Keirrison ressurge e faz o gol da vitória do Londrina sobre o apagado Náutico

Série B 2016, 3ª rodada: Londrina 1x0 Náutico. Foto: Wellington Ferrugem/Londrina (londrinaesporteclube.com.br)

Em 2008, então com 19 anos, Keirrison teve um desempenho excelente no Brasileirão. Defendendo o Coritiba, marcou 21 gols e foi um dos artilheiros da competição, ao lado dos experientes Kléber Pereira, do Santos, e Washington, do Fluminense. Se transferiu imediatamente para o Palmeiras, que pagou R$ 2 milhões referentes aos 20% dos direitos econômicos pertencentes ao alviverde paranaense. Jogador fatiado desde sempre. Do verdão paulista, um negócio de 15 milhões de euros para o Barcelona. Auge aos 20? Não se firmou, nem perto.

Transformou-se em em moeda de troca, sendo sempre emprestado. Benfica, Fiorentina, Santos, Cruzeiro. Até voltar ao Coxa, quatro anos depois. Lá, sofreu um trauma incurável, a perda do filho. Sem jamais repetir a forma de 2008, acabou indo parar no Londrina, no interior. Na Série B, aos 27 anos, é mais um entre tantos atletas em busca de uma evolução na carreira. Para Keirrison, especificamente, uma recuperação. Com direito à cláusula de produtividade, até o fim de 2017, o atacante surpreendeu a todos ao marcar o gol da vitória sobre o Náutico. Cabeceando quase no chão, no segundo tempo de um jogo de baixo nível técnico, o “K-9” fez o solitário gol no Estádio do Café, 1 x 0.

Acompanhando um time sem criatividade e sem poder de finalização (não marcou nas duas derrotas como visitante), os alvirrubros se perguntavam na hora do gol sofrido: “É aquele?!” Sim, era. Pela lembrança, foi difícil não imaginar Keirrison como a solução do ataque pernambucano. Pela fama precoce, pelo potencial. Pela carreira, não teria como. Se bem que ele voltou a marcar…

Série B 2016, 3ª rodada: Londrina 1x0 Náutico. Foto: Robson Vilela/AGB/Estadão conteúdo

A repaginação dos troféus da CBF, com a Série A e a Copa do Brasil como modelos

Troféus da Séries A, B, C e D, da Copa do Brasil e do Nordestão

As taças das principais competições organizadas pela CBF ganharam detalhes dourados na repaginação feita entre 2013 e 2015. Os modelos do Brasileirão e da Copa do Brasil influenciaram em quase todas as peças, doze ao todo. Antes, exceção feita à Copa do Nordeste, todos eram prateados. A gradativa mudança começou com o mata-mata nacional, substituindo o modelo adotado durante cinco anos. Em 2014 foi a vez de mudar os objetos de desejo das Séries A e B.

A antiga taça do Brasileirão vigorou de 1993 a 2013, enquanto na Segundona era a mesma desde 2002. Agora, ambas têm o nome da patrocinadora, a Chevrolet. O agressivo marketing se deve ao naming rights com a montadora, com vínculo até 2017. Logo, caso não seja renovado, um novo troféu será instituído. Em 2015, mais três mudanças, nas Série C e D e no Nordestão. As últimas duas divisões seguiram o topo da casta, com a bola dourada em destaque.

A Lampions foi a única que manteve o design. A mudança, sutil, foi o acréscimo de dois anéis, simbolizando a entrada dos estados do Piauí e do Maranhão, enfim incorporados na disputa. Outras competições surgiram no período, como a Copa de Verde, em 2014, e as categorias júnior e juvenil do Brasileiro e da Copa do Brasil – no Sub 20, as taças lembram as versões profissionais. Espaço também para os dois torneios nacionais femininos, na categoria adulta.

Entre as doze taças, qual é a mais bonita? E a mais feia?

Acima, Séries A, B, C e D, Copa do Brasil e Nordestão. Abaixo, Copa Verde, Brasileiro Sub 20, C. do Brasil Sub 20 e 17, Brasileiro e C. do Brasil feminina.

Relembre as versões anteriores das taças das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste clicando aqui.

Troféus da Copa Verde, Brasileiro Sub 20, Copa do Brasil Sub 20 e Sub 17, Brasileiro feminino e Copa do Brasil feminina

Podcast – A 2ª rodada de Santa (líder), Sport (crise) e Náutico (arena vazia)

A 245ª edição do 45 minutos teve quase duas horas de duração, debatendo o Trio de Ferro após a segunda rodada do Brasileiro. Começamos com o Santa, líder na Série A, com o Cruzeiro na próxima rodada. Como fica a situação sem João Paulo e, possivelmente Uillian Correia? O volante foi emprestado pelo time mineiro. Analisamos a situação, sobre a visão deturpada do STJD. No Sport, a pauta foi a carência técnica no ataque, que já custa o início na competição, com perspectiva baixa nas cinco próximas rodadas. Por fim, o Náutico, com a volta da discussão sobre os Aflitos, cujo orçamento mínimo de reforma seria de R$ 2,5 milhões. É a saída necessária? Sim. Toda a mesa justificou a opinião.

Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 2ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 2 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória sobre o Vila Nova levou o Náutico do 15º para o 11º lugar, reduzindo a diferença do G4 de três para um ponto. É importante que o alvirrubro se mantenha perto do pelotão o quanto antes – questão até motivacional. Lá na zona de classificação à elite nacional, aliás, apenas dois clubes seguem 100%. O Vasco, sem surpresa, e o Atlético-GO, cirúrgico até aqui, com duas vitórias pelo placar mínimo. Enquanto isso, três clubes largaram com 0%, incluindo o Sampaio Corrêa, cotado para brigar na parte de cima da tabela da Série B.

Na noite da próxima terça-feira, uma rodada quase cheia. Serão nove jogos, com Bahia x Joinville fechando a rodada na quarta.

No G4, um carioca, um goiano, um cearense e um baiano.

A 3ª rodada do representante pernambucano
24/05 (19h15) – Londrina x Náutico (Estádio do Café, Londrina)

Em jogo ruim, Náutico vence o Vila Nova e conquista primeiros pontos na Série B

Série B 2016, 2ª rodada: Náutico 3x2 Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Resumindo logo, o jogo foi ruim. Tecnicamente, Náutico e Vila Nova deixaram muito a desejar na arena. O placar foi movimentado, é verdade, com cinco gols e um visível esforço dos dois alvirrubros até o último lance da noite, mas, segundo o Footstats, foram 66 passes errados (27 pernambucanos e 39 goianos), atrapalhando inúmeras jogadas. Melhor para o Timbu, que se recuperou da má estreia, fez 3 x 2, e ganhou seus primeiros pontos na Série B.

Diante de apenas 1.514 pessoas, em um dos horários mais cruéis em São Lourenço, o Alvirrubro atuou com uma curiosa formação adotada por Gallo, tendo como símbolo o uruguaio Gastón na zaga. Nas redes sociais, no instante seguinte à divulgação, veio o temor sobre o desempenho do afobado lateral dentro da área. Desta vez, passou. Após sofrer o primeiro gol, numa desatenção grande, o Timbu virou antes do intervalo, num golaço de falta de Mateus Muller e num pênalti cobrado pelo Rafael Pereira. Entre os dois lances, uma confusão de cinco minutos, com um adversário expulso após denúncia do bandeirinha.

Aproveitando a vantagem numérica, Jefferson Nem arrancou para marcar o terceiro gol logo na retomada. O que parecia uma vitória certa virou aperreio no gol de Vandinho e nas seguidas investidas do Vila, com direito a uma bela defesa de Júlio César, celebrando cem jogos. Com dois times nervosos, pelos erros e pelo placar apertado, o jogo acabou em discussão. Ao Náutico, a terça-feira valeu pelos pontos. Pelos testes pontuais? Só com boa vontade.

Série B 2016, 2ª rodada: Náutico 3x2 Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Grafite e Magrão, os destaques de Santa e Sport no álbum oficial do Brasileirão 2016

Álbum oficial do Campeonato Brasileiro 2016. Crédito: Panini/divlgação

Após trinta anos, o álbum do Campeonato Brasileiro finalmente foi chancelado pela CBF, com a edição de 2016 descrita como “livro ilustrado oficial”. A Panini, editora responsável, publicava o álbum desde 1996, quando assumiu o papel da Abril, que lançou o álbum de 1987, apenas com o módulo verde, a 1995. Nesta temporada são 520 cromos, com espaço até para futuras contratações – isso mesmo, espaços sem nomes definidos, tamanha a mutação dos elencos. Além de Sport e Santa Cruz, integrantes da Série A, o Náutico também se faz presente, com a Série B contemplada na revista. Ou seja, 40 times.

Em relação aos destaques – no passado, eram tratados como “figurinhas carimbadas” -, os veteranos Grafite e Magrão foram os nomes escolhidos pela editora para representar Santa e Sport. O atacante tricolor, aliás, foi um dos seis jogadores selecionados para a promoção da capa do site oficial do álbum. Eis a lista de destaques dos clubes da elite, segundo o texto de divulgação:

Leandro Guerreiro (América-MG), Robinho (Atlético-MG), Walter (Atlético-PR), Jefferson (Botafogo), Kempes (Chapecoense), Elias (Corinthians), Negueba (Coritiba), Fábio (Cruzeiro), Rafael Moura (Figueirense), Paolo Guerrero (Flamengo), Fred (Fluminense), Giuliano (Grêmio), Valdívia (Inter), Gabriel Jesus (Palmeiras), Cristian (Ponte Preta), Grafite (Santa Cruz), Ricardo Oliveira (Santos), Ganso (São Paulo), Magrão (Sport) e Diego Renan (Vitória).

Relembre todas as capas dos álbuns do Brasileirão desde 1987…

Álbuns do Campeonato Brasileiro de 1987 a 2016

Podcast 45 – Análise das estreias de Santa, Sport e Náutico no Brasileiro

Começou o Campeonato Brasileiro de 2016. Para o Trio de Ferro, a estreia valeu apenas para quem atuou em casa. De volta à elite, o Santa goleou o Vitória. O quanto Grafite poderá ajudar na competição? O sistema tático da estreia vale para os jogos fora de casa? Pauta presente no 45 minutos. Na sequência, a análise do revés do Sport no Rio. Um time sem ataque na Série A, na conta do ex-treinador e do atual presidente. Como melhorar antes dos reforços? Aliás, é possível?! Por fim, o Náutico, derrotado em Criciúma, com um gol impedido e chances perdidas. Na segunda-feira, para completar, o presidente Marcos Freitas pediu licença da função por questão de saúde.

Neste podcast, de 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

As milionárias receitas e dívidas de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2015

Finanças de Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.

Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.

Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)

Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)

Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.

Confira a íntegra dos balanços financeiros: SportSanta Cruz e Náutico.

Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.

A 1ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 1 rodada. Crédito: Superesportes

Campeão carioca invicto, o Vasco entrou na Série B, a terceira de sua história, com a obrigação de subir como campeão. Afinal, só de cota da televisão receberá R$ 100 milhões, com 17 adversários ganhando R$ 5 milhões cada. Disparidade enorme, vista já na estreia. Em São Luís, o cruz-maltino atropelou o Sampaio Corrêa, 4 x 0, com três gols de Nenê, o principal nome da competição.

Enquanto isso, o Náutico foi derrotado na estreia, em Santa Catarina, aparecendo em 15º lugar na primeira atualização da classificação. Outra curiosidade na rodada ocorreu logo na abertura, na noite de sexta-feira, com três vitórias goianas (Vila Nova, Goiás e Atlético).

No G4, um carioca, um goiano, um gaúcho e um baiano.

A 2ª rodada do representante pernambucano
17/05 (21h30) – Náutico x Vila Nova (Arena Pernambuco)

Sem pontaria, Náutico perde em Criciúma com gol impedido. Sem precisar de replay

Série B 2016, 1ª rodada: Criciúma 1x0 Náutico. Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/Folhapress

A arrancada do Náutico na Série B de 2015 foi espetacular, com cinco vitórias e um empate. Pela tabela, não seria fácil repetir o desempenho em 2016. Mas da forma como aconteceu a derrota na estreia, o alvirrubro tem bastante a se lamentar. Começando pela falta de pontaria, com Rafael Coelho sendo um caso à parte. A chance perdida aos 19 minutos, embaixo da barra, fez muita falta.

A outra queixa é além da equipe, com um impedimento clamoroso não assinalado no lance decisivo da tarde no Heriberto Hülse. Gustavo concluiu um cruzamento da direita, aos 6 da etapa completamente, bem adiantado. Nem precisou de replay. Além da vantagem de 1 x 0, que seria definitiva, o lance acabou desestabilizando visitante, completamente acuado. Com mudanças pontuais, o Criciúma fez o básico para largar com três pontos no Brasileiro.

Quanto ao Náutico, o tempo de lamentação é curtíssimo, com o próximo jogo já na terça-feira, retomando a tradicional agenda da segundona. Na Arena, o técnico Alexandre Gallo já poderá contar com os primeiros reforços, como Maylson. Se tem algo que o time aprendeu no último ano, quando ficou a dois pontinhos do acesso, é que a recuperação precisa ser imediata. Numa Série B com Vasco, Bahia e Goiás não haverá espaço para má fase.

Série B 2016, 1ª rodada: Criciúma x Náutico. Foto: Jota Eder/Rádio Eldorado de Criciúma (@jotaeder)