Uma grata novidade no álbum oficial do Campeonato Brasileiro desta temporada foi a arte de Maurício de Sousa, que desenhou um atleta de cada um dos vinte clubes.
O mesmo traço característico da famosa Turma da Mônica (veja aqui).
No Sport, o goleiro Magrão. A figurinha número 328.
No Náutico, o volante Derley, ídolo timbu, mas que já deixou os Aflitos. O cromo 220.
Ao todo, são 501 cromos autocolantes, dos quais 21 jogadores aparecem no formato especial, como um desenho. Vinte e um?
Sem Juninho Pernambucano, Dedé e Felipe. Peças fundamentais na formação vascaína.
Mesmo sem os experientes articuladores e o zagueiro da Seleção, o Vasco mostrou força no Recife. Mais uma vez, diga-se. Desta vez, diante do Náutico.
Soube conter as investidas do Timbu, que sabe como poucos no país fazer valer o mando de campo no Brasileirão. Aperta a marcação e dita o ritmo.
Mas a partida na noite desta quarta-feira teve poucas chances para os dois lados, apesar da entrega em campo. Vigor físico seguida de lesões musculares…
Tanto que o primeiro tempo parecia caminhar com o placar em branco até o intervalo. Até o cruzamento de Rhayner, quando a zaga vascaína, lenta em quase toda a partida, desviou mal e a bola sobrou para Kieza.
Ausente da equipe nos últimos dois jogos, o atacante mostrou o velho faro de gols…
Foi o seu 7º tento nesta Série A, se aproximando do topo da artilharia geral, mesmo tendo entrado nesta corrida com o campeonato em andamento.
Até aquele momento, 41 minutos do primeiro tempo, o jogo estava bem equilibrado.
No intervalo, a confissão do camisa 9, desgastado.
“Estou no sacrifício, ainda com dor, mas estou aqui para ajudar.”
Frase que deixava claro a (falta de) mobilidade do atacante, sempre guardando um pouco de gás. No começo do segundo tempo, o empate com apenas oito minutos.
Felipe Bastos bateu de longe, no lado direito de Gideão, que sequer pulou…
Em nenhum momento houve domínio de uma equipe. Igualdade era a palavra chave.
Mesmo sem forçar, o Timbu ainda mandou para as redes de novo, aos 19. Araújo foi lançado e chutou forte. Porém, a arbitragem alegou impedimento.
Lance pra lá de duvidoso…
No fim, com o tempo passando e o preciosismo de Souza imperando, os dois times ainda saíram reclamando de penalidades não marcadas.
Pela Série A, o Náutico segue sem vencer o Vasco em Rosa e Silva. Os três triunfos foram no Arruda. Contudo, o empate em 1 x 1 não foi um mau resultado.
Até brecou a série de vitórias alvirrubras, mas o adversário, mesmo desfalcado, mostrou porque briga lá em cima, no G4. Oscilar faz parte. Pontuar é o mais importante….
Eis as médias de público da Série A desta temporada após 21 rodadas.
Sport e Náutico aparecem em boas colocações.
Enquanto os rubro-negros aparecem no 3º lugar geral, os alvirrubros, em 8º, contam com um bom índice de ocupação. Levando em consideração que o estádio dos Aflitos tem capacidade para 19.800 espectadores, o percentual de ocupação é de 66,4%.
Abaixo, a tabela com os dados sobre a arrecadação nos jogos do Brasileirão, apenas com a bilheteria tradicional, sem a campanha promocional Todos com a Nota.
Contabilizando a renda bruta dos rivais centenários, já com o TCN, os dados são bem melhores em relação ao quadro.
Em média de renda o clube apareceria em 6º lugar, com R$ 356.872. Nos onze jogos na Ilha do Retiro, um borderô de R$ 3.925.600. Ou seja, o Sport tem uma média de receita por bilhete de R$ 18,9. O Corinthians, líder nos dois quesitos, tem um índice de R$ 28,9.
Enquanto isso, no Timbu arrecadou R$ 2.196.755 em dez partidas nos Aflitos, com média de R$ 219.675, na 13ª posição. Média por ingresso de R$ 16,6.
Os rivais centenários do Recife entraram em campo no domingo.
Na Ilha, o Sport atuou com um jogador a menos desde os 13 minutos do segundo tempo. Ainda assim, venceu o Santos por 2 x 1 e acabou com o jejum de 11 partidas.
Em Belo Horizonte, o Náutico bem que tentou segurar o Cruzeiro, mas a defesa não preencheu bem os espaços e acabou sofrendo três gols no segundo tempo 3 x 0.
A 22ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
05/09 (19h30) – Náutico x Vasco
No Recife (13 jogos): 2 vitórias alvirrubras, 7 empates e 4 derrotas
06/09 (21h00) – Palmeiras x Sport
Em São Paulo (11 jogos): 3 vitórias rubro-negras, 2 empates e 6 derrotas
Eram quatro jogos sem derrota. Nos Aflitos e fora dos Aflitos, a mesma consistência.
Um time que se acostumou a jogar com tranquilidade, tocando a bola. Atento.
Neste domingo, esperava-se um Náutico mais preocupado em se defender em Belo Horizonte, onde jamais havia vencido o Cruzeiro.
Pois nos primeiros minutos, o Alvirrubro surpreendeu bastante o mandante, trocando passes e chegando com perigo à meta do goleiro Fábio.
Até ali, nos primeiros trinta minutos, nada de afaboção.
Porém, aquela impressão inicial acabou sendo realmente algo repentino demais.
Aos poucos, o Cruzeiro foi tomando as rédeas e passou a martelar. Só não controlou o nervosismo na primeira etapa. Os três impedimentos seguidos demonstram isso.
A partir dos 30 minutos, outro jogo, com pleno domínio mineiro. Ainda assim, o Náutico seguia aplicado defensivamente e voltou mais compacto na etapa complementar.
O time de Rosa e Silva parecia satisfeito com o pontinho no estádio Independência. Não havia acomodação, é verdade. Infelizmente, houve ua grande dose de desatenção.
Em um cobrança de falta aos 29, a zaga timbu deixou Borges sozinho na pequena área. Pois foi naquele espaço mínimo que o atacante se aproveitou para desviar para o gol.
O poder de reação foi nulo. Ou quase isso, uma vez que o atacante Kim, que entrara na vaga de Araújo, teve a chance do empate aos 35 minutos, num toque de letra.
Aos 42, o troco. Élber finalizou bem, sem chances para Gideão, ampliou.
O resultado até parecia consolidado, mas o time estrelado acelerou o ritmo e Wellington Paulista escorou um cruzamento nos descontos, fazendo 3 x 0.
Deu um placar de goleada a um jogo truncado até então. A goleada sofrida em Minas Gerais terminou com os alvirrubros perdendo a cabeça.
A expulsão de Kim após o apito final demonstra a mudança de personalidade na partida.
Cartolagem à parte, os estatutos dos clubes pernambucanos vêm passando por uma nova leitura, necessária para a modernização do futebol.
Após décadas com a mesma estrutura organizacional, a partir de agora o Santa Cruz terá eleições para triênios. O primeiro será 2013/2014/2015.
No Náutico e no Sport segue o biênio. Os três rivais, porém, aceitam reeleições.
Resta saber o que o torcedor acha disso, ainda mais com o poder concedido pelo voto aos milhares de sócios das três agremiações.
Um mandato é suficiente? Em dois anos é possível executar um planejamento? São dúvidas recorrentes sobre o comando executivo dos tradicionais adversários do estado.
Opine sobre o melhor modelo organizacional para o seu clube e participe da enquete. As opções levaram em consideração a soma dos três modelos no Recife.
Falando em eleições, confira o post sobre os bate-chapas realizados nos Aflitos, na Ilha do Retiro e no Arruda desde o ano 2000 clicando aqui.
Qual é a melhor estrutura organizacional para os mandatos dos presidentes dos clubes do Recife?
Sport - 2 anos de mandato, com reeleição (27%, 125 Votes)
Sport - 3 anos de mandato, com reeleição (14%, 64 Votes)
Santa Cruz - 3 anos de mandato, com reeleição (13%, 61 Votes)
Náutico - 2 anos de mandato, com reeleição (8%, 37 Votes)
Sport - 2 anos de mandato, sem reeleição (8%, 36 Votes)
Sport - 3 anos de mandato, sem reeleição (7%, 34 Votes)
Santa Cruz - 2 anos de mandato, com reeleição (7%, 31 Votes)
Náutico - 2 anos de mandato, sem reeleição (4%, 19 Votes)
Santa Cruz - 3 anos de mandato, sem reeleição (4%, 16 Votes)
Náutico - 3 anos de mandato, com reeleição (3%, 15 Votes)
Náutico - 3 anos de mandato, sem reeleição (3%, 13 Votes)
Santa Cruz - 2 anos de mandato, sem reeleição (1%, 5 Votes)
Na quarta-feira, o Náutico virou uma partida de forma espetacular. O time estava sendo surpreendido pelo lanterna Figueirense por 2 x 0. No entanto, o Timbu balançou as redes três vezes no segundo tempo e consolidou a boa fase jogando nos Aflitos.
Na quinta-feira, em Volta Redonda, o Sport estreou um padrão especial em um duelo importantíssimo para as pretensões da equipe neste Brasileirão.
Jogando com muita vontade e aplicação tática, o Leão encerrou o jejum de gols e empatou em 1 x 1 com o Flamengo, trazendo um importante ponto na lutra contra o Z4.
A 21ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
02/09 (16h00) – Sport x Santos
No Recife (15 jogos): 5 vitória leoninas, 5 empates e 5 derrotas
02/08 (18h30) – Cruzeiro x Náutico
Em Minas Gerais (12 jogos): nenhuma vitória timbu, 2 empates e 10 derrotas
Em Volta Redonda, o “cinzento” Sport iniciou o duelo contra o Fla na noite desta quinta com a mesma formação do clássico passado.
Na equipe, duas peças irregulares. O cabeça de área Renan e o atacante Gilsinho. O primeiro acabou sentindo uma lesão ainda no primeiro tempo e cedeu o lugar a Tobi.
O segundo, importante taticamente, correndo bastante, pouco fez ofensivamente.
Lá na frente, o time pernambucano atacou pelos dois lados. Entrou disposto. Contou com ótima atuação do meia Hugo, que enfim fez o que se esperava dele.
O camisa de número 80 armou boas jogadas, chamou pelo menos dois marcadores do Fla e ainda ajudou na defesa, mostrando um ímpeto que talvez sirva para todo o time.
Apesar disso, o Flamengo, sem pressa em campo, conseguiu abrir o placar.
Thomás fez boa jogada pelo lado esquerdo, em cima de Cicinho, e tocou para Ibson, que bateu de trivela. No primeiro ataque dos cariocas, 1 x 0. Eram apenas 13 minutos.
Apesar da má fase e do baque inicial, os rubro-negros pernambucanos não se abateram.
Seis minutos depois, num contragolpe, Moacir tocou para Hugo e este bateu cruzado. A bola explodiu na trave e voltou para Felipe Azevedo. Bateu nele e foi para as redes.
Enfim, um tento para a torcida do Sport. Após incríveis 757 minutos de jejum!
Após a igualdade o Leão passou a ocupar melhor os espaços no campo. Controlou a bola. O time comandado por Waldemar Lemos teve 52% de posse no primeiro tempo.
Na etapa final, muita correria dos dois lados. Uma partida nervosa, com inúmeros contragolpes. Magrão, jogando pela 400ª vez pelo clube, fez duas grandes defesas.
Do outro lado, Rithelly, Felipe Azevedo e Hugo ficaram bem perto de virar o placar. Aos 31, livre, Hugo viu um impedimento mal assinalado.
Por sinal, foram 12 faltas cometidas pelo Mengão e 24 do Leão, o que mostra o critério um tanto controverso do árbitro. Porém, o empate em 1 x 1 foi importante para o Sport.
Diante de uma duradoura crise técnica, o grupo se mostrou moralmente capaz.
Até a noite desta quarta-feira, Elicarlos tinha 149 jogos com a camisa do Náutico.
No currículo em Rosa e Silva, com duas passagens, apenas cinco gols marcados.
Até porque o seu papel era o da versatilidade na meia cancha, com o desarme e a rápida ligação com o ataque. Jogador leve, inteligente.
Contra o Figueirense, nos Aflitos, o volante de 27 anos atuou com o número 150 estampado no uniforme. Uma justa homenagem pela expressiva marca no clube.
Uma data especial e uma atuação à altura.
De fato, esperava-se uma vitória sobre o lanterna, fazendo valer mais uma vez o bom rendimento em casa. Mas os primeiros minutos mostraram um cenário bem incomum.
Com apenas um minuto, pênalti para o Náutico. Contestável. Kim caiu na área, sem ser tocado pelo goleiro. Na cobrança, Araújo bateu no cantinho e o goleiro defendeu.
O que parecia o ponta-pé para o triunfo, tornou-se o arremate para o nervosismo. No embalo deste lance, o time catarinense marcou dois gols.
Aos 10, Caio. Aos 19, Aloísio. Os dois atacantes fizeram a festa em contragolpes. Bem atrás no placar, a equipe comandada por Gallo precisou fazer um “reboot”.
Mais calma nos passes, mais atenção na criação de jogadas, mais pegada.
A reação veio no segundo tempo. Após algumas oportunidades desperdiçadas pelos atacantes, coube ao volante Elicarlos reduzir a desvantagem, aos 13 minutos.
Justamente em seu jogo comemorativo. Inspirado, ele ainda marcou mais um. Lá na frente, bem colocado e tocando categoria, Elicarlos empatou seis minutos depois.
Com a igualdade no placar e diante de um rival atordoado, o Náutico partiu para a blitz. Foi criando, pressionando, materlando. Virou o placar, 3 x 2.
Aos 30 minutos, Souza foi lançado na área. A zaga fez a linha burra e o jogador mandou para as redes, levando à loucura os 12.262 torcedores presentes.
Foi a sétima vitória nos Aflitos, a oitava na Série A. Novamente com setor ofensivo funcionando. Por mais que desta vez os tentos tenham sido anotados pelos volantes.
Assim, o Alvirrubro terminou a sua série de quatro jogos consecutivos no Recife com 10 pontos em 12 disputados. Mostrou força, superação.
São 300 fotos espalhadas na camisa, sendo 298 de torcedores que pagaram para estampar a sua imagem num 3×4 e mais dois símbolos do clube, Dona Maria e Magrão.
A camisa especial do Sport produzida pela Lotto terá a sua estreia na Série A diante do Flamengo, no Rio. A peça foi apresentada nesta terça, com o lateral Cicinho.
A renda de quase R$ 69 mil, obtida com a venda dos espaços, foi destinada para a compra de um ônibus para o departamento de base.
Não é o uniforme mais discreto da história leonina, mas vale pela jogada de marketing.