A farra dos brasileiros na Europa será grande neste segundo semestre. A janela de transferências para o futebol europeu foi fechada ontem. Ao todo, 229 jogadores deixaram o país para atuar no exterior, entre 3 de agosto e 1º de setembro. Vai ter muita gente sofrendo para aprender a falar o idioma de vários cantos do mundo, como Uzbequistão, Turquia, Catar…
Mas se o futebol brasileiro perde muito de sua qualidade, pelo menos os times melhoram as suas finanças. O Flamengo, por exemplo, faturou R$ 13 milhões em negociações nesse período, quando perdeu nada menos que nove jogadores. Mas o rubro-negro carioca contratou o mesmo número de atletas.
Aqui em Pernambuco, as ‘perdas’ mais significativas foram o atacante Wellington, que trocou o Náutico pelo alemão TSG 1899 Hoffenheim, e o volante Daniel Paulista, que deixou o Sport para defender as cores do Rapid Bucareste, da Romênia. O Timbu recebeu R$ 1 milhão pela negociação (cujo valor total foi de R$ 15,6 milhões), enquanto o Leão embolsou R$ 2 milhões.
Até mesmo o Santa Cruz, ainda na Série C, foi atingido. O time coral tentou contratar o atacante Juliano, que estava no CRB, mas o jogador acabou acertando com o futebol da Arábia Saudita. E não tinha nem como tentar negociar. Ele viajou para receber um salário de R$ 23 mil, bem acima do teto tricolor, que era de R$ 10 mil.
Apesar da brecha européia ter sido fechada, os clubes brasileiros seguem preocupados (ou ‘não’, caso queiram ganhar dinheiro) com o prazo para o futebol do Oriente Médio, que só irá expirar em 20 de setembro. E lá o que não falta é dólar, que jorra do solo.