Copa América de 2011, na terra do nosso maior rival.

Um tanto quanto simples, na minha opinião…

Sem muito alarde, a Argentina apresentou o seu emblema, que já começa a ser incorporado pela Conmebol nas notícias sobre a competição.

Tudo bem que a marca desenvolvida para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, foi bem polêmica (veja AQUI), mas os argentinos beberam na mesma fonte de inspiração.

A 43ª edição do torneio continental mais antigo do planeta vai acontecer entre os dias 3 e 24 de julho do ano que vem, em seis cidades.

A Copa América terá 12 participantes, apesar de a Conmebol ter apenas dez filiados.

Os convidados desta edição serão México e Japão. O sorteio dos três grupos da competição será realizado em 11 de novembro, em La Plata (veja AQUI).

Usaram o photoshop ou só o paint?

Mano viu

Série B-2010: Sport 1 x 2 Bahia. Ciro, bem marcado e sem movimentar muito, pouco fez na derrota leonina na Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A “dica” havia sido dada pelo blog na sexta-feira (veja AQUI).

E, de fato, o técnico Mano Menezes assistiu ao clássico Sport x Bahia.

Não esteve na Ilha do Retiro, apesar da notícia ter sido ventilada. O comandante da Seleção Brasileira viu a vitória do Tricolor de Aço pela televisão, em um hotel no bairro de Stella Maris, em Salvador (veja AQUI).

Mano viajou discretamente para a capital baiana para conferir no Barradão ao jogo Vitória x Fluminense. Se não veio à Ilha, pelo menos não ignorou a partida.

Do lado do Sport, no entanto, o treinador não viu muita coisa.

Teoricamente, Ciro seria o principal nome a ser observado. Mas o atacante Ciro chegou a quatro partidas sem marcar um gol.

Esse jejum até acontece, ok. O que não deve ter agradado em nada ao treinador – que mira no jogador de 21 anos mais um candidato ao ataque na Olimpíada de 2012 – foi a postura de Ciro, que não se apresentou para o jogo.

Facilmente rendido na marcação, o artilheiro da Série B, com 13 gols, não se mexia.

Ciro não se deslocava e, justamente por isso, só era acionado com no mínimo dois marcadores por perto. Assim, restava pouco espaço para finalização. Pior. Acabou sendo substituído, e sem tanto apoio da torcida naquele momento do 2º tempo. A impaciência já era grande com os erros da equipe.

No gol rubro-negro, o principal jogador do Sport na temporada. Magrão, 33 anos. Técnica apuradíssima, mas a idade o impede de almejar a Canarinha.

Ovacionado já na entrada para o aquecimento no gramado, cerca de 20 minutos antes de a bola rolar, o goleiro teve uma atuação discreta no sábado. Não falhou nos gols. Porém, justamente diante do rival nordestino ele não operou milagres.

No lado do ascendente Bahia, a maior promessa era o ala-esquerdo Ávine, de 22 anos. Franzino, 1,71m  64 quilos, o jogador vem municiando bastante o setor ofensivo. Com contrato até junho de 2011, já tem muita gente de olho em pré-contratos.

Mas, assim como Mano, Ávine não veio ao Recife. Segue se recuperando de uma torção. Torceu, também, pela TV. E viu os jovens baianos aproveitarem a oportunidade no desfalcado time titular. Bahia 2 x 1.

O Clássico do Nordeste foi bem disputado, com estádio cheio e tudo mais. Para Mano, um bom programa no sábado à tarde, descansando no hotel. Como “trabalho” para garimpar possíveis selecionáveis, ainda não foi desta vez…

Olho na Ilha, Mano

Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Mano Menezes.

Desde que o técnico gaúcho assumiu o comando da Seleção Brasileira, uma notícia bastante corriqueira é a sua quase onipresença em estádios brasileiros.

Mano acompanha com afinco aos times locais. Os astros e as promessas.

Já passou pelo Morumbi, Maracanã, Pacaembu, Engenhão, entre outros.

Esse “trabalho” não fica restrito ao treinador do Brasil.

Existe uma linha paralela para cobrir ainda mais partidas, com as presenças do assistente-técnico Sidnei Lobo e do analista de desempenho Rafael Vieira.

Em todas essas partidas, porém, existe algo em comum.

Foram jogos válidos pela Série A. Exclusivamente na elite.

Portanto, Mano… Por que não inovar ainda mais? Seria uma atitude condizente com a postura moderna de um técnico que já domina a rede do Twitter (veja AQUI).

Assista in loco a um confronto da Série B do Campeonato Basileiro.

Quer uma dica?

Sport x Bahia, sábado, 15h50, na Ilha do Retiro.

Os únicos clubes com títulos nacionais do Nordeste. Confronto direto focando uma vaga no G4 da competição. Jogo com as duas maiores torcidas da região.

Expectativa acima de 30 mil torcedores. Experiência e renovação nas duas camisas no gramado. Caso você não possa viajar ao Recife, encaminhe seus auxiliares.

Ou, então, veja na talevisão mesmo. Só não ignore o maior Clássico do Nordeste…