Timbu não consegue segurar vantagem em Fortaleza e volta só com um ponto

Série B 2014, 3a rodada: Ceará 2 x 2 Náutico. Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O resultado foi frustrante no Castelão, mas durante mais da metade da partida o sentimento foi bem distinto…

O Náutico fez um excelente primeiro tempo. Marcou bem a saída de jogo do adversário, sobretudo Dê, fechando os espaços e buscando as suas chances.

De bola parada, o Alvirrubro abriu o placar com Rai, aos 25. Bela cobrança de falta. Desceu para o intervalo em vantagem e logo no comecinho da etapa final a situação ficou “perfeita”.

Aos 6 minutos, Careca foi derrubado na área. Pênalti para os pernambucanos e cartão vermelho para o Ceará. A tranquila conversão de Elicarlos encaminhou a vitória como visitante, que deixaria o Timbu na ponta da tabela.

Jogava bem, dois gols de vantagem, marcação ajustada, um jogador a mais. Tudo isso. Até que o time simplesmente abriu mão de jogar futebol.

Lisca continuava gritando na beira do campo, mas dentro das quatro linhas os alvirrubros passaram a rifar a bola, devolvendo-a de qualquer maneira ao Vozão. A preparação física já era a mesma para conter o rival.

De falta, Ricardinho diminuiu o placar, numa falha de Alessandro, que se atrapalhou com o efeito da pelota, sem tempo de reação.

O empate em 2 x 2 neste sábado foi decidido aos 40, em jogada individual de Gil. Antes, o time de Fortaleza já havia desperdiçado duas oportunidades.

O Náutico segue invicto na Série B, somando o segundo ponto longe do Recife. Desta vez, o cenário foi o oposto ao da estreia, quando foi buscar o 2 x 2.

Em Bragança Paulista, trouxe um ponto. Em Fortaleza, deixou de ganhar dois…

Série B 2014, 3ª rodada: Ceará 2x2 Náutico. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

As imagens da violência inacreditável no futebol

A descrição era inacreditável.

Torcedor morre atingido por um vaso sanitário.

No dia seguinte ao lamentável episódio na saída do Arruda, a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou o vídeo com o momento exato do crime. Imagens captadas pelas câmeras do órgão, na Rua das Moças.

Mesmo vendo, segue difícil de acreditar que o futebol chegou a isso.

Que o futebol pernambucano chegou a isso…

Arruda interditado preventivamente. Julgamento deve piorar a situação

CBF interdita preventivamente o Arruda

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva deverá oferecer denúncia contra o Santa Cruz sobre a morte do torcedor após o jogo contra o Paraná.

Entretanto, de forma preventiva, a CBF já puniu o Tricolor…

O Arruda está interditado, através de decisão administrativa publica pela entidade.

Os corais deverão atuar na Arena Pernambuco, cujo acordo para uma partida, contra a Luverdense, já estava assinado.

Resta saber agora o tamanho da possível (provável) punição ao clube.

Em caso de jogos com portões fechados, como preza a nova diretriz do STJD – aplicada inclusive no Sport na Copa do Nordeste -, nem a Arena seria a solução…

Vítima fatal na violência sem controle do futebol pernambucano

Morte de torcedor no Arruda em 2 de maio de 2014. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Um torcedor foi morto na rua ao ser atingido por um vaso sanitário arremessado do alto do estádio do Arruda.

A frase é surreal.

A partida entre Santa Cruz e Paraná teve um público baixíssimo, apesar dos 8.029 torcedores anunciados. Provavelmente contabilizando a troca do Todos com a Nota, mesmo com muitas pessoas desistindo de ir ao jogo por causa da forte chuva na cidade.

Mesmo assim, mesmo vazio, o estádio foi palco de cenas de violência, com brigas de supostos membros de torcidas organizadas.

Acredite, não foi a primeira vez que lançaram uma privada do anel superior do Arruda. Na Ilha do Retiro já fizeram algo parecido.

Desta vez, infelizmente, a tragédia anunciada há tempos aconteceu.

Uma vítima fatal, mais uma no futebol pernambucano, com uma indecente política pública de segurança. O primeiro homicídio com uma relação direta ao futebol local aconteceu em 18 de março de 2001, num confronto entre Jovem e Fanáutico. Desta vez, Inferno Coral versus a uniformizada visitante, com apoio de membros da Jovem, numa ramificação que se estende a quase todas facções do país.

Esse tema, com o uso do futebol como proliferação da violência por parte das organizadas, é recorrente. A segurança nos jogos, sobretudo na capital, precisam da mão firme do governo do estado, há tempos ignorando o cenário caótico.

O planejamento é baseado no aumento do efetivo, no choque. Investigação? É algo quase nulo. Prisão? Inexistente.

Assim, Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, morador do Pina e torcedor do Sport, entra na estatística como mais uma vítima da violência no futebol.

Uma morte difícil de aceitar, mas cujos indícios eram evidentes…

Morte de torcedor no Arruda em 2 de maio de 2014. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Muita chuva, pouquíssimo futebol e outro empate tricolor

Série B 2014, 3ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A chuva castigou o Recife o dia inteiro…

No Arruda, um gramado impraticável. Até duas horas antes da partida, havia a dúvida até sobre a realização da peleja entre Santa e Paraná.

A partida aconteceu, com o estádio às moscas. Como ocorreu nas duas rodadas anteriores da Segundona, o Tricolor empatou em 1 x 1, ficando no meio da tabela.

Poças d’água, piso irregular, muitas faltas.

Foi um jogo feio e não havia como ser diferente na noite desta sexta.

A lamentação da torcida veio do fato de que o time treinador por Sérgio Guedes até abriu o placar, com Luciano Sorriso, aos 23 minutos. A chuva era forte.

Era preciso apertar a marcação e evitar faltas próximas à entrada da área. O script parecia pronto, natural. Mas não durou quatro minutos…

De forma frustrante, a igualdade paranaense surgiu numa falha clamorosa da defesa, que apenas observou Marcos Serrato conduzir a bola a até a conclusão para as redes.

Ruim no chão, então jeito era levantar a bola na área, seguidas vezes. Somando as duas equipes, foram mais de 40 tentativas!

O goleiro Marcos ainda fez duas boas defesas, evitando o desempate coral.

No fim, outro tropeço em casa do Santa. Desta vez, porém, não havia como cobrar um bom futebol ou mesmo a presença de um grade público.

Série B 2014, 3ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A classificação nacional dos árbitros e assistentes da FPF para 2014/2015

Árbitros brasileiros para a temporada 2014/2015

Oito árbitros ligados ao futebol pernambucano contam agora com status CBF e Fifa. Neste 1º de maio entrou em vigor a nova classificação nacional de árbitros (CNA), árbitras e assistentes, válido para a temporada 2014/2015.

O acesso ou descenso na classificação leva critérios como conta faixa etária, tempo de arbitragem, perspectiva de aproveitamento em competições internacionais, avaliações físicas e teóricas e, claro, as atuações no ano anterior.

Abaixo, todos os árbitros e assistentes chancelados pela FPF, com as respectivas colocações na classificação brasileira

Qual é sua opinião sobre a classificação da turma local?

Árbitros
Fifa (9 árbitros) – 2º) Sandro Meira Ricci
Especial 2 (12) – 11º) Cláudio Mercante; 12º) Nielson Nogueira
CBF-1 (60 árbitros) – 21º) Gilberto Castro Júnior
CBF-2 (90 árbitros) – 4º) Sebastião Rufino Filho; 18º) Gilberto Freire; 37º) Emerson Sobral; 71º) Gleydson Leite

Assistente
Aspirante-Fifa (10 auxiliares) – 7º) Clovis Amaral
CBF-1 (75 auxiliares) – 49º) Elan Vieira; 51º) Ricardo Chianca; 57º) Alberto Júnior
CBF-2 (117 auxiliares) – 57º) Francisco Chaves; 62º) Marcelino Castro; 63º) Roberto José; 77º) Bruno Alcantra

Árbitras
Fifa (4 árbitras) – 3ª) Ana Karina Marques
Aspirante-Fifa (2 árbitras) – 2ª) Deborah Cecília

Assistentes
CBF-1 (40) – 18ª) Karla Renata Cavalcanti

Faturamento coral em 2013 foi de R$ 16,9 mi, com duas taças e média de 23 mil pessoas

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A temporada do Santa Cruz em 2013 foi vitoriosa. É inegável.

O Tricolor conquistou o Estadual, pela terceira vez seguida, e a Série C, enchendo o Arruda. Nos 27 jogos em casa, a média foi de 23.912 torcedores.

Entretanto, esse contexto não resultou em um grande faturamento…

O balanço financeiro do clube, publicado no Diario de Pernambuco em 30 de março, aponta uma receita operacional de R$ 16.955.711, muito abaixo dos rivais. O Sport teve 51 milhões no caixa e Náutico teve 48 mi.

Em relação aos dados de 2012, com R$ 13 milhões, o acréscimo foi de 29%. Contudo, o faturamento não deixa de ser baixo para o porte do clube.

Houve um superávit de 453.996 reais, fato. Outro ponto positivo, mas numa escala mínima (0,2%), foi a redução da dívida, a soma dos passivos circulante e não circulante. Caiu de R$ 71.536.863 para R$ 71.377.478. No papel, R$ 159.385.

Pesa bastante, ainda, as obrigações trabalhistas… de R$ 12 milhões.

Enquanto os dois principais rivais ganharam cotas de transmissão acima de dez milhões de reais, no caso coral a cota de televisão foi de apenas R$ 334 mil. O fato deve mudar no próximo balanço, com a participação na Série B – receberá, no mínimo, uma cota de R$ 3 milhões.

Balanço financeiro do Santa Cruz em 2013. Crédito: Diario de Pernambuco/reprodução

Timbu terminou 2013 com a maior receita da história e a maior dívida da história

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A campanha do Náutico na Série A de 2013 foi a pior da história do clube.

Foram 28 derrotas em 38 jogos, culminando com o descenso.

Fora de campo, apesar dos salários atrasados e da crise administrativa, o Timbu teve o maior orçamento de sua história, segundo o balanço financeiro oficial.

O total de receitas operacionais de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013 foi de R$ 48.105.068, ou 17% maior que a verba da temporada anterior, de R$ 41 milhões, até então o recorde na história do clube (veja aqui).

Apesar disso, a dívida de Rosa e Silva cresceu bastante, quase 16 milhões de reais (22%).

Somando os passivos circulante e não circulante, eis o aumento do buraco…

2011 – R$ 62.442.207
2012 – R$ 71.978.517
2013 – R$ 87.916.127

O exercício do ano terminou com um déficit de R$ 721.230.

Como costuma ocorrer, o Alvirrubro publicou o seu relatório no caderno executivo do Diário Oficial do Estado. No ano passado, em 28 de abril. Desta vez, na data limite, 30 de abril.

O que preocupa nesses dados é que eles foram contabilizados na elite nacional. Na última vez em que esteve na Segundona, em 2011, a receita foi de R$ 19 milhões.

Atualização:
Após a publicação do post, Paulo Wanderley, presidente timbu no biênio 2012/2013, entrou em contato com o blog. Ele rechaçou o relatório, que não contou com a sua assinatura. “Deixei o balancete de janeiro a novembro no conselho em 23 de dezembro. Só faltava o último mês, que não estava fechado. Mas eles (nova gestão) mudaram o regime contábil, de caixa para competência. Assim, em vez de somar só o que entrou no ano, pegaram todas as dívidas de todas as gestões e jogaram no meu balanço. Foi uma covardia. A dívida do Náutico subiu para 75 milhões de reais, e não 87. Vou processar Glauber Vasconcelos.”

Em seguida, o presidente Glauber também foi ouvido pelo blog. Justificou a posição de reunir as dívidas antigas. “Não estou dizendo que as dívidas são dele (Paulo). O que se fez foi o registro de dívidas do clube. O Clube Náutico Capibaribe não pode ficar na fantasia, as dívidas existiam. Pode processar à vontade. Talvez no processo fique mais claro. Estamos fazendo uma auditoria que vai até maio.”

Balanço financeiro do Náutico em 2013

Na transição da A para B, Sport registra queda de R$ 28,3 milhões no faturamento

Números do Sport. Arte: Brenno Costa/DP/D.A Press

Em 2012, o Sport teve o maior orçamento de sua história no futebol.

A volta à primeira divisão do Brasileiro resultou num faturamento de R$ 79,8 milhões, com um forte incremento de R$ 20 milhões de luvas pela prorrogação do contrato com a Rede Globo até 2017. Números bem acima dos rivais (relembre aqui).

Com o rebaixamento no campo, porém, as finanças também despencaram em 2013. Para ser mais exato, uma redução de 35,5%. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, o futebol rubro-negro teve R$ 51.428.086, com déficit de R$ 4.963.656.

O balanço foi publicado em 8 de abril, na Folha de Pernambuco, e agora divulgado no site oficial do clube, num documento produzido pelo contador Rosivaldo Justino da Silva.

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

O descenso implicou em outros números. O fluxo de caixa na temporada foi de R$ 640 mil, bem abaixo dos R$ 10,3 milhões no exercício anterior.

Mas há algo a comemorar no relatório. A diminuição das dívidas do Leão.

A soma dos passivos circulante e não circulante foi de R$ 22.751.467, incluindo obrigações trabalhistas e sociais. Antes era de R$ 27.381.927. Ou seja, a queda registrada foi de 16,9%.

Já o patrimônio do Sport, considerando estádio, terrenos, sede social, ginásios, parque aquático, máquinas e veículos, corresponde a R$ 172.653.917

O próximo demonstrativo do clube será lançado em abril de 2015. Para quebrar o recorde, terá que superar suprir a lacuna das “luvas” de 2012…

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

A 2ª classificação da Segundona 2014

Classificação da Série B 2014, na 2ª rodada. Crédito: Superesportes

O América segue na liderança da Série B. No entanto, agora é o Coelho de Belo Horizonte, e não o Mecão de Natal. E por um golzinho de saldo a liderança não foi do Náutico, que conquistou a sua primeira vitória na competição, fazendo 2 x 0 no Vila Nova. De toda forma, o Timbu ganhou três posições nesta segunda rodada.

Já o Santa Cruz, que empatou novamente em 1 x 1, agora com a Portuguesa, perdeu duas colocações, agora aparecendo em 14º. Está a dois pontos do G4.

A 3ª rodada dos representantes pernambucanos
02/05 – Santa Cruz x Paraná (21h00)
03/05 – Ceará x Náutico (16h20)

Um jogo da 1ª rodada, Joinville x Portuguesa, foi cancelado por ordem judicial. Segue sem uma nova data. Há a possibilidade de o Joinville ganhar os pontos por WO.