Santa Cruz pode virar cotista da TV no Brasileirão a partir de 2019

Santa Cruz e Esporte Interativo em acordo de 2019 a 2014?

Vem de Curitiba a informação de que o Santa Cruz estaria próximo de um acordo histórico para o clube em relação à comercialização dos direitos de transmissão na tevê. Segundo a Gazeta do Povo, Atlético-PR e Coritiba assinaram com o Esporte Interativo, sendo os primeiros clubes a mudar de contrato no canal fechado, saindo da Globo (no caso, do Sportv). O acordo no Brasileirão vai de 2019 a 2024. A reportagem segue com os dois clubes que devem seguir a linha, Grêmio e Santa. Enquanto no caso do tricolor gaúcho a mudança está fundamentada numa evolução do seu contrato – atualmente, o Grêmio recebe R$ 60 milhões, cerca de 1/3 de Flamengo e Corinthians -, no caso do tricolor pernambucano seria a entrada numa casta.

A casta foi criada pelo extinto Clube dos 13, quando os membros contavam com contratos duradouros, independentemente da divisão – o Sport, por exemplo, entrou em junho de 1997. Foi assim até 2011, já com vinte clubes, quando a associação foi implodida após as negociações individuais de Corinthians e Flamengo. Com isso, a Globo passou a negociar caso a caso – antes, o montante era dividido em quatro grupos. De cara, excluiu Guarani e Portuguesa, devido à fraca audiência, limitando os “cotistas” a 18 times.

Os contratos atuais, nos sinais aberto e fechado, vão até 2018. A situação começou a mudar quando o Esporte Interativo entrou na jogada com R$ 600 milhões anuais pelo Brasileiro, apostando na divisão via “Premier League”, com 50% igualitário, 25% audiência e 25% rendimento. Nesse tempo todo, a Cobra Coral sempre firmou acordos pontuais, de um ano. Foi assim em 2000, 2001, 2006 e agora, em 2016. Ou seja, só recebe caso dispute a primeira divisão. Qualquer rebaixamento significa voltar à cota mínima. Em 2016, por exemplo, o valor na Série B será de R$ 5 milhões, enquanto na A o clube receberá R$ 26 milhões, somando aberta, fechada e pay-per-view. Agora, teria sido justamente o primeiro “não cotista” procurado pela direção do EI.

Caso emplaque, o clube daria um salto econômico sem precedentes no Arruda. Há cinco anos o faturamento total não chega sequer a R$ 20 milhões.

Obs. Bahia, Inter e Santos também teriam assinado com o EI.

A divisão das torcidas brasileiras na televisão por assinatura, via Sky – 2016

Ranking de assinantes de Sky em janeiro de 2016

A importância do pay-per-view na receita do futebol nacional cresce a cada ano. De 2013 a 2015, o rateio do PPV no Brasileirão saltou de R$ 280 mi para R$ 450 milhões, com a transmissão de todos os jogos das duas principais divisões. A partir disso é interessante (e necessário) constatar a base de torcedores/assinantes. A Sky, a segunda maior operadora do país, é a única a disponibilizar um ranking de torcedores, com o cliente indicando o seu clube do coração num cadastro no site da empresa. A ação ainda carece de divulgação, inclusive no próprio site, até para dar mais precisão aos dados.

De toda forma, a lista é aberta a qualquer time do país, numa projeção sobre os 5,4 milhões de clientes da Sky, que correspondem a 28% do mercado nacional, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Seguindo a tendência das pesquisas tradicionais, o Flamengo aparece bem à frente, com 1.040.324 clientes. Observando o quadro de janeiro de 2016, os três grandes do estado aparecem entre os 20 primeiros: Sport 14º, Santa 17º e Náutico 19º. 

O Trio de Ferro representa 2,58% do mercado, com 139 mil assinaturas. Em relação ao ano passado, o aumento foi de 0,05%. Contudo, o número bruto caiu, num reflexo da crise econômica, com o cancelamento de 230 mil contas somente na Sky. Assim, os três grandes locais perderam 3.128 assinaturas. Analisando cada time, as boas campanhas de Sport e Santa em 2015 representaram um aumento na participação, situação que deve se manter com o Tricolor, de volta à elite. No cenário regional, Pernambuco segue atrás da Bahia, com 3,65% (197 mil clientes), mesmo com apenas dois clubes de massa. Já o estado do Ceará (com Ceará e Fortaleza) detém 1,27% (68 mil clientes).

2016/janeiro (5.412.716 assinantes no país)
Sport: 76.319 (1,41%)
Santa Cruz: 32.476 (0,60%)
Náutico: 30.852 (0,57%)
Total: 139.647 2,58%

2015/janeiro (5.643.299 assinantes no país)
Sport: 77.877 (1,38%)
Náutico: 32.731 (0,58%)
Santa Cruz: 32.166 (0,57%)
Total: 142.775 (2,53%)

2014/janeiro (5.371.370 assinantes no país)
Sport: 73.587 (1,37%)
Náutico: 32.228 (0,60%)
Santa Cruz: 29.542 (0,55%)
Total: 135.358 (2,52%)

Relembre os rankings anteriores da Sky: 2014 e 2015

Confira os detalhes sobre a divisão de cotas no pay-per-view no Brasileiro aqui.

Todas as 304 campanhas nacionais do futebol pernambucano de 1959 a 2016

Pernambuco

Devido a um ajuste no calendário da CBF, todos os campeonatos estaduais de 2016 classificaram os clubes duas edições seguidas da Série D, 2016 e 2017. A partir do próximo ano, a classificação valerá somente para o ano seguinte, a partir de 2018, claro. Assim, melhor para Central e América, que garantiram duas tentativas de ascender à Terceirona. Enquanto a Patativa chegou a 33 participações nacionais, sendo a sexta na quarta divisão, o Mequinha chegou a 6, sendo a primeira em 25 anos! Não disputava o Brasileiro desde a Série B de 1991, quando foi 59º lugar num torneio com 64 equipes.

Classificados ao hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016, os dois times completaram o ciclo de participações nacionais do estado na temporada. Confira, então, a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Ao todo, os 20 times que já representaram o estado disputaram 304 edições de oito competições diferentes desde 1959, na criação da Taça Brasil.

Representantes em 2016
Série A – Sport e Santa
Série B – Náutico
Série C – Salgueiro
Série D – Central e América

Copa do Brasil – Santa, Salgueiro, Sport e Náutico

Náutico – 76 participações de 1961 a 2016
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)

21 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
19 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)

Sport – 73 participações de 1959 a 2016
Brasileirão (38)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
35 – Série A (campeão em 1987)

22 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)

Santa Cruz – 71 participações de 1960 a 2016
Brasileirão (24)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
21 – Série A (4º em 1975)

22 – Copa do Brasil (11º em 1997)
19 – Série B (vice em 1999, 2005 e 2015)
3 – Série C (campeão em 2013)
3 – Série D (vice em 2011)

Central – 33 participações de 1972 a 2016
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
6 – Série D (12º em 2009)

Salgueiro – 12 participações de 2008 a 2016
3 – Copa do Brasil (13º em 2013)
1 – Série B (19º em 2011)
7 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (4º em 2013)

Porto – 11 participações de 1994 a 2014
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
2 – Série D (18º em 2014)

América – 6 participações de 1972 a 2016
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)
1 – Série D (2016, a disputar)

Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)

Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)

Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991
1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)

Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)

Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)

Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)

Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)

Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)

Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)

Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)

Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)

Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)

Serra Talhada – 1 participação em 2015
1 – Série D (25º em 2015)

A ascensão do Santa Cruz da Série D até a Série A vai virar filme oficial

João Paulo no filme oficial do Santa Cruz sobre o retorno à elite. Crédito: TV Coral/reprodução

A saga coral de uma década indo ao fundo do poço e ressurgindo para o futebol, com o retorno à elite, é mesmo digna de filme. Nenhum clube do país superou tamanho calvário. E essa história será contada em um filme oficial do Santa.

Produzido pela TV Coral, com entrevistas com jogadores (Grafite com relatos da estreia, João Paulo emocionado, Lelê, Aquino, Daniel Costa…), integrantes da comissão técnica e outros personagens decisivos para o acesso, o vídeo tem a premissa de contar a história a partir dos bastidores do clube. Conversas de vestiário. Por enquanto, um vídeo de seis minutos com alguns trechos. Segundo o clube, o torcedor deve “aguardar fortes emoções para o seu coração tricolor”

O filme deve ser lançado ainda em 2016, em DVD, como produto oficial.

Sobre o acesso coral, o post O povão jamais irá largar o Santa Cruz.

Relembre outros filmes oficiais dos clubes pernambucanos aqui.

Podcast (205º) – Especial Treinadores com Gilmar Dal Pozzo, do Náutico

Gilmar Dal Pozzo, técnico do Náutico em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Em um hora de gravação, no CT Wilson Campos, Gilmar Dal Pozzo teve uma conversa franca sobre o Náutico. Abrindo a série especial do 45 minutos com os treinadores do grandes da capital, ele revelou bastidores de 2015, com a reta final da Série B sem dinheiro e com a diretoria perdendo a credibilidade, e as dificuldades na montagem de 2016. Analisou as novas peças e a mudança na gestão (a eleição em dezembro atrapalhou o planejamento). Da carreira como goleiro, comentou do início com o técnico Tite, em três clubes gaúchos, à decisão do Estadual de 2006, quando Lecheva perdeu o pênalti do título do Santa em cima do Sport. A revelação: ele pediu para bater a 5ª cobrança.

“Estou em busca de um título estadual. Escolhi o Náutico porque sei que o time tem condição.”

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (202º) – Início da preparação de Sport, Náutico e Santa Cruz em 2016

Podcast 45 minutos, edição 202. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Começou a temporada 2016 do podcast 45 minutos. O episódio 202 analisou o início da preparação dos grandes clubes pernambucanos (focando o Estadual e o Nordestão), com os primeiros reforços e projeções de escalações. Pela ordem do programa, com 1h27, Sport (a importância de Walter), Náutico (desafios do presidente Marcos Freitas) e Santa (base já garantida), encerrando com um debate sobre o amistoso tricolor contra o Flamengo. Além disso, ainda teve a resenha tradicional, do carnaval de Olinda a Rocky Balboa.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A capacidade mínima dos estádios, da 2ª divisão do Pernambucano à Libertadores

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press (Arruda, Ilha e Aflitos) e Odebrecht/divulgação (arena)

A Ilha do Retiro pode receber qualquer partida oficial de uma competição ao alcance do Sport? Não. E o Arruda, no caso do Santa? Pode. A leitura é bem simples. Não se trata de infraestrutura, modernidade ou nível do gramado, mas basicamente a capacidade de público. Da segunda divisão pernambucana à Libertadores, há uma exigência de capacidade mínima nos locais dos jogos.

O cenário mais simples é o da primeira fase da Série A2, sem quantidade mínima ou necessidade de um sistema de iluminação. Depois, o torneio “cresce”, demandando praças com três mil lugares e refletores a partir da semi, valendo o acesso. Já o contexto mais exclusivo está na finalíssima da Libertadores, acima de 40 mil assentos. No estado, Arruda e Arena poderiam receber a decisão tranquilamente. Ou seja, a Ilha seria palco, no máximo, até a semifinal, tanto da Liberta quanto da Sula – até 2001, a capacidade era de 45 mil espectadores, mas foi reduzida após as novas normas de segurança da Fifa.

No interior, só Cornélio de Barros e Lacerdão podem abrigar a decisão da primeirona local. Por sinal, a casa do Salgueiro precisou ser “reavaliada”, pois na aferição da federação em fevereiro de 2013 a estimativa foi de 9.916. Com a inédia classificação à decisão, houve a ampliação para 12 mil. Em relação aos torneios nacionais, os estádios da capital estão plenamente aptos, segundo os regulamentos de 2015, disponíveis nos sites da FPF, CBF e Conmebol.

Como curiosidade, a exigência na Copa do Mundo. Os estádios devem ter ao menos 40 mil cadeiras, subindo para 65 mil no jogo de abertura, a exceção na fase de grupos, nas semifinais e na final. A partir de 2018, na Rússia, a arena da decisão deverá receber ao menos 80 mil torcedores. No Mundial do Brasil, por exemplo, o Maracanã não seria suficiente, pois a versão remodelada tem 78.838 lugares. Em Moscou, a final será no Luzhniki, com 81 mil assentos.

Taça Libertadores da América
1ª fase e 2ª fase – 10 mil
Oitavas e quartas – 20 mil
Semifinal – 30 mil
Final – 40 mil

Copa Sul-Americana
1ª fase, 2ª fase, oitavas e quartas – 10 mil
Semifinal – 20 mil
Final – 40 mil

Série A
Todos os jogos: 15 mil

Série B
Todos os jogos 10 mil

Série C
1ª fase, quartas e semifinal – sem capacidade mínima
Final – 10 mil

Série D
1ª fase e oitavas – sem capaciade mínima
quartas, semifinal e final – 5 mil

Copa do Brasil
1ª fase, 2ª fase, 3ª fase, oitavas e quartas – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 15 mil

Copa do Nordeste
1ª fase e quartas – 5 mil
Semifinal e final – 10 mil

Pernambucano (1ª divisão)
1ª fase e hexagonais – 3 mil
Semifinal e final – 10 mil

Pernambucano (2ª divisão)
1ª fase – sem capacidade mínima
Semifinal e final – 3 mil

A capacidade dos estádios pernambucanos (acima de 10 mil lugares)
Arruda – 60.044*
Arena Pernambuco – 46.214
Ilha do Retiro – 32.983*
Aflitos – 22.856**
Lacerdão (Caruaru) – 19.478
Cornélio de Barros (Salgueiro) – 12.480
Carneirão (Vitória) – 10.911

* Por exigência do Ministério Público, foram reduzidos para 50.582 e 27.435. Em caso de melhora nos acessos ao público, volta a limitação antiga. 

** Por falta de uso, o Eládio de Barros está sem os laudos técnicos necessários para a realização de jogos profissionais.

Presidente do Náutico, Marcos Freitas vence a eleição mais acirrada do estado

Marcos Freitas, o presidente eleito do Náutico para 2016 e 2017. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A eleição alvirrubra para o biênio 2016/2017 foi a mais disputada da história do futebol pernambucano, com uma marca difícil de ser quebrada. Num universo de 1.544 votos válidos, numa disputa polarizada, a diferença foi de apenas dez votos. Dez! Vitória de Marcos Freitas, oposicionista, mas integrando o grupo que comandou o clube durante muitos anos. Superou Edno Melo, uma corrente disfarçada da atual gestão, apesar da bandeira independente.

Com o clube em situação crítica nos últimos anos, com jejum de títulos, caixa vazio e distanciamento da torcida, a indefinição marcou o período eleitoral, com os alvirrubros divididos entre promessas e descrenças. A boca de urna dos jornalistas nos Aflitos no domingo só comprovou o cenário. Se ouvia 50 sócios, Edno à frente. Mais 50, Marcos em vantagem. Seguiu até a apuração, com o resultado final já antológico. Esse foi o 15º bate-chapa no trio de ferro desde 2000. Até então, a eleição mais apertada havia sido no Arruda, em 2006, com Edinho vencendo por 57 votos, ou 4,05% de diferença. Agora foi de 0,65%.

Para Marcos Freitas, com experiência no conselho fiscal do Náutico, a missão é equalizar a receita a curto prazo. Já chega com uma direção pronta, mas terá de cara dois meses de salário atrasados entre jogadores e funcionários. E a atual gestão antecipou 50% da cota de R$ 950 mil do Estadual e R$ 800 mil da Série B de 2016. A vida não será fácil. E a responsabilidade é ainda maior.

Eleições mais disputadas no Trio de Ferro:
1º) Náutico 2015 – Marcos Freitas 50,32% x 49,67% Edno Melo
2º) Santa Cruz 2006 – Edson Nogueira 52,02% x 47,97% Alberto Lisboa
3º) Sport 2012 – Luciano Bivar 57,27% x 42,72% Homero Lacerda
4º) Sport 2000 – Luciano Bivar 64,09% x 35,90% Wanderson Lacerda
5º) Santa Cruz 2004 – Romerito Jatobá 66,94% x 33,05% Antônio Luiz Neto 

A eleição do Náutico para o biênio 2016/2017. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Com 41 jogos, Arena Pernambuco termina 2015 com apenas 23% de ocupação

Arena Pernambuco. Crédito: Google Maps

A terceira temporada de operação da Arena Pernambuco, administrada através de uma parceria público-privada, registrou a pior média de público do empreendimento. O quadro considera os jogos oficias de Náutico, Santa Cruz e Sport, que mandaram 41 partidas em São Lourenço da Mata em 2015. O índice de 10,6 mil torcedores deixou a ocupação em apenas 23%, menos de 1/4 das 46.214 cadeiras vermelhas à disposição.

A situação só deve agravar o balanço financeiro do estádio, que já ficou no vermelho nos dois primeiros anos (R$ 29,7 milhões em 2013 e R$ 24,4 milhões em 2014). Apesar de ter sido, pelo segundo ano seguido, o estádio com mais partidas na região metropolitana, a arena sentiu bastante o mau desempenho do Náutico no borderô, uma vez que a agenda alvirrubra corresponde a 70% de todos os jogos marcados no local – e segue como o único clube com contrato fixo. Este ano, a média timbu caiu de 7.812 para 6.076 espectadores, enquanto a arrecadação despencou de R$ 6,6 milhões para R$ 3,4 mi.

Também pesou o baixo número de apresentações dos tricolores, uma no Estadual e outra na Série B, em vez dos seis jogos em 2014. Já o Sport, que subiu o número de partidas no local de 7 para 10, continuou sendo o diferencial a favor, com média de público de 23 mil pessoas e bilheteria de quase R$ 700 mil por jogo. O ponto alto foi o recorde de público e renda, no jogo Sport 2 x 0 São Paulo, com 41.994 pessoas e R$ 1,25 milhão. Vale destacar os amistosos não entram neste levantamento do blog. Em janeiro, por exemplo, 22 mil pessoas assistiram à Taça Ariano Suassuna, com Sport 2 x 1 Nacional do Uruguai.

Em relação ao futuro, a presença do Santa Cruz na Série A pode ser um bom indicativo de receita. Apesar de a direção coral já ter dito que não abre mão do Arruda, a tabela com mais jogos aos domingos pode ajudar na negociação para mandar algumas partidas no estádio da Copa, que ainda sente a falta de público.

Público e arrecadação na Arena PE
2015
Jogos: 41
Público: 437.893 pessoas (média: 10.680)
Ocupação: 23,1%
Renda: R$ 11.017.089 (média: R$ 268.709)
Tíquete: R$ 25,16

2014
Jogos: 43
Público: 529.146 pessoas (média: 12.305)
Ocupação: 26,6%
Renda: R$ 14.467.554 (média: R$ 336.454)
Tíquete: R$ 27,34

2013
Jogos: 21
Público: 247.604 pessoas (média: 11.790)
Ocupação: 25,5%
Renda: R$ 6.360.142 (média: R$ 302.863)
Tíquete: R$ 25,68

Jogos oficiais no Grande Recife
2015 – 90 jogos*
41 na Arena
25 na Ilha do Retiro
24 no Arruda
Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha. 

2014 – 93 jogos*
43 na Arena
27 na Ilha do Retiro
22 no Arruda
1 nos Aflitos
*O Santa ainda disputou três partidas no Lacerdão, em Caruaru, numa punição do STJD por causa de briga de torcida.

2013 – 96 jogos
33 na Ilha do Retiro
27 no Arruda
21 na Arena*
15 nos Aflitos
*Uma das partidas foi o clássico entre Botafogo e Fluminense, pela Série A.

Desempenho do trio recifense na Arena em 2015
Náutico – 29 jogos
Público: 176.204 pessoas (média: 6.076)
Ocupação: 13,1%
Renda: R$ 3.409.274 (média: R$ 117.561)
Tíquete: R$ 19,34

Sport – 10 jogos
Público: 232.417 pessoas (média: 23.241)
Ocupação: 50,2%
Renda: R$ 6.941.140 (média: R$ 694.114)
Tíquete: R$ 29,86

Santa Cruz – 2 jogos
Público: 29.272 pessoas (média: 14.636)
Ocupação: 31,6%
Renda: R$ 666.675 (média: R$ 333.337)
Tíquete: R$ 22,77

Relembre os balanços anteriores: 2013 e 2014.

O ranking nacional de federações em 2015, com Pernambuco em 7º lugar

O ranking da CBF em relação às federações estaduais em 2015. Crédito: CBF

O Ranking da CBF em vigor, contemplando apenas os últimos cinco anos, foi criado em 2012. Até ali, com um critério diferente, o futebol pernambucano, através da FPF, ocupava um histórico 6º lugar. Com novo “corte” na tabulação dos pontos, o estado caiu para a 8ª posição, onde ficou durante três anos.

Agora, após o 6º lugar do Sport na Série A (2.720 pontos), o 2º do Santa na Série B (1.600 pts) e o 5º do Náutico também na segundona (1.380 pts), o futebol local enfim subiu na lista, agora figurando em 7º lugar. Superou Goiás, que em 2016 terá os seus três grandes clubes na segundona. Como Pernambuco terá dois times na elite, a tendência é consolidar o status. Contudo, para retomar o 6º lugar a missão é mais difícil, uma vez que o estado está a 7.951 pontos do Paraná. A grande surpresa no ranking é Santa Catarina, que este ano teve quatro clubes no Brasileirão. Entrou no G4, no lugar dos gaúchos.

Vale lembrar que a colocação do estado influencia diretamente no número de vagas na Copa do Brasil. Hoje, Pernambuco tem direito a três.

Representantes locais: Sport (19º, 7.928), Náutico (25º, 6.139), Santa Cruz (35º, 4.310), Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts).

Pernambuco no ranking nacional
2015 – 7º (22.624)
2014 – 8º (21.520)
2013 – 8º (21.642)
2012 – 8º (22.765)

Top 3 do Nordeste
2015
1º) Pernambuco (7º, 22.624)
2º) Bahia (9º, 17.683)
3º) Ceará (10º, 14.627)

2014
1º) Pernambuco (8º, 21.520)
2º) Bahia (9º, 20.031)
3º) Ceará (10º, 16.500)

2013
1º) Pernambuco (8º, 21.642)
2º) Bahia (9º, 20.902)
3º) Ceará (10º, 18.024)

2012
1º) Pernambuco (8º, 22.765)
2º) Bahia (9º, 21.484)
3º) Ceará (10º, 19.227)