Raio-x da meia maratona

Abaixo, alguns números dos rivais pernambucanos após o término do primeiro turno do Campeonato Brasileiro da Série A.

Sport

Campanha
Posição: 9º
Pontos: 27
Pontos em casa: 20
Pontos fora: 7
Gols: 21 (17º melhor ataque)
Gols sofridos: 24 (10ª pior defesa)

Aproveitamento
Geral: 47,4% (8 V / 3 E / 8 D)
Em casa: 74,1% (6 V/ 2 E / 1 D)
Fora: 23,3% (2 V/ 1 E /7 D)
Diante dos 9 primeiros: 33,3% (2 V/ 3 E / 4 D)
Diante dos 10 últimos: 60% (6 V / 4 D)

Oscilações
Melhor colocação: 6º (5ª rodada)
Pior posição: 18º (1ª rodada)

As pegadas
Nenhuma rodada na zona da Libertadores (e precisa?)
11 rodadas na zona da Sul-americana
6 rodadas na zona neutra
2 rodadas na zona de rebaixamento

Náutico

Campanha
Posição: 15º
Pontos: 21
Pontos em casa: 17
Pontos fora: 4
Gols: 20 (19º melhor ataque)
Gols sofridos: 29 (7ª pior defesa)

Aproveitamento
Geral: 36,8% (6 V / 3 E / 10 D)
Em casa: 56,7% (5 V/ 2 E / 3 D)
Fora: 14,8% (1 V/ 1 E /7 D)
Diante dos 10 primeiros: 23,3% (2 V/ 1 E / 7 D)
Diante dos 9 últimos: 51,9% (4 V/ 2 E / 3 D)

Oscilações
Melhor colocação: (2ª rodada)
Pior posição: 17º (18ª rodada)

As pegadas
6 rodadas na zona da Libertadores
9 rodadas na zona da Sul-americana
3 rodadas na zona neutra
1 rodadas na zona de rebaixamento

Obs. Agora é esperar para não aparecer nenhum padre irlandês no caminho… O maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima que o diga.

Espírito da Copa do Brasil

Caldeirão da Ilha ferveu na Copa do BrasilA coluna semanal do Blog no Diario de Pernambuco trouxe nesta segunda-feira o primeiro texto enviado por um internauta. Curiosamente, o comentário do rubro-negro Rodrigo Peixe, de 22 anos, foi feito antes da vexatória derrota do Sport diante do Coritiba por 3 x 0, no Couto Pereira, no domingo. Apático em campo, os jogadores leoninos acabaram dando razão a Rodrigo… A queixa é recorrente entre os torcedores, que exigem uma boa campanha do Leão na Série A, para fechar o ano de 2008 com chave de ouro.

Abaixo, o texto publicado na coluna:

“O Sport precisa voltar a ferver. Aquela raça da Copa do Brasil parece que se esvaiu (salvo algumas exceções). É de dar raiva ver alguns jogos do Sport ultimamente. Sem vontade, com medo de ir pra cima principalmente nas partidas fora de casa. O time ‘pediu’ um prazo pra se recuperar da conquista da Copa do Brasil, mas esse prazo já venceu. Está na hora do time acordar, porque o Campeonato Brasileiro é traiçoeiro, e em poucas rodadas vai do céu ao inferno sem escala”

Você também pode participar. Basta acessar o “Parla, Torcedor!

Obs. A foto que ilustra este post foi feita por Osmário Marques, diagramador do Diario de Pernambuco e (bom) estudante de fotografia. Ela foi feita na noite do inesquecível título da Copa do Brasil do Sport, sobre o Corinthians, em 11 de junho. Naquela noite, 34 mil rubro-negros fizeram o caldeirão ferver. É isso que a torcida quer novamente.

Link com a página de Osmário no Flick: http://www.flickr.com/photos/osmariomarques

Seleção do Nordeste

O fim do jejum
O fim do jejum

Dando início à série de posts com “datas de aniversário”, começaremos hoje com a final do Estadual de 1975. No dia 10 de agosto daquele ano, o Sport venceu o Náutico por 1 x 0, nos Aflitos, e saiu de uma longa fila de 12 anos sem vencer o Campeonato Pernambucano. Aquele título – o último dos rubro-negros na casa do rival – foi o 20° da história do clube. Presidido por Jarbas Guimarães, o Leão montou uma equipe fortíssima, que ficou conhecida como “Seleção do Nordeste”. Um título para acabar com a gozação dos rivais, que já chamavam o Sport no início da competição de “Leão XIII” (nome de um Papa e de um clube paraibano).

O lema daquela campanha foi “Sport 75 – 20 vezes campeão”. Dario, conhecido como Dadá Maravilha , foi o artilheiro do campeonato, com 32 gols (ele já havia sido artilheiro da Série A em 1971 e 1972, jogando pelo Atlético-MG, e ainda seria mais uma vez em 1976, pelo Inter). Aquele ano também ficou marcado por uma das maiores enchentes que o Recife já viu.

Time base do Sport: Tobias; Marcos, Pedro Basílio, Alberto e Cláudio Mineiro; Luciano, Assis Paraíba, Garcia e Perez; Dario e Miltão. Técnico: Duque

Ao todo, o time jogou 33 vezes, conseguindo 25 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota.

Sobre o Papa Leão XIII: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_XIII

Clássico dos Clássicos rumo aos 100 anos

 
Primeiros escudos de Sport e Náutico
Primeiros escudos de Sport e Náutico
Já começou a contagem regressiva para o centenário do clássico mais antigo do Nordeste. Falta menos de um ano (mais precisamente 350 dias), pois às 16h do dia 25 de julho de 1909 começava o primeiro Sport x Náutico da história, ou simplesmente Clássico dos Clássicos, como ficou conhecido décadas depois. Naquela tarde, o Alvirrubro fazia a primeira partida de futebol de sua história (o clube foi fundado em 1901, mas para a prática de esportes aquáticos, como “sugere” o nome).
 
E que estréia do Náutico! Venceu por 3 x 1, no campo do British Club, com um público estimado em 3 mil pessoas (um verdadeiro evento social na cidade naquele dia). O duelo entre rubro-negros e alvirrubros é o 3° mais velho do Brasil, ficando atrás apenas do Clássico Vovô (entre os cariocas Fluminense e Botafogo, que jogaram em 22 de outubro de 1905) e do Gre-Nal (entre Grêmio e Internacional, cuja partida foi apenas uma semana antes do clássico pernambucano). 

Em 21 de outubro de 2006, Sport e Náutico se enfrentaram na Ilha do Retiro, pela Série B. Parte da imprensa considerou aquela partida como o clássico de número 500 (o Leão venceu por 2 x 0, gols de Fumagalli). Baseado nos números do pesquisador Carlos Celso Cordeiro (autor de coleções completas com todos os jogos da história do Náutico, do Sport e do Campeonato Estadual), o Diario não considerou os confrontos válidos pelo Torneio Início, pois os jogos festivos (disputado de forma intermitente entre 1919 e 1981) duravam entre 15 e 40 minutos.

Mas dois dias antes daquela partida, o Diario ‘recontou’ o clássico. Assim, foram retirados 22 jogos. Houve também uma vitória do Timbu que foi anulada, em 1934. Assim, já contando a vitória do Sport no Brasileirão deste ano, por 2 x 0, no Aflitos, foram realizados 488 clássicos. Se os rivais mantiverem uma média de quatro duelos por ano, o tão aguardado 500° duelo poderá ocorrer em 2011.

Clássico dos Clássicos
488 jogos

191 vitórias do Sport
165 vitórias do Náutico
131 empates
1 jogo de placar desconhecido (disputado em 29 de março de 1931, mas sem registro nos jornais dos dias seguintes)  

Clássicos “extras”
22 jogos do Torneio Inicio

5 vitórias do Sport
4 vitórias do Náutico
13 empates

1 jogo anulado (vitória do Náutico, em 16 de dezembro de 1934)

Olha o gás

Nelsinho, atuando no São Paulo nos anos 70
Nelsinho em ação nos anos 70

A participação na Taça Libertadores da América de 2009 vem mexendo com a imaginação dos torcedores rubro-negros, que sonham com uma bela participação. Por isso já se cobra tanto da diretoria uma melhor preparação, assim como o técnico Nelsinho Baptista também questionado direto sobre a montagem do grupo. O comandante leonino, aliás, tem experiência na competição, com três participações, tanto como jogador quanto como técnico. Após vencer a Série A de 1990 pelo Corinthians, o técnico Nelsinho foi eliminado nas oitavas-de-final da Libertadores do ano seguinte. E o algoz? Quem foi? É claro que foi o Boca Juniors, que passou 45 anos sem ser eliminado por um time brasileiro até a semifinal deste ano, contra o Fluminense.

Mas Nelsinho também já foi bem longe na “Liberta” (como os torcedores dos times coperos y peleadores costumam falar). O então lateral-direito do São Paulo na década de 70 participou da Taça Libertadores de 1974. Naquele ano, o Tricolor Paulista chegou à 1ª de suas seis finais disputadas. O São Paulo acabou com o vice-campeonato, perdendo o título para o argentino Independiente (até hoje o maior vencedor, com sete conquistas, sendo a última em 1984). Após uma vitória para cada lado na decisão, “El Rojo” venceu a negra por 1 x 0, em Santiago, no Chile, no dia 19 de outubro (gol de Pavoni).

O ex-lateral Nelsinho (na foto acima) disputou 12 das 13 partidas daquela campanha, e marcou um gol. Mas o que o agora técnico – já com saudade da Libertadores – lembra mesmo daquele ano foi da partida na cidade boliviana de Cochabamba. E foi na veeeelha altitude, com 2.560 metros acima do nível do mar. “Hoje os times se preparam bastante para jogar na altitude. Fazem a aclimatação, chegando dias antes. Ali, a gente já chegou para jogar! Eu me senti com 200 quilos naquele dia. A perna não obedecia ao cérebro. Pelo menos foi 0 x 0”, disse o técnico, lembrando da partida contra o Jorge Wilstermann (sim, esse é o nome do time). A memória do treinador está 95% certa, porque o resultado foi ainda melhor, pois o São Paulo ganhou por 1 x 0, em 14 de abril.

Questionado se apelou para os cilindros de oxigênio extra colocados à beira do gramado, Nelsinho, porém, diz logo que ele não teve problema algum. “Muitos jogadores pediram várias vezes o gás, que estava num botijão pequeno.Mas o meu condicionamento era bom, e não precisei”, falou o técnico, sem esconder a risada. Acredito que Nelsinho tenha se poupado nessa partida…

Fair Play rubro-negro

Jogo limpo, um dos lemas da Fifa
Jogo limpo, um dos lemas da Fifa

O futebol moderno prioriza bastante a marcação. Com isso, é muito raro uma equipe terminar uma partida sem receber um cartãozinho amarelo. Para se ter uma idéia, o Vitória é o time que menos cometeu faltas na Série A até o momento (273). Como jogou 17 vezes, a média é de 16 “lapadas” por jogo. Se dos 20 times do campeonato o que bate menos comete 16 infrações a cada 90 minutos, então sair sem cartão é quase impossível.

Pois bem… O Sport conseguiu ir além dessa marca. O Rubro-negro chegou a 180 minutos sem punição alguma. O time saiu zerado de campo na derrota por 2 x 1 contra o Atlético-MG, no domindo, e na vitória (importante) por 2 x 0 sobre a Portuguesa, na quarta. Jogo limpo. Perdeu sem bater e ganhou sem bater. Esse Fair Play, porém, não houve muito nas rodadas anteriores, já que o time segue como o 5° time com mais cartões amarelos até agora.

Cartões amarelos
1°) Santos – 63
5°) Sport – 54
16° ) Náutico – 44
20°) Atlético-MG – 40

Cartões vermelhos
1°)  Inter e Palmeiras – 6
17°) Sport – 2
17°) Náutico – 2
20°) Grêmio – 1

Dados: globo.com

Wellington, a maior venda da história do Náutico

O homem de R$ 15 milhões
O homem de R$ 15 milhões

A ida do atacante Wellington para o TSG 1899 Hoffenheim – concretizada nesta quarta – foi simplesmente a maior venda da história do Náutico, desde a implantação do Plano Real, em 1994. O Alvirrubro embolsou R$ 1milhão na negociação, que foi mediada pelo Internacional, que por sua vez tinha 32% dos direitos federativos do Tanque, de apenas 20 anos.

O valor total foi de inacreditáveis R$ 15.625.000, e olhe que o TSG estava na Segunda Divisão na temporada 2007/2008 do Campeonato Alemão (quando terminou campeão). O valor do Alvirrubro corresponde a 20% da parte que cabe ao Inter. Boa sorte na Europa, Wellington. E com certeza os alvirrubros estão felizes. Podem ter perdido um bom centroavante, mas o clube ganhou fôlego financeiro.

Maiores vendas do futebol pernambucano
(Valores em Reais, em vigor desde 1994)

3.500.000 – Jackson (meia), do Sport para o Palmeiras, em 1998
2.200.000 – Bosco (goleiro), do Sport para o Cruzeiro, em 1999
1.800.000 – Fumagalli (meia), do Sport para o Al-Rayyan (Catar), em 2007
1.750.000 – Leonardo (atacante), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
1.500.000 – Juninho Pernambucano (meia), do Sport para o Vasco, em 1995
1.500.000 – Juninho Petrolina (meia), do Sport para o Atlético-MG, em 1998
1.500.000 – Cleber Santana (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 2004
1.300.000 – Pantera (atacante), do Santa Cruz para o Compostela (Espanha), em 1996
1.300.000 – Chiquinho (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.200.000 – Carlinhos Bala (atacante), do Santa Cruz para o Cruzeiro, em 2006
1.000.000 – Russo (lateral-direito), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.000.000 – Edson (lateral-esquerdo), do Sport para o Corinthians, em 2000
1.000.000 – Grafite (atacante), do Santa Cruz para o Grêmio, em 2001
1.000.000  – Wellington (atacante), do Náutico para o TSG Hoffenheim, em 2008
800.000 – Ailton (meia), do Náutico para o São Paulo, em 2002

Obs. Nos valores acima estão contabilizadas as partes quitadas em empréstimos de outros jogadores. Juninho Petrolina, por exemplo, chegou a ser reemprestado ao Sport como parte do pagamento de sua própria venda.

Romerito longe da Libertadores 2009

Saiu faz tempo, mas ainda é o artilheiro
Saiu faz tempo, mas ainda é o artilheiro do Sport em 2008. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A provável transferência do meia Romerito para o futebol árabe irá encerrar de forma triste para a torcida rubro-negra o sonho de ver um meio-campo formado pelo hoje jogador do Goiás e por Fumagalli, na disputa da Taça Libertadores do ano que vem. O ainda ídolo leonino recebeu uma proposta milionária de um clube do Catar (curiosamente, o mesmo destino de Fumagalli em 2007). O clube estaria disposto a pagar ao Goiás a multa rescisória do jogador, que é de R$ 1,5 milhão.

É impossível não lembrar que o Sport teve a chance de pagar R$ 400 mil, ainda durante a Copa do Brasil, para ficar com o atleta até o final do ano, já com um acerto previsto para 2009. Muito se falou, porém, de um pré-contrato assinado entre o Rubro-negro e o meia, mas nem isso existe, como o próprio Romerito revelou em entrevista ao repórter Marcel Tito, do Diario de Pernambuco.

Assim, a barganha dos dirigentes do Sport acabou não dando certo. Longe disso. Tão longe quanto o novo destino de Romerito, que – para deixar claro a sua importância no Sport – ainda é o artilheiro do Leão na temporada, com 15 gols em 31 jogos. Fez falta na reta final da Copa do Brasil – apesar do título sensacional dos rubro-negros -, e faz ainda mais agora, na dura Série A.

Link da reportagem sobre a transferência de Romerito: http://www.esmeraldino.com.br/conteudo.php?ver=noticia&idnot=4779

Escudos acompanham a moda

Evolução dos escudos dos três grandes do Recife

  Apesar de os escudos serem considerados um dos mais tradicionais símbolos dos clubes de futebol, Sport e Náutico fizeram mudanças em seus distintivos neste ano. A mais recente foi feita pelo Náutico, que adotou o seu 5° escudo desde a fundação do clube em 1901, e colocou uma estrela alusiva ao título de campeão pernambucano no ano do seu centenário, em 2001. A modernização do emblema – que ficou ainda mais vermelho – foi uma ação do departamento de marketing do clube. Por mais que modificações assim deixem alguns torcedores indignados, por “ferir a tradição”, a verdade é que essas mudanças são até comuns mundo da bola, ao adequar o uniforme ao avanço da moda.

O novo emblema alvirrubro foi, na verdade, uma introdução ao escudo definitivo, que será estampado na camisa timbu apenas em 2010. Nesse caso, o nome “Náutico” não ficará mais grafado. No Brasil, poucos clubes também colocam as suas estrelas dentro do escudo, assim como o Timbu, cujo escudo anterior estava em vigor desde 1995. O Palmeiras, por exemplo, possui oito. Mas ao contrário da grande maioria dos times, elas não representam títulos, mas sim o mês de agosto, data de fundação do Verdão.

Há pouco mais de um mês, que fez o mesmo Sport. Após o título da Copa do Brasil, a diretoria do Leão realizou uma série de discussões apenas para analisar a inclusão de mais uma estrela. E olhe que esse ‘detalhe’ rendeu muita polêmica. Azul, Verde, embaixo do escudo, em cima. O que não faltou foi especulação para uma mudança tão pequena. Assim como na moda, também há espaço para mau gosto.

Mas no final, a escolha foi pela colocação de mais uma estrela dourada, assim como a que representa o título brasileiro de 1987 (do lado esquerdo), deixando o escudo sóbrio (ainda bem). Com isso, a prateada (Série B de 1990) foi centralizada e reduzida. O modelo passou pelo crivo do Conselho Deliberativo do clube na última semana, e foi aprovado, como revelou o presidente do órgão, Adalberto Guerra.

Segundo o dirigente, uma nova ‘mudança’ poderá acontecer em 2009. “Essa mudança vai ser temporária, porque no ano que vem colocaremos quatro estrelas no escudo!”, disse Adalberto, que descartou o Brasileirão 2008 sem perceber. Na década passada, a mudança mais significativa havia sido no contorno do escudo, quando a diretoria do Rubro-negro eliminou a cor amarela, que vigorou desde os anos 50.

Já a última mudança do Santa Cruz foi início desta década, quando os tricolores passaram a ostentar os seus principais títulos. Nada menos que oito estrelas, recorde em Pernambuco, com destaque para o ainda insuperável tri-supercampeonato pernambucano, conquistado em 1957, 1976 e 1983. Também foi adicionado, assim como o Náutico, o ano de fundação do clube (1914). Já nos anos 80, o escudo tinha o modelo idêntico, mas com traços mais rebuscados.

Nos anos 60/70, o escudo coral era o que mais sofria diferença ao ser bordado. O modelo acabava ficando muito diferente do distintivo oficial. Havia até mesmo confusão sobre a disposição das cores vermelha e preta. Como pode ser visto no gráfico, era comum o vermelho ficar do lado esquerdo, do lado errado pelo que preza o estatuto atual. O contorno amarelo também chegou a ser utilizado.

Significado das estrelas

Sport (3 estrelas acima do escudo)
2 douradas – Campeonato Brasileiro de 1987 e Copa do Brasil de 2008
1 prateada – Campeonato Brasileiro da Série B de 1990

Náutico (7 estrelas dentro do escudo)
6 vermelhas – Hexacampeonato pernambucano, de 1963 até 1968
1 branca – Campeão do centenário em 2001

Santa Cruz (3 estrelas em cima do escudo e 5 abaixo)
Estrelas branca, preta e vermelha – Tri-supercampeonato estadual (1957, 1976 e 1983)
5 douradas – Pentacampeonato pernambucano, de 1969 até 1973

Ilha precisa voltar a ferver

Após perder 3 posições na classificação do Brasileiro (agora é o 10° lugar), o Sport tentará voltar vencer na Ilha do Retiro nesta quarta-feira, diante da Portuguesa. Para este jogo, os torcedores já preparam a volta do “espírito da Copa do Brasil”, com sinalizadores nas arquibancadas. Um colorido especial, que deixa o estádio com uma cara de ‘caldeirão’ mesmo, e a pressão acaba aumentando. Mas essa aura precisa ser assimilada pelo time rubro-negro também. Se na Copa do Brasil foram 6 vitórias avassaladoras em 6 jogos, o desempenho no Brasileiro vem deixando a desejar.

O Leão é apenas o 11° melhor mandante, com 17 pontos conquistados no estádio Adelmar da Costa Carvalho. Posição abaixo da média histórica do time, que sempre conquistou a grande maioria dos seus pontos em casa. Com 70,8% de aproveitamento (até razoável), o Sport está bem atrás do líder Palmeiras, que tem 91,7%. Mas para manter o time no pelotão da cima, a torcida rubro-negra deverá se apresentar mais um vez, com muito barulho e energia positiva. Já a situação do Náutico preocupa ainda mais, pois o Timbu está em 15° neste quesito, com 51,9% (um índice que seria aceitável na competição apenas somando os jogos como mandante e visitante). O Alvirrubro, aliás, perdeu os dois últimos jogos nos Aflitos, ambos por 2 x 1, para Coritiba e Figueirense.

Classificação dos mandantes na Série A

1° Palmeiras – 22 pontos / 8 jogos – (91,7%)
2° Cruzeiro – 22 / 9 (81,5%)
3° Vitória – 21 / 9 (77,8%)
4° Grêmio – 21 / 9 (77,8%)
5° São Paulo – 20 / 9 (74,1%)
6° Botafogo – 19 (79.2%)
7° Internacional – 19 / 8 (79,2%)
8° Atlético-MG – 18 / 8 (75%)
9° Vasco – 17 / 8 (70,8%)
10° Coritiba – 17 / 8 (70,8%)
11° Sport – 17 / 8 (70,8%)
12° Flamengo – 16 / 9 (59,3%)
13° Portuguesa – 16 / 9 (59,3%)
14° Figueirense – 15 / 8 (62,5%)
15° Náutico – 14 / 9 (51,9%)
16° Atlético-PR – 14 / 9 (51,9%)
17° Santos – 12 / 8 (50%)
18° Goiás – 12 / 8 (50%)
19° Ipatinga – 11 / 9 (40,7%)
20° Fluminense – 11 / 9 (40,7%)