Campeonato do X

Classificação da Série B de 2011 após 20 rodadas

No gráfico disponibilizado pelo site oficial do Sport é possível ver a evolução rodada a rodada da Série B deste ano.

Acima, então, um comparativo entre os rivais centenários do Recife, após 20 rodadas.

Entre a 10ª e 15ª rodadas, alvirrubros e rubro-negros se revezaram na briga particular na tabela, com um “X” na linha histórica das posições de forma consecutiva.

Após seis inversões na classificação, o Náutico cavou a sua vaga no G4. Segue fixo.

Essa Segundona ainda reserva mais algum X para os rivais?

Vale ressaltar que isso não está associado diretamente ao acesso de ambos para a elite nacional. Os dois poderão se classificar (ou não) sem que a ordem seja modificada.

Batalhinha dos Aflitos

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

Assim que o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca encerrou o jogo nos Aflitos, na noite desta terça-feira, uma certa frase rendeu bastante no microblog Twitter.

Por sinal, foi o título deste post.

Ironia que remete, obviamente, ao jogo de 2005 contra o Grêmio, também na Série B.

Desta vez, um jogo duríssimo, com cara de revanche. Na estreia, o Náutico havia sido goleado pela Portugusa por 4 x 0. O Timbu evoluiu desde então e subiu na classificação.

Saiu da lanterna na primeira rodada para uma consolidada 3ª colocação.

Então, nos Aflitos, diante de 16.548 torcedores, uma verdadeira panela de pressão. O Alvirrubro criou as suas chances no primeiro tempo, assim como a lúcida Lusa. Dessa vez, Kieza e Edno não decidiram.

No fim do primeiro tempo, o lance que decidiu a história do jogo.

Ferdinando derrubou Kieza e recebeu, merecidamente, o segundo cartão amarelo. Foi expulso. Em seguida, por reclamação, Marcelo Cordeiro também ganhou o vermelho.

Em dois minutos, o Náutico via surgir uma chance claríssima para derrubar o perigoso ponteiro, com cinco vitórias como visitante e só uma derrota longe do Canindé.

E foram 49 minutos de vantagem no segundo tempo, incluindo os acréscimos, com o Náutico martelando o adversário, completamente fechado pelo técnuico Jorginho.

A cada gol perdido, mãos na cabeça na lotada arquibancada em Rosa e Silva.

Kieza, Rogério, Philip e Eduardo Ramos perderam as melhores oportunidades.

O empate sem gols acabou não saindo do placar. Um 0 x 0 frustrante.

Em dois jogos seguidos contra os melhores, Ponte e Lusa, dois empates nos quais a vitória pernambucana esteve muito perto. Pelo contexto, foi, sim, uma batalhinha.

Nada que mude o foco de um time a quatro pontos do 5º lugar, firme no G4. Menos mal.

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

O ponto mais comemorado dos últimos tempos

Série B 2011: Icasa x Sport. Foto: Álvaro Claudino (Sport)/divulgação

Os rubro-negros estiveram presentes no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte.

Em número pequeno, mas com o desejo de ver a terceira vitória seguida na Série B.

Se com apenas 25 minutos de treino com PC Gusmão o Sport passou por cima do Vila Nova, a expectativa era de que após uma semana de trabalho intenso na Ilha o time leonino apresentasse um padrão de jogo ainda mais consolidado diante do Icasa.

Pois aconteceu exatamente o oposto na noite desta terça-feira.

O Sport jogou muito mal, em uma de suas piores atuações nesta Segundona.

Uma passividade incrível na defesa, sem gana na marcação, uma sequência interminável de passes errados no meio-campo e uma dupla de ataque que não chutou, não tabelou e não colaborou nem com a articulação nem com a pressão na saída de bola.

Ainda assim, um empate salvador na abertura do returno, 2 x 2.

Resultado através de duas cobranças de falta. Aos 22 minutos do primeiro tempo, no ângulo esquerdo do goleiro, e aos 43 da etapa final, no cantinho.

Ambas com a assinatura do meia Marcelinho Paraíba, veterano, contestado, cobrado e ainda diferenciado. Não foi brilhante, mais teve uma dose de lucidez e empenho.

Ele evitou uma derrota diante do Icasa, que, se não jogou bem, pelo menos agrediu o Sport na maioria do tempo e ainda contou com a sorte, vendo um gol contra ridículo do Leão – de Tobi para Gabriel, de Gabriel para as redes – e com um gol duvidoso.

Aqueles torcedores rubro-negros que encararam a viagem até o Ceará estão aliviados, certamente. Outros tantos que acompanharam a partida em Pernambuco devem ter consciência de que o futebol foi abaixo da crítica.

Esse pontinho valeu como uma vitória de ocasião. Cobre mais, PC. Bem mais…

O secreto Ricardo Xavier em três atos

Site do São Caetano

Ricardo Xavier mostrou mais uma vez o bom futebol.

Foram 9 gols no Pernambucano, ajudando o Náutico a terminar a fase de classificação em primeiro lugar. Chegou a ser cogitado como o craque da competição.

Acabou se machucando e deixou o clube.

Acertou com o São Caetano, longe da pressão da torcida.

Pronto para um recomeço, vinha brigando pela titularidade do time do ABC Paulista.

Na noite desta terça-feira, encarnou as atuações de sua passagem em Rosa e Silva.

Marcou uma, duas, três vezes. Hat-trick.

Poder de fogo suficiente para aniquilar o Salgueiro por 3 x 1, em uma briga direta contra o rebaixamento. O jogo chegou a estar empatado em 1 x 1, quando Tamandaré desperdiçou uma penalidade para os sertanejos.

Sinal de que nem a sorte vem ajudando… Já com o terceiro técnico, Barbieri.

Depois, do outro lado, o próprio Ricardo Xavier também cobrou uma penalidade.

Melhor tecnicamente, o centroavante não vacilou diante do Carcará. Se antes ele não estava nem mesmo na página do Azulão na web, agora já deve ser o destaque.

Metade da maratona da Série B

Fim do primeiro turno da Série B, com 190 partidas realizadas.

Após 19 rodadas, confira como ficou a classificação do Brasileiro em sua metade. No gráfico abaixo, todas as edições na era dos pontos corridos com o mesmo número de jogos. Entre 2006 e 2010, os times estão marcados com a condição final na disputa, sendo “A” para o acesso e “C” para o rebaixamento. Veja e compare.

Das 20 vagas à Série A até a última temporada, 14 delas foram ocupadas por clubes que terminaram o turno inicial no G4. Já no Z4 (rebaixamento), foram 12 de 20.

Para analisar o gráfico com as seis tabelas numa resolução maior, clique aqui.

Série B de 2006 a 2011 após o primeiro turno

Nada de frustração, Timbu

Série B 2011: Ponte Preta 3 x 3 Náutico. Foto: Ponte Preta/divulgação

Foi por pouco, muito pouco…

Jogando na tarde desta sábado em Araraquara, longe da pressão do Moisés Lucarelli, em Campinas, o Náutico não se intimidou diante da Ponte Preta.

Sofreu um gol ridículo no começo da partida, quando Lúcio Flávio subiu sozinho para cabecear. Uma falha de marcação difícil de aceitar, pois não havia ninguém por perto…

Eram 17 minutos e a Macaca, é bom lembrar, tinha o status de vice-líder da Série B.

Mas o Alvirrubro soube se impor em campo e virou o placar ainda na primeira etapa, com um golaço de Elicarlos, de fora da área, e Rogério. Marcou, atacou e surpreendeu.

No início do 2º tempo, a postura timbu foi a de uma equipe que merece demais estar no G4, segura e explorando os espaços, mesmo diante de um adversário qualificado.

Eduardo Ramos chegou a ampliar a vantagem, fazendo 3 x 1. Eram 18 minutos!

A vitória estava bem encaminhada… Cheiro de vice-liderança.

O técnico Levi Gomes, no lugar do suspenso Waldemar Lemos, fez as substituições necesárias, pelo cansaço e por opção tática.

As peças a disposição, porém, não funcionaram muito bem, reforçando a ideia de que o elenco timbu necessita de reforços, apesar do time titular bem encaixado.

Um vacilo pelo lado esquerdo e Renato Cajá concluiu um cruzamento rasteiro… Foi a senha para a pressão paulista, que resultou no empate aos 33,em mais uma bola aérea.

Após cobrança de escanteio, Guilherme subiu mais que a defesa e testou sem chances para Gideão. Fim de jogo, 3 x 3 na Arena da Fonte.

O resultado está longe de ter sido ruim. Um ponto como visitante diante de um adversário direto será muito importante até o fim da competição.

Ficou a frustração por não ter vencido, o que até tem um lado bom. Mostra que o Alvirrubro tem condições de buscar de forma consciente, sempre, os três pontos.

Série B 2011: Ponte Preta 3 x 3 Náutico. Foto: Ponte Preta/divulgação

Salgueiro cada vez mais longe

Série B 2011: Salgueiro 1x4 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Sete pontos ou sete anos luz? Eis uma distância quase inalcançável no Brasileiro.

Trata-se de uma margem superior a duas rodadas com resultados favoráveis.

Pois é o que o Salgueiro vai ter que encarar no segundo turno desta pioneira participação na Série B, competição bem mais difícil que aquela histórica Terceirona.

O alento após a vitória em Campinas, de virada, sobre o Guarani, há uma semana, sumiu após a goleada sofrida em Paulista, na tarde deste sábado.

Tocando a bola e explorando as inúmeras deficiências do time pernambucano, sobretudo na marcação, o Barueri marcou quatro gols no estádio Ademir Cunha, 4 x 1.

Em 19 jogos, o moribundo Carcará sofreu 33 gols.

Antes de mais nada, o técnico Maurício Simões precisa acertar a marcação de uma equipe joga pouco, mas que deixa o adversário jogar até cansar… Falta até paciência!

Com 16 pontos, hoje, o Carcará foca o Vila Nova, em 16ºlugar e com 23 pontos.

Resumindo: o Salgueiro irá largar dos boxes no returno da Segundoa. Resta saber se tem motor para acelerar tanto assim, pois a distância já enorme, além do limite.

A goleada não veio. A paz? Enfim…

Série B 2011: Sport x Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Vitória tranquila na Ilha do Retiro. Pela primeira vez neste Brasileiro da Série B, o Sport conseguiu dois resultados positivos de forma consecutiva.

Pouco para quem almeja tanto. Porém, pelo contexto do jogo na noite desta terça-feira, foi muito importante e até certo ponto animador que tenha acontecido “agora”.

De forma provisória, o G4 está na mira leonina, ainda mais na estreia do técnico Paulo César Gusmão, o terceiro comandante nesta empreitada para recolocar o clube na elite.

Mesmo com o alívio, vale uma crítica em relação ao 2 x 0 no placar sobre o Vila Nova.

Os gols de Willians (insistente, só conseguiu na terceira tentativa) e Naldinho (solto em campo, foi o melhor da partida) não traduzem as oportunidades criadas.

Foram várias durante os 90 minutos, com pleno domínio ofensivo e defensivo. Sem embargo, a partida poderia ter acabado com uma goleada daquelas para o Rubro-negro.

Quando o time pernambucano parou com a ligação direta com o ataque (bola alta) e passou a tocar bem a bola, o jogo ficou marcado pelas jogadas criadas só por um time.

Marcelinho Paraíba esteve bem, mas perdeu um gol feito. Os alas Thiaguinho e Saci, ambos com muita mobilidade, também desperdiçaram chances cara a cara.

O atacante Júnior Viçosa foi um capítulo à parte. Bem na função de abrir espaços, ele apresentou um rendimento baixo como centroavante. Mas os gols saíram, na raça.

De qualquer forma, fica só aviso pelos gols perdidos. Até porque PC teve apenas um dia de trabalho. Mais observação que orientação. Agora, uma semana completa na agenda.

Até o Icasa, em Juazeiro do Norte, um pouco de paz no pressionado Leão da Ilha.

Série B 2011: Sport 2x0 Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Os três pontos de PC na cabine

Série B 2011: Paraná x Sport. Foto: Sport/divulgação

No Durival de Britto, o técnico Paulo César Gusmão ocupou com certa tranquilidade um dos camarotes do acanhado estádio em Curitiba.

PC havia acabado de chegar na cidade, depois de embarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, com contrato fechado às pressas com o Sport.

A expectativa da torcida era de que ele fosse assumir o clube logo contra o Paraná, neste sábado. Não foi o que aconteceu. O treinador carioca não quis passar por cima do trabalho feito por Mazola Júnior para a partida, mesmo com a situação surreal.

Sim, Mazola Júnior. O técnico interino que foi efetivado e, em seguida, rebaixado à interino mais uma vez. Sem apoio algum da torcida. Seguia na área técnica.

Na despedida da função, Mazola e o grupo acertaram um pacto de “atitude” em campo. Nada muito diferente do que já havia ocorrido em outras partidas.

Mas o apelo era por uma vitória fora da Ilha do Retiro, na maior lacuna leonina nesta Série B. O adversário, é bom lembrar, integra o G4. Não seria uma presa fácil.

E não foi! O time pernambucano lutou demais na fria cidade do Sul. Com desfalques importantes, como o meia Marcelinho Paraíba, a formação teve Thiaguinho na criação, para se ter ideia. Tentou acertar a marcação e encaixar contragolpes.

Tudo diante de PC Gusmão, atento, na cabine. Sem perceber, já gesticulava. Orientava.

Série B 2011: Paraná x Sport. Foto: Sport/divulgação

Modificado, mas impondo velocidade, o Sport abriu o placar aos 21 minutos, quando Thiaguinho lançou a bola para Williams, que girou de forma inteligente sobre o zagueiro e ficou livre de marcação, deslocando o goleiro.

O time criou oportunidades para ampliar, mas os erros de finalização – algo gritante nesta campanha – impediram uma vantagem maior no intervalo, para receio da torcida.

O receio era justificado devido à mudança de postura do Sport sob o comando de Mazola, que por vários vezes não enxergou a variação do jogo adversário.

Aos 19, o receio virou realidade, com o gol de empate. Após cobrança de escanteio, Garroni subiu sozinho e cabeceou sem chances para Magrão. Eram oito rubro-negros na área. Oito. Falha absurda de atenção, injustificada.

Mais uma chance perdida de somar três pontos longe da Ilha? PC só observava…

Já estava consciente do enorme trabalho que terá para tentar levar o Leão ao acesso ainda nesta temporada. Aos 31 minutos, já na reta final, a dose de surpresa.

Até ali, Júnior Viçosa era o jogador mais apagado em campo. Mas não é que o atacante ganhou uma jogada na força (apesar do físico esguio) e mandou para as redes?

Paraná 1 x 2 Sport. Sem deixar a cabine, PC “ganhou” seus primeiros pontos e a chance matemática de colocar o Sport no G4 já na próxima rodada, na Ilha.

Até que a coisa não está tão feia assim, PC. Vamos ver agora, na beira do gramado.

Série B 2011: Paraná 1x2 Sport. Foto: Paraná/divulgação

Carcará abre as asas além do horizonte

Horizonte

Desanimado, o Salgueiro vinha numa sequência de quatro derrotas seguidas seguidas, cada vez mais afundado na zona de rebaixamento do Brasileiro.

Jogando na base do tudo ou nada, contra o Guarani, no interior paulista, o Carcará surpreendeu e venceu de virada, por 2 x 1, neste sábado, no primeiro triunfo do clube do Sertão pernambucano como visitante na Série B.

Foi também, o primeiro triunfo do Salgueiro sobre um campeão brasileiro, o de 1978.

Em 19º lugar, com 16 pontos, o time segue no “Z4”, a cinco pontos do Bragantino, o primeiro fora da zona de degola. Após levar dez gols nos últimos dois jogos, o técnico Maurício Simões não teve dúvidas em fechar a equipe completamente diante do Guarani.

O treinador pretendia armar o time com três zagueiros, mas só em São Paulo a comissão técnica se deu conta de que Eridon teria que cumprir suspensão. Incrível, não? Além do defensor, também cumpriram suspensão automática o ala Tamandaré e o meia Clébson.

Ainda assim, no 4-4-2, precaução e atitude. Após levar um gol no 2º tempo, uma recuperação relâmpago, aos 15 e 16 minutos, com Pauí, de falta, e Fabrício Ceará. Depois, raça para segurar o resultado, mesmo com os seis minutos de acréscimos.

O Carcará, quase abatido, ainda respira…