Foi uma terça-feira de rodada cheia na Série B, com os times pernambucanos atuando em horários distintos. Na abertura da 28ª rodada, o Timbu foi goleado pelo América-MG, 1 x 4. Depois, no fechamento, o Santa Cruz não segurou a vitória contra o Joinville, 1 x 1. Ambos desperdiçaram uma ótima chance para se aproximar do G4.
Agora, faltam apenas dez rodadas. O Brasileiro afunilou de vez;;;
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 29ª rodada dos representantes pernambucanos
11/10 – Ponte Preta x Santa Cruz (16h20)
11/10 – Náutico x ABC (16h20)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
Aos 49 minutos do segundo tempo, numa bola rebatida na entrada da área, Renan Fonseca tocou de cabeça e encobriu o goleiro.
A torcida coral prendeu a respiração, com as mãos na cabeça.
Por muito pouco a bola não entrou…
O árbitro encerrou logo depois, com o Santa Cruz empatando em Santa Catarina.
Até então, o Joinville tinha 10 vitórias em 13 partidas em casa. De fato, um mandante implacável, o que mostra que esse pontinho no suado 1 x 1 até seria um bom negócio para o time pernambucano.
Porém, pesa contra essa análise um fato corriqueiro na campanha tricolor.
Abrir o placar e não segurar a vitória. Na Série B isso já aconteceu dez vezes.
A 10ª vez nesta temporada foi justamente nesta terça-feira…
Após um primeiro tempo morno, o visitante voltou aceso e marcou logo com o volante Danilo Pires, sempre encostando no ataque. Contudo, o time de Oliveira Canindé não conseguiu suportar a pressão, sofrendo o gol logo depois.
É verdade que o Joinville criou algumas oportunidades para virar, mas o lance final, já descrito, fará com que a torcida passe alguns dias pensando “e se”…
Até mesmo porque hoje a diferença em relação ao G4 é de dez pontos (38 x 48).
O fato de não segurar o resultado está custando um acesso à primeira divisão, literalmente.
O Náutico foi impiedosamente goleado pelo América Mineiro. Na arena, o Timbu sofreu a sua maior derrota no ano, 1 x 4. O time vinha de duas vitórias seguidas pela Segundona e tTeria uma sequência de dois jogos em casa, pronto para enfim arrancar. Numa disputa de muita oscilação técnica, o time de Dado Cavalcanti travou. Não conseguiu jogar, viu o adversário tocar a bola com facilidade, criar chances e aproveitá-las sem dó.
Com menos de trinta minutos a desvantagem já era de dois gols, ambos marcados pelo atacante Gilson. O segundo, aliás, foi um golaço. Com a situação difícil, o volante Elicarlos passou a ser perseguido pela torcida – sentindo a falta de Paulinho. Eli estava, sim, mal em campo.
Contudo, jogar nas costas dele o peso da derrota era quase uma maldade, pois a equipe inteira estava mal. Até mesmo Júlio César, que não evitou os gols e se mostrou inseguro em duas saídas de bola – e pioraria até o apito final.
Nem Elicarlos nem Crislan voltaram do intervalo, mas não houve reação. Logo aos três o Coelho marcou mais um. Numa jogada individual, Renan Oliveira (aquele!) passou fácil pela zaga e bateu no cantinho. A partir daí, a tarefa já era inglória, ainda mais com o altíssimo nível de impaciência da torcida.
O lance seguinte mandou o público embora, numa falha do goleiro, num cruzamento rasteiro. Obina, surpreso, só empurrou. A goleada era tremenda, e o gol de honra, numa cabeçada de Renato Chaves, não diminuiu o vexame.
A grosso modo, as quatro arenas nordestinas da Copa do Mundo de 2014 conseguiram firmar acordos com os clubes mais tradicionais das capitais.
Dez times assinaram. Porém, a diferença está no prazo dos contratos…
Do enxuto pacote do Vitória, jogo a jogo, sendo apenas um no Brasileirão, ao longo contrato do Náutico com o consórcio que administra o estádio em São Lourenço, com 30 anos de duração. São vários modelos, todos em ritmo de avaliação – inclusive das operadoras, buscando a receita esperada nas arquibancadas.
Curiosamente, apesar de ter o contrato mais duradouro, o Timbu foi o primeiro assinar. Depois, outras agremiações firmaram acordos de no máximo cinco anos. No próprio estado, os rivais Santa Cruz e Sport assinaram pacotes pontuais, sem abrir mão dos estádios particulares.
As assinaturas mais recentes são da dupla potiguar, até mesmo porque o estádio o último a ser inaugurado…
Eis os dados de cada arena em Fortaleza, Salvador, Recife e Natal.
Castelão
Capacidade: 63.903 lugares
Custo: R$ 518,6 milhões
Consórcio: Galvão/Serveng/BWA (8 anos de concessão)
Clubes: Ceará (até 2018), Ferroviário (até 2018) e Fortaleza (Série C de 2014)
Recorde (entre clubes): Ceará 1 x 1 Sport, 61.240 pessoas, 09/04/2014
Percentual de ocupação no recorde: 95,8%
Fonte Nova
Capacidade: 50.223 lugares
Custo: R$ 591,7 milhões
Consórcio: Odebrecht/OAS (35 anos de concessão)
Clubes: Bahia (até 2018) e Vitória (5 jogos em 2014)
Recorde (entre clubes): Bahia 1 x 2 Fluminense, 42.849 pessoas, 08/12/2013
Percentual de ocupação no recorde: 85,3%
Arena Pernambuco
Capacidade: 46.214 lugares
Custo: R$ 532 milhões
Consórcio: Odebrecht (30 anos de concessão)
Clubes: Náutico (até 2043), Santa (6 jogos em 2014) e Sport (6 jogos em 2014)
Recorde (entre clubes): Náutico 0 x 1 Sport, 30.061 pessoas, 23/04/2014
Percentual de ocupação no recorde: 65,0%
Arena das Dunas
Capacidade: 31.375 (42.086 lugares no Mundial, com arquibancada provisória)
Custo: R$ 417 milhões
Consórcio: OAS (20 anos de concessão)
Clubes: ABC (até 2018) e América-RN (até 2018)
Recorde (entre clubes): América-RN 0 x 1 Fla, 30.575 pessoas, 01/10/2014
Percentual de ocupação no recorde: 97,4%
A 67ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, Todos os jogos das Séries A, B, C e D foram disputados antes do domingo, dia reservado no país para a eleição para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
Mas o futebol rolou solto na sexta-feira e no sábado, com cinco times pernambucanos. O Sport goleado na A, Náutico e Santa ganharam na B, Salgueiro se classificou às quartas na C e o Central deu adeus à D.
Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
Tricolores e alvirrubros venceram na 27ª rodada da Série B e reduziram a diferença em relação ao G4. Foram beneficiados pelos tropeços de Joinville, Vasco e Avaí (este para o próprio Náutico). A missão segue um tanto difícil. Em onze rodadas, o Timbu precisa desgarrar seis pontos. Já o santa Cruz segue dez pontos atrás. Contudo, tem um jogo a menos, o que teoricamente o deixaria com sete pontos de diferença.
Ou seja, é a hora do tudo ou nada. Ou arranca de uma vez por todas, ou então é bom se acostumar com a ideia de disputar a segunda divisão novamente em 2015.
E a tarefa começa já na terça-feira, com rodada cheia…
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 28ª rodada dos representantes pernambucanos
07/10 – Náutico x América-MG (19h30)
07/10 – Joinville x Santa Cruz (21h50)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
Marcou forte, cometeu mais faltas, sem ser desleal, e contragolpeou a tarde inteira.
Um rendimento em campo visto com a formação num 4-3-3, com a linha frente trabalhando bem com Sassá, Crislan e Tadeu – sim, Tadeu.
A definição da boa vitória como visitante ocorreu em dois momentos.
O primeiro ato surgiu logo nos primeiros minutos, num lance digno de “rúgbi”, com Tadeu finalizando três vezes até marcar. Depois, nos instantes finais, Bruno Furlan fez de cabeça.
Com o 2 x 0 sobre o Avaí na Ressacada, o Timbu tornou “real” a possibilidade de zerar a distância para o G4. Que outrora esteve mesmo próximo.
O time de Dado Cavalcanti – responsável direto por este momento lúcido – teve mesmo uma tarde positiva, jogando com eficiência. Em alguns momentos, viu de forma natural o mandante finalizar com perigo. Em todas, o goleiro Júlio César se mostrou seguro.
Bem na defesa, então o jeito era aproveitar as oportunidades lá na frente.
Entre os dois gols (16/1T e 41/2T), vale registrar o incrível tento desperdiçado por Paulinho, com o gol aberto. Foi aquela chance que o torcedor invariavelmente pensa “era para matar o jogo”.
Era. Justamente para não deixar escapar uma vitória bem construída. Daí a comemoração geral no gol de Furlan, ao matar o jogo de fato, sobretudo com a agenda timbu (41 pontos) nas próximas rodadas.
Serão dois jogos em casa, contra América-MG e ABC. Que siga copeiro.
A irregularidade técnica do Santa Cruz era o maior temor diante de um time ascendente na segundona como o Boa Esporte. Firme na disputa, o time mineiro iniciou a rodada seis pontos abaixo da zona de classificação, numa diferença bem menor que os treze pontos dos corais em relação ao G4.
Portanto, entrar em campo atento e evitando ao máximo o desperdício de oportunidades era o mantra de Oliveira Canindé, um tanto empolgado com a sua aparição na Arena Pernambuco, ocupada por 11.055 tricolores nesta sexta.
A peleja foi a primeiro da série de quatro jogos agendados para o local com mando do Santo. Um palco que vem dando sorte ao Tricolor, ainda invicto, com três vitórias e um empate.
Por sinal, na véspera o treinador chegou a fazer seguinte comparação entre o estádio em São Lourenço e o Arruda: Ferrari x Fusca. Jogando em velocidade – não confunda com a tal comparação -, o Tricolor passeou.
Fez 3 x 0 no primeiro tempo, com Wescley, após boa jogada de Keno pela esquerda, Danilo Pires concluindo um longo lançamento e Léo Gamalho de pênalti. Jogou fácil, mas não criou uma dúzia de oportunidades. Contudo, as chances criadas foram convertidas.
Eficiência é isso, algo que faltou bastante nesta campanha, com a Série B já afunilada, com o acesso quase irreal. No segundo tempo, o time pernambucano puxou o freio de mão e segurou o adversário, situação que poderia ter sido feitoa inúmeras vezes nesta competição… Daí, a irregularidade. Hoje foi o lado bom.
A negociação dos clubes pernambucanos com a Caixa Econômica Federal foi iniciada ainda em 2012, quando o banco começou a despejar muito dinheiro nos times do país. Só nesta temporada o investimento em patrocínio deve ser de R$ 111,9 milhões em 15 clubes das Séries A, B e C, sendo seis deles do Nordeste.
Só em 2014 assinaram contrato Sport, CRB, América-RN e ABC. Ao menos cinco clubes da região seguem em negociação, como Náutico, Santa Cruz, Ceará, Fortaleza e Icasa. Desses, um já tem o contrato totalmente protocolado. Informação do próprio diretor coral, Constantino Júnior.
O Tricolor aguarda apenas as certidões negativas com a receita federal. O departamento jurídico, aliás, vem trabalhando basicamente nisso – independentemente da possível Lei de Responsabilidade Fiscal. Vale lembrar que em fevereiro o senador pernambucano Humberto Costa se reuniu em Brasília com o presidente da Caixa, Jorge Hereda. Na pauta, a adesão do trio.
Depois aquele episódio, somente o Leão, bem mais ajustado que os rivais financeiramente, conseguiu. Ainda assim, teve que gastar R$ 4 milhões para ficar em dia com os tributos e obter a certidão necessária.
No caso coral – mirando 2015 -, já há até o sinal positivo do Cimento Poty, o único patrocinador estampado no uniforme. Em relação ao valor, basta ver a distribuição das receitas nas três divisões. O Santa não deve embolsar menos de R$ 2 milhões em um ano. O clube quer ao menos três milhões…
Patrocínio da Caixa Econômica Federal no Nordeste
Série A
Sport – R$ 6 milhões
Vitória – R$ 6 milhões
Série B
ABC – R$ 2 milhões
América-RN – R$ 2 milhões
Foi uma das gravações mais longas do podcast 45 minutos, com 1h50min de duração. A 66ª edição foi monotemática. Na pauta, apenas o Santa Cruz, numa entrevista com o diretor de futebol do clube, Constantino Júnior. Tininho abriu os bastidores do Arruda.
O dirigente passou a limpo o Tricolor, falando sobre o fiasco no centenário, a polêmica do Nordestão, marketing, escolha de treinadores, novidades etc. Estou nessa gravação ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. O programa foi gravado no Diario de Pernambuco.
Ouça o podcast e ainda concorra a uma camisa oficial do centenário tricolor…