No Serra Dourada, o Vila Nova festejou o seu aniversário.
O popular clube goiano completou 68 anos nesta sexta-feira.
À noite, mesmo sem bolo, a comemoração com a torcida, a fim de subir um pouco na tabela, ainda mais com a proximidade do clássico contra o embalado e forte Goiás.
O presente nesta noite seria, obviamente, a conquista de três pontos.
Para isso, umapartida contra o Salgueiro, campengando rodada a rodada.
O time pernambucano, que vem se esforçando bastante para ficar na zona de rebaixamento, até tentou buscar a reabilitação, mas a falta de atenção é gritante.
Começa o jogo, um minuto e… gol do Vila Nova.
Desmarcado, Luiz Fernando avançou pela intermediária e arriscou. Pronto!
Depois, mais 89 minutos, além dos descontos, e nada. O Carcará ainda acertou a trave e Rosembrick entrou, arriscou um drible e fim de jogo.
Vitória goiana por 1 x 0, festa de aniversário com sorriso.
A recuperação do rival caminhava associada ao acesso à elite nacional.
A derrocada alvirrubra caminhava a passos largos para a Série C.
Os rivais centenários ficariam separados por até duas divisões do Brasileiro?
No fim, tudo na mesma. Incompetente, o Rubro-negro não subiu…
Nos Aflitos, o maior público alvirrubro nesta Segundona, com 18.952 torcedores, focados em manter o clube pelo menos no 2º degrau da casta do futebol no Brasil.
Em campo, o Náutico fez a sua parte e deu o fim ao sofrimento surreal.
Começou sofrendo, é verdade. O primeiro tempo terminou com derrota parcial por 1 x0 – sinal evidente da ansiedade e desarranjo técnico.
Na etapa final, com direito a olé, goleada por 4 x 1.
O jogo foi marcado pelo nervosismo absoluto que faz parte da briga contra o rebaixamento – ambos estavam nesta situação. Foram nada menos que cinco jogadores expulsos! Comemoração? Não.
Alívio, no máximo. Apesar do foguetório nos Aflitos…
O Timbu, é bom não esquecer, chegou a liderar o Brasileiro durante quatro rodadas. Esteve no chamado G4 durante 11 rodadas – o Sport, por exemplo, não pisou lá uma vez nesta temporada.
De qualquer forma, o técnico Roberto Fernandes evitou o pior. Salvou o time mais uma vez do descenso. Foi a 3ª vez. Uma hora cansa.
E Pernambuco terá três times na Série B de 2011. Nenhum na A.
No contexto geral, não temos o que comemorar… Com a ausência no Brasileirão os investimentos ficam ainda mais escassos.
Como já virou praxe nas últimas rodadas, o post do Sport não está atrelado somente ao jogo do Leão, mas também ao do América/MG, foco maior neste sonho do acesso.
E assim segue a rotina de cálculos para tentar chegar ao G4 do Brasileiro.
Numa noite de rodada cheia na Série B, o Rubro-negro abriu a série de dez partidas desta terça-feira com um empate frustrante no Serra Dourada.
Contra o Vila Nova, um empate em 1 x 1 que poderia ter sido, francamente, uma goleada. Foram cinco chances inacreditáveis desperdiçadas pelos leoninos.
Todas elas cara a cara com o goleiro Max. Livre para marcar.
Foram duas com Wilson – sendo que uma delas a torcida não irá esquecer tão cedo – e outras com Marcelinho Paraíba, Eliandro e Elton.
Foi inacreditável! Nenhuma delas resultou em gol. Técnica, ansiedade, desgaste físico, o gramado, a bola… Faltou algo.
Com um mísero ponto somado, bastava ao Sport secar, e muito, o América, que jogaria minutos depois contra o Bahia, em Sete Lagoas.
Apesar do mando de campo, o Coelho tropeçou. Foi derrotado por 1 x 0.
Até aquele momento, os rubro-negros presentes na redação do Diario de Pernambuco já demonstravam um desânimo grande. Acho que isso refletia nos demais torcedores, inconformados nos fóruns da web e bares da cidade. Mas eis que soltaram essa pérola:
“Esse empate do Sport e a derrota do América acabou sendo uma situação melhor do que se os dois tivessem vencido.”
Sabe a verdade desta declaração…? Ela faz sentido.
Equações de 2º grau para o acesso: América/MG, 58; Portuguesa, 56; Sport, 55.
Vale lembrar que, só para ser ainda mais complicado, o Sport não pode empatar em pontos com nenhum dos dois, pois tem menos vitórias…
América/MG – São Caetano (fora), Sport (casa), Ponte Preta (fora). Portuguesa – Bahia (fora), Ipatinga (casa) e Sport (fora). Sport – Santo André (casa), América/MG (fora) e Portuguesa (casa).
3 vitórias do Sport e 1 tropeço do América nos dois jogos como visitante.
2 vitórias do Sport e 1 empate. Abaixo, as variáveis do empate…
1) Se for contra o Santo André, o América precisaria ser derrotado uma vez como visitante, enquanto a Lusa teria que empatar um jogo. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 2) Se for contra o América, o Coelho teria que somar, no máximo, dois pontos nos dois jogos como visitante. Já Portuguesa teria que empatar um. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 3) Se for contra a Portuguesa, o América teria que somar, no máximo, três pontos nos dois jogos como visitante. A Portuguesa teria que empatar um.Pontuação máxima: Sport 62, Lusa 61, América 61.
1 vitória do Sport e 2 empates. Sim, acredite, é possível… Variáveis:
1) Caso a única vitória leonina seja contra a Portuguesa, o América teria que perder do São Caetano e da Ponte, enquanto a Portuguesa teria que perder pelo menos um jogo ou empatar os dois. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
2) Caso a única vitória leonina seja contra o Santo André, o América teria que perder os dois jogos como visitante, enquando a Lusa só poderia somar até 2 pontos nos jogos restantes. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59. 3) Caso a única vitória leonina seja contra o América, o Coelho só poderia somar 1 ponto como visitante. Já a Portuguesa só poderia somar 2. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
Na teoria é possível subir até perdendo um jogo, para o Santo André… Deixa pra lá.
Empate com o lanterninha. Resultado pra lá de mandrake do Sport.
Na volta para a redação do Diario, perto de meia-noite, eis que o carro da reportagem cruza por algo estranho no meio de uma rua em Santo Amaro…
O motorista Jorge, rubro-negro doente, soltou logo:
“Rapaz… Era macumba. E para o Sport”.
No carro ainda estava o repórter André Albuquerque, que também duvidou do trabalho das ruas. Sem pensar duas vezes, Jorge girou rápido o Gol 1.6 e voltou.
“É claro que foi contra o Sport. Um 0 x 0 com esse time fraco do Vila Nova só vai com macumba mesmo.”
De fato, parecia mesmo… Uma suposta macumba contra o leãozinho velho de guerra. Com farofa, ovo cozido, limão, uma rosa e cachaça!
O trabalho foi forte. A origem de uma macumba anti-Sport? Só Deus sabe. No mínimo, a possível oferenda foi feita num dia propício para a imaginação dos torcedores.
Eu não acredito em macumba e muita gente também não acredita. Confesso, porém, que não queria uma parada dessa com o meu nome por aí… Portanto…
Em 15 jogos, o Vila Nova tinha apenas 2 vitórias e 1 empate.
E 12 derrotas!
Lanterna disparado da Série B.
Para o Sport, em ascensão na competição, parecia o adversário ideal.
Mas não tem jeito…
O complexo de Lázaro do Sport, há um bom tempo, falou mais forte. É aquela sina de levantar defuntos. No fundo, a torcida já parecia saber. O temor era verdadeiro.
Foi um 0 x 0 frustrante na Ilha, com mais de 23 mil pessoas na noite desta terça-feira.
O sonho rubro-negro do acesso à elite do futebol brasileiro ficou muito distante.
Nos primeiros 45 minutos, o Leão até pressionou, na base da pressão da Ilha do Retiro. Fechadinho, o Vila segurou a bronca.
No segundo tempo, o Sport ficou com um ataque ainda mais qualificado, com Marcelinho Paraíba, Ciro e Wilson. Mas não resultou em gol.
O setor de criação já havia ficado comprometido naquele momento pela expulsão do zagueiro César. Fora o fato da péssima atuação de Da Silva, substituído, e da lentidão irritante de Igor. Que os reforços da defesa se recuperem logo!
Mas a zaga não levou gol, é verdade. Mas “pediu”, pois o fraco time goiano teve pelo menos três grandes chances de marcar o gol da vitória.
No fim, empate. Um ponto. Um passo curto.
Muito pouco. Empatar em casa com o 20º lugar é quase uma derrota.
De forma curiosa, os torcedores do Sport estão transformando o jogo contra o Vila Nova, nesta terça-feira, em uma “final” de Série B.
Para muitos, o jogo marca qual caminho o Leão vai seguir na competição.
Em busca do acesso ou do ostracismo?
O prognóstico até conspira a favor do Sport: o time deverá jogar na Ilha do Retiro diante de um grande público e contra o lanterna da Segundona.
O clube goiano abraçou a última colocação na 7ª rodada e não largou mais. Esta noite será a 16ª… Apesar disso, veio o temor da velha tradição de levantar “defuntos”.
O Leão vem numa arrancada bem tímida e ainda está a 8 pontos do G4.
Ganhou uma colocação por rodada nas últimas quatro partidas. Saiu do 16º para o 13º lugar (veja AQUI). Foram dois empates como visitante e duas vitórias como mandante.
Um triunfo diante do Vila Nova, e os pernambucanos têm futebol para isso, poderá colocar a equipe entre as 10 primeiras da Série B pela primeira vez em 2010.
Até o momento, a melhor colocação foi um 12º lugar na 8ª e 9ª rodadas. Muito pouco para o dito “carro-chefe” da competição. Talvez isso comece a mudar diante do Vila.
A esperança de ver dias melhores na Ilha caminha ao lado do temor de não haver solução nesta Série B. Com a resposta, a trupe de Marcelinho Paraíba.
Após as quatro primeiras rodadas da Série B, o blog ensaia o primeiro post matemático da competição. Uma Segundona de opostos, com o Náutico no alto, em 2º lugar (10 pontos), e com o Sport afundado, na 18ª colocação (1 ponto). Quais são as primeiras projeções para essas campanhas?
Para tentar obter essa resposta, fiz um levantamento com os quatro primeiros jogos de todos os 16 clubes que conseguiram o acesso à elite nacional e também os 16 que foram rebaixados à Terceirona desde 2006, quando foi implantado o sistema de pontos corridos com 20 clubes na Série B, subindo 4 e caindo 4 a cada edição.
Timbu: a campanha alvirrubra, com 83,3% de aproveitamento, é a 4ª melhor na era dos pontos corridos. Só ficou abaixo de times que conseguiram 100%. Na parte inferior da tabela, o time já somou 4 pontos a mais do que os “melhores” rebaixados.
Leão: campanha pífia em todos os sentidos. Com apenas 1 ponto (8,3%), o Rubro-negro tem um retrospecto pior do que 11 equipes que também caíram. Só ficou acima dos 5 times que foram derrotados 4 vezes. Mais: nunca um clube que somou apenas 1 ponto nas 4 primeiras rodadas conseguiu subir.
Clubes que conseguiram o acesso à Série A (2006/2009)
12 pontos – Sport (2006), Corinthians (2008) e Guarani (2009)
9 pontos – Vitória (2007) e Vasco (2009)
8 pontos – Atlético-MG (2006) e Barueri (2008)
7 pontos – Náutico (2006) e Atlético-GO (2009)
6 pontos – Ipatinga (2007), Coritiba (2007) e Avaí (2008)
4 pontos – Santo André (2008)
3 pontos – América/RN (2006) e Portuguesa (2007)
2 pontos – Ceará (2009)
Clubes que foram rebaixados à Série C (2006/2009)
6 pontos – Paysandu (2006), Guarani (06), Santa Cruz (07) e Criciúma (08)
4 pontos – Paulista (2007), CRB (2008) e Juventude (2009)
3 pontos – São Raimundo (2006), Remo (2007), Marília (2008) e ABC (2009)
0 ponto – Vila Nova (2006), Ituano (2007), Gama (2008), Fortaleza (2009) e Campinense (2009)