A disputa nos tribunais entre Gama e CBF no ano 2000 durou 251 dias.
E o clube candango ganhou a queda de braço, forçando a confederação a aceitar a sua inclusão no Campeonato Brasileiro.
As seguidas vitórias do time na justiça comum resultaram numa competição nacional, rebatizada de Copa João Havelange, com 25 clubes.
Número ímpar, deixando claríssimo o buruçu causado. Mas o tempo passou, com a Fifa apertando ainda mais o cerco sobre ações fora da esfera esportiva.
Ainda assim, por mais que grite, que pressione, a verdade é que essa norma não se sobrepõe à soberania brasileira – o blog havia abordado o tema aqui.
E de vez em quando alguém se aventura no universo das liminares. Veio Treze e um pedido pouco ortodoxo para disputar a Série C de 2012.
O time paraibano não havia alcançado o acesso ao torneio no ano anterior, mas viu uma brecha causada pelo acordo extrajudicial entre Rio Branco e CBF, que haviam se engalfinhado na justiça.
Começou assim um roteiro bem semelhante, com ameaças da CBF, bravatas de dirigentes, até mesmo do presidente da FPF, e pouca ação de fato.
O Treze jogou a terceira divisão nacional de 2012 e o Rio Branco acabou se dando mal. Obviamente, o excluído da vez se mexeu e a confusão só aumentou.
Foi parar no Supremo Tribunal Federal, que, francamente, tem mais o que fazer.
Contudo, o ministro Luiz Fux acabou mediando a conciliação. Sem surpresa, todos foram contemplados. E o Brasileiro da Série C deste ano terá 21 clubes.
Número ímpar, de novo….
No mapa da competição, uma longa viagem até o Acre. O desfecho refletiu diretamente no Santa Cruz. O grupo A ganhou mais um integrante. Em vez de 18 partidas, 20. O tempo de toda a história? Foram nada menos que 371 dias.
Justiça Comum x Justiça Desportiva. Não se decide do dia pra noite, no grito…