Os bastidores da classificação do Santa Cruz à decisão da Copa do Nordeste

A TV Coral registrou os bastidores da inédita classificação do Santa Cruz à final da Copa do Nordeste de 2016, com a vitória por 1 x 0 sobre o Bahia, na Fonte Nova. O vídeo tem 6 minutos de imagens do pré-jogo, da comemoração no vestiário, com depoimentos no calor do objetivo alcançado. Assista.

Semifinalistas do Nordestão no cinema

Promovendo as semifinais da Copa do Nordeste de 2016, o canal Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do torneio, tratou os clubes como filmes famosos, com direito a “trailers”. Foram lançados quatro vídeos (devidamente compartilhados nas redes sociais), com um minuto cada. Entre imagens e depoimentos, peças emulando os cenários cinematográficos.

No Santa, o ídolo Grafite assume o papel de Don Vito Corleone, O Poderoso Chefão da máfia italiana, na aclamada trilogia baseada na história escrita por Mario Puzo. Adversário dos corais, o Bahia, com uma campanha ainda invicta, teve um filme foi apropriado: Invictus. Em vez do presidente sul-africano Nelson Mandela (Morgan Freeman) e do capitão da seleção nacional de rúgbi François Pienaar (Matt Damon), o técnico Doriva e o goleiro Marcelo Lomba.

Já o Sport, cujo vídeo alcançou 430 mil visualizações em uma semana no facebook, o filme escolhido foi o último da trilogia O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Virou “O Senhor da Ilha”, na imagem de Diego Souza, substituindo Aragorn. E o Campinense? O campeão de 2013 quer, claro, repetir a história. Não por acaso, ganhou uma versão de De volta para o futuro.

Aprovou o filme escolhido para o seu time?

Para assistir aos vídeos, clique nos hiperlinks azuis nos nomes dos clubes.

Santa Cruz

Grafite como "O Poderoso Chefão". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Bahia

Doriva como "Invictus". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Sport

Diego Souza como Aragorn, em O Retorno do Rei. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Campinense

O Campinense querendo ir "De volta para o futuro". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Análise da semifinal pernambucana de 2016 – Náutico

Pernambucano 2016, hexagonal: Náutico 5x0 América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Financeiramente, o Náutico começou o ano muito atrás dos rivais. Do Sport, a distância já era grande. Só que também acabou superado pelo Santa, devido ao acesso do rival à elite nacional. E estamos falando de mais de R$ 20 milhões de diferença no orçamento anual dos clubes. Uma pressão enorme, uma vez que resulta em nível técnico distinto para um time já obrigado a findar um jejum de títulos estaduais desde 2004. Ainda assim o Alvirrubro se fez competitivo, encerrando o hexagonal na liderança.

A essa campanha superior a dos rivais, contrariando a lógica inicial, deve-se a manutenção da base da última Série B, quando não subiu por apenas dois pontos. Uma base trabalhada por Gilmar Dal Pozzo, nome importante neste contexto. Com reforços pontuais, como Rodrigo Souza e Renan Oliveira, o time ganhou uma cara, já projetando para a nova edição da Segundona. Antes, claro, terá uma boa chance de finalmente voltar a ser campeão.

É verdade que a eliminação na Copa do Brasil, na primeira fase, foi um baque – inclusive na receita, de R$ 300 mil -, com o volume de jogo sendo colocado em xeque àquela altura. Talvez pelo baixo número de jogos, ok. Contudo, a partir de agora os dois principais rivais terão que dividir as atenções entre Estadual e Nordestão – começando pelo Santa, na semifinal -, enquanto o Timbu terá um intervalo completo de treinamento entre as fases. Pode ser o diferencial, físico.

Desempenho na semifinal (2010/2015)
5 participações e 2 classificações

O esquema tático timbu talvez seja o mais suscetível a mudanças no mata-mata, devido ao DM. A posição de Rafael Coelho é a interrogação.

Formação básica do Náutico no Estadual 2016. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP

Destaque
Ronaldo Alves. Além de compor uma defesa segura na maior parte do hexagonal, o zagueiro acabou fazendo a diferença lá na frente. De forma incrível, terminou a fase como o artilheiro, com 5 gols marcados.

Aposta
Rafael Coelho. O atacante chegou na reta final e demorou a estrear justamente pelo condicionamento físico. A sua presença na formação básica deve-se à expectativa de Dal Pozzo para contar com jogar, sobretudo pela ponta esquerda.

Ponto fraco
Um goleador. O “9” vem sofrendo testes, numa rotatividade tão grande que o quase descartado Thiago Santana ganhou chance na última rodada. Daniel Morais passou pelo mesmo. O fato de um zagueiro ser o artilheiro diz muito.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
23 pontos (1º lugar)
7 vitórias (1º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
1 derrotas (1º que menos perdeu)
18 gols marcados (melhor ataque)
4 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 5 x 0 América, em 14 de março, no Arruda.

Análise da semifinal pernambucana de 2016 – Salgueiro

Pernambucano 2016, hexagonal: Salgueiro 3x0 Santa Cruz. Foto: Vandinho Dias/SG10

O Salgueiro virou figurinha carimbada no mata-mata estadual. Esta é a quarta vez, desde 2010, que o Carcará chega à fase decisiva, um recorde absoluto no interior. Vice-campeão pernambucano em 2015, o clube mantém a base, já conhecida do torcedor pernambucano, com nomes como Tamandaré, Rodolfo Potiguar, Moreilândia… Falta a glória máxima. Por mais simpatia que tenha dos torcedores rivais para alcançar o objetivo, desde que não enfrente o time de cada um, claro, o time precisará passar por uma prova de fogo, tendo que eliminar dois grandes da capital em sequência.

Com a vantagem de decidir em casa, após a segunda colocação no hexagonal, o Salgueiro terá a seu favor o forte calor no Sertão, onde tornou-se um adversário duríssimo para o Trio de Ferro. Neste ano, goleou o Santa e venceu o Sport – novamente adversário na fase semifinal, de boas lembranças no último ano e com duas vitórias no hexagonal desta temporada.

Comandado por Sérgio China, o mesmo técnico na último campanha, o time usa bastante as laterais, com um meio-campo povoado, de muita pegada e buscando Jhon, de porte semelhante a Fabrício Ceará, outrora dono da “9” no Cornélio. Começou liderando a artilharia, mas já enfrenta uma seca de gols.

Desempenho na semifinal (2010/2015)
3 participações e 1 classificação

Formação básica do Salgueiro no Estadual 2016. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP

Destaque
Rodolgo Potiguar. O volante chegou a ser especulado como o melhor jogador do Estadual 2015, perdendo para o tricolor João Paulo. Neste ano, segue dando consistência ao meio-campo sertanejo, com marcação forte e arremates de longa distância.

Aposta
Cássio Ortega. O camisa 10, de 25 anos, soma três gols no torneio e vem tendo cada vez mais liberdade para armar as jogadas do Carcará, tamanha a confiança depositada pelo técnico Sérgio China. Até porque a sua cobertura é feita por dois volantes.

Ponto fraco
Jefferson Berger. O ponta-direita ainda não balançou as redes na competição, se limitando às assistências para Jhon. Precisa ter um papel mais abrangente no setor ofensivo.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
20 pontos (2º lugar)
6 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
13 gols marcados (3º melhor ataque)
5 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Salgueiro 3 x 0 Santa Cruz, em 13 de março, no Cornélio.

Análise da semifinal pernambucana de 2016 – Sport

Pernambucano 2016, hexagonal: Sport 2x0 Náutico. Foto: Rafael Martins/ Esp. DP

O Sport começou a temporada tendo que remontar o setor ofensivo, após as saídas de Diego Souza, André, Marlone e Elber, valorizados com a sexta colocação do time na Série A. O técnico Falcão precisou ter muita paciência. Primeiro porque o nível técnico da reposição dificilmente seria o mesmo, para o Estadual, e segundo porque o ciclo demorou, prejudicando a pré-temporada. Um cenário que talvez justifique o péssimo início, com duas derrotas, uma delas para o América, na Ilha, derrubando um jejum de 43 anos.

Como consequência, a formação inicial com três volantes foi mantida ao longo dao torneio, sem uma peça específica para municiar o ataque – Gabriel Xavier e Mark González, machucados, mal tiveram oportunidades de adaptação. Com o trabalho realizado à frente, num ataque inteiramente novo, os resultados vieram sobretudo nos clássicos (duas vitórias em casa e dois empates fora), dando lastro ao time, que busca a final após o fiasco do ano passado.

Em 2015, liderou o hexagonal de ponta a ponta e acabou despachado pelo Salgueiro na semi, quebrando uma rotina de nove anos seguidos disputando o título. Terá o Carcará pela frente outra vez. Uma missão clara no mata-mata será dividir (física, técnica e mentalmente) o foco entre as fases eliminatórias do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. Ou seja, até oito partidas decisivas consecutivas. Em 2014 deu certo, nas duas frentes.

Desempenho na semifinal (2010/2015)
6 participações e 5 classificações

Uma possível formação tática do Leão. A princípio, a ponta esquerda é a dúvida, pois Gabriel ainda se recupera. De volta, o chileno Mark pode ganhar a vaga.

Formação básica do Sport no Estadual 2016. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP

Destaque
Rithely. O volante fez um ótimo Brasileirão e manteve a motivação nesta temporada, sendo o pulmão do equipe, com muitos desarmes e transição ofensiva. Com mais de 250 jogos pelo clube, enfim o status de ídolo.

Aposta
O colombiano Reinaldo Lenis chegou como a contratação mais cara do Sport, num investimento de R$ 3,16 milhões. O atacante teve atuações bem irregulares, mas se destacou nos clássicos, com 3 gols no hexagonal.

Ponto fraco
A ausência de Diego Souza, contratado após o prazo de inscrição da competição. Sem uma peça de criatividade, Falcão mantém a formação com três volantes no Estadual, enquanto no Nordestão o camisa 87 é titular absoluto.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
16 pontos (3º lugar)
5 vitórias (3º que mais venceu)
2 empate (2º que mais empatou)
3 derrotas (3º que menos perdeu)
16 gols marcados (2º melhor ataque)
7 gols sofridos (3ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Sport 2 x 0 Náutico, em 28 de fevereiro, na Ilha.

Análise da semifinal pernambucana de 2016 – Santa Cruz

Pernambucano 2016, hexagonal: Santa Cruz 4x2 América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz garantiu a sua vaga na semifinal estadual de 2016 somente na última rodada, numa disputa surreal com o Mequinha. Se classificou em 4º lugar, com apenas duas vitórias, nenhuma delas em clássicos. Um desempenho ainda pior que o de 2016, quando avançou com quatro vitórias, na 3ª posição. Na ocasião, cresceu no mata-mata e acabou faturando o título estadual, o quarto em cinco anos. É verdade é que não enfrentou clássicos – também por demérito dos rivais -, o que agora já muda logo na semi, contra o Náutico.

Para conquistar o bicampeonato, indo além da mística, o Santa precisa também melhorar o rendimento em campo, com mais imposição tática e competitividade – o que vem ocorrendo no atual formato, pois passou da semi quatro vezes, sendo posteriormente campeão todas as vezes.

Entre os semifinalistas, foi o único a trocar de treinador durante a campanha, com a chegada de Milton Mendes no lugar de Marcelo Martelotte, dispensado após perder dos reservas do Bahia no Nordestão, mesmo com a classificação ao fim do jogo. Milton deu um novo ânimo ao time e vem, sim, buscando um novo padrão tático, sobretudo no meio-campo, algo determinante a partir de agora. Assim como o rival rubro-negro, divide o foco com o Nordestão. No caso coral, até mais, uma vez que o título regional ainda é inédito no Arruda.

Desempenho na semifinal (2010/2015)
6 participações e 4 classificações

Eis um possível esquema tático para a fase decisiva, com a utilização de Léo Moura no meio (Leandrinho e Lelê também já foram testados na posição).

Formação básica do Santa Cruz no Estadual 2016. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP

Destaque
Grafite. O atacante tem experiência suficiente em mata-matas, em clássicos. Não teve uma grande atuação no hexagonal, apesar de ter ajudado, mas, condicionado, segue como a maior esperança do time para buscar o bi.

Aposta
Keno. O atacante foi contratado (mais uma vez) com menos cartaz que Wallyson, mas ganhou a posição rapidamente e mostrou um faro de gols mais apurado em relação à passagem anterior. Jogador de muita mobilidade.

Ponto fraco
Vítor. O lateral-direito de 33 anos já não aparenta ter mais gás para jogos grandes – sobretudo com uma Série A batendo à parte. A análise valeu tanto para o apoio quanto para a recomposição.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
2 vitórias (2º que menos venceu)
5 empates (1º que mais empatou)
3 derrotas (3º que menos perdeu)
9 gols marcados (3º pior ataque)
12 gols sofridos (3ª pior defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 4 x 2 América, em 11 de fevereiro, na Arena.

A renovação do Náutico aos 115 anos

O Náutico chegou aos 115 anos de história.

Celebrando mais um 7 de abril na longa história timbu, o departamento de marketing do clube lançou um vídeo misturando passado, com imagens da decisão da Taça Brasil de 1967, na era de ouro do futebol alvirrubro, e do presente, com crianças responsáveis pela futura renovação da torcida, mesmo em tempos difíceis. Um visão fundamental para a instituição.

Parabéns aos vários leitores alvirrubros!

O surgimento de Pelé e o roubo da Jules Rimet, uma era brasileira no cinema

Filmes sobre o futebol brasileiro em 2016: "Pelé, o nascimento de uma lenda" e "O roubo da taça". Crédito: montagem sobre reprodução dos trailers

A era de ouro do futebol brasileiro foi marcada pelo tricampeonato mundial, entre 1958 e 1970, tendo Pelé como ícone. O Rei é o único jogador com três títulos da Copa do Mundo, entre tantas outras marcas incríveis, como os 1.284 gols. Aos 75 anos, Pelé ganha uma cinebiografia hollywoodiana (“Pelé – O nascimento de uma lenda”), contando os seus primeiros passos no mundo da bola, aos 10 anos, ainda em Bauru, até o estrelato, com a conquista na Suécia aos 17 anos.

O craque do Santos é interpretado por Leonardo Lima (10 anos) e Kevin de Paula (17), selecionados entre 400 garotos brasileiros – apesar disso, o filme foi rodado em inglês. Já o papel de seu pai, Dondinho, coube ao cantor Seu Jorge. Outro personagem de destaque é Vicente Feola, o primeiro técnico campeão mundial pela Canarinha, interpretado pelo xará norte-americano Vincent D’Onofrio, conhecido como Wilson Fisk, na série Demolidor. Boa parte das filmagens, através da IFC Filmes, aconteceram no Rio de Janeiro, cenário de outra película prevista para este ano, antagônica às conquistas de Pelé.

Em 19 de dezembro de 1983, dois homens entraram na antiga sede da CBF, na Rua da Alfândega, no centro, renderam o vigia e roubaram a Taça Jules Rimet! Levaram a peça original, que estava numa redoma no 9º andar do prédio, enquanto a réplica seguia guardada num cofre (acredite, não é piada). O troféu, ganho em definitivo após o tri, acabaria derretido, numa história mal explicada, mas agora com contornos cinematográficos, com “O roubo da taça”, da Prodigo Filmes. No elenco, nomes como Stepan Nercessian, Taís Araújo e Mr. Catra (!).

Assista aos trailers, com histórias distintas e complementares. Do auge brazuca ao constrangedor fim do símbolo de uma era sem precedentes no futebol…

Pelé – O nascimento de uma lenda

O roubo da taça

Bastidores da Seleção no Recife, na primeira aparição de Neymar na Arena

Brasil treinando na Arena Pernambuci antes do jogo contra o Uruguai pelas Eliminatórias da Copa 2018. Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Com uma programação bem enxuta na capital pernambucana, passando apenas 36 horas, a Seleção Brasileira realizou o único treino antes do jogo contra o Uruguai pouco depois da chegada ao hotel em Boa Viagem, onde foi recepcionada por torcedores.

A assessoria da CBF divulgou um vídeo de bastidores da viagem da Canarinha ao Recife, desde a Granja Comary. À noite, o time realizou um reconhecimento na Arena Pernambuco, na primeira e única aparição de Neymar no estádio antes do clássico pelas Eliminatórias da Copa 2018.

O treinamento do Uruguai na Ilha do Retiro, no ritmo do Maracanazo

Uruguai treinando na Ilha do Retiro antes do jogo contra o Brasil pelas Eliminatórias da Copa 2018. Crédito: AUF/divulgação

A seleção uruguaia escolheu a Ilha do Retiro como local de treinamento antes do jogo contra o Brasil, pelas Eliminatórias da Copa 2018. A AUF abriu mão, inclusive, do protocolar reconhecimento da Arena Pernambuco, até porque já jogou duas vezes lá, na Copa das Confederações. A movimentação no campo do Sport foi fechada para a imprensa, que acabou se deslocando aos apartamentos nos prédios vizinhos para obter imagens e informações.

Lá embaixo, apenas assessoria da associação uruguaia, que registrou o treino do time do maestro Tabárez, com foco nos atacantes Luis Suárez e Cavani, treinando cobranças de fata. Depois, divulgaram um vídeo sobre a movimentação, com uma trilha sonora inspirada, relembrando o Maracanazo e a busca por novas copas…