Sport e Náutico mantiveram as invencibilidades nas Séries A e B. Ambos empataram fora de casa com gols nos descontos, animando as torcidas para os próximos jogos, em casa. O que antes parecia fogo de palha, aos poucos vai se mostrando um cenário para campanhas sólidas no Campeonato Brasileiro (será?). Ambos abrem o 45 minutos, em sua 136ª edição, que traz, mais uma vez, o cenário adverso no atual campeão pernambucano. Com três derrotas em quatro jogos e sem jogar bem, sobretudo, o Santa Cruz aparece pela primeira na zona de rebaixamento (preocupa?).
Confira um infográfico com as principais atrações desta edição aqui.
Neste podcast, com 1h31min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Apos empatar em 2 x 2 com o Santos, pela manhã, o Sport manteve a invencibilidade no Brasileirão, ampliando a estatística de sua melhor largada na era dos pontos corridos (desde 2003). São oito pontos em quatro jogos. Às 13h deste domingo, o time já sabia que a ponta do campeonato havia sido perdida para o Atlético-PR, que vencera no sábado, mas ainda havia os jogos das 16h e das 18h30 do domingo para “secar” e manter uma boa colocação no G4. Os resultados ajudaram e o Leão terminou a 4ª rodada na vice-liderança, com uma boa agenda pela frente. Dos próximos quatro compromissos, três serão na Ilha do Retiro (Goiás, Joinville e Vasco) e apenas um fora (Flu). Em tese, um momento daqueles para fazer gordura na classificação.
A 5ª rodada do representante pernambucano
04/06 (21h00) – Sport x Goiás (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias do Sport, nenhum empate e 3 derrotas.
Foi um bom jogo na Vila Belmiro, movimentado em campo e no placar, com o Sport se superando para seguir invicto no Brasileirão. Voltando a jogar às 11h da manhã após onze anos, o Leão não se intimidou diante do campeão paulista, apesar da visível qualidade técnica do adversário. Contudo, precisou rever a sua proposta durante o 2 x 2. Logo nos primeiros lances o esquema ficou nítido, tentando marcar forte e ensaiando contragolpes. A princípio, não poderia vacilar na defesa e precisaria aproveitar as poucas oportunidades no ataque.
No primeiro tempo, o time ficou muito atrás, distante dos objetivos. Só teve uma chance, com o estreante Maikon Leite. Do outro lado, Robinho comandou o Santos (58% de posse), dando trabalho demais a Durval e Matheus, inseguro. O volume resultou em gol aos aos 43. No lance, o campeão paulista finalizou três vezes na pequena área, marcando com Robinho. Ele pegou o rebote de Ricardo Oliveira (impedido). Pela primeira vez o Leão ficava em desvantagem nesta Série A. Logo, Eduardo Batista precisaria se mexer, ou fazer o time se mexer. Na volta, com Diego Souza e Elber (pós-virose) nas vagas de Régis e Maikon Leite, o time empatou na primeira investida, mas com outros atores.
Rithely, melhor da equipe, roubou a bola e teve calma até chegar na área e tocar para Joelinton enfim marcar. Jogando melhor e forçando mais, o Leão acabou vazado num vacilo da zaga, estática num escanteio aos 25. O único a pular foi o lateral Samuel Xavier, 1,66m. Já com Mike (nulo) no lugar de Joelinton, perdeu-se a referência, indo para o tudo ou nada. Mas foi com calma que houve a reviravolta aos 47, com a participação de três rubro-negros, de pé em pé, até Samuel Xavier se mostrar um gigante e mandar para as redes. Valeu o domingo.
Um cenário inédito na história dos pontos corridos. Pernambuco lidera, ao mesmo tempo, as duas principais divisões do futebol brasileiro, com o Sport à frente na Série A (7 pontos) e o Náutico na dianteira da Série B (9 pontos). O assunto, claro, dominou a pauta da 134ª edição do 45 minutos, com um balanço deste início de Brasileirão. Até que ponto os dois clubes podem manter o embalo? No outro ponto, o Santa Cruz, somando mais um revés como visitante, ocupando a modesta 14ª colocação na segundona.
Confira um infográfico com os principais pontos do programa aqui.
No podcast, de 1h30min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Após os resultados dos jogos das 16h, com tropeços de Timão e Galo, uma vitória simples recolocaria o Sport na primeira colocação da Série A. Para ser justo, uma improvável goleada da Ponte Preta sobre o Cruzeiro no Mineirão evitaria o cenário, mas a Macaca ficou no empate em BH e o Rubro-negro fez a sua parte. No Recife, vitória apertada e bastante comemorada. O triunfo do Sport por 1 x 0 foi suficiente para retomar a liderança, sendo esta a segunda rodada que o clube lidera na era dos pontos corridos.
A 4ª rodada do representante pernambucano
31/05 (11h00) – Santos x Sport (Vila Belmiro)
Jogos em São Paulo pela elite: 1 vitória do Sport, 4 empates e 10 derrotas.
O Sport fez o seu dever de casa mais uma vez e reassumiu a liderança do Brasileirão, após três rodadas. A vitória sobre o Coritiba foi apertada, 1 x 0, mas foi um baita exemplo do esquema de Eduardo Batista, de muita marcação e paciência para controlar o jogo. Um sistema que condiz com a disputa na elite.
Superior, o Sport só perdeu o domínio territorial na reta final do segunda etapa, quando o Coxa pressionou (em desvantagem), mas com apenas uma finalização efetiva, raspando a trave. Na maioria do tempo, a zaga com Durval e Matheus Ferraz se mostrou segura – a defesa desarmou 16 vezes, segundo o footstats. No meio-campo, povoado por três volantes e Régis, a troca de passes foi mais intensa, com mais confiança, tendo 91% de aproveitamento.
Sobre a vitória neste domingo, diante de 12.119 pessoas, ficou a sensação de que bastava um ataque um pouco melhor para uma vantagem maior. O gol do volante Neto Moura, num chute meio sem jeito, foi um prêmio para a promessa leonina, de 18 anos. À frente dele, Joelinton fazia apenas o trabalho de pivô, como no Maracanã (perdeu um gol feito, de cabeça), e Mike tropeçou nas próprias pernas, destoando do restante da equipe, apesar da entrega.
Com tranquilidade no fim, já com Diego Souza – que não começou devido a uma virose -, a vitória foi no embalo da torcida, consolidando o retrospecto diante do Coritiba. Esta foi a 5ª vitória seguida sobre o time na Série A, mantendo a sina de jamais ter perdido no Recife. Ao Leão, o momento é o de aproveitar estatísticas favoráveis, sem esquecer das dificuldades que ainda virão. No entanto, não custa nada curtir a primeira colocação por mais uma semana…
A reviravolta no Sport, vivendo um bom momento na Série A e na Copa do Brasil, abriu a nova edição do 45 minutos. Sobretudo porque a vitória sobre o Santos, mesmo desfalcado de peças importantes, aumentou a dúvida sobre a escolha pela Sul-Americana. Na sequência, a arrancada 100% do Náutico, com Lisca sendo o personagem principal, na tática e na motivação. Por fim, o 133º podcast debateu a missão do Santa em Belo Horizonte, contra o América/MG. O campeão pernambucano precisa de uma melhor postura como visitante.
No podcast, de 1h28min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O Cadastro Nacional de Uniformes de Times (CNUT), produzido pela CBF, apresenta nesta temporada 144 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Esta é a 4ª versão do relatório, com todos os detalhes das camisas, calções e meiões das agremiações.
Em 2015, alguns times cadastraram três modelos no arquivo da entidade – os layouts foram checados pela diretoria de competições da confederação. Entre esses clubes, três representantes pernambucanos: Sport, Náutico e Salgueiro. Pois é. O Santa Cruz enviou apenas dois modelos oficiais, deixando o padrão “coral vertical” de fora, até porque sequer foi lançado.
Ao contrário dos levantamentos anteriores, desta vez os modelos contam com os patrocinadores (ao menos, o master). Confira o documento completo aqui.
Dos 19 estádios indicados pelos times (Fla e Flu dividem o Maraca), dez já foram adaptados às dimensões do “Padrão Fifa”, com 105 metros de comprimento e 68 metros de largura – conforme a 5ª versão do relatório “Estádios de futebol – Recomendações técnicas e os requisitos”, de abril de 2011. Curiosamente, os não adaptados têm medidas maiores. Ilha do Retiro, São Januário e Serra Dourada estão no topo, com uma área de jogo de 8,25 mil metros quadrados, ou 1.110 m² a mais que o tamanho estipulado pela Fifa.
O estádio vascaíno chegou a ter as “medidas modernas” durante a fase como centro de treinamento de seleções no Mundial de 2014. Contudo, este ano o presidente do clube, Eurico Miranda, retomou às medidas tradicionais, a pedido dos jogadores, uma vez que seria prejudicial ao rendimento da equipe, com a facilidade de retrancas adversárias (!). Já no caso do Sport, o campo principal do CT de Paratibe tem o mesmo tamanho do Adelmar da Costa Carvalho.
Há mais de 150 anos se busca uma padronização. Oficialmente, as medidas permitidas pela entidade que rege o football são de 90 a 120 metros de comprimento e de 45 a 90 metros de largura, resultando em um formato retangular, obviamente. Para partidas internacionais, a recomendação é mais específica, entre 100 e 110 metros de comprimento e 64 e 75 metros de largura.
Há quase uma década houve uma princípio de unificação no país. Em 2006, o Inmetro fez um levantamento em nove campos da Série A. Após o resultado, a CBF anunciou um estudo em âmbito nacional, consultando a Fifa, para saber sobre a possibilidade de serem definidas faixas de variações para as medidas. Parou ali, mas a queixa dos profissionais (técnicos e jogadores) se manteve.
Quem levantou a bandeira novamente – revelando a pauta dos técnicos na reunião no Rio, em 2015 – foi Levir Culpi, do Galo, que manda seus jogos em campos com o novo parâmetro. O discurso “padronizado” já é um começo…
8.250 m² (110m x 75m) – Ilha do Retiro (Sport)
8.250 m² (110m x 75m) – São Januário (Vasco)
8.250 m² (110m x 75m) – Serra Dourada (Goiás)
7.869,7 m² (108,25 x 72,7m) – Morumbi (São Paulo)
7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba)
7.665 m² (105m x 73m) – Ressacada (Avaí)
7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos)
7.350 m² (105m x 70m) – Arena Joinville (Joinville)
7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)
7.140 m² (105m x 68m) – Itaquerão (Corinthians)
7.140 m² (105m x 68m) – Allianz Parque (Palmeiras)
7.140 m² (105m x 68m) – Moisés Lucarelli (Ponte Preta)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Condá (Chapecoense)
7.140 m² (105m x 68m) – Maracanã (Flamengo e Fluminense)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Grêmio (Grêmio)
7.140 m² (105m x 68m) – Beira-Rio (Internacional)
7.140 m² (105m x 68m) – Mineirão (Cruzeiro)
7.140 m² (105m x 68m) – Independência (Atlético-MG)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena da Baixada (Atlético-PR)
Os demais estádios da Copa do Mundo de 2014 que ocasionalmente recebem jogos do Campeonato Brasileiro (incluindo a Arena Pernambuco, com seis partidas do Leão agendadas) também têm dimensões 105m x 68m.
O futebol pernambucano entrou em campo quatro vezes de sexta a domingo nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Vitórias de Santa Cruz e Náutico na segundona e do Salgueiro na terceirona. Na elite, o Sport empatou com o Fla no Maracanã. Tudo isso está na pauta da 132ª edição do 45 minutos, com um debate sobre a evolução (na tabela) dos times locais.
No podcast, de 1h26min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!