Todos sem o caldeirão

Série B 2011: Náutico 2x0 Guarani. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Por Waldemar Lemos, após a importante vitória sobre o Guarani neste sábado, nos Aflitos, em um 2 x 0 com gols de Derley, dedicado ao “paizão”, e Kieza, um atacante cada vez mais vital para a equipe:

“A verdadeira torcida do Náutico está participando, só não está lotando o estádio. O alvirrubro precisa curtir este momento.”

Foi uma semana de pressão, da ameaça de greve ao “bicho molhado” de R$ 25 mil na porta do vestiário. No fim, o Náutico foi apoiado por apenas 4.223 pessoas.

Aquele torcedor que acompanhou pelo rádio, televisão, internet ou só soube do placar horas depois, não é menos fanático que aqueles que se deslocaram até Rosa e Silva.

O foco da reclamação do treinador – que, apesar da fala mansa, vai desenvolvendo seu trabalho e fincando seu nome no clube – é a falta da pressão de outrora nos Aflitos.

Historicamente, o Timbu constrói as suas campanhas com a força do estádio Eládio de Barros Carvalho. Em quatro jogos em casa até aqui – duas vitórias e dois empates – foram 19.255 pessoas, com a pequena média de 4.813 torcedores por jogo.

Menos de 25% de ocupação? Curioso, pois a cobrança ocorre em 100% do tempo…

Contagem regressiva para o Todos com a Nota?

Série B 2011: Náutico 2x0 Guarani. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Heróico pelo epílogo, frustrante pelo prelúdio

Para conseguir o acesso à elite nacional será vital buscar pontos fora de casa. Um empate aqui e outro ali, ok. Mas a vitória precisa estar nos planos.

Adversário com desempenho claudicante e torcida quase inexistente, uma soma que gera esperança. Para isso, é prudente chegar com uma equipe entrosada, claro.

Jogar com inúmeros desfalques inviabiliza qualquer projeto. Assim foi com o Sport

Apontado como heróico, o empate em 3 x 3 com o São Caetano significou a invencibilidade de Mazola, que vai “ficando” na Ilha devido à inércia da diretoria.

Para quem viu o jogo – pela TV, pois no estádio foram apenas 856 pessoas -, não faltou raça para o time rubro-negro, mas ficou a sensação de que era possível vencer.

O desconto existe. Afinal, o Leão chegou a estar perdendo por 3 x 1 neste sábado, após erros incríveis de posicionamento nos três lances.

O G4 segue a três pontos de distância. De um em um ponto fora de casa vai demorar bastante para alcançar a zona de classificação à Série A. Mas valeu pela emoção.

América 2 – Um líder inesperado e tradicional

Copa América 2011: Colômbia 1x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

Motivação total entre Colômbia e Costa Rica.

Em San Salvador de Jujuy, a 1.622 quilômetros de La Plata – onde a Argentina tropeçou no grupo A na sexta-feira -, os outros dois times da chave entraram com a chance de liderar o quadrangular, na tarde deste sábado.

Essa motivação refletiu até na arquibancada, com a atenção da hinchada argentina, marcando boa presença no estádio 23 de agosto. Ponto para a organização.

Diante em um convidado de última hora – os costa-riquenhos só entraram porque o Japão (sim, o Japão) abriu mão do convite após o último grande terremoto -, a Colômbianão não deu espaço para mais uma zebra na rodada.

Buscando o seu segundo título – a conquista há dez anos, jogando em casa, aconteceu sem sofrer gols -, o time “Cafetero” teve a vida facilitada pela expulsão de um adversário com apenas 27 minutos de jogo.

Convidado de última hora, com uma formação Sub-23, tecnicamente inferior e com um a menos? A Colômbia fez o básico e venceu. Apesar do placar econômico: 1 x 0.

Com esse contexto apresentado, a liderança é confiável?

Copa América 2011: Colômbia 1x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

América 1 – O show ficou pra próxima

Copa América 2011: Argentina 1x1 Bolívia. Foto: AFA/divulgação

Abertura da Copa América de 2011.

Foram nada menos que 196 países ligados na festa no estádio Único, em La Plata, e no desempenho da anfitriã e favorita Argentina, do camisa 10 Lionel Messi.

Milhões mundo afora e mais de 35 mil hinchas no estádio mais moderno do país.

O jogo na noite desta sexta-feira foi transmitido em HD, algo inédito na história da competicão. Câmeras a postos, expectativa de show e… surpresa!

E logo nos primeiros 90 minutos dessa que tem tudo para ser uma das melhores edições da história da disputa das Américas.

Longe da Copa do Mundo desde 1994, a Bolívia é reconhecidamente uma seleção do segundo escalão no continente, no mínimo, aliás. Nada que impedisse um time aguerrido e disposto a anular a saída de jogo dos pés do melhor jogador de futebol da atualidade.

Craque no Barcelona, Messi foi muito marcado na partida. Suportou o frio sem problemas – tanto que jogou de mangas curtas -, mas na disputa de bola ele não teve sossego.

Mesmo sendo eleito o craque do jogo no site oficial, com 31%, La Pulga não foi decisiva.

Até porque o time albiceleste, depois de um falso domínio no primeiro tempo, sofreu um gol de Edivaldo Rojas, um brasileiro naturalizado, logo aos 2 minutos da etapa final.

Derrota em casa? Um anfitrião não caía assim na estreia há 52 anos. Aos 30, Agüero – o genro de Maradona – empatou com um golaço e evitou um vexame maior.

Empate em  1 x 1? O show ficou para a próxima, hermanos

Copa América 2011: Argentina 1x1 Bolívia. Foto: AFA/divulgação