Nem levantou defunto nem enterrou

Zé do CaixãoO cronômetro marcava 46 minutos dos segundo tempo. Foi o momento em que comecei a escrever o post sobre o jogo entre Sport e Vasco, na noite desta quarta, na Ilha.

A imagem ao lado era para ilustrar a fama que o Sport tem de levantar defuntos… “Levanta-te, Lázaro“, dizia o Leão para o clube carioca até aquele momento, quando Ciro – mesmo capengando – empatou.

Um 2 x 2 ruim, apesar do ponto conquistado no finalzinho. O Vasco havia perdido os últimos 6 jogos na Série A. Mas mesmo assim, ainda teve forças para virar a partida na Ilha, com 2 gols de Leandro Amaral. O Sport havia feito primeiro, com o quase xará Kassio.

Em 8 jogos contra times cariocas neste Brasileirão foram 5 derrotas, 2 empates e apenas 1 vitória, contra os reservas do Fluminense. Quase um Madureira.

Pelo menos ficou uma certeza: contratem logo o Leandro Amaral para a Libertadores…

Você pode ler mais sobre o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, clicando AQUI.

Brincando de ir para a Série B

Se a canoa não virar...20º lugar (lanterna)

26 pontos

28 jogos

7 vitórias

5 empates

16 derrotas

42 gols pró

57 gols contra

E mesmo assim, o Vasco goleou o Sport no primeiro turno por 4 x 0, no dia 10 de julho, em São Januário.

O que mostra que os dados acima são apenas números frios de um clube em crise. Mas nunca é tarde demais para reagir.

Por isso, cuidado para não levantar outro defunto, Sport!

Bacalhau indigesto

Capa do Diario em 22 de maio de 2008Até hoje, Sport e Vasco se enfrentaram 33 vezes, sendo que 2/3 dessas partidas ocorreram no Recife, onde o Vasco leva vantagem, com 7 vitórias, contra 5 do Leão. A vitória mais importante do Sport no Recife foi em 21 de maio deste ano, no jogo de ida da memorável campanha na Copa do Brasil.

Ao lado, a reprodução da capa do Diario no dia seguinte, com a comemoração do golaço de Daniel na vitória por 2 x 0. Que sirva de inspiração nesta quarta, às 22h.

Sport x Vasco, no Recife
08/05/1946 – Sport 2 x 9 Vasco – Amistoso
02/05/1954 – Sport 1 x 1 Vasco – Amistoso
18/03/1955 – Sport 1 x 1 Vasco  – Torneio Quadrangular do Recife
17/04/1955 – Sport 0 x 0 Vasco  – Amistoso
28/07/1955 – Sport 2 x 2 Vasco  – Amistoso
19/11/1957 – Sport 4 x 1 Vasco  – Amistoso
17/02/1959 – Sport 3 x 3 Vasco  – Amistoso
19/07/1960 – Sport 0 x 0 Vasco  – Amistoso
04/02/1965 – Sport 1 x 3 Vasco  – Troféu 50 anos da FPF
21/05/1967 – Sport 2 x 1 Vasco  – Torneio Quadrangular do Recife
26/09/1971 – Sport 0 x 1 Vasco  – Série A
25/03/1979 – Sport 2 x 1 Vasco  – Amistoso
09/11/1988 – Sport 2 x 3 Vasco  – Série A
25/10/1989 – Sport 0 x 1 Vasco  – Série A
02/11/1993 – Sport 2 x 5 Vasco  – Série A
09/11/1994 – Sport 0 x 0 Vasco  – Série A
17/09/1995 – Sport 1 x 0 Vasco  – Série A
30/08/1997 – Sport 2 x 3 Vasco  – Série A
25/07/1999 – Sport 0 x 0 Vasco  – Série A
09/09/2001 – Sport 3 x 3 Vasco  – Série A
26/08/2007 – Sport 0 x 0 Vasco  – Série A
21/05/2008 – Sport 2 x 0 Vasco  – Copa do Brasil

Retrospecto geral – 33 jogos
9 vitórias do Sport (42 gols)
12 empates
12 vitórias do Vasco (57 gols)

Cazá x Casaca

Sport e Vasco se enfrentaram na Ilha pela última vez em 21 de maio de 2008. Vitória do Sport por 2 x 0Pelas cores e composições das torcidas (com presença em massa em todas as camadas sociais), o Sport tinha tudo para ter o Flamengo com um clube aliado em sua história.

Mas não foi o caso. A cisão, que começou a ser desenhada em 1982, aconteceu em 1987, com a polêmica sobre o título brasileiro daquele ano.

Mas essa aproximação aconteceu justamente com o maior rival do rubro-negro carioca, o Vasco.

O próprio título de 1987 tem uma ligação direta com o Vasco, pois o regulamento oficial da competição – com o cruzamento dos módulos Amarelo e Verde – foi assinado por Eurico Miranda, representante do Vasco e do Clube dos 13 no Conselho Arbitral do Brasileirão. O curioso é que depois da bronca toda, Eurico tentou contestar a sua própria decisão. Não adiantou.

Ademir Menezes, artilheiro do Sport no Pernambucano de 1941, com 11 golsPara o Vasco, o Sport mandou também as suas maiores revelações.

Ademir Menezes, em 1942.

Vavá, em 1951.

Almir Pernambuquinho, em 1957.

Juninho Pernambucano, em 1995.

Quatro craques. Que honraram não só o Sport como todo o estado.

E o quer dizer então do grito de guerra das duas torcidas?

Idênticos. Ou quase isso… Enquanto os leoninos gritam “cazá, cazá”, os vascaínos dizem “casaca”.

No Vasco, Ademir formou o "Expresso da Vitória", maior time do clube carioca em todos os temposNão importa. De um jeito ou de outro, a turma é mesmo boa.

E é mesmo da fuzarca.

Nesta quarta, o Vasco será o rival na Ilha. Desesperado, o time carioca segura a lanterna do campeonato com força. Vasco que foi coadjuvante na noite da profecia de Carlinhos Bala, que após a semifinal da Copa do Brasil avisou: “Deus me disse que o Sport será o campeão“.

Falando em Bala, ele soltou outra pérola ontem. O atacante/ala/meia/profeta/apresentador de dvd afirmou que o Sport não poderá mais cochilar nos jogos, e principalmente nesta rodada, pois a partida começará às 22h… Poisé.

Tí-tu-los di-vi-di-dos

Metade da taça... Alegria pela metade?O esforço foi o mesmo, mas a conquista acaba sendo divididaAlgumas competições já tiveram apenas 2 times… Outras já passaram da barreira dos 500 clubes, como a tradicional Copa da Inglaterra. Por mais que pouquíssimos times tenham alguma chance de fato, todos eles entram na disputa pelo “título”, com o sonho de escrever o nome na galeria de campeões. Poisé… Mas nem sempre a história é assim.

Regulamentos confusos, campeonatos paralelos, polêmica na final, ou até mesmo contagem errada na disputa de pênaltis… Esses são alguns dos motivos que já levaram a várias divisões de título em inúmeras competições Brasil afora.

Até o “recorde” é dividido. O Torneio Rio-São Paulo de 1966 e o Campeonato Cearense de 1992 tiveram 4 campeões. Abaixo, algumas divisões históricas.

4 campeões

  • Torneio Rio-SP, 1966: Corinthians, Santos, Botafogo e Vasco – Falta de datas para as finais, e também por causa da proximidade da Copa do Mundo, que desfalcaria bastante os participantes.
  • Ceará, 1992: Ceará, Fortaleza, Icasa e Tiradentes – Fortaleza (que ganhou 2 turnos) e Ceará (1) fizeram a final, mas o STJD puniu o Fortaleza com a perda de 5 pontos no 1º turno. Assim, a primeira etapa ficou com o Tiradentes. Pelo regulamento, teria que haver um quadrangular final, com a presença do Icasa (índice técnico). A diretoria do Fortaleza entrou na Justiça Comum (algo proibido pela Fifa), mas a federação cearense declarou os 4 como campeões. Simples.

2 campeões

  • Torneio Rio-SP, 1964: Botafogo e Santos. Jogaram apenas a primeira partida da decisão (Fogão 3 x 2), e depois foram excursionar na Europa…
  • São Paulo, 1973: Santos e Portuguesa – O árbitro Armando Marques errou na contagem na decisão por penaltis e declarou o Peixe campeão. No entanto, a Lusa, que deixou logo o Morumbi, ainda tinha chance. No dia seguinte, a federação paulista (FPF) deu a taça para os dois.
  • Carioca, 1907: Botafogo e Fluminense – As duas torcidas esperaram 90 anos para saber o veredicto da federeção do Rio de Janeiro (Ferj), que declarou os rivais como campeões em 97, após o julgamento no STJD. Em 1907, eles não entraram em acordo na disputa da final e o título ficou sub judice.
  • Ligas paralelas de SP: 1913, 14, 15, 16, 26, 27, 28, 29, 35 e 36, os anos com mais de um campeonato (link com a lista com os vários campeões).
  • Ligas paralelas do RJ: 1912, 24, 33, 34, 35, 36 e 37, os anos com mais de um torneio (link com a lista com os inúmeros vencedores).

Sub judice

Carioca, 2002: O Fluminense foi o campeão estadual no ano do seu centenário. O Bangu, porém, entrou na justiça, pois na semifinal, entre os dois times, o goleiro Eduardo marcou o gol da vitória do time do subúrbio carioca no último minuto da prorrogação. O juiz, de maneira inacreditável, alegou que o lance foi com a mão! Neste ano, a Ferj tirou o nome do Flu da lista de campeões e colocou “sub judice“. Uma decisão poderá proclamar 3 vencedores. O Americano, vice, também seria beneficiado.

Vovô do futebol

SheffieldO Clube de Regatas Vasco da Gama completa hoje 110 anos de fundação. O time carioca é o mais antigo do país, entre os 20 participantes da Série A, atrás apenas do rival Flamengo, fundado em 1895. No entanto, os dois clubes foram criados como agremiações de remo, tanto que o time de futebol mais velho do país – reconhecido pela CBF – é o gaúcho Sport Club Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900, e campeão estadual uma vez (1936).

Vale ressaltar que o Rio Grande é o clube mais longevo em atividade, pois o primeiro do país foi mesmo o São Paulo Athletic Club (1888), criado por Charles Miller, que também introduziu o football association no Brasil, em 1894. Tudo isso, porém, é fichinha perto dos clubes mais velhos do mundo, até mesmo porque o esporte foi criado na Inglaterra década antes. Que o diga o Sheffield Football Club (escudo acima), fundado em 1857. O time é conhecido simplesmente como The Club, e foi reconhecido pela Fifa, em 2004, como o mais velho do planeta. O Sheffield recebeu, naquela ocasião, a comenda Ordem do Mérito Centenário, que apenas o Real Madrid possuía.

O lema do Sheffield é nada modesto (mas demonstra toda a sua tradição, é verdade): “Não é por uma equipe que você torce. É pelo futebol”. Hoje em dia, o clube disputa a liga Unibond South, que é nada menos que a 8ª divisão da Inglaterra.

Curiosidade: o campo do Sheffield é o Stadium of Bright, com capacidade para apenas 1.500 pessoas.

Clubes mais velhos do mundo (data de fundação):

10/09/1848 – Bochum (Alemanha) – ginástica
24/10/1857 – Sheffield F.C. (Inglaterra)
28/11/1862 – Notts County (Inglaterra)

Clubes mais velhos do Brasil (data de fundação):

13/05/1888 – São Paulo Athletic (SP) – extinto
19/07/1900 – Rio Grande (RS)
11/08/1900 – Ponte Preta (SP)

E para quem pensa que o nome completo do Bochum – que adotou o futebol em 1938 – poderia ser algo como “Bochum Futebol Clube” ou “Associação Atlética Bochum”, na verdade é essa besteirinha aqui: Verein Für Leibersübungen Bochum Fussballgemeinschaft EV.

Site oficial do Bochum (que fará 160 anos em setembro): http://www.vfl-bochum.de

Wellington, a maior venda da história do Náutico

O homem de R$ 15 milhões
O homem de R$ 15 milhões

A ida do atacante Wellington para o TSG 1899 Hoffenheim – concretizada nesta quarta – foi simplesmente a maior venda da história do Náutico, desde a implantação do Plano Real, em 1994. O Alvirrubro embolsou R$ 1milhão na negociação, que foi mediada pelo Internacional, que por sua vez tinha 32% dos direitos federativos do Tanque, de apenas 20 anos.

O valor total foi de inacreditáveis R$ 15.625.000, e olhe que o TSG estava na Segunda Divisão na temporada 2007/2008 do Campeonato Alemão (quando terminou campeão). O valor do Alvirrubro corresponde a 20% da parte que cabe ao Inter. Boa sorte na Europa, Wellington. E com certeza os alvirrubros estão felizes. Podem ter perdido um bom centroavante, mas o clube ganhou fôlego financeiro.

Maiores vendas do futebol pernambucano
(Valores em Reais, em vigor desde 1994)

3.500.000 – Jackson (meia), do Sport para o Palmeiras, em 1998
2.200.000 – Bosco (goleiro), do Sport para o Cruzeiro, em 1999
1.800.000 – Fumagalli (meia), do Sport para o Al-Rayyan (Catar), em 2007
1.750.000 – Leonardo (atacante), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
1.500.000 – Juninho Pernambucano (meia), do Sport para o Vasco, em 1995
1.500.000 – Juninho Petrolina (meia), do Sport para o Atlético-MG, em 1998
1.500.000 – Cleber Santana (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 2004
1.300.000 – Pantera (atacante), do Santa Cruz para o Compostela (Espanha), em 1996
1.300.000 – Chiquinho (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.200.000 – Carlinhos Bala (atacante), do Santa Cruz para o Cruzeiro, em 2006
1.000.000 – Russo (lateral-direito), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.000.000 – Edson (lateral-esquerdo), do Sport para o Corinthians, em 2000
1.000.000 – Grafite (atacante), do Santa Cruz para o Grêmio, em 2001
1.000.000  – Wellington (atacante), do Náutico para o TSG Hoffenheim, em 2008
800.000 – Ailton (meia), do Náutico para o São Paulo, em 2002

Obs. Nos valores acima estão contabilizadas as partes quitadas em empréstimos de outros jogadores. Juninho Petrolina, por exemplo, chegou a ser reemprestado ao Sport como parte do pagamento de sua própria venda.

Sport aparece em 82° no ranking mundial. Timbu é o 271°

A Federação de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) divulgou a atualização do seu ranking mensal de clubes (com o período entre 1° de agosto de 2007 e 31 de julho de 2008). Pela segunda vez seguida, o Sport aparece entre os 100 maiores times do mundo. O Leão, que estava na 86ª posição, agora subiu para a 82ª. O Rubro-negro soma 124 pontos, segundo a contagem da instituição reconhecida pela Fifa e com sede na Alemanha. Contribuiu bastante para a boa posição o título da Copa do Brasil e a campanha regular na atual Série A.

O Náutico também figura na lista dos 350 principais clubes. O Timbu, com 72 pontos, divide a 271ª colocação com mais 12 clubes, entre ele o Corinthians, que ainda soma pontos da Série A de 2007, mas se mantém no ranking por causa do vice-campeonato da Copa do Brasil deste ano. Para a elaboração do ranking (que existe desde 1991), são contabilizados os pontos das competições nacionais de elite, assim como os torneios internacionais (Libertadores e Copa Sul-Americana, na Conmebol), num período de um ano.

O líder é o inglês Manchester United, atual campeão da Liga dos Campeões da Uefa. Os britânicos, aliás, são maioria entre os 10 primeiros do ranking, com mais quatro clubes (três da Inglaterra e um da Escócia). A equatorina LDU, atual campeã da Taça Libertadores da América, está apenas em 46° lugar. O melhor sul-americano é o Boca Juniors/ARG, em 9°.

Em tempo, o Santa Cruz não está no ranking.

Top 10 
1° Manchester United (Inglaterra) – 286
2° Glasgow Rangers (Escócia) – 258,5
3° Chelsea (Inglaterra) – 258
4° Bayern de Munique (Alemanha) – 252
5° Barcelona (Espanha) – 251
6° Roma (Itália) – 248
7° Liverpool (Inglaterra) – 243
8° Arsenal (Inglaterra) – 237
9° Boca Juniors (Argentina) – 231
10° Internazionale (Itália) – 226

Clubes brasileiros
11° São Paulo – 223
13° Fluminense – 218
18° Cruzeiro – 190
30° Flamengo – 185
48° Santos – 163
54° Vasco – 154
62° Botafogo – 144
82° Sport – 124
161° Grêmio – 92
167° Figueirense – 90
175° Atlético-MG – 88
188° Palmeiras – 86
236° Internacional – 78
247° Goiás – 76
261° Atlético-PR – 74
271° Náutico – 72
271° Corinthians – 72

Lista completa: http://iffhs.de/?10f42e00fa2d17f73702fa3016e23c17f7370eff3702bb1c2bbb6f28f53512